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USP discute a presença negra no Ensino Superior

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Estudantes, ativistas, professores, futuros universitários se reúnem para discutir a presença negra no ensino superior. O II Simpósio GENERA é promovido pelo Núcleo de Pesquisa de Gênero e Raça (GENERA), da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP  e pretende contribuir com o debate sobre as relações raciais e de gênero nas faculdades e universidades brasileiras, discutindo assuntos como  acesso ao ensino superior e permanência estudantil, racismo institucional na educação superior,  e professoras(es) e pesquisadoras(es) negros no ensino superior.

Nas últimas décadas, políticas afirmativas vêm sendo discutidas e implementadas, porém ainda permanece uma grande desigualdade no ingresso de negros na universidade. Dados do Relatório de Avaliação Socioeconômica da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), apontam que a porcentagem de estudantes negros aprovados na USP diminuiu de 2015 para 2016; em 2015, o total de pretos ingressantes na universidade foi 391 ou 3,5% do total. Em 2016, no entanto, o número é menor: 328 ou 3,2%. A quantidade de pardos matriculados em 2015 foi 1.642 (14,8%); em 2016, o número de pardos foi 1.427 ou 14,0%.

O Simpósio será realizado durante três dias com apontamentos levantados a partir de diferentes abordagens, não se restringindo a formulações acadêmicas. Ativistas, estudantes, professoras(es) da educação básica e da educação superior e pesquisadoras(es) debaterão os temas partindo de vivências, pesquisas e demandas, de modo a articular evidências empíricas a formulações teóricas sobre a interseccionalidade de gênero, raça e educação. Por se tratar de um Simpósio que congrega perspectivas diversas, a expectativa é que o público também seja amplo e plural. Além de pesquisadores e ativistas das temáticas a serem discutidas no evento, são esperados jovens e adultos, que pretendem ingressar no ensino superior ou que já são estudantes universitários.  

Confira as participações confirmadas e os temas em debate

25-10-2016 – Acesso ao ensino superior e condições de permanência

As reflexões serão relacionadas às condições de acesso ao ensino superior sendo pautado por políticas de ações afirmativas; e condições estruturais de permanência tais como: financiamento, moradia, alimentação, transporte, segurança, creche dentre outras.

Ane Sarinaraprofessora de história da rede pública

Douglas Belchiorprofessor, editor do negrobelchior.cartacapital.com.br, mestrando em Ciências Sociais e Humanas pela UFABC

Eduardo Januário – professor na rede estadual de São Paulo e doutorando em História Econômica pela USP

Renata dos Santos – professora da Universidade Federal de São Paulo

26-10-2016 – Professores e Pesquisadores Negras e Negros no Ensino Superior

Nesta mesa o foco será o debate sobre a presença e o lugar de docentes negras e negros no ensino superior. Bem como, a invisibilidade que é imposta às pessoas negras atuando na academia, seja na graduação,  pós-graduação e ou pesquisa.

Acácio Santosprofessor da Universidade Federal do ABC

Bianca Santana – professora da Cásper Líbero, autora do Livro “Quando me Descobri Negra”

Jaqueline Lima Santos – doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas

Sandra Maria Silva – professora da Universidade Estadual de Feira de Santana e Faculdade Anísio Teixeira. Pesquisadora GENERA.

27-10-2016 – Racismo institucional no ensino superior

Este espaço de discussão terá um formato dinâmico de compartilhamento de denúncias e relatos de experiências de racismo no ensino superior, de debate de estratégias de superação do  racismo institucional na USP e no ensino superior de modo geral. Além de explorar a interseccionalidade entre gênero e raça e as demandas por reconhecimento e respeito no ensino superior.

Cínthia Maia – recém-formada em Ciências Contábeis pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

Danilo Santos – estudante de Engenharia de Produção na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e de Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas

Marcos Cassimiro – estudante de Ciências Contábeis na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

Mônica Gonçalvesmestranda em Saúde Pública na Universidade de São Paulo

Stephanie Ribeiro estudante de Arquitetura e Urbanismo na PUC de Campinas, ativista, feminista negra e escritora

II Simpósio GENERA: Negras e negros na Educação Superior

Data: de 25 a 27 de outubro de 2016

Horário: 18:30 às 22:00

Local: Sala da Congregação – FEA 1 – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo

Para mais informações:

Página no Facebook: https://www.facebook.com/generaUSP

Compra online: 10 dicas de “afro-presentes” para do Dia das Crianças

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Foto: Lulu e Lili Acessórios (Facebook)

Mês de Setembro voou e Dia das Crianças, 12 de Outubro, já tá chegando. Tem filhos, sobrinhos, amiguinhos para presentear? Confira essa listinha de presentes bacanas que eu selecionei para meninas e meninos negros. Alguns deles são feitos por afro-empreendedores, o que significa que comprando produtos deles você também estará investindo em negócios da nossa comunidade.

Outra coisa legal dessa lista é que todos os presentes estão abaixo de 100 reais e podem ser comprados pela Internet, sem que você precise enfrentar filas e vendedores que só aparecem quando você está no caixa. Tem boneco, livro, DVD e até turbante.

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(1) Boneco Star Wars 12 Episódio VII Finn Jakku – Hasbro
R$ 35,00 – Lojas Americanas

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Livro para colorir com temática africana
(2) Quintal Étnico : Livro de colorir com conteúdo
R$ 24,90
Editora Babilônia

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(3)Faixa Turbante Lulu e Lili

A partir de R$ 12.00

www.lulueliliacessorios.com.br

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(4)Camiseta coração Afrozilians
R$59,90
Afrozilians

 

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Editora Abaquar
(5) A Nova Escola de Sara
R$20,00

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(6)Boneca Doce Bebê Jensen
R$ 95,00
Submarino

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(7)Família de bonecas negras
Preta Pretinha
Preço sob consulta

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(8) DVD Doutora Brinquedos – A Amizade é o Melhor Remédio
R$ 19,90
Lojas Americanas

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(9)Camisa Polo Infantil Negrif

Preço sob consulta
https://www.facebook.com/lojanegrif

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(10) Turbante Colorido Boutique Krioula
R$ 30,00
http://www.boutiquedekrioula.com/

Gostou? Tem mais sugestões. Deixe nos comentários e boas compras.

Obrigada Raissa: Meninas negras também podem sonhar em ser Miss

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Victória Esteves (Miss Bahia), Beatriz Leite (Miss Espírito Santo), Deise D’Anne (Miss Maranhão), Mariana Deny (Miss Rondônia) e Sabrina Paiva (Miss São Paulo) e a vencedora Raissa Santana (Miss Paraná) (Foto - Divulgação)

A representatividade é que nos fazem sentir parte do mundo. Começa pela nossa família. Se não vemos pessoas iguais a nós achamos que tem algo de errado conosco e na adolescência isso pode ser muito cruel. A falta de bonecas negras e a ausência imagens de adolescentes negros na publicidade, Youtube e revistas segmentadas só torna mais perversa a questão de invisibilidade para um público já tão carente de referências.

Assistir Raissa Santana, ser coroada como Miss Brasil 2016 para as nossas jovens é como ver uma princesa afro-brasileira ser homenageada por sua beleza. Esqueçamos todo o marketing que há por trás desse tipo de premiação e vamos lembrar que apesar do número de brasileiros que se autodeclaram negros ter aumentado, nenhuma negra ganhava o concurso de beleza há três décadas. É muito tempo.

Voltando a questão da representatividade, Raissa não é a empregada doméstica adolescente e negra da novelinha Malhação da Rede Globo, ela é um símbolo de beleza atrelado ao luxo e glamour, tão raramente associado a nós mulheres negras. E ela não é a Beyonce, ela é brasileira.  A Miss Negra estuda marketing e sabe que beleza não é suficiente para ser alguém no mundo. O cérebro é sua parte preferida do corpo. Precisamos dessas narrativas para que nossas meninas possam também sonhar em participar de concursos de beleza como muitas brancas também sonham. Nada de errado com quem gosta de coroa, afinal, sonho não se julga e se tem negra querendo ser guerreira tem as que querem ser princesa ou rainha.

As seis misses negras de cabelos crespos, Victória Esteves (Miss Bahia), Beatriz Leite (Miss Espírito Santo), Deise D’Anne (Miss Maranhão), Mariana Deny (Miss Rondônia) e Sabrina Paiva (Miss São Paulo) e a vencedora Raissa Santana (Miss Paraná) que vimos no palco do Citibank Hall, na noite histórica, de 01 de outubro, em São Paulo, nos dão a esperança de que finalmente os formadores de opinião estão reconhecendo a beleza da mulher negra brasileira. Espero que isso se reflita da nossa publicidade, visto que o alcance desse tipo de concurso ainda é baixo.  No que depender das redes sociais, está evidente que a sociedade brasileira aprova a pele negra e o cabelo crespo como símbolo de beleza nacional. E que nossas meninas celebrem sua beleza também, hoje e sempre.

Curso do SESC-SP ensina literatura negra, por meio de passeios guiados pela capital

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“Cartografias Literárias da São Paulo Negra” é um projeto do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo que permite conhecer mais sobre autores negros consagrados como Carolina de Jesus (foto), Luiz Gama, por meio de passeios pela cidade inspirados em trechos dos livros.

O curso acontece durante o mês de outubro e prevê quatro saídas inspiradas na literatura, são elas Luiz Gama: o cortejo da vida (Faculdade de Direito, Academia Paulista de Letras, Largo do Arouche, Cemitério da Consolação), O Bixiga é negro (visita ao bairro e casa do mestre Ananias), Carolina e a cidade (Estação da Luz, Livraria Francisco Alves e Largo do Paissandu) e  Ocupa São Paulo (Largo São Bento, Galeria do Rock, Escadaria do Teatro Municipal e Praça Roosevelt)

As responsáveis pelo projeto são Daniela Ortega, mestra em Estudos Étnicos e Africanos pelo Centro de Estudos Afro Orientais da UFBA, Fernanda Miranda, mestra e doutoranda em Letras pela Universidade de São Paulo onde investiga o romance negro de autoria feminina negra e João Correia Filho, jornalista com especialização em Jornalismo Literário.

Serviço
Cartografias Literárias da São Paulo Negra

Dias 10, 17, 31 de outubro, segundas, das 14h30 às 17h30.

Dias 11, 18, 25 de outubro e 8 de novembro, terças, das 14h30 às 17h30.

Dia 19 de outubro, quarta, das 13h30 às 17h30.

Dias 24 de outubro e 7 de novembro, segundas, das 13h30 às 17h30. Dia 1 de novembro, terça, das 13h30 às 17h30.

Recomendação etária: 16 anos. Número de vagas: 30.

R$ 80,00 (inteira); R$ 40,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e professor da rede pública);

R$ 24,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).

Informações e inscrições pelo site (sescsp.org.br/cpf) ou nas unidades do Sesc no Estado de São Paulo.

Centro de Pesquisa e Formação – CPF Sesc
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 22h. Sábados, das 9h30 18h30.
Tel: 3254-5600 – centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br

Pesquisa quer conhecer mulheres negras universitárias

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O número de mulheres negras nas universidade cresce a cada ano. Em 2013, por exemplo, mulheres negras estavam em maior número entre as inscritas no Prouni. Este tipo de recorte é bem raro no Brasil. Sobretudo quando se trata de comportamento.

Quando se faz divisão por etnia, não tem outro recorte de gênero e isso torna mais difícil enxergar este público.

“Decidimos mapear o comportamento de mulheres negras universitárias.O resultado final nós apresentaremos no evento que acontece em Outubro”, explica a jornalista Nadja Pereira especialista em conteúdo de marca.

É negra e universitária? Participe da pesquisa.

 

 

 

Cosme e Damião ou Ibejis? Conheça a diferença

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No Candomblé e na Umbanda, o dia de Cosme e Damião é 27 de setembro. Nessas crenças, eles são conhecidos como os orixás Ibejis.São filhos gêmeos de Xangô e Iansã.

Os devotos e simpatizantes têm o costume de fazer caruru (uma comida típica da tradição afro-brasileira), chamado também de “Caruru dos Santos” e “Caruru dos sete meninos” que representam os sete irmãos (Cosme, Damião, Dou, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi), e dar para as crianças.

Na Igreja Ortodoxa, os santos são celebrados no dia 1º de novembro. Já os ortodoxos gregos comemoram em 1º de julho.

São Cosme e Damião também são considerados protetores dos gêmeos e das crianças. Por isso, as pessoas criaram o costume de distribuir os doces para homenagear os santos ou cumprir promessas feitas a eles.

 Fonte: EBC

Precisamos falar sobre o “Black Money”

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Segundo levantamento feito pelo Sebrae, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), os negros correspondem a maioria dos empresários do pais. Confesso que nunca enxerguei toda essa beleza nesse dado e quando detalhei a pesquisa, a decepção foi maior ainda. Sim, somos a maioria entre os empresários no Brasil e ainda assim nossa renda corresponde à metade do empresário branco. Infelizmente os negros empreendem em setores de menor lucratividade e muitas vezes sem planejamento, é o famoso “empreendedor por necessidade”. Esse número também traz consigo outro aspecto, se os negros estão empreendendo por necessidade, muitas vezes é porque perderam os seus empregos formais e precisam sobreviver.

Gradativamente esses números tendem a melhorar, considerando que muitos jovens negros enxergam o empreendedorismo como ferramenta de mudança social e estão seguindo por este caminho com mais preparação técnica. E começo a pensar nas estratégias que estamos utilizando para manter a circulação deste dinheiro dentro da nossa comunidade e nos empoderar economicamente, esse movimento é popularmente conhecido como “black money”. Sempre que pensamos neste assunto, rapidamente existe uma associação à comunidade negra americana e o seu poder de decisão.

Traders At Nairobi Stock Exchange

Entendo que o processo pós escravidão nos Estados Unidos foi totalmente diferente ao nosso, mas uma pergunta não sai da minha cabeça: Porque ainda não temos um “banco negro” aqui no Brasil? Os afro-americanos contam com várias opções de bancos fundados e presididos por empresários negros. O OneUnited Bank é o maior deles, foi criado exatamente com o intuito de mensurar o poder de compra da população afro estadunidense e canaliza-lo para gerar empregos, construir negócios e aumentar a riqueza.

Mesmo com todos os possíveis questionamentos, lá eles utilizam o poder econômico como uma ferramenta de protesto. Recentemente após as constantes mortes de jovens negros americanos, criou-se um movimento chamado de BankBlackChallange.  A ação tem como objetivo gerar migrações econômicas, ou seja, os negros movimentavam seus investimentos de “bancos brancos” para os “bancos negros”.

Este movimento contou com a adesão de negros famosos, como os cantores Usher, Killer Mike, Solange Knowles. Outro exemplo, foi o aumento na venda de camisetas do jogador Colin Kaepernick nas lojas da NFL. O atleta ficou mundialmente conhecido depois que se recusou a levantar para cantar o hino americano em protesto à opressão aos negros. E sempre me questiono, porque não fazemos o mesmo por aqui onde somos a maioria numérica da população?

Hoje trabalhamos com um modelo que eu chamo de Black Money à brasileira, que funciona baseado em dois fundamentos: “Se não me vejo, não compro (sem boicotes pesados)” e “Compro de afroempreendedores para fortalecer os seus negócios”. Sou adepta ao movimento, mas acredito que podemos ir além. Segundo a consultoria Etnus, especializada no estudo de perfil dos consumidores negros, a população negra movimenta anualmente algo em torno de 800 bilhões de reais. Será que estamos realmente nos empoderando, economicamente falando?

Trabalhei por anos em uma empresa multinacional que tinha uma listagem de 7 “mandamentos”, destaco aqui um que sempre me chamava a atenção, “Quem não tem inteligência para criar tem que ter coragem para copiar”.  Não, não trouxe esta referência com o intuito de subestimar a nossa inteligência, mas confesso que como comunidade poderíamos “hackear” algumas estratégias de empoderamento econômico existentes pelo Mundo afora.
Particularmente gosto bastante da história do Muhammad Yunus, economista indiano e ganhador do Prêmio Nobel da Paz (provando que o capitalismo nem sempre é um bicho papão). Yunus, fundou o Grameen Bank e de outras 50 empresas em Bangladesh, a maior parte delas como negócios sociais. Seu negócio começou com microcréditos para pobres, sem as mesmas exigências e garantias, impostas pelas instituições financeiras locais. Sete anos mais tarde, tornou-se um banco oficial, atendendo principalmente mulheres na zona rural de Bangladesh e desembolsa mais de 1,5 bilhões de dólares por ano.

Muhammad Yunus, economista indiano e ganhador do Prêmio Nobel da Paz

Estamos passando por um momento onde questionamos o nosso real papel na sociedade, principalmente do ponto de vista do consumo, onde também estamos vivendo um momento de transição e aprendendo como exigir do mercado uma postura mais comprometida. Considerando estes fatores está surgindo no Brasil uma nova modalidade de empreendimento, mais responsáveis e interessados no impacto positivo na sociedade, os chamados negócios sociais.

Segundo a Artemisia, organização pioneira na disseminação e fomento de negócios sociais no Brasil, hoje existe aproximadamente 5 mil empresas atuando com este conceito. Eis que surge um outro questionamento, será que a maioria é gerenciada ou foi fundada por negros? Tenho frequentado alguns eventos com essa temática e encontro pouquíssimos e me questiono se estamos perdendo a voz até mesmo quando somos o objeto do negócio?

É preciso superar algumas mazelas e precisamos aprender a falar de dinheiro, sim. Sem julgamentos, acusações, submissões e culpas. Precisamos engrossar a nossa voz, ocupar todos os espaços e pensar em estratégias, para pararmos de pensar no Black Money de maneira tão distante e utópica. Acredito que neste momento ainda não existam receitas de sucesso para solucionarmos as questões financeiras da nossa comunidade, mas creio que seguir pelas vias dos negócios sociais é uma boa opção, considerando a movimentação econômica e o impacto a ser gerado como um todo.

*Fernanda Ribeiro é uma das fundadores e vice-presidente da Associação Afrobusiness Brasil. Formada em turismo e pós graduada na área de comunicação corporativa. Atuou em empresas multinacionais do segmento aéreo nas áreas de qualidade, experiência do cliente, treinamento e comunicação interna. Dedica-se também ao desenvolvimento de ações e programas para fomento da diversidade, inclusão econômica e social relacionados às temáticas de gênero e étnico-raciais.

 

AfroRapunzel: Dúvidas sobre as Box Braids (Tranças Afro)

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A blogueira Letícia Martins recentemente atualizou o visual, do crespo solta para tranças bem longas e ela resolveu falar sobre essa experiência dividindo algumas dicas. Nós adoramos.

Dá uma olhada:

  • Como são feitas?

– As tranças são feitas em pequenas mechas que são trançadas junto com a fibra (cabelo sintético) do comprimento e espessura que desejar.

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  • Dói?

– Boa parte do seu sofrimento ou não, vai depender da Trancista. Geralmente elas apertam mais do que o necessário apenas para que fique mais tempo na raiz (com o tempo elas vão ‘escorregando’), mas o certo é apertar apenas o necessário para que ela fique firme no seu cabelo.

OBS: Se apertar demais pode causar alguns problemas no seu couro cabeludo, evite ao máximo esse aperto desnecessário.

OBS²: Eu já senti muita dor enquanto trançava e na semana seguinte, era bem complicado…hoje não mais, porque já oriento a trancista.

OBS³: Na primeira semana você com certeza terá um incomodo principalmente na hora de dormir, mas a medida que a trança vai ‘folgando’ você se acostuma e o incomodo vai embora.

  • Quando tempo?

– 12 horas!!!

Isso mesmo, levei isso tudo de tempo para me transformar em Rapunzel. Isso significa que você também levará tanto tempo assim? Não. Isso depende de vários fatores desde a trancista ao material que irá usar.

  • Quanto Custa?
    – De R$80,00 até R$600,00

Existem diversos preços por conta da mão de obra, material, local que irá trançar e mais várias coisas.

  • Qual material usar?

– Eu sei Jumbo Crespo das marcas X Pression (Azul com Preto) = 3 pacotes de 165 gramas, e Ser Mulher (Preto) = 5 pacotes de 100 gramas.

Além do Jumbo Crespo, você pode trançar com as fibras (cabelo sintético): Kanecalon, Miojo, Cabelo Liso ou até mesmo lã. E os preços variam de R$10,00 a R$50,00 ou até um pouco mais caros, tudo depende de onde irá comprar.

OBS: Jumbro Crespo é o que fica com aparência melhor e mais natural possível.

  • Quanto tempo ficar com as tranças?

– O indicado é no máximo 2 meses, estendendo em para até 3 meses.

Evite ficar além desse período para não danificá-los!

  • Qualquer cabelo pode ser trançado?

– Sim!! Cabelos crespos, cacheados, lisos e com químicas mas lembrando que o resultado não ficará igual em todos os tipos de cabelo, podendo durar mais ou menos tempo, poderá ficar mais bonito ou não.

  • Pode ir à praia, piscina normalmente?

– Claro que sim!! Porque não?

O único porém da praia é areia quando entramos na água, porque possivelmente as tranças ficarão com aqueles grãos de areia, e isso é chato demais! Mas fora esse detalhe, está tudo liberado!

Quem fez minhas tranças: Celine Braga ( Foto: Facebook)
Quem fez minhas tranças: Celine Braga ( Foto: Facebook)

Será que dessa vez eu consegui tirar as dúvidas ou pelo menos a maioria delas?

Espero ter ajudado as atuais e as futuras trançadas!! E as curiosas de plantão também!

Qualquer dúvida é só perguntar!!http://www.pretapretinhablog.com/

Love Story: Só com negros, peça fala de amor, sem a necessidade de falar sobre racismo

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Cena do musical "Love Story". (Foto: Cristina Granato e do Gustavo Bark)

Assim como tem peças de mulheres que não fala sobre feminismo, é possível sim ter peças com atores negros que falem das coisas boas da vida, como é o encontro de duas almas gêmeas, sem ter que falar sobre preconceito racial e racismo, afinal negros também amam e adoram finais felizes.

Love Story é um dos clássicos dos filmes românticos. Uma história de amor proibida, que envolve lutas de classes por se tratar de um romance entre um casal de jovens universitários, onde ele é rico e ela é pobre. Em 2010, Love Story, considerada pelo American Film Institute uma das mais emblemáticas histórias de amor de todos os tempos.

Kacau Gomes e Fábio Ventura (Foto: Cristina Granato)
Kacau Gomes e Fábio VenturaFoto Cristina Granato

Em nova temporada no Teatro Fashion Mall, de 16 de setembro a 23 de outubro de 2016, LOVE STORY, o musical, entra para a história como a primeira peça a ter um elenco 100% negro. O espetáculo também marca o início da campanha #porumpalcodetodasascores que mobiliza nas redes sociais artistas, produtores e a sociedade pela conscientização da importância da diversidade racial no campo das artes e da cultura no Brasil.

Onze atores e sete músicos dão vida ao clássico, levado ao teatro pelos ingleses Stephen Clark e Howard Goodall, na versão de Artur Xexéo, que tem direção musical de Liliane Secco e direção geral de Tadeu Aguiar. O musical volta em cartaz dois meses após sua estreia nacional no Imperator, no Méier.

A decisão por um elenco formado só por atores negros surgiu quando, ao encerrar as inscrições para os testes, em janeiro deste ano, o diretor avaliou que 65% dos melhores currículos eram de artistas afrodescendentes. Aguiar, então, formulou que todos os personagens seriam interpretados por atores negros: os protagonistas Kacau Gomes e Fabio Ventura, participações especiais de Sergio Menezes, Ronnie Marruda e Flavia Santana, e mais Ester Freitas, Rafaela Fernandes, Suzana Santana, Raí Valadão, Emílio Farias e Caio Giovani.

SERVIÇO

LOVE STORY, o musical
90 minutos
Classificação 10 anos
Teatro Fashion Mall – Sala I
Estrada da Gávea 899, São Conrado, Shopping Fashion Mall
21 2422 9800
Horário: Sexta e Sábado 21h e Domingos 20h
Sexta R$ 70,00 || Sábado e Domingo R$ 90,00
Bilheteria: terça a domingo, 15 às 20h

“Intensivão” gratuito de cultura negra contemporânea tem inscrições abertas

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A especialista em cultura bantu Makota Valdina (Foto: Divulgação)

Estão abertas até 06 de outubro as inscrições gratuitas para a 2ª edição do AfroTranscendence, programa de imersão na cultura afro-brasileira contemporânea. De 26 a 29 de outubro, o Red Bull Station, na região central de São Paulo, recebe o projeto que selecionará 20 pessoas por meio do site http://nobrasil.co/afrotranscendence.

O programa intensivo será conduzido por especialistas, artistas e pesquisadores da área – como a especialista em cultura bantu Makota Valdina e a pesquisadora, escritora e artista de São Tomé e Príncipe Grada Kilomba. Os interessados em se inscrever devem estar relacionados, de alguma forma, com pesquisas, práticas artísticas ou manifestações tradicionais da cultura afro-brasileira. 

 Serão quatro dias de palestras, laboratórios, workshops e vivências artísticas, divididos em três eixos centrais: “Descender para Transcender: descolonizando o conhecimento”; “A memória da Criação: panorama para práticas de inversão no contemporâneo”; e “Estéticas Negra: pesquisa e processos sincréticos”.

 Neste ano, a imersão terá ainda o Laboratório de Criação AfroTrans, espaço cuja proposta é que os selecionados criem, coletivamente, uma experiência que abordará todas as linguagens artísticas da cultura afro, tendo como pilares a história, a linguagem, o corpo, o som, a imagem e a tecnologia.

 O AfroTranscendence é uma realização da NoBrasil, plataforma de pesquisa e experimentos curatoriais e conta ainda com uma programação aberta ao público, com atrações como uma palestra de Grada Kilomba e exibição de filmes do Festival de Cinema Africano do Vale do Silício, parceria e intercâmbio inédito com o Brasil. A agenda completa será divulgada em breve.

 Para a diretora criativa e curadora do NoBrasil, Diane Lima, este ano o evento “além de reforçar a importância da memória do nosso corpo, desse passear entre os tempos e de propor um exercício para criação de uma experiência expandida entre diferentes linguagens artísticas e tecnologia, o projeto discute o que a sua presença irrompe no mundo: o racismo estrutural presente nas instituições artístico-culturais e de produção de conhecimento. Analisando a minha própria função, questiono o que significa para nós a palavra curadoria, deixando a seguinte pergunta para discussão: seria a figura do curador ou o ofício da curadoria, o dispositivo de invisibilização do que a arte negra manifesta?”.

 SERVIÇO

AfroTranscendence 2016
Quando: 26 a 29 de outubro
Local: Red Bull Station – Praça da Bandeira, 137, Centro, São Paulo
Inscrições até 06/10 pelo site http://nobrasil.co/afrotranscendence.
Todas as atividades e inscrições são gratuitas
Mais informações: afrotranscendence@nobrasil.co

Facebook: www.facebook.com/nobrasil.co

Instagram: @nobrasil
#afroT #afroT2016 #AfroTranscendence #NoBrasil

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