Home Blog Page 133

Mulheres são maioria como chefes de família, indica IBGE

0
Foto: Freepik/Divulgação
Foto: Freepik/Divulgação

Pela primeira vez, o número de mulheres que chefiam domicílios no Brasil supera o de mulheres identificadas como cônjuges do responsável pela casa, de acordo com dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, 34,1% das mulheres no país são responsáveis pela residência, enquanto 25% ocupam a posição de esposa ou companheira do chefe do lar. Em 2010, 22,9% das mulheres eram responsáveis pelo domicílio, e 29,7% eram cônjuges.

Os números indicam que a proporção de lares comandados por mulheres aumentou significativamente em doze anos. Em 2010, os lares sob a liderança feminina representavam 39% do total, enquanto os homens chefiavam 61% das residências. Em 2022, esses índices estão praticamente equilibrados, com as mulheres à frente de 49% dos lares, e os homens, 51%.

A pesquisa aponta que o aumento na participação das mulheres como chefes de família está ligado ao crescimento de lares monoparentais femininos e à ampliação da presença feminina no mercado de trabalho e no acesso à educação. A chefia de lares femininos é mais comum em áreas urbanas e entre mulheres de baixa renda, especialmente entre mulheres negras, que representam uma parcela significativa desse perfil.

Para o IBGE, os dados refletem mudanças estruturais na sociedade brasileira, onde o modelo familiar tradicional se diversifica e o papel das mulheres nas decisões domésticas e financeiras cresce consideravelmente. A pesquisa destaca ainda que, com essa mudança, surgem novas necessidades para políticas públicas e programas voltados a apoiar a liderança feminina nos lares, especialmente entre as chefes de família que conduzem o lar sozinhas.

Exposição no Planetário de Brasília destaca astrofísicos negros e temas da ciência

0
Foto: Divulgação/Arquivo pessoal
Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

No dia 12 de novembro, o Planetário de Brasília será palco da abertura da exposição “Astrofísica dos Corpos Negros“, evento que destaca a trajetória de astrofísicos(as) negros(as) brasileiros(as) e promove discussões sobre representatividade científica. A mostra estará aberta ao público a partir do dia 13 e, em paralelo, uma versão virtual será lançada durante a Semana Nacional de Ciência, acessível pelo site da iniciativa.

A exposição, ilustrada pelo artista Camilo Martins, foi idealizada pela pesquisadora Eliade Lima, em colaboração com Oscar dos Santos Borba e Liandra Ramos, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Alan Alves Brito, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Rita de Cassia dos Anjos, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O projeto apresenta temas astrofísicos que abordam desde o surgimento de estrelas até elementos fundamentais da natureza, além de destacar atravessamentos sociais que influenciam o acesso à ciência.

“A ideia surgiu a partir de um artigo do professor Alan Alves Brito sobre corpos negros e questões étnico-raciais, gênero e suas interseções na Física e Astronomia brasileiras,” explicou Eliade Lima. Segundo a pesquisadora, o artigo discutia o conceito de “corpos negros” na Física do século XIX e questões ligadas ao racismo científico e à baixa representatividade de pesquisadores negros no Brasil. “Nosso objetivo é mostrar a Astrofísica estudada por ‘corpos negros’ e trazer mais crianças e adolescentes negros para a ciência brasileira,” afirma.

Com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a mostra conta com conteúdos textuais e audiovisuais interativos, com foco em estudantes de escolas públicas e no público em geral. O projeto visa conscientizar sobre desigualdades étnico-raciais e de gênero na ciência e incentivar jovens cientistas negros(as) ao apresentar tópicos como nebulosas, aglomerados estelares e raios cósmicos sob a perspectiva de astrofísicos(as) negros(as) brasileiros(as).

Mãe processa startup de IA por influência de chatbot em suicídio de filho, um adolescente negro de 14 anos

0
Foto: Reprodução/Freepik

⚠️ Alerta de Gatilho: Este conteúdo aborda temas como suicídio.

Megan Garcia, moradora do estado da Flórida, nos Estados Unidos, processou a startup de inteligência artificial Character.AI, alegando que o envolvimento do chatbot da empresa contribuiu para o suicídio de seu filho de 14 anos. Em ação judicial movida na terça-feira, 24, ela acusa a plataforma de usar técnicas de design “viciantes” para reter jovens e os expor a “experiências assustadoramente realistas e antropomórficas”.

O adolescente Sewell Setzer, o filho de Garcia, teria desenvolvido apego ao chatbot com quem conversava regularmente, segundo relatos apresentados ao tribunal federal de Orlando. “Sinto que é um grande experimento, e meu filho foi apenas um dano colateral (…) É como um pesadelo. Você quer se levantar, gritar e dizer: ‘Sinto falta do meu filho. Eu quero meu bebê”, desabafou a mãe em declaração para o New York Times.

A ação ainda menciona o Google como co-réu. A multinacional teria contribuído significativamente para o desenvolvimento da tecnologia da Character.AI, segundo Garcia. O Google readmitiu os fundadores da startup em agosto, como parte de um acordo que lhes concedeu uma licença não exclusiva para a tecnologia desenvolvida.

Garcia alega que o serviço da Character.AI permite aos usuários criar ou interagir com personagens de IA que simulam humanos de forma “hipersexualizada”, o que teria incentivado Sewell a investir emocionalmente no chatbot. Segundo o processo, no dia de sua morte, ele enviou uma mensagem para o personagem de IA chamado Daenerys Targaryen, de Game of Thrones, relatando estar “apaixonado” pela figura virtual.

O caso levanta uma nova questão sobre a responsabilidade das empresas de IA, ampliando o debate já existente sobre redes sociais e adolescentes. Plataformas como Instagram, TikTok e Facebook enfrentam ações judiciais por alegações de que suas práticas impactam a saúde mental de jovens, embora ainda não ofereçam chatbots como os da Character.AI.

Garcia relata que o filho, que tinha diagnóstico leve de síndrome de Asperger, não apresentava histórico de problemas graves de comportamento ou saúde mental. Em janeiro, ele começou a se consultar com um terapeuta devido a dificuldades escolares, recebendo um diagnóstico de ansiedade e transtorno de desregulação do humor. A mãe alega que o garoto passou a se isolar e negligenciar atividades que antes apreciava, como videogames e esportes, preferindo a companhia do chatbot.

Segundo relato da mãe, o adolescente escreveu em seu diário que estava apaixonado pela IA e que preferia contar ao chat seus problemas: “Gosto muito de ficar no meu quarto porque começo a me desligar dessa ‘realidade’ e também me sinto mais em paz, mais conectado com Dany e muito mais apaixonado por ela, e simplesmente mais feliz.” O adolescente também escreveu no chat que se odiava e se sentia vazio e exausto e afirmou que estava tendo pensamentos suicidas.

A Character.AI e o Google não se pronunciaram sobre o processo até o fechamento desta edição.

Onde buscar ajuda

Se você estiver enfrentando um momento difícil e precisar de ajuda imediata, o Centro de Valorização da Vida (CVV) está à disposição. O CVV oferece um serviço gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio, disponível para qualquer pessoa que precise conversar. Para falar com um voluntário, você pode enviar um e-mail, acessar o chat pelo site ou ligar para o número 188. O atendimento é confidencial e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Além disso, o CVV, em parceria com o UNICEF, disponibiliza um canal de escuta exclusivo para adolescentes entre 13 e 24 anos chamado “Pode Falar”. Este serviço, também anônimo, é voltado para adolescentes que precisam de acolhimento e desejam conversar sobre suas dificuldades. O atendimento pode ser feito via chat online ou WhatsApp. Para mais informações sobre horários de atendimento, consulte o site.

Documentário celebra 50 anos do Ilê Aiyê e reflete papel social e cultural do bloco afro

0
Foto: Divulgação/ TV Bahia

Em celebração ao cinquentenário do Ilê Aiyê, o documentário “Ilê Aiyê: a casa do mundo” será exibido pela primeira vez para convidados no próximo dia 30, no Cinemark do Salvador Shopping. A obra, dividida em cinco capítulos, explora as raízes e a trajetória do bloco afro, abordando a importância do grupo na luta contra o racismo e sua influência sobre a cultura e juventude baiana. Com direção de Alexandre Lyrio e Ricardo Ishmael, o documentário estreia na TV Bahia em 1º de novembro, dia que marca os 50 anos do bloco, após a Sessão da Tarde.

O documentário, que reúne quase 60 depoimentos de personalidades como Caetano Veloso, Daniela Mercury e Carlinhos Brown, resgata a história do “Mais Belo dos Belos” e do legado de Vovô do Ilê, fundador do bloco. O roteiro revisita o bairro da Liberdade, onde o grupo nasceu, e acompanha a recente turnê mundial do Ilê, iniciada no Marrocos e que passou por 12 países europeus. Um dos destaques do filme é a importância das mulheres na construção do Ilê, como Mãe Hilda de Jitolu, ialorixá que fundou o terreiro Ilê Axé Jitolu e mentorou o bloco até seu falecimento, em 2009.

“É uma honra mostrar a revolução social e cultural que o Ilê representa. Ele é a casa do mundo, um ponto de partida para o que conhecemos como axé music e samba-reggae”, afirma Alexandre Lyrio, que assina o roteiro do documentário. Ricardo Ishmael, produtor e repórter, destaca que o filme transporta o espectador para dentro dessa história: “Mais do que narrar fatos, quisemos que o público sinta-se parte dessa trajetória.”

O lançamento do documentário abre o Mês da Consciência Negra na TV Bahia, que prepara uma série de conteúdos sobre a pauta racial, como uma nova temporada do programa “Conversa Preta” e uma série especial sobre letramento racial. “É nosso papel contribuir para uma reflexão mais ampla sobre essas questões”, diz Ana Raquel Copetti, diretora de jornalismo da emissora.

Robson Jesus entra para o Guinness ao se tornar o viajante mais rápido a percorrer todos os países do mundo

0
Foto: Reprodução/Instagram

O brasileiro Robson Jesus entrou oficialmente para o Guinness World Records como o homem que mais rapidamente percorreu todos os 196 países do mundo. O brasileiro completou o feito em dois anos e 42 dias, começando a jornada na Tailândia e encerrando no Brasil. O anúncio foi feito na última sexta-feira, 18, após cinco meses de avaliação dos documentos enviados ao Guinness pelo viajante.

O feito representa uma quebra significativa no tempo do recorde anterior, estabelecido pelo americano Yili Liu, que completou a volta ao mundo em três anos e três meses. “Estou muito feliz por esse titulo que me dá representatividade, pois meu maior objetivo sempre foi inspirar minha família, amigos e a comunidade onde cresci, que podemos superar as dificuldades e que E SIM, É POSSIVEL realizar TODOS os nosso SONHOS!”, escreveu o empreendedor ao comemorar a marca em suas redes sociais. 

Ao longo da jornada, o Instagram de Robson, @onegovailonge, cresceu para 150 mil seguidores, tornando-se o maior perfil de viagem de uma pessoa negra no Brasil. Com um orçamento inicial de R$ 100 mil, ele enfrentou diversos desafios financeiros. “Foi uma viagem econômica; cada gasto era muito calculado.” Com o tempo, o perfil se tornou fonte de financiamento, e parcerias ajudaram a cobrir os cerca de R$ 700 mil investidos até o fim da jornada.

“Eu ousei …e desistir nunca foi uma opção, pois tive fé e resiliência em cada passo que me aproximou desta grande realização, meu sonho grande de conhecer o mundo todo e VIVER! Para mim nada vale acumular, a FELICIDADE é a nova riqueza! E essa a mensagem que desejo continuar espalhando”, destacou.

Manifesto Ancestral: A moda como reencontro com as raízes africanas

0
Foto: Victor Vieira

Santa Resistência transforma a passarela em um território de resistência, revelando a força da ancestralidade Maasai e o poder do afrofuturismo.

Texto: Rodrigo França

O desfile “Manifesto Ancestral” da Santa Resistência, apresentado na 58ª edição da São Paulo Fashion Week, surge como um marco de reconexão e pertencimento, ao unir moda, memória e resistência. Sob a direção criativa de Mônica Sampaio, a coleção se desdobra em mais de uma estética; é uma jornada pessoal e ancestral. O ponto de partida não foi apenas o desejo de criar, mas um profundo encontro com suas raízes africanas, revelado por meio de um teste de DNA. Mônica descobriu, para sua surpresa e alívio, que sua linhagem está diretamente conectada aos Maasai, uma das tribos mais reconhecidas do Quênia e da Tanzânia. Embora jamais tenha pisado no continente africano, essa revelação não foi apenas genética, mas uma confirmação do que a estilista já sentia pulsar dentro de si: um chamado ancestral que sempre esteve vivo em seu trabalho e em sua vida.

Com “Manifesto Ancestral”, a passarela foi transformada em um território de resistência e afirmação, refletindo o afrofuturismo ao mesmo tempo em que celebra a ancestralidade africana. A coleção propõe um diálogo entre o passado e o futuro, através de peças que misturam a alfaiataria contemporânea com elementos tribais. O uso de tecidos sustentáveis – como algodão, seda de algodão, linho, crepe, tafetá e couro de tilápia – reforça o compromisso da Santa Resistência com uma moda mais consciente, respeitosa e ética. As cores vibrantes, que incluem o vermelho, o roxo, o azul-mar e o verde-água, evocam a riqueza cultural dos Maasai, enquanto as estampas, criadas em colaboração com a artista plástica Auxi Silveira, traduzem a força simbólica dessa tribo. Cada peça, portanto, é um fragmento dessa ancestralidade, revestido de uma estética que combina tradição e inovação.

Foto: Victor Vieira

Um dos destaques da coleção é o manto Maasai, desenvolvido pelo artista visual Alex Rocca. Essa peça não é apenas um item de moda, mas um símbolo de força e majestade, representando a essência de um povo cuja identidade atravessa fronteiras geográficas e culturais. Mônica Sampaio afirma que “a ancestralidade não se limita a fronteiras, mas pulsa dentro de cada um”, e é essa pulsação que ela buscou transformar em moda. “Manifesto Ancestral” convida o público a repensar suas próprias raízes, a se conectar com suas histórias e a celebrar uma moda que não se resume a tendências, mas que se posiciona como linguagem de resistência, identidade e memória.

O compromisso da Santa Resistência não se restringe à passarela. Nesse sentido, “Manifesto Ancestral” também se destaca pela inovação: ao trazer couro de tilápia, uma alternativa sustentável e rastreável, a estilista reforça seu compromisso com práticas conscientes. A tecnologia, neste caso, não é apenas um adereço, mas um elemento que complementa a narrativa da coleção, estabelecendo um elo entre tradição e modernidade.

A coleção de Mônica Sampaio vai além da estética; ela é um grito de resistência e um apelo ao pertencimento. Para a estilista, a moda é uma ferramenta poderosa de transformação social e, ao mesmo tempo, uma ponte para o reencontro com as raízes. “Manifesto Ancestral” traduz essa visão em peças que respiram história, força e identidade, convidando todos a revisitar suas próprias histórias e a celebrar uma ancestralidade que não conhece fronteiras. A coleção é um convite à reflexão sobre a moda como um espelho do passado e uma janela para o futuro, onde cada peça se torna um manifesto vivo, ecoando a força de um povo que transcende o tempo e o espaço.

Foto: Victor Vieira

Assim, a Santa Resistência, com “Manifesto Ancestral”, reitera sua missão de fazer da moda uma plataforma de inclusão, transformação e celebração das raízes africanas. Mônica Sampaio não é apenas uma criadora; é uma guardiã de memórias e histórias que ressoam além das passarelas, transformando a moda em um poderoso instrumento de resistência e empoderamento. A passarela, neste caso, torna-se um solo sagrado onde as raízes encontram o futuro, provando que a moda pode – e deve – ser um espaço de afirmação e reconexão.

EBC anuncia edital com recorte de raça para investimento em produções audiovisuais

0
Foto: Freepik
Foi lançado nesta quinta-feira (24) o edital Seleção TV Brasil, com investimento de R$ 110 milhões em produções audiovisuais independentes para a grade da TV pública e para a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP). O projeto, feito em parceria entre a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e a Ancine (Agência Nacional de Cinema), foi pensado para valorizar a regionalização brasileira e a inclusão, com previsão de selecionar pelo menos 40% de propostas apresentas por proponentes das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país e 20%, do Sul, estados de Minas e Espírito Santo. “Além disso, 50% dos recursos serão destinados para mulheres e pessoas trans nas funções de roteiro, direção e produção e 25% para empresas vocacionadas, sendo que pelo menos 15% serão para sócios negros. Empresas vocacionadas são aquelas com maioria de capital social composto por negros, indígenas ou PCDs (pessoas com deficiência)”, explicou Antonia Pellegrino, diretora de Conteúdo e Programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ao fazer o lançamento público da concorrência na Cinemateca Brasileira, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O edital vai selecionar produções audiovisuais independentes em sete linhas temáticas: infantil, infanto-juvenil, natureza e meio ambiente, futebol feminino, sociedade e cultura, produção e finalização de longas-metragens e coprodução de novela. Para cada uma dessas linhas foi pensado um tipo de formato que poderá ser uma série, um longa-metragem e até um telefilme. O investimento será através do Prodav – (Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro). “Hoje nós estamos anunciando uma parceria entre a Ancine, pelo Ministério da Cultura, e a EBC, pela Secom, para financiamento de filmes e séries para a composição da grade de programação da EBC. São recursos do Fundo Setorial do Audiovisual que vão financiar produções brasileiras independentes”, explicou Alex Braga, diretor-presidente da Ancine. Esta é uma linha de edital com investimento recorde, reforçou Antonia Pellegrino. “O último edital Prodav TVs Públicas, em 2018, foi de R$ 70 milhões e agora a gente está apresentando ao mercado um edital de R$ 110 milhões. É um crescimento grande em relação aos valores praticados anteriormente e servirá para fomentar e estimular o setor audiovisual, mas também posicionar a TV Brasil como um parceiro do setor audiovisual, uma janela prioritária para a exibição do conteúdo brasileiro”.

Rede pública

Em entrevista à Agência Brasil, Braga informou que os filmes e séries que serão selecionados por meio do edital vão integrar a programação da EBC e de toda a rede pública de televisão. “Essas produções vão circular por diversas janelas. Essa é uma articulação e uma coordenação entre produção e canal de distribuição. Ou seja, a EBC vai garantir que esse conteúdo circule e seja consumido por toda a sociedade brasileira, transitando por toda a sua rede, numa estratégia de fazer o encontro da produção brasileira independente com a sociedade brasileira. O audiovisual é um bem cultural, ele é de propriedade da sociedade e a sociedade, para exercer essa propriedade, tem que se apropriar através do consumo. Ninguém melhor que a EBC para fazer com que esse conteúdo seja visto nas casas, nas televisões e nos dispositivos de toda a sociedade brasileira”, ressaltou. O objetivo do edital é investir em projetos de obras audiovisuais destinadas à exibição nos segmentos de TV aberta, TV por assinatura e Vídeo por Demanda ligadas ao campo da comunicação pública, educativa, comunitária e cultural, contribuindo para expansão da participação do conteúdo brasileiro independente nesses segmentos. O edital também pretende fortalecer as empresas do setor audiovisual e fortalecer a RNCP e, segundo o presidente da Ancine, ainda vai contribuir para “gerar emprego, renda e inclusão”. Para o diretor-presidente da EBC, Jean Lima, o edital é importante para “fomentar todo o sistema do audiovisual brasileiro”. “A gente vai fortalecer o setor audiovisual por meio de uma política regional, já que tem percentual voltado para as regiões do país e para a participação de negros e de mulheres, visando também a inclusão social e a diversidade. E a TV Brasil será a janela dessa produção toda. Estamos muito felizes em lançar essa política pública, que é uma política pública estruturante e uma decisão de governo que fortalece a TV Brasil, a Ancine e a política do audiovisual brasileiro”, destacou Lima. “É um edital amplo e que atende diversos segmentos e diversas categorias, que repercute um pouco o que a gente projetou da programação da TV Brasil”, acrescentou. De acordo com a diretora de Conteúdo e Programação da EBC, os selecionados pelo edital vão ser acompanhados em seu desenvolvimento, tanto na criação quanto na produção e finalização. “A gente entende que essa proximidade é importante para que a gente tenha obras que sejam veiculadas na nossa grade, não passem de madrugada, como eventualmente já aconteceu em outros editais. Esse acompanhamento vai ser feito e, posteriormente, dependendo da licença específica, todos [os selecionados pelo edital] em algum momento vão passar na TV Brasil e na Rede”, disse Pellegrino. O processo seletivo será composto pelas etapas de habilitação, avaliação preliminar e avaliação final de investimento. As informações completas estão disponíveis no site. A previsão é de que o edital seja aberto ainda na primeira quinzena de dezembro. Texto: Elaine Patrícia Cruz/Agência Brasil*

Após se assumir ‘preta de direita’ e e dizer que ia excluir música LGBTQIAPN+, Jojo Todynho perde contrato com marca

0
Foto: Reprodução/Instagram

Após a cantora Jojo Todynho sofrer uma série de críticas desde que revelou ser uma “mulher preta e de direita”, entre outras declarações polêmicas, a marca de cosméticos Avon perdeu o interesse em mantê-la como o principal rosto de uma linha de batons.

Nesta quarta-feira (23), a assessoria de imprensa da artista se pronunciou sobre o caso. “O contrato de Jojo Todynho com a Avon se encerra em dezembro. Sua presença em novas divulgações dos produtos da marca está sob análise e em discussão pela diretoria”, disse.

Segundo o colunista Gabriel Perline, da Contigo!, a cantora teria ido contra os príncipios e valores adotados pela Avon em 2018, quando firmou compromisso com a ONU (Organização das Nações Unidas) para combater a discriminação contra membros da comunidade.

Jojo também não teve mais imagens e vídeos vinculados aos produtos de beleza da marca nas redes sociais. A marca teria investido muito dinheiro para ela ser uma das divulgadoras de uma linha de batom líquido. 

Em setembro, Jojo Todynho surgiu numa live do Instagram para assumir publicamente o seu posicionamento político enquanto uma mulher preta e de direita. Acusada de ser uma cantora de Pink Money, quando uma pessoa usa uma causa para ganhar dinheiro, a artista anunciou que ia retirar do ar o clipe da música ‘Arrasou, Viado’, onde ela aparece com as cores do arco-íris e com a bandeira LGBTQIAP+. No entanto, a música continua disponível nas plataformas digitais.

Ismael Cruz Córdova disputa o título de mais sexy do mundo

0
Foto: Reprodução/Instagram

A revista People divulgou os candidatos ao título de “Sexiest Man Alive” de 2024, e entre os 15 nomes indicados, três homens negros aparecem na lista: Ismael Cruz Córdova, Ernie Hudson e Jalen Hurts. A lista anual inclui personalidades de diferentes áreas, destacadas por sua visibilidade no cenário público e pela relevância de suas carreiras.

Ismael Cruz Córdova, ator porto-riquenho, ganhou notoriedade mundial com sua participação em grandes produções como “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder“, da Amazon Prime Video, e “The Mandalorian“, da Disney+. Córdova se consolidou como um dos grandes talentos latinos em Hollywood, ocupando papéis de destaque em produções internacionais e reforçando a diversidade na indústria do entretenimento.

Ernie Hudson, um dos atores mais icônicos de sua geração, é mais conhecido por seu papel como Winston Zeddemore em “Os Caça-Fantasmas“. Aos 78 anos, Hudson continua ativo na indústria do entretenimento, com uma carreira que atravessa décadas e inclui cinema e televisão. Sua inclusão na lista reflete o reconhecimento de sua carreira e a permanência de seu nome como referência no cinema.

Jalen Hurts, quarterback do Philadelphia Eagles, é um dos principais nomes da NFL, tendo liderado sua equipe ao Super Bowl em 2023. Além de seu desempenho esportivo, Hurts tem se destacado como um modelo de liderança, sendo uma voz ativa em questões sociais e na luta pela igualdade racial. Sua presença na lista da People reforça o impacto que ele exerce dentro e fora dos campos.

A revista People deve anunciar o vencedor do título de “Sexiest Man Alive” nas próximas semanas. A escolha é sempre aguardada com grande expectativa, movimentando o público e a mídia com especulações sobre quem levará o título deste ano.

Ex-lutador Adilson Maguila morre aos 66 anos

0
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Na manhã desta quinta-feira, 24 de outubro, faleceu José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, aos 66 anos. Um dos maiores nomes do boxe no Brasil, ele lutava há quase duas décadas contra a encefalopatia traumática crônica (ETC), doença degenerativa causada por golpes repetidos na cabeça durante sua carreira.

A morte foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, em entrevista ao programa “Balanço Geral”, da Record TV. “Tivemos momentos bons e ruins, mas Deus sempre esteve conosco”, disse Irani.Maguila estava internado em uma casa de repouso no interior de São Paulo, recebendo cuidados específicos devido ao avanço da ETC. A condição, irreversível, compromete o sistema neurológico e é comum em atletas que sofrem impactos constantes na cabeça.

Com uma carreira marcada por conquistas importantes, como os títulos de campeão brasileiro e sul-americano dos pesos pesados, Maguila foi um dos grandes representantes do boxe nas décadas de 80 e 90. Seu estilo combativo e carisma conquistaram o público, e ele enfrentou grandes nomes do boxe mundial, deixando sua marca na história do esporte brasileiro.

error: Content is protected !!