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Grupo L’Oréal no Brasil celebra 65 anos com evento que reafirma compromisso com diversidade e inclusão

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Crédito: Maycon Cabral/Mundo Negro

Com a presença de embaixadores, diretores e influenciadores, o evento ocorreu na sede do Rio de Janeiro, na região da Pequena África, nesta terça-feira, 17 de setembro.

Em comemoração aos 65 anos de atuação no Brasil, o Grupo L’Oréal realizou nesta terça-feira (17) um evento para reafirmar seus valores e objetivos na indústria da beleza. Com a presença de embaixadores, influenciadores e do público em geral na sede do Rio de Janeiro, localizada na região conhecida como “Pequena África”, a marca destacou que o futuro da beleza está na diversidade e na inclusão.

O evento contou com painéis que abordaram impacto social e transformação local. Marcelo Zimet, presidente do Grupo L’Oréal no Brasil, que abriu a cerimônia, ressaltou que são esses pilares que tocam a vida e a beleza plural dos brasileiros, promovendo um crescimento sustentável.

“Para a L’Oréal, é visível que a diversidade está presente no nosso dia a dia, começando pelo endereço que escolhemos para a sede no Rio de Janeiro, em um bairro histórico para a população negra. Por essa razão, a maximização dessas frentes inclusivas é um compromisso que recebe a devida atenção. Acreditamos que o futuro será liderado por países que possuem e investem nessa potência de pluralidade”, destacou Marcelo.

Marcelo Zimet, presidente do Grupo L’Oréal no Brasil reafirma o compromisso com a diversidade no futuro da beleza.
Crédito: Maycon Sobral/Mundo Negro

Feirão de Oportunidades: empregabilidade e inclusão

O impacto social é um fator determinante que guia o discurso e as ações da empresa, tanto interna quanto externamente. Durante o evento, a L’Oréal promoveu uma “Feira de Oportunidades” em frente à sede, oferecendo mais de 10 mil vagas de emprego e cursos de profissionalização em parceria com outras empresas. Mesmo com a chuva no início da manhã, centenas de pessoas compareceram em busca de recolocação profissional ou da primeira oportunidade de emprego.

Segundo Zimet, a iniciativa, em parceria com o Movimento Pela Equidade Racial (Mover), Light, Americanas, Hortifruti Natural da Terra, Grupo Cataratas, CCR Barcas, VLT Carioca, MetrôRio, CIEE, Águas do Rio e Fundação Darcy Vargas, visa impulsionar a economia local. A ação busca reverter um cenário preocupante no Brasil, onde mais de 5,4 milhões de jovens de 14 a 24 anos não estudam nem trabalham, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Nesse contexto de capacitação e oportunidades, o projeto “Por um Fio”, da ONG Providenciando a Favor da Vida, é um dos parceiros do Grupo L’Oréal no Brasil presentes no evento. Localizada no Morro da Providência, a iniciativa qualifica mulheres nas áreas de costura e massoterapia, atendendo mais de 80 mães solo na favela da região central.

A parceria entre L’Oréal Brasil e a ONG Providenciando a Favor da Vida é uma das ações que impactam socialmente no Morro da Providência. Crédito: Maycon Cabral/Mundo Negro

Raquel Spinelli, fundadora da ONG, destaca os frutos dessa parceria que se iniciou durante a pandemia, possibilitando a criação do “Por um Fio”. “Esse é um projeto  que cuida, resgata e empodera essas mulheres que são de favela. Isso também é beleza”, afirma Raquel.

Pluralidade: reflexões da carta-manifesto sobre 65 Anos de L’Oréal

A beleza como resgate da ancestralidade negra e empoderamento feminino também foi evidenciada na carta-manifesto de 65 anos do grupo. De acordo com dados da empresa, mais de 20% das pessoas em cargos de liderança se autodeclaram negras. Lida pela voz de Taís Araújo, embaixadora de L’Oréal Paris há 15 anos, a carta destaca a pluralidade brasileira e o compromisso do Grupo L’Oréal no Brasil com a empregabilidade e a qualificação de pessoas com deficiência, negras, jovens e mulheres.

“Uma palavra que dá nome a uma coisa. Coisa subjetiva. Abstrata. Ninguém sabe explicar exatamente o que é a beleza, mas sabe sentir. Sabe celebrar, sabe cuidar. E é exatamente isso que o Grupo L’Oréal faz há 65 anos no Brasil. Cria, move, cuida e traz toda a inovação para as belezas desse país. Sim, belezas, porque a beleza brasileira é substantivo, mas não é singular e plural. É diversa, múltipla, de muitas formas e cores, com muitas histórias. E em cada história dessas belezas tem uma parte da história do Grupo L’Oréal no Brasil. O Grupo L’Oréal, no Brasil há 65 anos na história de todas as belezas brasileiras”, aponta o manifesto.

No painel sobre a história das belezas brasileiras, Taís Araújo revisitou o início de sua trajetória como modelo e atriz. Emocionada com a presença plural do público, ela destacou que hoje é possível enxergar a diversidade nos jornais, novelas, teatros e nos bastidores do mundo da moda, como o setor de marketing.

“É uma luta que enfrento desde o início, lá quando era modelo com 13 anos. O mercado da beleza não enxergava a gente, mas nós sempre consumimos os produtos e roupas mesmo assim, seja em forma de autoestima, de protesto ou de qualquer outra coisa”, comenta Taís, que foi a terceira mulher negra a protagonizar uma telenovela no Brasil em “Xica da Silva” (1996).

Ela também ressaltou que a parceria com a L’Oréal sempre contou com esse desejo de transformação. Em suas primeiras aparições, já era possível notar a imagem do cabelo crespo, algo que não era bem-visto nas propagandas da época.

Empregabilidade e diversidade marcam os próximos passos da L’Oréal Brasil

Um futuro mais diverso e inclusivo é construído com ações no presente, é o que indica o discurso de Helen Pedroso, diretora de Responsabilidade Corporativa e Direitos Humanos, que destacou a importância da contratação de jovens negros, mulheres e pessoas com deficiência. De acordo com ela, que é a primeira mulher negra a compôr um cargo de diretora no grupo L’Oréal Brasil, essa ação inclusiva tem que ser contínua. “Há um incentivo interno e externo para ações que geram empregabilidade”, afirmou a primeira mulher negra na diretoria do grupo.

A celebração de 65 anos da empresa foi marcada por uma beleza inclusiva, diversa e negra. Crédito: Maycon Cabral/Mundo Negro

Essa virtude da marca é também um objetivo para quem prospecta os próximos passos da empresa, como Eduardo Paiva, Head de Diversidade, Equidade e Inclusão do grupo. Ele ressaltou que os pilares da L’Oréal também abordam território, sexualidade e classe social, influenciando o que é considerado “beleza”. “É necessário criar um conceito de futuro e beleza sustentável de forma diversa e autoafirmativa. Por isso, investimos em um programa de aceleração profissional para criadores negros de conteúdo, que já formou a primeira turma de influenciadores”, explica Paiva.

O programa “Beleza Mais Diversa” é uma iniciativa que evidencia os objetivos de representatividade e profissionalização da marca, tendo envolvido mais de 50 criadores de conteúdo negros no país.

A exposição e o encontro musical encerraram a celebração

O evento também destacou o lado artístico e cultural, intrinsecamente conectado ao universo da moda e da beleza. A exposição “Nós Mesmas”, com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Instituto Pretos Novos, apresentou obras de artistas como Carla dos Santos, Landara Marcele, Monique Ribeiro, Yanam Queiroz, Veridiane Vidal e Urucuia.

A exposição “Nós Mesmas”, do Instituto Novos Pretos, apresentou um olhar artístico e crítico de mulheres negras pelo Brasil. Crédito: Maycon Cabral/Mundo Negro

Com foco no empoderamento da mulher negra, as obras exploram temas como as realidades das favelas, religiões afro-brasileiras, identidades afro-indígenas e fotografia popular.

Texto: Ariel Freitas

A invisibilidade do PrEP entre pessoas negras: uma reflexão sobre o acesso e a informação

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Foto: Reprodução/Freepik

Texto: Rodrigo França

Minha provocação neste texto nasce de uma inquietação pessoal: entre meus amigos negros e amigas negras, sejam eles LGBT ou não, poucos sabem da existência da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV, o famoso PrEP. Isso me leva a questionar, por que essa informação não chega às pessoas negras? Por que, mesmo após anos de políticas públicas e avanços no campo da saúde, ainda temos um abismo tão grande em termos de acesso e conhecimento sobre métodos de prevenção como o PrEP entre a população negra?

A Profilaxia Pré-Exposição, conhecida como PrEP, é uma estratégia eficaz para prevenir a infecção pelo HIV. Trata-se de um comprimido que, tomado diariamente, impede que o vírus se instale no organismo de pessoas expostas ao risco de contrair o HIV. A eficácia do método, somada à sua inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2018, deveria ser um grande trunfo na luta contra a disseminação do HIV, especialmente em grupos vulneráveis. No entanto, o que vemos é um cenário no qual o acesso à informação e ao próprio tratamento ainda está limitado para a população negra.

De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde, embora as mortes por AIDS tenham diminuído no Brasil, a disparidade racial persiste de maneira alarmante. Pessoas negras, em particular, ainda sofrem mais com a doença em comparação com a população branca. Parte dessa disparidade pode ser atribuída ao difícil acesso a tratamentos adequados, mas também à ausência de informações sobre métodos de prevenção como o PrEP, que poderia salvar vidas. O estudo da UFMG sobre desigualdade racial no acesso ao tratamento de HIV/AIDS, por exemplo, evidenciou o quanto a população negra está mais suscetível a enfrentar barreiras institucionais e sociais para obter esse tipo de tratamento.

Essa falta de informação tem raízes profundas. Como mostrado em diversas pesquisas, o racismo estrutural afeta diretamente a saúde da população negra, limitando tanto o acesso a cuidados médicos quanto à educação em saúde preventiva. A invisibilidade das pessoas negras em campanhas de conscientização sobre HIV/AIDS também contribui para essa realidade. Poucas são as iniciativas que falam diretamente a essas populações, seja nas ruas, nas redes sociais ou nos centros de saúde, o que reforça a lacuna entre os direitos conquistados no papel e sua aplicação na prática.

O PrEP é uma ferramenta importantíssima no controle do HIV, mas ainda é pouco difundido entre pessoas negras e grupos vulneráveis. O impacto dessa ausência de informação é claro: uma população que já está sob maior risco de contrair o HIV, por razões históricas e sociais, se vê ainda mais desprotegida diante da falta de conhecimento sobre como se prevenir. Nesse cenário, cabe refletir: como podemos reverter esse quadro? A inclusão do PrEP no SUS foi um avanço importante, mas não basta disponibilizar o medicamento se a população negra não tem acesso à informação sobre ele. Precisamos de campanhas que dialoguem diretamente com essas comunidades, levando a informação onde ela realmente é necessária, em linguagens que façam sentido e por meio de lideranças que possam mediar essa conversa.

O tratamento preventivo para o HIV, especialmente em uma era de tantas inovações na medicina, deveria ser um direito acessível a todos e todas, independentemente de sua cor, classe ou orientação sexual. Contudo, enquanto não formos capazes de quebrar as barreiras estruturais que impedem esse acesso, estaremos perpetuando um ciclo de vulnerabilidade e exclusão. É preciso enxergar que o racismo também adoece, e, mais do que isso, mata, ao negar o básico: a informação e o cuidado.

Em última instância, a solução passa por uma mudança de postura não só das políticas públicas, mas também de toda a sociedade. Precisamos de mais representatividade, mais vozes negras liderando campanhas de saúde e, acima de tudo, mais compromisso em garantir que o PrEP e outros métodos de prevenção sejam verdadeiramente acessíveis a todos e todas. Isso inclui combater os estigmas e a desinformação que ainda cercam o HIV e suas formas de prevenção, especialmente dentro das comunidades negras, que, historicamente, já foram tão marginalizadas nesse debate.

Que essa reflexão sirva como um convite à ação. Se o PrEP pode salvar vidas, devemos garantir que todas as pessoas, principalmente aquelas mais vulneráveis socioeconomicamente, saibam que ele existe.

Se informe! Procure o posto de saúde. 

Se ame! Se cuide, preto.

Se ame! Se cuide, preta.

Liniker abrirá show de Lenny Kravitz em São Paulo

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Foto Liniker: Reprodução/Instagram Foto Lenny Kravitz: Mark Seliger

A passagem de Lenny Kravitz por São Paulo, no dia 23 de novembro, no Allianz Parque, ganhou um reforço de peso. Liniker, um dos nomes mais destacados da música brasileira contemporânea, foi anunciada como uma das atrações de abertura do show. A artista paulista, que recentemente lançou o álbum CAJU, integra a programação ao lado de Lianne La Havas e Frejat.

O convite para o show de abertura não é por acaso. Kravitz e Liniker se conheceram no ano passado, em Paris, onde o cantor assistiu a uma apresentação da brasileira. Desde então, mantiveram uma relação de respeito mútuo, que culminou com o encontro nos palcos paulistas. O anúncio chega em um momento especial para ambos: Liniker colhe os frutos do sucesso de CAJU, seu segundo disco solo, que emplacou 6 milhões de plays no Spotify em menos de 24 horas após o lançamento, e já ultrapassou 30 milhões de reproduções em todas as plataformas. A turnê do álbum, aliás, terá início em novembro, coincidindo com a apresentação ao lado de Kravitz.

Lenny Kravitz, por sua vez, vive um ano de grandes conquistas. O roqueiro lançou em maio seu 12º álbum de estúdio, Blue Electric Light, que vem sendo amplamente elogiado pela crítica. A turnê Blue Electric Light Tour 2024 já passou pela Europa e pelos Estados Unidos e chega ao Brasil para um único show em São Paulo.

Masculinidades Negras e Suicídio – Uma problemática que precisa ser aprofundada

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Foto: Freepik

⚠ Alerta de Gatilho: Este conteúdo aborda temas como suicídio e discriminação.

Texto: Luciano Ramos

O mês de setembro promove uma importante campanha sobre prevenção ao suicídio, chamada de “Setembro amarelo. Essa campanha, busca evidenciar as situações de suicídio no Brasil, mas também pensar no cuidado da saúde mental, de forma ampliada. Vale salientar que as situações promotoras de estresse tóxico incentivam muito para as doenças e transtornos mentais que, em algumas situações ocasionam o suicídio. 

E o que as masculinidades negras têm a ver com isso?  

Primeiramente, vamos começar esse diálogo abordando as masculinidades, de forma geral. Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde entre os anos de 2010 e 2019 apresenta a taxa de morte por suicídio entre homens foi de 10,7 por 100 mil, enquanto entre as mulheres foi de 2,9. Isso nos mostra que os homens se matam quase quatro vezes mais do que as mulheres. A ausência de autocuidado em saúde é uma realidade entre os homens no Brasil e no mundo: os homens morrem mais de doenças cardiovasculares, acidentes de trânsito, por armas de fogo entre outros índices relacionados a letalidade. Isso não diferencia ao falarmos sobre a morte autoprovocada.

As normas rígidas de gênero, conhecidas popularmente como “masculinidade tóxica”, criadas para o privilégio e a manutenção das masculinidades hegemônicas (leia-se homens brancos, heterossexuais, cisgêneros e de classe média) incentivam padrões de exercícios de masculinidade que empurram os homens para o “abismo social” do não cuidado. Vale dizer que ser reconhecido como homem na sociedade patriarcal é corresponder aos padrões do machismo, que tem como base a violência. Dessa forma, os homens negros, para serem reconhecidos como homens, socialmente, tentam reproduzir esses padrões rígidos machistas. Todavia, essa luta para o reconhecimento é inglória. Frantz Fanon já apontava para a desumanização social do homem negro no seu livro ‘Pele Negra, Máscaras Brancas (1957)‘. 

Segundo o Ministério da Saúde e a Universidade de Brasília (UnB), em pesquisa realizada em 2018, o risco de suicídio entre jovens negros do sexo masculino de 10 a 29 anos é 45% maior do que entre jovens brancos na mesma faixa etária. Isso nos mostra que homens negros jovens morrem, por suicídio em larga escala no Brasil. Neste texto não vamos falar sobre o assassinato dos homens negros. Como sabemos, há uma necropolítica em curso. Noutro texto podemos falar sobre.

Voltando a falar sobre o suicídio, o racismo, atrelado às normas rígidas de gênero, é uma junção letal para os homens negros. O estresse a que homens negros são submetidos constantemente, unido a ausência de autocuidado, em muitas situações, promovidas pelo estado, levam esse homem ao extremo ato do suicídio. Se esse homem negro não é visto como um ser humano, naturaliza-se o não cuidado a ele desde a infância. “Homens não acessam os serviços de saúde mental”, mas aos homens negros, não é exagero dizer que este tipo de serviço é negado. O estresse tóxico (termo utilizado no primeiro parágrafo desse texto) promovido pelo racismo retira a capacidade de movimento desse indivíduo em todas as esferas de sua vida, até retirar a própria vida. 

Fortalecer as identidades dos homens negros, em todas os ciclos de vida, reconectando-os as suas ancestralidades e promover processos metodológicos de consciência racial e de gênero são elementos importantes e primeiros passos para um “reolhar” dos homens negros para si. A doutora em antropologia e professora pela Universidade Nacional Colômbia, Mara Viveros Vigoya nos acentua a necessidade de interseccionalizarmos o debate sobre as masculinidades olhando para as raças, territórios, orientações sexuais, gênero e outros elementos que constroem esse indivíduo.

Por exemplo, quando se relata que homens negros são mortos e se suicidam mais, é preciso olhar para dentro das masculinidades negras e pensar que homens são esses: os homens negros gays e trans estão mais vulneráveis às violências de gênero e homofobia; já os homens negros periféricos e favelizados à necropolítica; e todos os homens negros têm seus corpos atravessados pela violência do racismo, que a todo momento os mata. Isso causa no homem negro, como aponta a Oficial de Primeira Infância do UNICEF Maira Souza, uma “atitude de prontidão constante”, elevando o nível de estresse a que esse indivíduo está submetido. 

Quando o Brasil pensa a campanha do Setembro Amarelo, é necessário interseccionalizar esse debate, pensando na população que mais morre. Não pode pensar nesse indivíduo universalizando-o, mas precisa olhar para a sua concretude. Essa concretude tem raça, gênero, território e classe social. E com esse olhar é que as políticas públicas precisam ser configuradas. 

Luciano Ramos, Especialista em Masculinidades e Paternidades Negras e Diretor executivo do Instituto Mapear

A pedido da equipe de Will Smith, Chef Carmem Virgínia prepara Jantar dos Orixás para o astro

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Fotos: Roberto Viana

Will Smith provou o sabor dos Orixás! Na última terça-feira, 17, a chef Carmem Virgínia, proprietária do restaurante Altar Cozinha Ancestral, localizado na zona oeste de São Paulo, preparou um jantar especial para o astro Will Smith, uma das atrações do Rock in Rio. A princípio, seria servido o menu seria tradicional, mas a equipe do artista surpreendeu ao pedir o icônico “Jantar dos Orixás”.

Um destaque, a caipirinha de umbu cajá, típica do Nordeste, conquistou o ator: “Ele amou a caipirinha de umbu cajá, que só tem no Nordeste”, revelou a chef. Para abrir os caminhos do menu temático, a chef serviu pastel de festa com pimenta. Também foram oferecidos como pratos principais o arroz caldoso de personagens do mar, nomeado de Oxum e Iemanjá, além de feijão verde, bacon linguiça, carne seca, farofa, vinagrete de quiabo e pirão de leite, que ganhou o nome de Xangô. Antes, o convidado ilustre também provou receitas tradicionais servidas como entrada, entre elas: caldinho de feijoada com torresmo, tradicional de Ogum, Acarajé, vatapá, camarão seco e vinagrete, em homenagem à Iansã, e ensopadinho de sururu com farofa de milho, de Logun.

O tradicional bolo de rolo, em homenagem aos Ibejis compôs as sobremesas servidas pelo jantar, que também referenciou Oxalá ao servir cocada mole acompanhada de bolinhos de tapioca e coco, chuvinha de açúcar e canela, lambuzado no doce de leite.

O jantar, um dos mais representativos do restaurante de Carmen Virgínia, celebra a cultura dos orixás, divindades das religiões de matriz africana, e é composto por ingredientes simbólicos que homenageiam Iemanjá, Xangô e Oxum. Além de proporcionar uma experiência única ao misturar história, religiosidade e sabor em uma verdadeira conexão com as tradições ancestrais, que foram apreciadas pelo rapper e ator norte-americano.

Organizado pelo vice-presidente artístico do Rock in Rio, José Ricardo, o jantar também contou com a presença de personalidades negras brasileiras, como as atrizes Juliana Alves, Cris Vianna, a cantora Iza, que também vai se apresentar no festival, além das jornalistas Maju Coutinho, Kenya Sadee e do rapper Xamã.

De volta à carreira musical, o rapper premiado se apresentará no Rock in Rio no dia 19 de setembro, no palco Sunset. O artista está aproveitando sua estadia no país desde que chegou, na tarde do último domingo, 15, para passear pelo Rio de Janeiro e conhecer a gastronomia brasileira.

Projota suspende shows após ser assaltado e feito refém em sua residência

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Foto: Reprodução/Instagram

O rapper Projota foi vítima de um assalto na madrugada da última terça-feira, 17, quando sua casa localizada na região metropolitana de São Paulo, foi invadida. O artista foi feito refém pelos criminosos, que chegaram à residência durante a noite.

Segundo informações do empresário do cantor, os assaltantes haviam monitorado Projota por meses antes de invadir a casa. No momento do crime, os filhos do artista, Marieva, de 4 anos, e Otto, de 1 ano e três meses, estavam presentes no local. “Tá tudo bem agora. Estavam monitorando ele há meses e entraram na casa de madrugada. Renderam ele, e as crianças estavam no quarto do lado. Roubaram celular, videogame, roupas e uns discos de ouro achando que era de verdade”, relatou o empresário.

A agência Faz Produções, responsável pela carreira de Projota, divulgou uma nota em suas redes sociais detalhando o ocorrido. “O artista Projota foi assaltado nessa madrugada, sua casa invadida e ele feito de refém. Seus filhos também estavam em casa”, informou a nota. A agência também comunicou que todos os shows programados para esta semana foram suspensos. “Avisamos aos amigos e contratantes que todos os compromissos dessa semana serão cancelados. Nesse momento, Projota está resolvendo todas as necessidades relacionadas ao caso e em breve irá se pronunciar sobre o ocorrido.”

De acordo com a assessoria do rapper, quatro homens participaram do assalto, já cientes de que a residência pertencia a Projota. Além dos itens de valor, como celulares avaliados em R$ 12 mil e roupas de grife, um disco de ouro também foi levado. Um carro do artista foi recuperado posteriormente.

Tamy Contro, ex-companheira de Projota, também se manifestou sobre o incidente. Ela está retornando de viagem para estar com os filhos. “O Tiago [Projota] está bem, na medida do possível, mas está resolvendo tudo que precisa e em breve vai falar com vocês. O trauma é grande, só quem já viveu algo parecido consegue ter uma noção do desespero dele e das nossas famílias. Peço desculpas a todos que não estou conseguindo responder, estou ansiosa para poder ter meus filhos no colo”, escreveu Contro.

IZA terá médico, ambulância e camarim especial em show no Rock in Rio antes da chegada de sua filha

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Foto: Reprodução/Instagram

Grávida de oito meses, a cantora IZA está prestes a realizar seu último show antes da chegada de sua primeira filha, Nala. A apresentação, marcada para o Rock in Rio no próximo dia 20, contará com uma estrutura especial para garantir o conforto e a segurança da artista, que vem adaptando suas performances à fase final da gestação.

Segundo a assessoria de imprensa da cantora, um camarim exclusivo foi montado para oferecer o máximo de conforto à artista. O espaço inclui uma poltrona ergonômica para que ela possa descansar entre as músicas, além da presença constante de um médico particular no backstage. Uma ambulância também estará disponível, pronta para atender qualquer eventualidade.

A performance, que integra o line-up de um dia totalmente feminino no festival, também foi cuidadosamente planejada para se ajustar às necessidades da gravidez. Em vez das coreografias dinâmicas que costumam marcar seus shows, IZA será acompanhada por uma big band de 24 músicos. O foco da apresentação estará em sua voz, que, segundo a cantora, ganhou uma nova profundidade devido às mudanças hormonais.

Em um vídeo publicado no Instagram na última terça-feira, IZA mostrou imagens dos bastidores, onde está fazendo os ensaios e falou sobre a experiência de fazer o show com as mudanças que aconteceram com seu corpo durante a gravidez: “Tô vivendo um momento muito especial da minha vida. Eu acho muito desafiador. Eu nunca respirei assim, nunca cantei assim, é muito diferente. A voz fica mais grave, as cordas ficam mais relaxadas por causa dos hormônios, da gravidez. Hormônios que relaxam todas as nossas articulações e tal, coisas que eu não fazia ideia, eu só fui fazer ideia depois que eu fiquei grávida, e ela tá empurrando todo o meu diafragma, mas ela tá alta aqui. Mas eu tô feliz de fazer uma coisa que tá me desafiando e eu acho que vai ser o show mais especial da minha vida”, afirmou.

IZA também deve usar o show para homenagear mulheres que foram importantes em sua trajetória pessoal e profissional. A temática do “feminino cósmico”, presente em seu último álbum, guiará a apresentação, que será marcada por uma forte celebração da força e resiliência feminina.

A cantora se despede temporariamente dos palcos com essa apresentação, antes de se dedicar à maternidade de Nala, filha da cantora com o jogador de futebol Yuri Lima. O público do Rock in Rio, ansioso para ver IZA pela última vez antes de sua pausa, pode esperar um show emocionante e repleto de simbolismo.

No mesmo dia, outras grandes artistas também sobem ao palco do festival. No Palco Mundo, Ivete Sangalo, Cyndi Lauper, Karol G e Katy Perry lideram a programação, enquanto no Palco Sunset, Gloria Gaynor, Tyla, Luedji Luna, Tássia Reis e Xênia França prometem entregar performances marcantes.

Djimon Hounsou fala sobre desvalorização em Hollywood e destaca sua dedicação com africanos da diáspora

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Foto: Yves Salmon/The Guardian

O beninense Djimon Hounsou, ator indicado ao Oscar pelo filme ‘Diamante de Sangue‘, é a nova capa digital da revista OkayAfrica. Em entrevista publicada nesta terça-feira, 17, o artista com mais de 30 anos de carreira revelou que decidiu não se concentrar no que Hollywood não lhe proporcionou, para colocar energia no que pode oferecer ao mundo. 

Com o dinheiro obtido com a carreira de ator, desde 2019, ele tem se dedicado à Fundação Djimon Hounsou, uma organização para combater a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos, e para ajudar os africanos na diáspora a se reconectarem com suas raízes ancestrais, culturais e espirituais. “O resultado do comércio transatlântico de escravos é uma perda de conhecimento […] Se não sabes de onde vens, não sabes onde estás”, disse.

Entre uma das ações da sua organização, a Fundação lançou o Africa Reconnect, uma série anual de eventos musicais e esportivos. A peça central é a Run Richmond, uma corrida/caminhada de 16,19 quilômetros, projetada para destacar locais históricos em Richmond, onde se acredita que o primeiro navio negreiro atracou em 1619. A edição deste ano será realizada em 21 de setembro, e nos próximos anos ocorrerá em Liverpool no Reino Unido e em Ouidah, no país natal de Hounsou.

O ator contou durante a entrevista que conseguiu atingir uma de suas primeiras ambições: retratar personagens de integridade em vez daqueles que perpetuam estereótipos, particularmente de africanos. “Às vezes ouço comentários de estúdios como, ‘Oh, Djimon Hounsou é nobre demais para interpretar esse papel’. É bom ouvir que os estúdios estão pensando isso”. No dia 14 de novembro, ele chega aos cinemas no elenco do longa ‘Gladiador 2’.

Embora ele tenha atuado em quase 60 filmes, incluindo uma série de títulos da Marvel e da DC, muitos fãs continuam questionando a falta de papéis protagonistas para Hounsou. Em 2023, o ator disse ao Guardian que se sentiu “enganado” por Hollywood e que não se sentia recompensado de forma justa por seu trabalho. “Não mudou muita coisa desde então, então ainda me sinto assim. Continuo com a mesma citação que eu disse”, disse nesta nova entrevista.

Hounsou sente que ainda falta algo na carreira, mas agradece as oportunidades que teve até o momento. “Consegui sustentar uma carreira, e acho que isso é algo a ser destacado e reconhecido”, disse.

“Eu apenas mantenho isso vago em termos do tratamento [in]justo da indústria porque, no final das contas, não posso culpar os estúdios. Os estúdios têm me apoiado bastante e me abraçado muito”, apontou. “Sinto um grande orgulho de ter vivido em três continentes diferentes e de ter sobrevivido na indústria cinematográfica. É como nadar em águas infestadas de tubarões — você pode conseguir, ou não”, afirmou.

Djimon foi indicado duas vezes como Melhor Ator Coadjuvante no Oscar por sua atuação em “Terra de Sonhos” (2004) e “Diamante de Sangue” (2007)

Marina Silva critica penas leves para crimes ambientais e alerta sobre impunidade

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Foto: Roque de Sá / Senado Federal

Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, classificou como inadequadas as penas previstas nas leis brasileiras para crimes ambientais como o uso do fogo para causar incêndios criminosos.

“Porque a pena de dois a quatro anos de prisão é leve e quando a pena é leve, às vezes ela é transformada em algum tipo de pena alternativa e ainda há atitude de alguns juízes que relaxam completamente essa pena”, pontuou.

A declaração foi dada durante a participação no programa Bom Dia Ministra, do Canal Gov, nesta terça-feira (17), em Brasília. A ministra reforçou ainda que, neste momento, qualquer incêndio florestal se caracteriza como criminoso e representa ameaças ao meio ambiente, à saúde pública, ao patrimônio e à economia brasileira.

“Há uma proibição de uso do fogo em todo o território nacional, os últimos que fizeram o decreto de proibição do fogo foram os estados de Rondônia e Pará há mais ou menos uma semana e meia”, disse Marina.

Seca extrema

De acordo com a ministra, das 27 unidades da federação, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina não enfrentam uma seca extrema nos dias atuais. “É como se tivéssemos uma situação de risco em todo o território nacional”, opinou.

Para a ministra, os criminosos se aproveitam da mudança climática, que tem causado altas temperaturas e eventos climáticos extremos, para atear fogo e causar a atual situação de incêndios no Brasil. “Há uma aliança criminosa entre ideologias políticas que querem negar a questão da mudança do clima”, observou.

Ela, a seguir, informou que o endurecimento da pena de atear fogo com intenção criminosa vem sendo tratada na sala de situação do governo. Além disso, a ministra informou que há projetos de lei tramitando no Congresso Nacional – como o do senador Fabiano Contarato (PT-ES) – que torna hediondo esse tipo de crime.

Investigação

Para a ministra, a apuração desse tipo de crime é bastante complexa pela rapidez de propagação do fogo neste cenário de seca, mas é necessário fazer um esforço para que os criminosos e os mandantes sejam punidos.

“O presidente [da República] Lula ligou para o presidente [do Supremo Tribunal Federal] ministro Barroso para que haja suporte legal para que essa investigação possa acontecer com mais velocidade e temos toda uma articulação que vem sendo feita pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski”, diz.

Para Marina Silva, o serviço de inteligência tem sido fundamental para solucionar crimes de fogo intencional em áreas florestais. A Polícia Federal instaurou 52 inquéritos que investigam os pontos de ignição do fogo em diferentes regiões do país.

“Está sendo feito o monitoramento das imagens de satélite, que podemos retroagir para saber onde começou a ignição e chegar ao criminoso de origem”, explica.

Enfrentamento

O governo federal tem reunido esforços para enfrentar os incêndios em todo o território nacional, inclusive além das áreas federais, diz Marina.

“A disposição do governo federal é de não ficar fazendo jogo de empurra. Nós queremos trabalhar em conjunto. Estamos trabalhando dentro das áreas estaduais, dentro das terras indígenas, dentro de propriedades privadas e em cooperação com o Corpo de Bombeiros”, salienta.

A ministra lembra ainda que, em julho, uma medida provisória modificou a legislação brasileira permitindo que o serviço de combate a incêndios seja realizado por aeronaves e tripulação de outras nacionalidades. Isso possibilita que outros países possam cooperar com o enfrentamento aos incêndios, conforme viabilidade técnica.

Recursos

De acordo a ministra, o governo federal vem trabalhando com um planejamento desde 2023 para enfrentar esse período de estiagem agravado pela mudança climática.

Foram disponibilizados recursos do Fundo Amazônia, totalizando mais de R$ 47 milhões para que os estados pudessem reforçar equipes do Corpo de Bombeiros. Além disso, o bioma  do Pantanal também obteve a liberação de R$ 175 milhões em crédito extraordinário para enfrentamento aos incêndios. “O governo trabalha na liberação de mais um crédito extraordinário para a Amazônia e em outras unidades da federação”, revelou Marina

Além dos recursos, a ministra informou, ainda, que o presidente Lula anunciou a edição de uma medida provisória para criar o Estatuto Jurídico das Emergências Climáticas, que, segundo a ministra, permitirá a antecipação da situação de emergência, que hoje só é reconhecida no ordenamento jurídico, após a ocorrência de uma catástrofe climática.

Texto: Fabíola Sinimbú/Agência Brasil

Will Smith agita restaurante antes de show no Rock in Rio e surpreende atendente: “Muito simpático”

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Foto: Reprodução/Instagram/@vitoria_nobre28

Will Smith ainda nem se apresentou no Rock in Rio, mas já está agitando o Rio de Janeiro! Recém chegado ao Brasil, o astro vai se apresentar no Palco Sunset no dia 19 de setembro e esteve no restaurante Baleia Rio’s, na noite desta segunda-feira, 16, onde ficou mais de quatro horas com sua equipe.

Smith foi super elogiado pelos funcionários e a atendente Vitória tem chamado a atenção na imprensa com os registros abraçada com ele, e relatou que foi o próprio artista que a chamou pelo nome para tirar foto com ela.

“Eu estava atendendo ele, eu e meus colegas de trabalho. Estava nervosa, mas mantive uma calma, uma postura que não era minha, que todo mundo sabe que eu sou escandalosa, sou eufórica (brinca). […] Teve uma hora que ele me chamou para tirar foto só que eu não escutei, eu estava do outro lado do salão. Os meninos falaram que ele estava me chamando para tirar foto. “Vitória”, falando meu nome. Não estava acreditando”, contou empolgada no story.

“Uma pessoa humilde, simpática, chegou no restaurante falando com todo mundo, apertando a mão de todo mundo. Dá pra ver ali que é uma pessoa que acho que já foi pro pobretão, igual a gente, sabe? (brinca de novo). Muito farofeiro ele juntinho com a gente fazendo gritaria, muito bom, fiquei muito feliz”, completou.

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