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“Black WallStreeter”: Empresário e seu filho pequeno criam clube de investimento para comunidade negra

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Apesar da farsa da Bettina, que fez um milhão de uma forma que nem ela consegue provar, fato é que guardar dinheiro é a maneira mais inteligente de garantir um futuro melhor e sustentável. E engana-se quem pensa que isso só é possível para quem tem dinheiro sobrando. Guardar e investir faz parte de uma mudança comportamento em relação ao dinheiro, mas nós como comunidade negra não tivemos esse tipo de educação.

Na Virginia (EUA), Kevon L. Chisolm e seu filho Kamari “Junior WallStreeter” criaram um clube de investimento com serviços de consultoria financeira para aumentar a riqueza dos seus clientes, negros em grande maioria.

O clube funciona por meio de seminários que podem ser frequentados por pessoas acima dos 8 anos de idade. De acordo com Kevon, os seminários oferecem informações baseadas em pesquisas e estratégias para que qualquer um possa realizar o seu “sonho financeiro”.

“Quando criamos o Black WallStreeter, nos queríamos falar sobre algumas preocupações comuns que as pessoas têm sobre riqueza, como por exemplo, como guardar dinheiro para faculdade, para aposentadoria, como começar um novo negócio ou comprar uma casa”, explica Kevon.

A proposta de ser um clube, com encontros presenciais, não foi por acaso. A ideia é que aproximando pessoas parecidas, o projeto pode aliviar o estresse de tentar melhorar a condição financeira sozinho, individualmente.  Chilson já vem desse mercado há um tempo, tendo 15 ano de experiência em finanças e liderança, por meio da sua empresa Umoja.

No Brasil

No Brasil, o No Front é um projeto de educação financeira com foco na comunidade negra. Ele é liderado Gabriela Chaves,  economista formada pela PUC-SP, Mestranda em Economia Política Mundial na UFABC, com 5 anos de experiência no mercado Financeiro e Pesquisadora do NEPAFRO – Núcleo de Estudos Afro-Americanos.

O projeto oferece cursos presenciais de finanças pessoais e uma assessoria online para planejamento financeiro.

Para saber mais clique aqui.

 

 

Cinema negro: Em Guri, mãe ameniza as dores dor racismo por meio da ancestralidade

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Victor é um menino de 12 anos que sonha em vencer um campeonato de Bolinha de Gude do seu bairro. Partindo da brincadeira de criança, o filme Guri apresenta uma família negra de periferia, formada por Victor e a mãe, Madalena, que precisam lidar com a condição social e os preconceitos raciais que estão sujeitos. Na trama, pouco se sabe do pai apenas que ele mora e trabalha em São Paulo.

O curta se passa em dois espaços distintos, a escola e o bairro em que mora – Barra do Jucu, em Vila Velha (ES). Assim temos Victor, apaixonado por bolinha de gude,  se preparando para disputar o campeonato de Bolinhas de Gude de seu bairro. Porém, na semana do grande evento, o pequeno Victor é vítima de uma piada racista de um colega de sala a respeito de seu cabelo Black Power.

 mãe tem papel fundamental ao lidar com o ato racista, ao conversar com o filho sobre a importância de valorizar sua ancestralidade, sua história e não deixar-se abater por este tipo de preconceito. A história narra as aventuras desse garoto, que gosta de desenho animados e jogar futebol,  que graças à educação de sua mãe encontra na música os principais referenciais estéticos e de negritude.

O curta-metragem de ficção que tem direção e roteiro de Adriano Monteiro e produção executiva de Daiana Rocha, aborda uma das brincadeiras infantis que marcou época e quase não é mais vista nas gerações atuais. Guri é um drama e uma aventura infanto-juvenil. Apesar de seu conflito se estabelecer em cima de um tema delicado, o racismo na infância, ele não apaga sua perspectiva lúdica e divertida.

Com a proposta de adentrar no cotidiano dessa família negra de periferia, a pesquisa estética e cinematográfica iniciou-se em grandes obras do Cinema Novo e chegando a produções de bastante relevância no cinema contemporâneo, dentre eles estão Cidade de Deus (Fernando Meirelles, Kátia Lund, 2002), Ó Pai, Ó (Monique Gardenberg, 2007), 5x Favela – agora por nós mesmo  (Cacau Amaral, Rodrigo Felha, Cadu Barcelos, Luciano Vidigal, Manaira Carneiro, Wagner Novais, Luciana Bezerra, 2010). É importante destacar a influência de grandes diretores negros brasileiros, entre eles estão Joelzito Araújo, Jeferson De e André Novais Oliveira. Em relação a cineastas estrangeiros, a produção se ancora em obras dos diretores norte-americanos Spike Lee e Ava DuVerney, bem como no diretor senegalês Ousmane Sembène.

O curta-metragem propõe uma importante reflexão sobre a infância da perspectiva da criança negra, além de contribuir para o debate do racismo na infância, tão naturalizado em nossa sociedade através de piadas e “brincadeiras”, e ainda valorizar as representações de personagens negros e negras no cinema capixaba.

A produção ainda pretende distribuir o filme para utilização pedagógica nas escolas, como menciona o diretor. “O filme ao privilegiar um elenco composto em sua maioria por crianças, quer tocar em um tema delicado que é o racismo na infância e fomentar esse debate na família, na escola e em outras instâncias da sociedade”, afirma Adriano Monteiro.

O curta-metragem Guri será lançado no dia 26/03, às 19h no Cine Metrópolis (UFES). Após a exibição haverá bate-papo com o diretor, elenco e convidados. GURI é um projeto de curta-metragem contemplado pelo Edital 029/2017 do Fundo de Cultura – FUNCULTURA, da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo (Secult). Realização: Bule – Estúdio Criativo.  

Informações Gerais:
Sessão Especial de Lançamento
Curta-metragem Guri (Direção e roteiro Adriano Monteiro)
Data: 26/03 às 19h
Local: Cine Metrópolis (UFES)
Sessão de Abertura: Websérie Palavra Negra
Apoio cultural: Secult/ES. Realização Bule Estúdio Criativo.

Crédito de foto: Luara Monteiro. 

Mulheres negras são menos de 1% em cargos executivos de grandes empresas

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Apesar da “liberdade”,  as relações trabalhistas no Brasil ainda carregam uma forte carga  do período escravocrata.  Juntamente com a educação, o mercado de trabalho é um dos setores onde o racismo estrutural age de forma mais explícita. Em grandes empresas a cor de quem serve o café é sempre a mesma, assim como a do CEO.

A população negra brasileira, que representa um contingente de mais de 110 milhões de pessoas (54%), segue em desvantagem no mercado de trabalho ainda nos dias de hoje, menos de 1% é o percentual de mulheres negras em cargos executivos nas 500 maiores empresas no país (Instituto Ethos, 2016).

Ao longo de 268 páginas a ativista e Diretora Executiva do ID_BrLuana Genót, uma das principais vozes da luta pela igualdade racial no mercado trabalho, retrata em seu livro Sim à Igualdade Racial – raça e mercado de trabalho”(Editora Pallas)  como as relações de trabalho têm se dado no Brasil, dentro da esfera das relações raciais sobretudo em grandes corporações.  Ela usa dados estatísticos atualizados, fazendo um largo panorama que mostra a discrepância negros e brancos no mercado de trabalho.

A obra que será lançada hoje, 21 de março (Dia Internacional Contra a Discriminação Racial) , no RJ mostra, por exemplo, que mesmo com o aumento da comunidade negra dentro das universidades, não houve um inserção proporcional desse perfil dentro dos quadros de lideranças das grandes empresas. 

“Todos nós temos papel fundamental na mudança do cenário atual. A igualdade racial é peça-chave para o crescimento das empresas e sua diversidade. Estamos aqui para auxiliá-las a olhar para esse tema como oportunidade de mercado e transformação social. Precisamos priorizar o assunto que muitas vezes é deixado de lado”, afirma Genót.

O livro traz 16 depoimentos de pessoas de diferentes perfis, além das falas da própria Luana e de seus pais. A autora despertou para o problema quando foi vítima de preconceito racial em ambientes corporativos.

As entrevistas foram escritas na primeira pessoa, de acordo com Luana Génot para que os leitores possam se colocar mais facilmente no lugar dos personagens. Ela propõe a observação de alguns termos recorrentes quando o assunto é raça, que estão em destaque no livro, como: “branquitude”, “colorismo”, “heteroidentificação”, “etnia”, “interseccionalidade”,“viés inconsciente” e “democracia racial”.

Na perspectiva da jornalista Flávia Oliveira, uma das entrevistadas, a sua excessiva representatividade é prova da assimetria racial no mercado de trabalho. “Eu não teria muita visibilidade se fôssemos muitos negros no jornalismo de TV, rádio ou qualquer outro meio”, afirma.

Serviço do lançamento no Rio de Janeiro:
“Sim à Igualdade Racial – raça e mercado de trabalho”, de Luana Génot
Endereço: Livraria da Travessa Leblon – Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – loja 205A
Data: 21/03
Horário: 19h
Entrada franca

Serviço do livro:
“Sim à Igualdade Racial – raça e mercado de trabalho”, de Luana Génot
Pallas Editora
Políticas afirmativas/racismo
272 páginas
R$ 54,90

 

SmartFit dará “aulão” de dança afro-urbana de graça em parceria com coletivo Mooc

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Focando na diversidade com propósito para incluir ritmos africanos nas aulas de dança, a rede de academias SmartFit iniciou uma parceria com o Mooc , grupo formado por oito jovens negros moradores da periferia paulistana. O coletivo convidou a dançarina e coreógrafa de danças africanas Gabb Cabo Verde para ministrar cinco aulas de Afrobeats nas unidades Smart Fit Paulista, Carrão, Sacomã, Tucuruvi e Augusta, e promover uma experiência diferente aos alunos.

Para inaugurar o projeto, a rede vai oferecer uma aula gratuita no dia 24/03, às 15h, na avenida Paulista.  A ideia é realizar um aulão, com duração de uma hora, aberto ao público, junto ao Smart Truck, um furgão totalmente equipado para oferecer o melhor da atividade física, de forma totalmente gratuita. 

Para os integrantes do Mooc, ter um projeto relacionado a música, com uma grande marca, principalmente no estilo afro, é uma grande conquista, pois essa é uma das principais frentes de trabalho do grupo.

“A música é de fácil acesso e nos ajuda a dialogar em um formato diferente. Além disso, no dia a dia, falamos sobre mudanças e sobre a importância de colocar em prática nossos ideais, mas nem sempre temos oportunidade. Por isso, acredito que a dança será uma excelente porta de entrada para as pessoas conhecerem mais sobre nosso trabalho, diz Lídia Thays, diretora de arte no Mooc.

Serviço

Aula de Afrobeats aberta ao público
Data: 24/03/2019

Horário: 15h
Endereço: Avenida Paulista, 1.853 – SP
Professora: Gabb Cabo Verde
Cronograma de aulas na Smart Fit

 

Sacomã

Data: 01/04

Horário: 19h

 

Paulista

Data: 05/04

Horário: 18h

 

Tucuruvi

Data: 08/04

Horário: 19h

 

Augusta

Data: 12/04

Horário: 19h

 

Carrão

Data: 15/04

Horário: 19h

 

 

 

Sociologia dos Orixás é tema de curso em São Paulo

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Ivan Poli é o único autor brasileiro do Renascimento Africano reconhecido por autoridades tradicionais, políticas e acadêmicas em diversos países africanos. Em abril, ele realizado o curso Sociologia dos Orixás, em 4 aulas, em São Paulo. O curso abordará a constituição das Civilizações da África Ocidental a partir dos mitos da civilização Yorubá (os Orixás), assim como sua influência na diáspora até os dias atuais.

As aulas tratarão dos valores civilizatórios e identitários dos Orixás em nossas civilizações na África e Diáspora através dos diversos aspectos do Mito segundo os maiores nomes no estudo de mitos do mundo.
Esta viagem pelos arquétipos dos Orixás se dará através de seus Orikis (cantos sagrados) e para tanto se prevê uma introdução à Literatura Oral através de uma Oficina.

Plano de aulas
Aula 1
Literatura Oral Yorubá e Africana ,Diversos Gêneros e Apresentação dos Orikis (Oficina de Orikis)

Aula 2
Exu o transgressor ; Ogum , a ordem; Oxossi , o código dos caçadores; Logun Ede , da caça e coleta a urbanização;

Aula 3
Oxumaré , o duplo e a dialética africana; Obaluaiyê, a medicina tradicional ; Nanã, o conceito de pátria ; Yemanjá , os agregados de família e a escravidão linhageira.

Aula 4
Xangô , o código moral e o duplo; Yansã , a guerreira chefe de família; Oxum , a educadora ; Obatalá , o código moral espiritual; Odwduá – O Ancestral mítico .

O curso é para interessados em cultura africana em geral e profissionais de humanas que se interessem pelas leis 10639/03 e 11645/08 ( Cultura afro-brasileira, africana e indígena na Educação ).

Sobre o docente:
Ivan Poli
Único autor brasileiro do Renascimento Africano reconhecido por autoridades tradicionais, políticas e acadêmicas em diversos países africanos, autor dos demais Renascimentos do Sul (Hindu, Chinês, Oriente Médio, Sudeste Asiático, Russo, Latino-americano) mestre em Linguagem e Educação na Universidade de São Paulo. Trabalha com os seguintes temas: Mitos Africanos na Educação, Filosofia da Educação no Oriente, Sistemas Educacionais no Oriente e África, Relações Mestre Discípulo no Oriente e África, Historia da Educação e Sociologia da Educação no Oriente e na África, sobretudo na Índia, Lei 10639/03 (Cultura Africana e Afro-Brasileira na Educação – seu tema de pesquisa no mestrado), metodologias de letramento a partir de gêneros da oralidade africana na alfabetização de jovens e adultos. Tem vivências e experiências em instituições religiosas e educacionais em 22 países em 5 continentes que visitou durante 9 anos (tema de uma de suas obras).
Trabalho acadêmico reconhecido por diversas autoridades de alto nível na Europa (França), África (Nigéria e Benim), Ásia (Índia) e América Latina (Brasil e Argentina).

.:: Data: 03, 10, 17 e 24/04 – quartas-feiras, das 19h às 22h

.:: Investimento: R$ 150

.:: Inscrições: https://bit.ly/2TH4Cig

Local: Lab Mundo Pensante
Rua Treze de Maio, 733 – Bela Vista – São Paulo – SP
Tel:. 5082-2657
www.mundopensante.com.br

Podcast: Google oferece mentoria gratuita para negros e mulheres

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Os PodCasts estão para o rádio, assim como o Youtube está para TV. É uma forma de se comunicar de baixo custo e que pode ser feito de casa por pessoas que gostam de usar a Internet para expressar suas idéias.

O problema é que o alcance, qualidade conteúdo e de som, dependem de questões técnicas que não são tão acessíveis. Como sempre, um grupo acaba tendo acesso à informações que geram bons resultados, por meio de cursos pagos e quem não tem esses acessos, sofrem com uma concorrência desleal.

Para colocar grupos menos privilegiados em pé de igualdade com tem acesso ao conhecimento e equipamentos, o Google oferece um programa de mentoria e capacitação técnica.  O programa de criadores do Google Podcast abriu nessa segunda-feira até o dia 14 de abril as inscrições para a segunda etapa.

Desde o lançamento do aplicativo do Google Podcasts, em junho de 2018, o Google trabalha constantemente para tornar mais fácil para as pessoas ao redor do mundo encontrarem e ouvirem seus podcasts preferidos. Embora hoje se tenha mais podcasts do que nunca antes visto, mulheres e negros ainda são sub-representados como apresentadores e criadores de conteúdo, por exemplo.

Os mentorandos usufruirão da parceria  Google com a PRX, uma das melhores empresas na indústria de podcasts.

O programa foca em três pilares principais: empoderamento e treinamento de vozes sub-representadas por meio de um programa de aceleração, educação da comunidade global com ferramentas gratuitas e exibição dos trabalhos dos participantes.

A PRX, junto com um comitê consultivo global, irá selecionar os times que vão receber mentoria, financiamento e um treinamento intensivo de 20 semanas. São aceitas inscrições do mundo inteiro. Os interessados podem saber mais detalhes de como se aplicar para o programa no site do programa de criadores do Google Podcasts e PRX.

Negros x Dinheiro : Publicitária baiana comanda programa sobre finanças

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“Um dos mecanismos mais eficazes do colonialismo, ainda em curso, foi a criação de uma barreira, quase intransponível, entre a população negra e o dinheiro, concentrando a aquisição e o benefícios da produção de riquezas nas mãos de poucos. Para a grande massa da população brasileira, o tema da Economia e do dinheiro ainda é pouco íntimo, apesar das diversas iniciativas ao longo da história que tentaram romper com a falsa ideia de que negros e dinheiro são inimigos”, explica Luciane Reis, que  que apresentará a partir dessa terça-feira, 19,  o programa Me Despache ,às 21h, na TV Kirimurê canal 10.2.
Comunicóloga com formação em Publicidade e Propaganda, especialista em Produção de conteúdo para Educação online pela Faculdade de Educação da UFBA, Luciane Reis é mestranda em Desenvolvimento e Gestão Social na Faculdade de Administração da UFBA, desenvolvendo a pesquisa ‘O caminho do dinheiro negro: da escravidão ao empreendedorismo’.
Luciane Reis destaca a longa trajetória do que hoje se chama de ‘black money’: “desde as primeiras formas de organização e colaboração entre os negros, para garantir a sobrevivência frente à escravidão, como os quilombos, irmandades religiosas e as sociedades negras, passando pelas iniciativas de inserção no comercial informal, por meio do trabalho de ganhos nas ruas das cidades, são muitas as tentativas de mudar essa realidade que nos aparta de uma vida de equilíbrio financeiro”, pontua.
Os convidados, com suas histórias pessoais ou com suas pesquisas dedicadas à temática dos negócios, contribuirão para estimular o pensamento sobre a Economia.
Serviço:
Me Despache todas as terças-feiras, 21h, e reprise às quintas-feiras, 10h da manhã, na TV Kirimurê (10.2). Uma iniciativa do Merc´Afro: www.mercafro.com.br

Novas potências: Indique alguém para receber o prêmio Sim à Igualdade Racial 2019

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Foto: ID_BR

O Prêmio Sim à Igualdade Racial já virou tradição, sendo um dos mais badalados eventos para comunidade negra fora do concorrido mês de novembro. Organizado pelo ID_BR, o evento premia pessoas, empresas e coletivos que trabalham em prol da igualdade racial no Brasil.

Na edição 2019, que acontece durante um jantar beneficente no Copacabana Palace, Rio de Janeiro, no dia 14 de Maio, os organizadores resolveram inovar e abrir para público a indicação de nomes e projetos que mereçam ser reconhecidos para concorrer ao prêmio.

Entre os anfitriões do evento estão Luiza Helena Trajano (Presidente Magazine Luiza), Bruno Gagliasso (Ator), Hamilton Amadeo (CEO AEGEA), Maria Ângela (Netflix)
José Vicente Marino (Presidente Avon)Regina Casé (Apresentadora).

A premiação é dividida em 11 categorias e em seis serão recebidas indicações do público. Todas as indicações serão analisadas e submetidas ao conselho julgador de cada área. O Mundo Negro orgulhosamente faz parte dessa comissão.

A estatueta do prêmio leva a obra “Mad World” do artista plástico Vik Muniz

O Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) é uma organização sem fins lucrativos, pioneira no Brasil e 100% comprometida com a aceleração da promoção da igualdade racial. A partir da Campanha Sim à Igualdade Racial eles desenvolvem ações em diferentes formatos para conscientizar e engajar organizações e a sociedade. O foco é reduzir a desigualdade racial no mercado de trabalho, como indica o objeto 10 da agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Tem um projeto legal ou conhece alguém que faça? Clique aqui e saiba como participar.

Excelência Negra : adolescente sem teto é aprovado em 17 universidades nos EUA

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Filho de mãe solteira, residindo em um abrigo de pessoas sem teto e com dois irmão mais jovens (gêmeos) com sérios problemas cardíacos.  Dylan Chidick, de apenas 17 anos, tem um perfil comum do negro adolescente periférico que teria motivos razoáveis para colocar o trabalho na frente dos estudos.

Dylan com sua mãe e os irmãos (Foto CBS)

Incentivado por sua mãe, Khadine Phillip, Chidick dedicou várias horas do seu dia aos estudos e acabou impressionando a ONG Women Raising, que deu suporte a família de Dylan e disponibilizou um local para que o adolescente pudesse estudar, longe dos agitos do abrigo. O resultado de tanto esforço somado à inteligência de Dylan, foi a aprovação em 17 universidades.

“Minha família passou por muita coisa e sempre tinha pessoas dizendo ‘Você não pode fazer isso’, ou ‘Isso não é para você’. E agora com essas aprovações eu só comprovo o que eu já sabia, eu quero e eu consigo o que eu quiser”,  declarou o adolescente ao WPTV, noticiário americano.

O jovem também é imigrante, de Trindade e Tobago e agora terá a felicidade de escolher onde estudar. Entre as candidatas estão as universidades Siena College, Kean University, Caldwell University e York College of Pennsylvania. Dylan é o primeiro da sua família a  fazer o curso superior.

 

 

Representatividade importa: As novas narrativas do Teatro Infantil Carioca

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“Se eles não abrem as portas das mansões você tem que construir a sua”
As novas narrativas do Teatro Infantil Carioca

Por: Cleyton Santanna, roteirista, Youtuber e jornalista em formação

Era uma tarde nublada de novembro de 2018 e eu aproveitava a minha companhia solo para assistir a peça “O Pequeno Príncipe Preto”, o espetáculo conta a história de um príncipe que percorre diferentes planetas em uma jornada de entendimento sobre a importância da auto-valorização da sua cultura e descobre o quanto é bonita a diversidade de cada povo, idealizado por Rodrigo França e Junior Dantas. Nunca me senti tão fortalecido com um espetáculo de linguagem infantil com o falar fácil, mas o pensar difícil, a peça dialoga com todos os meninos e meninas acima dos 20, 30 e 40 anos que ficam calados e com os olhos esbugalhados cheios de lágrimas, enquanto os meninos de 5, 6, 7… conversam com o Príncipe Preto e apesar de tudo que o racismo gerou de dívidas para os seus pais e familiares, eles já sabem quem são e para que estão nesse mundo.

“ — eu tô aqui sozinho!” diz o Pequeno Príncipe Preto em um determinado momento do
espetáculo.

“ — Não tá não Pequeno Príncipe Preto eu tô aqui com você!”, respondia um menininho
sentado no colo de sua mãe.

A resposta desse menininho de aproximadamente uns 6 anos na sala do Teatro Glauce Rocha no centro do Rio, é muito parecido com o menino indagador Gil, personagem idealizado no espetáculo Nanã, que nos levam para uma viagem a uma cidade do interior junto com a sua Irmã Nanã, onde na viagem junto com a sua tia eles deparam com o mundo do Orixás de uma maneira única sendo um grande convite a ancestralidade, respeito e a tolerância ao diferente.

A diretora e atriz do espetáculo Nanã, Gabriela Reis sente-se honrada em contribuir e consolidar ainda mais para o Teatro Negro Carioca com novas narrativas: “Contribuir de uma forma concreta e de engradecimento para esse movimento que cresce todos os dias, além de encher meu coração de alegria é uma honra.” Quando pensamos no Teatro Negro é um lugar que parte do incômodo e chega na representatividade, assim como aconteceu no Rio de Janeiro em 1944, com o Teatro Experimental do Negro (TEN) um projeto idealizado por Abdias Nascimento (1914–2011) que delineava um novo estilo dramatúrgico, de roupagem única e para além dos moldes já apresentados em outros países. Certamente, Abdias Nascimentos e diversos outros intelectuais das artes negras teriam orgulho da perpetuação dessa narrativa teatral sendo repassada em momento tão importantes quanto esse período em que estamos vivenciando agora, onde a Cultura tem sido tratada pelos governantes como um não lugar pensante. O ator Junior Dantas acredita que é importante na linguagem infantil reforçar imagens de maneira lúdica de empoderamento, pois dessa forma as crianças conseguem enxergar a empatia e o amor que tem se esfriados no mundo adulto, permitindo a construção do dialogo partindo dos filhos para os pais muitas das vezes.

https://www.instagram.com/p/BuEicBBlIsP/

“O teatro tem o poder da fala, as pessoas estão paradas ouvindo o que você tem, é
muito responsabilidade o que a gente está falando!” afirma Junior.

Junior Dantas após a negação ainda na infância de interpretar um príncipe em uma peça
na escola, sendo atropelado pela fala da professora que afirmava com todas as letras que
só existiam príncipes brancos e loiros, utilizou dessas chaves negativas e ressignificou na montagem do processo de construção do personagem e alimentou o ensejo do peso da falta de diversidade na dramaturgia como um todo. Sendo assim, a peça fundamental de Junior Dantas é a valorização da cultura afro-brasileira, assim como a carioca Gabriela Reis, a atriz que está preste a estreia no Teatro Gonzaguinha com sua peça, alimentou a frase que sua mãe falava na infância e que marcou a trajetória da jovem no mundo das artes: “Se eles não abrem as portas das mansões você tem que construir a sua” e foi assim que ela junto com o coletivo que faz parte conseguiu movimentar uma campanha de Crowndfunding, as famosas Vaquinhas Digitais para produzir a sua peça e conseguiu arrecadar um valor importante para a cobrir despesas importantes com produção e desenvolvimento do espetáculo Nanã que acompanha a história de Nanã, seu irmão irmão Gil e Tia Tê em uma grande aventura por um vilarejo mágico e ancestral.

De acordo com o artigo, o “O Teatro Negro no Brasil e nos Estados Unidos” da autora Ariângela Alves de Lima, o Teatro Negro incorpora e nasce a parti de três elementos constantes: a lembrança da cultura africana, a história da escravidão e do racismo e a desconstrução de imagens perversas do negro pautados em uma teatralidade afro, hoje, Gabriela Reis, Júnior Dantas, Licínio Januário, Sol Miranda, Rodrigo França e tanto outros nomes que estão movimentando a cena do teatro carioca e lotando as salas de teatro com boas histórias, histórias essas que ainda não foram contadas em sua totalidade.

O Teatro Negro Carioca tem segurado nossa mão e tem unido o os nossos corações, e eles juntos tem sido capaz de fazer o que a gente não é capaz de fazer sozinho, ARTE. Parafraseando essa poesia que toda artista pronuncia antes de subir aos palcos com se fosse um oração, o teatro negro tem feito essa oração de forma empírica com a plateia em todas as apresentações.

ESPETÁCULO NANÃ

Dias 16 e 17 de março às 17h
Dias 23  e 24 de março às 14h

— No Teatro Gonzaguinha.

Ingressos à R$ 20,00 (Inteira)
R$ 15,00 (Lista amiga)
R$ 10,00 (meia)
Classificação LIVRE

mais informações: https://www.facebook.com/events/284584222168364/

O PEQUENO PRÍNCIPE PRETO
Teatro Dulcina
De 16 a 24 de Março. Sábados e Domingos às 16h
Onde: Teatro Dulcina (R. Alcindo Guanabara, 17 — Centro, Rio de Janeiro — RJ,
20031–130 — Perto do Metrô da Cinelândia!)
Ingressos: R$15,00 (Meia-Entrada) / R$30,00 (Inteira)
Venda online: bit.ly/pppdulcina
mais informações: https://www.facebook.com/opequenoprincipepreto/

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