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O álbum novo de Beyoncé e Jay-Z nasceu naquele elevador!

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O álbum “Everything is love” está entre nós! Sem aviso prévio Beyoncé e Jay-Z, o casal mais poderoso da indústria fonográfica atualmente, lançou um álbum com 9 músicas inéditas e um clipe, referente a faixa “APES**T”. Em menos de 24 horas o vídeo ultrapassou a marca de 6 milhões de visualizações e a internet ficou em polvorosa!

O vídeo chamou a atenção de todos, especialmente por seu simbolismo. São corpos negros ocupando o Museu do Louvre que, localizado na França, pode ser visto como um símbolo da visão eurocêntrica do que é a arte, com seus artistas brancos, imagens de pessoas brancas em destaque e, seu maior ícone: a Monalisa.

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Beyoncé e Jay- cantam a arte negra, o dinheiro negro, a fama negra! Beyoncé aparece como uma arte viva, canta com confiança, dança com várias outras mulheres negras. Jay-Z ostenta seu cabelo crespo, sua pele escura, seus colares de ouro, e o que tem de mais valioso: suas palavras.

Todo esse trabalho altamente corajoso, forte, significativo, potente e de alta performance; que tem inclusive ganhado várias interpretações na internet – à exemplo de “This is America” – tem um inicio bem remoto, mais precisamente em 2014. Na verdade essa é uma teoria altamente pessal e, na minha cabeça, ela faz todo sentido. Porém, não vi ninguém fazendo essa relação, então achei interessante coloca-la a mesa.

Imagine comigo: Estamos em maio de 2014, no Met Gala, um evento de moda super reconhecido e bem frequentado. Uma daquelas poucas ocasiões onde podemos ver Rihanna, Madonna, Beyoncé, Lady Gaga, Kety Perry e etc, circulando em um mesmo tapete vermelho. Este foi o cenário fatídico onde Solange Knowless, irmã de Beyoncé, chuta e soca o cunhado, Jay- Z, no elevador. As imagens das câmeras de segurança foram vendidas para o TMZ – um dos maiores portais de fofocas – e logo ganharam o mundo.

Esse papo parece velho pra você, não é? Você pode estar agora pensando: “Mas todas as fofocas já foram feitas sobre esse caso! Todos os memes possíveis também!”. Isso é um fato, não posso discordas… Aliás, que belos memes, não é mesmo?! (É pra isso que pago a internet!) Mas, com olhos um pouco mais atentos, nós podemos perceber que, de alguma forma, aquele acontecimento, e tudo que ele desencadeou, mudou o cenário do audiovisual negro no mundo.

Primeiro é importante entender que estamos falando de 3 músicos/artistas/celebridades negros, conhecidos internacionalmente. Solange tem uma carreira mais modesta, mas Beyoncé e Jay-Z são duas grandes potências mundiais na atualidade, o tipo de artistas que ditam tendências, que propõem novas narrativas.

Logo após as imagens da briga se espalharem, surgiram rumores de qual seria o motivo do descontrole de Solange. Um fato que também não passou despercebido foi o de, logo depois da briga, Beyoncé ter seguido no carro com a irmã, o quê, pra muitas pessoas, significou que Jay estava realmente “devendo”. A teoria de que a amante, antiga amante ou futura amante do rapper estava na festa e que este manteve uma conversa com a mesma, o que enfureceu Solange, ganhou força na internet. Mas será que Jay-Z teria mesmo coragem de trair “Queen B.”?

Em abril de 2016 descobrimos que SIM! Com o álbum “Lemonade” Beyoncé falou abertamente sobre ter sido traída, sobre seu casamento estar em ruínas, sobre a dor de ser enganada… Mas do que isso, a cantora falou sobre redenção, amor, perdão e recomeço. E, em meio a tudo isso, como nossas relações são ainda mais difíceis e complexas quando o fator raça se faz presente.

Bey enalteceu as mulheres negras, as que se sentem sozinhas e desamparadas, as que vieram antes dela, as que sofreram e sofrem. Mulheres negras são as que mais passam por relacionamentos destrutivos, abusivos. Também são as mulheres negras as mais desprezadas, que são vistas como não merecedoras de carinho e afeto. O filme, que acompanhando o álbum, leva o mesmo nome, “Lemonade”, e é, acima de tudo, uma celebração à força e a união das mulheres negras.

Porém, a artista não deixa de olhar para o homem negro. Que tipo de amor esse homem consegue construir em uma lógica onde a violência o molda e o mata? Esse homem sabe mesmo o quê é amar? Como construir uma família ao lado desse homem, como mostrar a ele que, enquanto mulher negra, você merece amor e ele, como homem negro, merece também ser amado? Com todas essas questões “Lemonade” se utiliza de diversas referências históricas, culturais e artísticas. Cria uma narrativa que se torna uma verdadeira obra de arte.

Solange também despertou para a questão racial e em “A Seat at the Table”, seu terceiro álbum de estúdio, deixou isso evidente. No quesito audiovisual, além da bela letra, destaco o clipe da música “Don’t touch my hair”, lançado em outubro de 2016. Nessa faixa a cantora fala sobre a aceitação do cabelo crespo. No clipe Solange aparece com vários tipos de cabelo usados por afro-americanos durante os anos: tranças, perucas, alisamentos… As imagens também fazem referência à história negra norte-americana, trazem negros em interações não óbvias e instigantes.

Em julho de 2017 foi a vez de Jay-Z mostrar como o elevador o afetou. Em “4:44”, seu mais novo álbum de estúdio, o rapper trata de racismo, paternidade, família carreira… Jay admite que traiu a esposa, admite que Solange estava certa, admite que foi canalha… O mundo ficou em CHOQUE! Mais que isso, ele se admite como um homem negro cheio de mazelas pra contar. Em uma das faixas que eu mais gosto, “The Story of O.J.”, ele canta basicamente que, não importa quanta fama você tenha, quanto dinheiro possua, você ainda é um homem negro e o racismo ainda te alcança.

Então quer dizer que ele coloca a culpa dos erros que cometeu no racismo? NÃO! Quer dizer que hoje Jay-Z se permite refletir sobre o racismo e sobre como este tem agido em sua vida. Porque a ideia de homem negro “pegador” é tão naturalizada? Porque homens negros sendo maus maridos, pais ausentes, filhos problemáticos, não causa espanto? Questionar tudo isso faz parte da mudança e é isso que o rapper faz em “4:44”.
Tantos questionamentos que se conectam não podem e não são simples coincidência! São trabalhos diferentes, mas “Lemonade”, “A Seat at the Table”, “4:44” e agora “Everything is Love” estão, indiscutivelmente ligados. Os 4 álbuns propõem narrativas audiovisuais não lineares, cheias de referências histórias e culturais ligadas ao que significa ser um cidadão negro nos Estados Unidos. Mais que isso, esses trabalhos propõem a negros do mundo inteiro um olhar verdadeiro, critico e, ainda sim, poético, sobre suas próprias realidades.
Que outros artistas negros ao redor do mundo, diretores, músicos, fotógrafos e etc, se sintam inspirados a transformar nossas dores e angustias, nossa história e resistência, em um manifesto artístico a altura de nosso povo. Sem precisar de brigas no elevador pra isso, claro!

Cantor Negro Leo conduz visita guiada à exposição Ex Africa, neste sábado (16/06), no CCBB

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Foto: Rafael Meli/ Divulgação Programa Educativo CCBB

O artista maranhense, Negro Leo, que é uma das principais revelações da música independente brasileira e tem recebido elogios da crítica nacional e internacional, será o responsável por conduzir o público em uma visita guiada exclusiva à exposição Ex Africa neste sábado, 16 de junho, a partir das 17h, no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo. A atividade é gratuita e organizada pelo Programa Educativo do CCBB e pode ser conferida gratuitamente pelos visitantes da mostra.

Durante a visita, os participantes poderão conhecer a mostra sob a perspectiva de um novo olhar, além de descobrir diferentes possibilidades de relação com a arte. A Ex Africa é a maior exposição de arte contemporânea africana realizada no país e traz os principais destaques nas artes visuais. Vinte artistas assinam as mais de 90 obras que estão expostas pelos andares do CCBB desde o dia 28 de abril.

Com oito discos lançados, Negro Leo tem tocado por festivais em todo mundo, como Cafe Oto, Counterflows Festival, Festival NRMAL, Virada Cultural Paulista, Festival Novas Frequências, entre outros. Seus discos têm recebido elogios de importantes veículos de mídia internacional, como The New York Times, Chicago Reader, The Wire, entre outros. O artista também é bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para obter mais informações sobre a visita guiada, basta acessar: http://agenciagalo.com/exafrica.

“Tia Má com a Língua Solta” estreia em São Paulo e vamos dar um par de ingressos de presente!

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Reprodução: Internet

A jornalista baiana e youtuber Maíra Azevedo, estreia em São Paulo com o primeiro stand up brasileiro apresentado por uma mulher negra: “Tia Má com a Língua Solta“, no dia 30 de junho, na Unibes Cultural. No espetáculo ela traz diversas histórias bem humoradas e propõe também reflexões a cerca do racismo e de outras temáticas que aborda a população negra.

A comédia tem direção de Elísio Lopes Jr e co-direção de Ricardo Fagundes e traz dramas, aceitação, empoderamento e cuidados sob a perspectiva racial com base em situações reais recorrentemente vivenciadas por mulheres negras, principalmente na relação com seus cabelos.

Tia Má durante apresentação

Tia Má, que ainda é consultora e parceira fixa do programa “Encontro com Fátima Bernardes” há mais de dois anos, foi eleita uma das mulheres negras mais influentes da internet pelo site Blogueiras Negras.

A estreia do stand up em São Paulo tem produção do Todos Negros do Mundo (TNM), portal que gera conteúdo sobre negritude e ainda será ainda gravado pela produtora Iracema Rosa Filmes, criadora de programas para os canais Sony, AXN, Crackle e A&E. O intuito da produtora com a gravação do espetáculo é ocupar espaços em canais de comédia na TV a cabo e em plataformas de Video on demmand como a Netflix, por artistas negros.

Ingressos

Os ingressos são limitados ( a classificação é de 14 anos)  e podem ser adquiridos  clicando aqui.

O Mundo Negro estará sorteando um par de convites para o espetáculo. Para participar basta preencher o formulário no Google Docs. O sorteio será realizado no dia 28 de Junho por meio da plataforma https://www.random.org/

Lanna Rodrigues e Bruna de Paula são as convidadas de Da Ghama para apresentação musical no Teatro Ipanema

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Foto: Carlos Junior

No cenário produzido pelo artista plástico Gringo Cardia, Da Ghama sobe ao palco do Teatro Ipanema, na noite desta quinta-feira (14), especificamente às 21h e ainda traz as participações especiais das cantoras Lanna Rodrigues, ex “The Voice Brasil“, que garantiu vaga no time de Lulu Santos e Bruna de Paula, ex “Ídolos“.

Após 22 anos como vocalista, guitarrista e compositor no grupo Cidade Negra, Da Ghama segue em trabalho solo levando as músicas do seu segundo álbum no repertório, como a faixa “Trabalhador”, que é uma homenagem restada pelo cantor à todos os trabalhadores brasileiros e que tem a participação de Serjão Loroza.

Neste show, o cantor será acompanhado pela Banda Baixafrika: Cléo Henrique (bateria), Tácio Farias (contrabaixo), Heitor Nascimento (guitarra solo), Barol (teclado), Waldir Gama (percussão), Cauê (trombone) e Júnior (trompete).

Para garantir os ingressos, basta ligar para (21) 2267-3750. O Teatro Ipanema fica na Rua Prudente de Morais, n° 824, Ipanema. Venda onLine: https://ticketmais.com.br/evento/view/28107/da-ghama.

MC Soffia está concorrendo ao prêmio de melhor artista internacional da Black Entertainment Television

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Empoderada desde o berço, MC Soffia ganhou o mundo com suas letras de protesto e fortalecimento as crianças e mulheres negras. Com apenas 14 anos, ela está entre os indicados ao Black Entertaiment Television (BET Awards) 2018. A premiação internacional é dedicada à comunidade negra.

A MC disputa a categoria Best New International Act (Novo Artista Internacional), com outros nove indicados de diversas partes do mundo. O vencedor será escolhido por meio de votação, que acontece através do site do canal BET e vai até dia 19 de junho.

A cerimônia de premiação será transmitida ao vivo no dia 24 de junho. O BET Awards foi criado em 2011 e traz visibilidade aos artistas negros, nas categorias ligadas à música, televisão, cinema e esportes.

Música dá oportunidade a Gxlden, que mostra a essência do cria da favela em novo videoclipe

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Após o lançamento do single “Coretando Notas“, em maio deste ano, Gxlden volta com tudo e mostra o valor do Morro do São João no videoclipe “Respeita o Cria“, dirigido, filmado e editado por Fabiano Braga, da Alphan9ve, com a assistência de Thiago Diogo e do próprio Gxlden. A música tem produção de Pedro Soffiatti, da UFO Records, produtora que o rapper também faz parte.

O intuito de Gxlden no clipe é enaltecer a comunidade onde ele mora, independente dos problemas locais. “A ideia por trás do vídeo a própria música já diz “Respeita o Cria”, respeita quem vem da favela porque aqui também tem muito valor, tem muita gente boa e gente promissora que só precisa de uma oportunidade, um impulso. A ideia é essa ! É muito bom sempre gravar por aqui, é o terceiro clipe que gravo na minha comunidade. As pessoas sempre me recebem de braços abertos, querem aparecer no vídeo, estão sempre sorrindo e esse é o lado bom da comunidade“, explica.

Na próxima quarta-feira (13) ele irá lançar seu primeiro EP pela UFO Records, intitulado “Visões de Cria“, que possui oito faixas e conta com produções de Soffiatti e Charles Boricceli. A arte da capa foi feita por Francini Ramos, com fotos de Marcus Forster.

Arte: Francini Ramos // Foto: Marcus Forster

No disco, o rapper pretende, de fato, passar as visões de um cria. “O nome desse CD é bem significativo pra mim. […] Apesar de sermos marginalizados, o que aconteceu pra ser marginalizado, o que ele passa, os sofrimentos, o que ele vê, o que ele acha do mundo, o que ele acha que as pessoas acham dele, é isso que eu quero passar nas músicas, além de motivar os crias. Mostrar as pessoas que você pode chegar a algum lugar e eu sinto que hoje em dia ainda não conquistei nada, não tem muita coisa pra conquistar, mas o pouco que eu conquistei, consegui influenciar muitas pessoas. E fico muito feliz porque são pessoas que têm a mesma realidade que eu, sabe?“, explica.

Assista o videoclipe de “Respeita o Cria”.

ID_BR promove editorial em busca de Igualdade Racial no audiovisual brasileiro 

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Amor, cor, pessoas e espaço. “O amor não é vermelho” é um editorial promovido pelo Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) para fazer uma contra narrativa aos modelos de casais difundidos no audiovisual brasileiro.  A partir de um olhar racializado a ação pretende colocar a coletividade para pensar na importância da representatividade.

Um dos casais convidados foi o ator Érico Brás e a atriz e defensora das mulheres negras na ONU Mulheres Brasil, Kênia Maria, casados há seis anos. A família de atores produz uma websérie  chamada “Tá Bom pra Você?”, disponível no YouTube, que questiona a falta de representatividade de famílias negras em comerciais.

Apesar dos negros no Brasil representarem 54% da população (IBGE), o percentual de negros no elenco dos 97 filmes brasileiros de ficção lançados em 2016 foi de apenas 13,4%, segundo pesquisa divulgada, este ano, pela Agência Nacional do Cinema (Ancine). Os dados ainda revelam que apenas 2,1% dos filmes foram dirigidos por homens negros e nenhum dirigido ou roteirizado por uma mulher negra.

A proposta do Editorial é construir um outro conceito para a cor do amor, desmistificar alguns padrões e reforçar a importância da igualdade racial no audiovisual. Também participaram do ensaio a modelo Bárbara Louise e o produtor cultural Pedro Oliveira, que namoram há um ano.

Editorial O Amor Não é Vermelho
Realização: Instituto Identidades do Brasil @id_br
Fotógrafo: Thiago Bruno @euthiagobruno
Styling: Babi Louise @babilouisee
Make Up: Ingrid Louise @ingrid_louisee
Hair: Marcia Valeria @marciavaleriaoficial
Produtor: Leonne Gabriel @leonne_black
Locação: @188studio

Participaram do ensaio os casais @ericobras e @keniamariak , @babilouisee e @pedroliveira_02

 

Amor negro: Casais que são parceiros no amor e nos negócios

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Fotos: Arquivo pessoal

Apesar da palavra empoderamento estar bem desgastada ela raramente é usada para falar sobre amor. Sim, casais empoderados se ajudam, se estimulam e se desafiam. Quando são parceiros no negócio então, tudo se torna mais intenso: o amor e a vontade de ver seus negócios prosperando.

Conheça a relação de negócios e amor de três casais muitos especiais.

“Evitamos trabalhar depois das 18h, temos nossos finais de semana, feriados, viagens e festas. Sabemos bem equilibrar a vida pessoal e profissional tranquilamente.”

Monique , 23 , Salvador, Virgem 
Lucas , 25, Salvador, Libra 

Nome e resumo dos negócios.  Kumasi, marketplace de moda e acessórios feito por afroempreendedores, Evelle Consultoria, onde Monique Evelle é CEO e Lucas Santana é Diretor de Marketing, presta serviços de marketing e inovação com foco em habilidades do futuro, a partir de soluções em educação e pesquisas.

Quem tem mais dificuldade em conciliar trabalho com vida pessoal? Os dois são workholics, tem um mais preguiçoso, como equilibram? E os finais de semana, conseguem deixar o trabalho de lado?

(Monique)  Antes de conhecer Lucas, eu achava que era viciada em trabalho. Mas percebi que o viciado era ele. Quando vi que ele começou a ter reuniões finais de semana, principalmente no domingo, paramos para conversar e resolver como seguiríamos juntos. Ainda bem que essa conversa foi no bem no início do namoro e logo se resolveu.

Quando a gente completou uns 6 meses juntos já estávamos equilibrados. Evitamos trabalhar depois das 18h, temos nossos finais de semana, feriados, viagens e festas. Sabemos bem equilibrar a vida pessoal e profissional tranquilamente.

Como não cansar um do outro passando tanto tempo juntos?

(Monique)  Confesso que não sei responder. Mas há três anos estamos assim e nunca houve cansaço.
É comum levar problemas do trabalho para casa? Como lidam com a grana, quem administra, um os dois? Dividem quem cuida da casa e dos negócios?

Não levamos trabalho pra casa, porque em casa é um momento nosso. Não deixamos a pessoa jurídica atrapalhar a pessoa física. Nós dois cuidamos de tudo, dentro das responsabilidades de cada um.

A maneira que vocês se conheceram tinha alguma coisa a ver com a parte profissional?

(Lucas) Sim. Nos conhecemos em um evento de empreendedorismo que eu estava organizando. A Monique estava palestrando e na festa do evento demos um beijo. Desde então estamos juntos.

Quando sentiu uma afinidade em termos de negócio, que fez você pensar que trabalhar juntos seria uma boa ideia?

( Lucas) Começamos fazendo coisas juntos no Desabafo Social. Eu ajudava na parte de tecnologia com os sites e os sistemas e vimos que estava dando certo. Tivemos algumas ideias e resolvemos começar. Assim iniciou a Kumasi, nosso primeiro negócio juntos.

Qual é o melhor e pior de trabalhar juntos?

(Lucas) Não sei se tem pior parte entre a gente. A melhor parte é que podemos compartilhar sobre tudo e conversar sobre tudo. Não existe um clima de que estamos separando trabalho de vida pessoal , o que deixa tudo mais leve.


“Melhor é estar sempre perto e o pior é estar sempre perto. É contraditório, mas o exercício de saber quem cada um é tem que ser constante.”

Jaciana Melquiades, 34 anos, Belford-roxo, escorpião
Leandro Melquiades, 32 anos, Bangu, Áries

Nome e resumo dos negócios: Era uma vez o Mundo, empresa que cria brinquedos e atividades educativas referenciadas em crianças negras

A maneira que vocês se conheceram tinha alguma coisa a ver com a parte profissional? Quando sentiu uma afinidade em termos de negócio, que fez você pensar que trabalhar juntos seria uma boa ideia?

(Leandro) Não. Nós conhecemos eu estava acabando o ensino médio e a Jaci começando a faculdade. Éramos super amigos, saíamos juntos, ambos namorávamos outras pessoas, mas já lidávamos com educação. Foi com o nascimento do Matias que pensamos em criar um negócio juntos.

(Jaciana)Quem tem mais dificuldade em conciliar trabalho com vida pessoal. Os dois são workholics, tem um mais preguiçoso, como equilibram? E os finais de semana, conseguem deixar o trabalho de lado?

Eu tenho mais dificuldade… acabo trabalha do em horários que não deveria. Leandro é super organizado e consegue lidar bem com agendas, eu sou mais de deixas as coisas pro limite do prazo, mas no fim acaba dando certo… a gente acaba não dividindo assim no modelo de fim de semana. às vezes a folga é na segunda, e funciona também.

Como não cansar um do outro passando tanto tempo juntos? É comum levar problemas do trabalho para casa?

(Jaciana) A gente faz academia, cursos , viaja e muitas vezes essas atividades Extra fazemos sozinhos. Cada um cuida de demandas específicas, o que faz com que não estejamos o tempo todo juntos também. No fim do dia temos muita coisa pra contar um pro outro. A parte negativa é que até nos divertimos falando de trabalho (risos)

Como lidam com a grana, quem administra, um os dois? Dividem quem cuida da casa e dos negócios?
(Leandro) Nosso dinheiro é nosso. É assim desde que começamos a namorar. Temos as dividas em comum e coisas que cada um quer fazer com dinheiro. Nos organizarmos para que caiba tudo no orçamento mensal. Sem essa de meu dinheiro e seu dinheiro… aqui é tudo nosso e até o Matias já começou a ajudar a decidir como vamos usar o dinheiro.

Qual é o melhor e pior de trabalhar juntos?

Melhor é estar sempre perto e o pior é estar sempre perto. É contraditório, mas o exercício de saber quem cada um é tem que ser constante. A gente fala muito sobre isso sobre o que cada um quer, sobre os limites, sobre tudo. E a gente fala muito abertamente principalmente porque a gente vem de uma experiência anterior de amizade.


“Quando terceiros, que sabem que somos casados, tentam utilizar essa informação de forma negativa” 

Fernanda, 33, Gêmeos, São Paulo 
Sérgio, 43, Capricórnio, São Paulo

Negócios que são sócios: Conta Black, conta digital. Ele CEO e ela CCO

 A maneira que vocês se conheceram tinha alguma coisa a ver com a parte profissional?
(Fernanda) Nos conhecemos no noivado de nossos irmãos. Na ocasião o Sergio era comprometido, depois disso ele terminou o relacionamento pra investir em mim. (risos). Ele diz que foi amor à primeira vista, mas até virar um relacionamento, passou quase um ano.

Quando sentiu uma afinidade em termos de negócio, que fez você pensar que trabalhar juntos seria uma boa ideia?

(Sérgio) A Fernanda desempenhava muito bem o papel de relacionamento com empresas e parceiros na AfroBusiness, quando resolvi lançar a Conta Black, pensava num time complementar e de pessoas de confiança, ela é a pessoa que mais confio nesta vida.

Quem tem mais dificuldade em conciliar trabalho com vida pessoal. Os dois são workholics, tem um mais preguiçoso, como equilibram? E os finais de semana, conseguem deixar o trabalho de lado?

Esta é a segunda vez que trabalhamos juntos, considerando os 13 anos que estamos  juntos, a primeira vez, ainda éramos namorados, durou pouco tempo. A maturidade nos fez encarar as coisas de uma forma melhor, hoje conseguimos conciliar e levar as coisas de uma forma leve. Seria mentira dizer que nos momentos em casa não falamos de assuntos relacionados ao trabalho, mas hoje em dia, conseguimos virar a chave, rapidamente. Quem é o mais workaholic é uma pergunta que divergimos na opinião, eu falo que é ele e ele fala que sou eu.

(Fernanda)Trabalhamos tanto, que aos finais de semana, de fato queremos “fechar a lojinha” e viver a nossa vidinha, dividida em momentos só nossos, com nossa família e com nossos amigos.

(Sergio) Ela, tem dificuldades em conciliar pois quando chega em casa continua o trabalho, eu não levo computador para casa pois anteriormente, eu tinha este mesmo costume, não sou tão workaholic quanto ela e não há quem seja mais preguiçoso que o outro pois organizamos os nossos compromissos.

Como não cansar um do outro passando tanto tempo juntos? É comum levar problemas do trabalho para casa?

 (Fernanda) Acredito que não existe uma formula magica, mas acredito que fazer atividades separadas, é um truque. Ter tempos de qualidade, individuais, com a nossa família, com amigos, contribui bastante. Por incrível que pareça, hoje não levamos problemas pra casa, discutimos no escritório, no café, na rua, no carro, mas tudo precisa ser resolvido até chegarmos em casa, e é dessa forma que acontece.

(Sergio) Não costumamos fazer isso, pois sabemos que não dá certo e não resolve.

Como lidam com a grana, quem administra, um os dois? Dividem quem cuida da casa e dos negócios?

(Sergio)Cada um tem o seu dinheiro. Como administramos negócios diferentes, mas que se conectam, definimos que cada um é responsável pela administração financeira de cada negócio, porém, em conjunto definimos as prioridades para que os negócios possam fluir.

Qual é o melhor e pior de trabalhar juntos?

(Fernanda)Melhor – Ter um colega de trabalho que compartilha os mesmos valores, planos e objetivos de vida. E isso é muito bom, caminhar lado a lado com uma pessoa que também está lutando pelos mesmos propósitos.
(Sergio)Lutar pelos mesmos objetivos, juntos .
Ruim – (Fernanda)Quando terceiros, que sabem que somos casados, tentam utilizar essa informação de forma negativa.
(Sergio) Lidar com as frustrações.

Finalmente: São Paulo oficializa pela primeira vez, um Centro de Cultura Negra como patrimônio da cidade

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Foto de uma das exposições realizadas do CCNJ- “Atavos – Um Reencontro de Ancestralidades Perdidas”,

Mãe Sylvia de Oxalá foi sem dúvida uma das principais defensoras e perpetuadoras da cultura africana e afro-brasileira na cidade de São Paulo. Em 1990, sua casa,  Axé Ilê Obá, ” A Força da Casa do Rei”, foi o primeiro terreiro a ser tombado como patrimônio histórico da cidade de São Paulo.

Placatombamento

Para quem teve a oportunidade de conhecê-la como eu, testemunhar as suas andanças pelo Brasil e pelo mundo, para ter o reconhecimento da contribuição dos seus ancestrais para a cidade de São Paulo foi uma verdadeira aula de resiliência. Idosa, negra do Candomblé, Mãe Sylvia não aceitava não como resposta.

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Mãe Silvia de Oxalá

Uma das suas vitórias antes do seu falecimento em 2014, foi o Centro de Culturas Negras do Jabaquara, que no último dia 8 de junho, foi reconhecido como equipamento cultural da cidade de São Paulo. O espaço abriga o Sítio da Ressaca, que foi usado como casa de passagem de muitos negros escravizados, que ao fugir dos seus donos,  passavam pela capital paulistana, rumo ao litoral do Estado de São Paulo, onde há registros de existência de alguns quilombos.

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Sítio da Ressaca (imagens> Reprodução Facebook

Graças aos esforços da Mãe Sylvia, o espaço ainda abrigou o Acervo da Memória e do Viver Afro-brasileiro, onde se podia encontrar um dos maiores acervos de livros e artefatos  voltados à comunidade negra no Brasil, com muitas raridades. Boa parte desse material foi transferido para o terreiro de Mãe Sylvia.

O Projeto de Lei nº 663/17, do Vereador Eduardo, Matarazzo Suplicy – PT e sancionado pelo prefeito Bruno Covas renomeou o espaço de Centro de Culturas Negras do Jabaquara – Mãe Sylvia de Oxalá para  Centro Municipal de Culturas Negras do Jabaquara – Mãe Sylvia de Oxalá – CCNJ.

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Localizado à Rua Arsênio Tavolieri, 45, Distrito do Jabaquara, o local é sem dúvidas um dos mais antigos espaços de resistência negra de São Paulo.

Mais informações sobre esse espaço podem ser encontradas na página do Centro Cultural, no Facebook.

 

Curta-metragem “Quem conta é a água” relata momentos importantes dos 50 anos de iniciação de Mãe Márcia d’Oxum

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Iniciada por Mãe Menininha do Gantois aos nove anos de idade, Marcia Dória Pereira, conhecida como Mãe Márcia d’Oxum, brasileira, negra e apaixonada pelo Candomblé e por todo o movimento de cultura que foi preservado no interior das Matrizes Africanas, comemora os 50 anos de sua iniciação através do lançamento de “Quem Conta é a Água“. O curta foi dirigido por Samara Mello.

O evento de lançamento será realizado no dia 4 de julho, no Solar do Jambeiro, em Niterói. Os ingressos são gratuitos e serão disponibilizados por ordem de chegada. Além da a exibição do filme, o evento conta com roda de conversa com a direção do curta-metragem, a convidada Roberta Martins, diretora de unidades culturais da Fundação de Artes de Niterói (FAN) e o público e ainda exposição de fotografias.

O filme conta as transformações que Oxum inspirou na vida de Mãe Marcia, através da seleção de momentos marcantes, ao longo desses 50 anos de iniciação, além de mostrar a trajetória da Yalorixá, uma forma de desconstruir preconceitos e estereótipos acerca do candomblé através de uma trajetória de fé e superação.

O projeto audiovisual teve apoio e participação de membros do terreiro, da Secretaria de Cultura de Niterói, Sociedade Fluminense de Fotografia e Prefeitura de Niterói.

Mãe Márcia também se define como ativista contra o racismo, o preconceito e contra a intolerância religiosa, trabalha diretamente com projetos sociais, culturais e educacionais no que diz respeito a cultura afro-brasileira e é a sacerdotisa responsável pelo Egbè Ilè Ìyá Omidayè Asé Obálayó, terreiro localizado em São Gonçalo, com numerosos filhos iniciados no Candomblé.

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