A clássica série Todo Mundo Odeia o Chris, que conquistou fãs no Brasil desde sua estreia, ganha uma versão animada. A animação estreia em 4 de outubro de 2025, exclusivamente no Paramount+ Brasil, mantendo o humor e as situações marcantes do cotidiano do jovem Chris, retratando de forma leve a vida em um bairro periférico nos Estados Unidos.
O seriado original, transmitido no Brasil pela primeira vez em 2005, teve grande sucesso ao abordar, com humor, temas como racismo, desigualdade social e desafios do dia a dia de uma família negra de classe média baixa. A nova animação busca preservar essa essência, apresentando os personagens e histórias de forma acessível para novas gerações de espectadores.
A produção conta com dublagem oficial, garantindo que o público brasileiro acompanhe as nuances da narrativa e a personalidade dos personagens. A adaptação mantém a crítica social presente na obra original, explorando a experiência de Chris no contexto escolar, familiar e comunitário, e destacando elementos de cultura negra de forma divertida e educativa.
Lucielma Cardeal, 51 anos, técnica em logística, tornou-se uma das participantes mais comentadas da edição 50+ de Casamento às Cegas. Sua postura intensa e insistente nas relações afetivas, tanto dentro quanto fora do reality, gerou debates sobre limites emocionais e respeito ao espaço alheio. Durante o programa, Lucielma foi criticada por insistir em contato com ex-parceiros, chegando a utilizar celulares de familiares para manter comunicação, levantando questões sobre ética nas relações afetivas e responsabilidade emocional.
Após o término do programa, Lucielma admitiu ter tentado contato com Mário Roberto, ex-participante com quem iniciou um relacionamento no reality. Ela revelou que, após ser bloqueada por ele, utilizou telefones de amigos, parentes e até da filha para enviar mensagens, buscando explicações sobre o término. Essa insistência foi interpretada por muitos como uma violação dos limites do outro, alimentando críticas sobre a falta de respeito à decisão alheia e à privacidade.
Recentemente, Luciana Rodrigues, também participante da edição 50+, registrou um boletim de ocorrência (BO) contra Lucielma, alegando perseguição. Luciana afirmou que Lucielma estaria ligando insistentemente para ela de vários números diferentes e tentando contato por amigos. “Ela é insuportável, gente. Ela é tóxica. Fica me ligando de milhares de telefones e eu tô bloqueando”, disse Luciana em uma live. Ela negou qualquer envolvimento amoroso com Mário Roberto, esclarecendo que, no programa, apenas trocou beijos rápidos com alguns participantes, desmentindo rumores de envolvimento exclusivo com ele.
O boletim de ocorrência registrado por Luciana formaliza a denúncia de perseguição contra Lucielma. Até o momento, não houve posicionamento oficial das autoridades sobre o andamento da investigação.
A BANTUMEN e o coletivo feminista português Wiki Editoras Lx se uniram mais uma vez para a realização da quarta edição do projeto Visibilidade Negra, criando páginas na Wikipédia dedicadas a quatro jornalistas de referência: Silvia Nascimento, CEO e fundadora do site Mundo Negro, o primeiro portal com conteúdos para a comunidade negra no Brasil, Aline Aguiar, apresentadora da Rede Globo Minas, a portuguesa Alberta Marques Fernandes, a moçambicana Zenaida Machado.
Página da Silvia Nascimento, CEO do Mundo Negro, no Wikipédia (Foto: Divulgação)
“Os jornalistas da minha geração sempre foram melhor em falar dos outros do que sobre si. Uma iniciativa como essa do Bantumen e Wiki Editoras foi um grande presente de reconhecimento não só do meu trabalho, mas do protagonismo das mulheres na imprensa”, celebra Silvia Nascimento.
Aline Aguiar (Foto: Divulgação)
“O propósito do evento Visibilidade Negra é contribuir para a diminuição do vazio de representatividade de mulheres negras na Wikipédia, o site mais visitado do mundo e, para muitas pessoas, a primeira porta de acesso ao conhecimento. O silêncio da nossa comunidade nas fontes de saber é gritante e, se não formos nós a agir, é legítimo afirmar que também seremos cúmplices do apagamento contínuo das nossas histórias”, afirma Vanessa Sanches, fundadora da BANTUMEN, em entrevista ao Mundo Negro.
Alberta Marques Fernandes (Foto: Divulgação)
“Qualquer pessoa pode criar ou editar uma página na Wikipédia, e o processo é muito mais simples do que imaginamos. Perpetuar as nossas narrativas deve ser a nossa missão, sobretudo no contexto social e global em que vivemos, em que o espaço público digital se torna cada vez mais hostil e inseguro para quem sempre foi empurrado para as margens. Mulheres negras, atravessadas por desigualdades raciais, sociais e económicas, continuam a ser as mais afetadas por essa exclusão”, completa.
Zenaida Machado (Foto: Divulgação)
“Os perfis escolhidos pela nossa curadoria têm percursos de grande relevância e são, muitas vezes, reconhecidos além-fronteiras. No entanto, por não receberem a atenção da mídia mainstream, correm o risco de passar despercebidos do grande público e, com o tempo, de cair sob um manto de esquecimento”, pontua.
BANTUMEN e coletivo Wiki Editoras Lx (Foto: Divulgação)
Vanessa Sanches explica que a BANTUMEN recebeu o convite do coletivo feminista para integrar o projeto. “A Wiki Editoras Lx convidou a revista afrocentrada BANTUMEN para fazer a curadoria anual de um encontro de mulheres, pessoas trans e não binárias, para criarem em conjunto as biografias de personalidades distinguidas através da Powerlist BANTUMEN 100. Anualmente, essa lista destaca 100 personalidades de referência da comunidade de países com população negra falante de português (entre eles Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Portugal)”, explica.
Após estrear mundialmente no Festival de Berlim, na 11ª edição do Berlinale Series Market, a série nacional‘Reencarne’chega ao Globoplay no dia 23 de outubro. Com uma narrativa que mistura terror, suspense e drama existencial, a produção mergulha em um território pouco explorado pelo gênero: o cerrado brasileiro.
Ao longo de nove episódios, a trama levanta questões profundas: o que nos define, o corpo ou a alma? Se a mente pudesse habitar outro corpo, ainda seríamos nós? O público é conduzido por uma jornada que atravessa vida e morte, bem e mal, desejo e redenção.
No enredo, Túlio (Welket Bungué), ex-policial condenado pela morte de seu melhor amigo, Caio (Pedro Caetano), deixa a prisão após 20 anos. Sua rotina muda quando Sandra (Julia Dalavia) afirma ser a reencarnação de Caio. Enquanto isso, o cirurgião Feliciano (Enrique Diaz) ultrapassa limites em busca da cura para sua esposa, e a delegada Bárbara Lopes (Taís Araijo) se vê diante de uma série de assassinatos marcados por ferimentos misteriosos, além de vivenciar experiências sobrenaturais que desafiam sua racionalidade.
EXCLUSIVO: Grace Passô como Lúcia em ‘Reencarne’ (Foto: Globo/João Miguel Júnior)
Entre os destaques, Grace Passô interpreta Lúcia, braço direito do médium José Carlos (Christovam Neto). A personagem se envolve em experimentos que misturam ciência e espiritualidade e convence a filha, Camila (Aretha Sadick), enfermeira, a roubar anestésicos do hospital onde trabalha.
“O que mais me interessou em relação a Lúcia foi a possibilidade de jogar com essa personagem que é meio dúbia. Ela te faz questionar sobre o bem e o mal, e traz uma dúvida ética sobre as coisas que faz. Tem muitas coisas que só a Lúcia sabe”, afirma Grace.
Aretha Sadick também destaca os dilemas de sua personagem: “A Camila acredita no que é justo e vai atrás disso, mesmo que mostre algumas controvérsias ao longo do caminho. O mais desafiador ao interpretar a Camila são as nuances emocionais pelas quais ela passa. Precisei emprestar a minha coragem para entrar nesses territórios emocionais – é bastante desafiador e, ao mesmo tempo, maravilhoso”, diz a atriz.
EXCLUSIVO: Aretha Sadick como Camila em ‘Reencarne’ (Foto: Globo/João Miguel Júnior)
Criada por Elisio Lopes Jr., Amanda Jordão, Flávia Lacerda, Juan Jullian e Igor Verde, Reencarne é uma produção dos Estúdios Globo para o Globoplay. A série conta com direção artística de Bruno Safadi, direção de Noa Bressane e Igor Verde, produção de Isabela Bellenzani, produção executiva de Lucas Zardo e direção de gênero de José Luiz Villamarim.
Fotos: Taylor Hill / Getty Images e Amy Sussman/Getty Images for MRC
Quatro meses depois de seu depoimento no julgamento criminal de Sean “Diddy” Combs, 55, em Nova York, a cantora Casandra “Cassie” Ventura, 39, voltou a se pronunciar. Em uma declaração de impacto entregue ao juiz Arun Subramanian, ela pediu que a sentença do magnata reflita “as verdades em questão que o júri não conseguiu ver”.
Os promotoressolicitam que Combs, condenado por duas acusações de transporte para prostituição, cumpra pelo menos 11 anos e 3 meses de prisão. Já a defesa pede um máximo de 14 meses. A decisão deve ser anunciada na próxima sexta-feira, 3 de outubro, durante uma audiência em Manhattan.
Na carta de três páginas, Cassie detalha mais de uma década de violência, coerção e controle exercidos por Combs desde que ela tinha 19 anos. “Ele me induziu a praticar atos sexuais repetidos com profissionais do sexo contratados durante ‘surtos’ de vários dias, que ocorriam quase semanalmente. Fui forçada a usar lingerie e saltos altos, recebi ordens exatas sobre como me vestir e me subjuguei com drogas e álcool para que ele pudesse me controlar como uma marionete”, escreveu.
Ela também relatou espancamentos, ameaças contra sua família e o uso de vídeos íntimos como forma de chantagem. “Ao longo dos quase onze anos em que estivemos juntos, Sean Combs me batia, me socava, pisava no meu rosto, puxava meu cabelo e jogava meu corpo no chão e contra a parede. O júri viu fotos de hematomas nas minhas costas causados pelos chutes de Combs e viu o corte profundo acima do meu olho quando ele me jogou contra a estrutura da cama. O tribunal inteiro assistiu a imagens reais de Combs me chutando e me espancando enquanto eu tentava fugir de uma briga em 2016”, lembrou.
Cassie revelou que chegou a pensar em suicídio para escapar do “nível de trauma aparentemente intransponível” e que ainda hoje sofre com pesadelos e flashbacks. Aos 39 anos, afirma continuar com medo do que Combs pode fazer contra ela e seus familiares caso seja libertado.
A cantora também criticou as tentativas da defesa de apresentar Diddy como um homem transformado. “Isso me enoja. Ele não está sendo sincero. Eu sei que quem ele era para mim — o manipulador, o agressor, o abusador, o traficante — é quem ele é como ser humano. Ele não tem interesse em mudar ou se tornar melhor. Ele sempre será o mesmo homem cruel, sedento de poder e manipulador que é”, disse.
Cassie destacou ainda que o pedido público de desculpas de Combs só veio após o vazamento do vídeo que o mostra agredindo-a em um hotel de Los Angeles, em 2016.
Seus pais também enviaram uma carta ao tribunal pedindo uma condenação exemplar. “Condenar levianamente neste caso que envolveu abusos tão cruéis contra o corpo, a segurança e a dignidade de nossas filhas é menosprezar a própria existência dela. Condenar levianamente também enviaria uma mensagem perigosa. Uma sentença proferida em meses, em vez de anos, envia a mensagem de que tal comportamento repulsivo pode ocorrer sem consequências significativas”, escreveram.
Apesar da dor, Cassie afirmou esperar por justiça: “Minha experiência foi real, horrível e merece ser considerada. Embora o júri não parecesse entender ou acreditar que eu tenha me envolvido em atos de violência por causa da força e da coerção que o réu usou contra mim, eu sei que essa é a verdade, e sua sentença deve refletir a realidade das evidências e minha experiência vivida como vítima”.
A moda sustentável agora é pauta na televisão. Em ‘Dona de Mim’, a personagem Leo, interpretada por Clara Moneke, apresentou uma ideia que tem transformado não apenas as passarelas, mas também a vida de microempreendedores e estilistas iniciantes: o upcycling.
Na trama, Leo sugere reaproveitar peças descartadas e com pequenos defeitos da marca Boaz para criar uma nova coleção, apostando em um processo criativo que dá novo valor a roupas antes destinadas ao descarte, uma prática já adotada por por muitos profissionais.
O termo upcycling, traduzido como “reciclagem”, propõe o reaproveitamento de materiais que perderam sua função original, transformando-os em novos produtos de qualidade igual ou superior. Ele surgiu em contraposição ao downcycling, processo em que os resíduos são reutilizados para gerar itens de qualidade inferior.
Clara Moneke como Leo em ‘Dona de Mim’ (Foto: Globo)
No cenário atual, em que cresce a moda da “repaginação” de roupas antigas ou descartadas, o upcycling tem se mostrado um caminho potente de inovação e sustentabilidade. Para muitos empreendedores negros, a técnica representa não apenas um recurso criativo, mas também uma forma de visibilidade e reconhecimento no mercado da moda.
Além de ser tendência, o upcycling carrega benefícios diretos para o planeta: reduz a quantidade de lixo em aterros, economiza matérias-primas, poupa água e energia, diminui a emissão de poluentes e estimula a economia circular.
O Brasil é o país com a maior população negra fora do continente africano. Segundo o Censo Demográfico de 2022, mais de 56% da população brasileira se declara preta ou parda, o que corresponde a mais de 112 milhões de pessoas. Apesar disso, a presença negra nas esferas de poder político ainda não acompanha a força demográfica.
Esse cenário cria a expectativa de que a composição política reflita de forma mais fiel a realidade racial brasileira. No entanto, a comparação entre a população e a representatividade política expõe um déficit estrutural que precisa — e pode — ser transformado.
As eleições de 2026 serão um marco para avaliar se o país está disposto a avançar em direção a uma sociedade mais justa, capaz de alinhar desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental. Não se trata de erguer muros ou reforçar separações, mas de construir pontes de união pelo Brasil, pelas futuras gerações e pelo planeta que habitamos — razões maiores da nossa existência e pertencimento.
Assim como tenho reforçado a importância da diversidade nas empresas, esse princípio é ainda mais urgente na política, de onde partem todas as decisões que afetam diretamente nossas vidas. É justamente o impacto que sofremos que deve orientar a luta por mais representatividade, garantindo que as vozes da maioria estejam no centro das escolhas que moldam o futuro do país.
Representatividade no Legislativo
Nas eleições de 2022, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve recorde de candidaturas de pessoas negras: 14.712, o que representa 50,27% dos inscritos — um aumento significativo em comparação a 2018, quando o índice foi de 46,4%. Também houve crescimento de 11,4% no número de candidatos eleitos em relação ao mesmo período, um marco transformador para a população brasileira. Na Câmara dos Deputados, entre 2023 e 2026, somam-se 135 parlamentares autodeclarados pretos ou pardos, de um total de 513, representando 26,3%.
Embora esse índice represente um avanço em relação a 2018, ainda está muito aquém dos 56% da população brasileira que se declara negra. O recorte de gênero e raça torna a desigualdade ainda mais evidente: em 2018, apenas 13 mulheres negras foram eleitas deputadas federais; em 2022, esse número subiu para 29. Um crescimento relevante, mas ainda pequeno diante da participação social e econômica que as mulheres negras efetivamente representam no país.
Desafios Estruturais
Nas eleições municipais de 2024, candidatos pretos e pardos representaram 52,7% das candidaturas para cargos de prefeito, vice e vereador. Apesar disso, a vitória nas urnas não acompanhou a proporção das candidaturas, revelando impedimentos estruturais de acesso a financiamento, redes de apoio e tempo de propaganda.
A desigualdade se explica por múltiplos fatores, desde a sub-representação persistente até a invisibilidade gerada pelo racismo estrutural. E é aqui que precisamos atuar insistentemente. É necessário que todos se conscientizem de que a união será a nossa maior ferramenta. Promover educação, saúde, empregabilidade e acesso a bens culturais e materiais para todos os brasileiros é um desejo que precisa ser compartilhado e praticado simultaneamente.
Fortalecer políticas afirmativas, garantir financiamento proporcional, ampliar espaços de formação política e combater o racismo institucional são caminhos para reduzir esse déficit democrático. O futuro da política brasileira depende da construção de um modelo em que negros e negras possam não apenas ocupar cadeiras, mas também influenciar agendas, decisões e políticas públicas que impactam a vida da população.
Criadas, primeiro longa-metragem da cineasta Carol Rodrigues, estreia no Festival do Rio, abordando colorismo, heranças do sistema escravocrata e relações familiares complexas entre duas primas negras criadas juntas, mas com experiências de vida muito diferentes. Sandra (Mawusi Tulani), negra de pele escura, retorna à casa da prima Mariana (Ana Flavia Cavalcanti), negra de pele clara, em busca de uma foto de sua mãe Ivone (Ivy Souza), que trabalhou como empregada residente na residência da família.
O longa começa com a imagem de A Redenção de Cam, do artista espanhol Modesto Brocos, em chamas, efeito que sugere que o reencontro das primas não seguirá linearidades. A narrativa é marcada pelo realismo fantástico: versões infantis de Sandra e Mariana (Vitória Marques Rodrigues e Alice de Jesus Feitosa) aparecem em cena, expressando frustração e descontentamento diante dos papéis sociais que lhes eram impostos na infância.
Raquel (Rudimira Fula), imigrante angolana responsável pela limpeza da casa de Mariana, adiciona ao filme um olhar afrodiaspórico sobre territorialidade e trabalho, mostrando como mulheres negras navegam entre invisibilidade, precariedade e necessidade de se manter financeiramente protegidas. As personagens também lidam com desafios contemporâneos: a apropriação intelectual no trabalho, a escassez de representação em posições de liderança e a responsabilidade quase universal de honrar os antepassados, sentimentos que ecoam pessoalmente para a diretora, que dedica o filme à avó Esméria.
Em uma das cenas mais marcantes, Sandra e Mariana cantam juntas versos que Carol ouviu na voz de sua avó:
“Mãe preta, quando canta no terreiro, embaixo daquele poleiro, só pro negrinho dormir / Dorme, filho, você não faz nada, tem pena da velha, que tá muito cansada / O negrinho, com os lábios a sorrir, fecha os olhinhos e começa a dormir / Dorme nenê, mamãe tem o que fazer / lavar, engomar os paninhos de você.”
A cineasta explica:
“A história fala das contradições internas da minha família. Minha avó veio para São Paulo com 14 anos para trabalhar como empregada do lar. Com 40 anos, se torna funcionária pública e começa a trazer primas para trabalhar em casa. Eu morava com a minha avó, mas a minha mãe me teve muito cedo, com 21 anos, e a gente morava no mesmo quintal. Apesar de afetivamente, o filme ser dedicado à minha avó, acho que a minha família entendeu que o filme é sobre a gente.”
O roteiro de Carol Rodrigues já havia sido premiado, incluindo o Festival Cabíria 2023 e três prêmios do BrLab 2017. A produção é da Gato do Parque Cinematográfica, em coprodução com Telecine, Canal Brasil, NayMovie, Cinefilm, Volta Filmes e Netas de Esméria, com distribuição da Vitrine Filmes.
O filme será exibido no Festival do Rio nas seguintes datas:
3 de outubro, 18h45: Estreia mundial, sessão exclusiva para convidados, Estação Gávea
4 de outubro, 16h15: Sessão aberta ao público, Estação Rio 5, seguida de debate
5 de outubro, 18h: Sessão aberta ao público, CineCarioca José Wilker 1
Ficha Técnica: Direção e Roteiro: Carol Rodrigues Elenco: Mawusi Tulani, Ana Flavia Cavalcanti, Sarito Rodrigues, Ivy Souza, Rudimira Fula, Vitória Marques Rodrigues, Alice de Jesus Feitosa, Alli Willow, Tom Nunes, Jerry Gilli Produção: Julia Zakia e Guilherme César Produção Executiva: Juliana Lemes e Tiê Villares Montagem: Keily Estrada e Carol Rodrigues Direção de Fotografia: Julia Zakia Direção de Fotografia Adicional: Luciana Baseggio Concepção e Direção de Arte: Fernando Timba Direção de Arte: Oliv Barros Desenho e Edição de Som: Guile Martins Som Direto: Andressa Clain Operação de Microfone: Gustavo Ruggeri Mixagem: Pedro Noizyman, A3pS e Rosana Stefanoni, A3pS Design de Audiência: Talita Arruda e Marina Tarabay, Fistaile Identidade Visual: Lucas de Britto
O Festival Chic Show, que estava previsto para acontecer no dia 6 de dezembro de 2025, em São Paulo, não será mais realizado. A informação foi anunciado em comunicado oficial divulgado pela organização do evento nesta segunda-feira (29).
Segundo o anúncio, o cancelamento se deu por “motivo de força maior”. A equipe reforçou que todos os ingressos serão reembolsados integralmente pela Ticketmaster, utilizando o mesmo canal de compra.
“Orientamos que todos os clientes consultem o site oficial da Ticketmaster (www.ticketmaster.com.br) ou entrem em contato com a central de atendimento para obter informações detalhadas sobre o processo de reembolso”, informou o comunicado.
Apesar da notícia, a Chic Show & Music On adiantou que já está trabalhando na edição do próximo ano. “Agradecemos a compreensão e o carinho de todos. Em breve, traremos novidades especiais sobre o Festival de 2026, que promete marcar ainda mais a nossa história”, concluiu a nota.
No Instagram, o público reclamou que os valores dos ingressos estavam alto e especula que seja o motivo do cancelamento. Os ingressos solidário, por exemplo, custava R$ 373,90. “Amo os artistas, mas ingressos absurdos gente!! Tem que abaixar isso desculpa!!!”, criticou uma internauta.
“O público majoritário que consome esse estilo de música é, em grande parte, o público preto. E sabemos que, infelizmente, a realidade financeira dessa parcela da população nem sempre permite arcar com valores tão altos de ingresso. Por isso, seria importante que o festival colocasse a mão na consciência e buscasse ser mais democrático em todos os sentidos, trazendo mais artistas pretos de peso para o palco e garantindo que o público consiga ter acesso. Afinal, cultura e música devem ser espaços de inclusão”, escreveu outra.
Neste ano, o evento que seria realizado no Mercado Livre Arena Pacaembu, estavam confirmados os shows de Jorge Ben Jor, Mano Brown, Zapp, Arrested Development, Luedji Luna e Luciana Mello. No ano passado, o Festival Chic Show trouxe apresentações inesquecíveis de Lauryn Hill, acompanhada de seu filho YG Marley e de Wyclef Jean, seu parceiro nos Fugees, além do norte-americano Jimmy “Bo” Horne e dos brasileiros Mano Brown, Sandra de Sá, Criolo e Rael, no Allianz Parque.
A cineasta brasileira Barbara Marques foi presa pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE) após participar de uma reunião em Los Angeles relacionada à obtenção do green card, o cartão de residência permanente no país. A informação foi denunciada nas redes sociais pelo marido de Barbara, o ator norte-americano Tucker May. O casal se casou em abril deste ano.
Segundo May, a prisão ocorreu cerca de uma semana e meia atrás, durante uma reunião agendada sobre o processo de residência. Ele afirma que, após a audiência, um policial separou Barbara de seu advogado sob a alegação de que uma copiadora estava quebrada. “Uma vez separada de seu advogado, ela foi presa. O motivo de sua detenção foi uma audiência judicial perdida em 2019, da qual minha esposa nunca foi notificada”, escreveu ele no Instagram.
May denunciou ainda que o centro de detenção de Adelanto estaria dificultando a comunicação de Barbara com seu advogado e atrasando a entrega de documentos enviados pelo correio.
Nesta segunda-feira (29), ele informou que Barbara ainda não havia sido liberada e denunciou condições desumanas no local. “Ela está detida em um campo de detenção na Louisiana. Após quase 3 dias de viagem algemada, com períodos de mais de 12 horas sem comida ou água e com pouco ou nenhum sono, ela não conseguiu uma cama nesta unidade. Ela não tem antecedentes criminais, mas está recebendo tratamento desumano que não seria aceitável nem mesmo para criminosos experientes.”
Tucker detalhou que Barbara tem sofrido com negativa de tratamento médico para um problema nas costas, mesmo com um reconhecimento formal da necessidade do procedimento por uma unidade administrada pela mesma empresa. “Enquanto escrevo isto, ela está tentando dormir no chão”, afirmou.
O marido da cineasta pediu apoio da sociedade civil e de internautas para pressionar as autoridades. “Por favor, continuem me ajudando a exigir medidas para minha esposa e outros detentos que não merecem isso. Obrigado.”, escreveu.
Barbara Marques é conhecida por seus curta-metragens, como ‘Dia de Cosme e Damião’ (2016) e ‘Cartaxo’ (2020).