O filme ‘Um Dia Daqueles‘, estrelado porKeke Palmer (Não! Não Olhe!) e SZA, estreia na plataforma da HBO Max no dia 22 de agosto. A aclamada comédia também conta Issa Rae (Insecure) como uma das produtoras.
Na trama, as melhores amigas e colegas de quarto, Dreux (Palmer) e Alyssa (SZA), veem sua rotina virar de cabeça para baixo quando descobrem que o namorado de Alyssa gastou todo o dinheiro do aluguel. Determinadas a evitar o despejo, as duas embarcam em uma corrida contra o tempo, enfrentando situações caóticas que colocam à prova não só a criatividade, mas também os laços da amizade.
O filme tem direção de Lawrence Lamont e roteiro de Syreeta Singleton (de Rap Sh!t). O elenco ainda conta com Lil Rel Howery, Janelle James, Maude Apatow e Katt Williams, reunindo alguns dos nomes mais promissores e celebrados da comédia atual.
O longo estreou nos Estados Unidos em janeiro e arrecadou mais de US$ 35 milhões nas bilheterias. Sucesso de crítica, “Um Dia Daqueles” conquistou 93% de aprovação no Rotten Tomatoes.
O apresentador e influenciador Gominho não faz mais parte do time de agenciados da Mynd, agência de marketing de influência do país, cofundada por Preta Gil e Fátima Pissarra. A informação foi divulgada inicialmente pela coluna Outro Canal, da Folha de S.Paulo, e confirmada por Fátima em entrevista à colunista Fábia Oliveira do Metrópoles.
Segundo a empresária, Gominho comunicou a decisão por meio de uma mensagem enviada nesta quinta-feira (31), agradecendo pela trajetória. “Ele mandou uma mensagem linda dizendo que tem muita coisa acontecendo e que quer dar um tempo. Agradeceu por tudo, disse que quer manter a parceria com a gente e que mudamos muito na vida dele”, contou Pissarra.
A saída de Gominho acontece pouco mais de dez dias após a morte de Preta Gil, vítima de um câncer de intestino. O apresentador era um dos amigos mais próximos da cantora e esteve presente em todas as etapas do seu tratamento.
Apesar da decisão, Fátima reforça que a relação entre eles segue marcada pelo carinho e respeito. “Ele disse que não vai mais ser agenciado, mas quer continuar perto. Respondi que ele sempre terá a Mynd com ele, que as portas estarão abertas e faremos muitos jobs”, afirmou.
De acordo com a Folha, a saída foi recebida com surpresa por parte da equipe da agência, mas ocorreu de forma tranquila, sem atritos e respeitando a vontade do influenciador, cujo contrato tinha um perfil mais flexível e não envolvia multa rescisória.
Nos últimos meses, a Mynd tem passado por uma reformulação em seu casting, com a entrada e saída de influenciadores. Gominho não se pronunciou publicamente sobre a decisão.
Em um novo drama romântico envolvente, André Holland (Moonlight), DeWanda Wise (Ela Quer Tudo) e Nicole Beharie (Miss Juneteenth), estrelam ‘Love, Brooklyn’. No trailer lançado nesta semana, revela uma trama que explora os dilemas de um coração dividido entre o passado e o presente.
Holland interpreta um escritor que tenta equilibrar os sentimentos não resolvidos pela ex-companheira — vivida por Beharie, uma curadora de arte — com o desejo de construir uma nova vida ao lado de sua atual parceira, interpretada por Wise, uma mãe solo em processo de reconstrução emocional. Para lidar com essa situação, o escritor conta o apoio do seu melhor amigo (Roy Wood Jr.)
Foto: Divulgação
Descrito como uma narrativa de amor madura e intimista, o filme ainda traz no elenco Cassandra Freeman (Bel-Air) e a atriz mirim Cadence Reese.
Além de atuar, André Holland também assina a produção do longa, que conta com o renomado Steven Soderbergh como produtor executivo. O time de produção ainda inclui Kate Sharp, Maurice Anderson, Jeffrey Deary e outros nomes da indústria.
‘Love, Brooklyn’ estreou no Festival de Cinema de Sundance, onde foi elogiado por sua narrativa sensível e atuações marcantes. O filme estreia no dia 29 de agosto, nos Estados Unidos. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
O guia turístico que acompanhava Juliana Marins em uma expedição no Monte Rinjani, na Indonésia, descreveu os últimos momentos antes da brasileira desaparecer durante a trilha. A publicitária foi encontrada morta em 24 de junho, quatro dias após cair em um penhasco na região do segundo vulcão mais alto do país.
Em entrevistas concedidas a dois criadores de conteúdo, um indonésio e um brasileiro, o guia Ali Musthofa, 20, afirmou que Marins participava de um pacote turístico compartilhado com outros cinco viajantes. Segundo ele, foi oferecido a publicitária a opção de um acompanhamento exclusivo, já que era a primeira vez dela no passeio e custaria US$ 100 a mais (cerca de R$ 560, na cotação atual), mas ela recusou.
O guia se defendeu das alegações de que teria abandonado Juliana no momento em que ela parou para descansar, já que precisava olhar também pelos demais participantes do grupo.
“A Juliana era a mais lenta, vi que ela estava muito cansada. Mas, no pacote compartilhado, eu tinha seis pessoas. Os demais seguiram adiante. Fiquei preocupado com o grupo da frente porque, quando você chega e sai do cume do Rinjani, é muito perigoso. Eu disse para ela: ‘Você pode esperar aqui. Eu só quero checar como eles estão lá na frente. Eu vou te esperar lá’. Eu esperei 30 minutos, e ela não chegou. Voltei ao último lugar e não encontrei nada, mas vi uma lanterna a 150 metros para baixo. Tive a sensação de que era a Juliana. Eu entrei em pânico”, relatou a Denny Sumargo.
Ao perceber que Juliana havia desaparecido, Ali afirma ter retornado ao acampamento para buscar um celular e notificar a empresa responsável pelo passeio. Ele conta que ainda nutria esperança de que ela fosse encontrada com vida. “Queria poder pedir desculpas a ela. Pelo menos ter a chance de dizer ‘me desculpe'”, declarou.
O guia também relatou o encontro com familiares da brasileira na embaixada do Brasil na Indonésia. “Informei sobre a queda da Juliana, dei a cronologia dos fatos e pedi desculpas a eles também. Eles ficaram com raiva. Eu disse que aceito qualquer consequência. Falei com sinceridade, que fiz tudo o que pude para salvar a Juliana, mas infelizmente Deus quis diferente.”
Na entrevista a Brunno Tavarez, Ali relatou que ouviu do pai de Juliana a frase “Você matou minha filha” e preferiu permanecer em silêncio. Atualmente, ele está afastado do trabalho e proibido de acessar o Monte Rinjani, mesmo como visitante.
“Agora eu não sei o que vou fazer. Eu só fico aqui em casa, no quarto, vendo vídeos. Porque eu não sei… Não sei o que fazer. Agora eu preciso esperar até que tudo esteja resolvido. E espero poder voltar a fazer trilhas no Rinjani de novo, se tudo se resolver. Sinto falta daquele lugar. Sinto falta do vulcão. Eu só queria ir lá como turista, na verdade, mas não é possível”, disse.
Novos relatos de racismo envolvendo visitantes da CASACOR São Paulo 2025 vieram à tona nesta semana. Duas profissionais negras que atuam como recepcionistas em ambientes da mostra descreveram episódios de constrangimento e comentários ofensivos durante o exercício do trabalho. Os depoimentos somam-se a uma sequência de interações marcadas por comentários de teor preconceituoso e racista vindos do próprio público que frequenta o evento.
Os casos ocorreram nos últimos dias da mostra, que segue até 3 de agosto no Parque da Água Branca, na Zona Oeste da capital paulista.
Em um dos episódios, uma recepcionista foi abordada por uma visitante que, após elogiar sua aparência, iniciou uma série de comentários sobre seu cabelo. A visitante declarou:
“Vou ficar aqui um pouco pra ver se consigo pegar um pouco do seu cabelo pra mim… e pegar um pouco de piolho.”
Surpresa, a funcionária respondeu que ninguém ali tinha piolho. A visitante então retrucou:
“É porque, pra transportar seu cabelo pro meu, teria que ser através de piolho.”
O caso foi reportado internamente à organização, e a visitante foi abordada ainda no local por uma responsável pela produção. Ao ser questionada sobre a fala, afirmou que foi “mal interpretada” e que se tratava “de uma brincadeira”.
Em outro episódio recente, uma segunda recepcionista ouviu de uma visitante que “a CASACOR não é lugar de militância”, em tom de reprovação ao destaque dado à racialidade no projeto de um dos ambientes. Em seguida, a mesma visitante comentou:
“Não precisava dizer que o arquiteto é negro.”
As profissionais relataram à equipe do Mundo Negro que esse tipo de abordagem, apesar de não ser explícita em todos os casos, ocorre com frequência durante a mostra.
Os relatos dão conta de um ambiente onde, mesmo com discursos de inclusão, trabalhadores negros ainda enfrentam abordagens atravessadas por racismo velado, microagressões ou ofensas diretas vindas de um público que muitas vezes se sente à vontade para expressá-las.
Na semana anterior, o arquiteto Gabriel Rosa já havia publicado um vídeo registrando uma visitante fazendo falas racistas a respeito de cotas raciais e profissionais negros da área da saúde. O episódio teve ampla repercussão nas redes sociais e chamou atenção para o tratamento dado a profissionais negros em eventos de alto padrão do setor de arquitetura e design.
Procurada, a organização da CASACOR enviou nota à imprensa em que afirma:
“Repudiamos veementemente qualquer ato de racismo, discriminação ou violência. São atitudes inaceitáveis e criminosas que não têm lugar em nossos ambientes. Nosso compromisso com a dignidade humana é inegociável.”
A mostra segue até 3 de agosto, no Parque da Água Branca, em São Paulo.
Ricardo Teodoro como Ronaldo (Foto: Divulgação/Vitrine Filmes)
Ricardo Teodoro, 37, fez história novamente ao vencer o troféu de Melhor Ator Coadjuvante de Longa-Metragem no Prêmio Grande Otelo 2025, por sua atuação no aclamado filme ‘Baby’, na noite de quarta-feira (30). A conquista já era esperada, após o ator ter sido aclamado em diversos prêmios internacionais pelo mesmo papel, no segundo longa-metragem dirigido por Marcelo Caetano.
Na França, Teodoro venceu o prêmio de Ator Revelação no Festival de Cannes 2024 e o de Melhor Interpretação no Festival de Cinéma Queer de Lyon. Também foi reconhecido como Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Cinema Ibero-Americano de Huelva, na Espanha, e recebeu o prêmio de Melhor Atuação no Festival de Lima, no Peru. No Brasil, antes de conquistar o Grande Otelo, ele já havia sido premiado como Melhor Ator no prestigiado Fest Aruanda.
Com temática LGBTQIA+, ‘Baby’ acompanha a trajetória de Wellington (João Pedro Mariano), um jovem que, ao sair de um centro de detenção, se vê perdido nas ruas de São Paulo, sem apoio familiar ou recursos para recomeçar. Durante uma visita a um cinema pornô, ele conhece Ronaldo (Ricardo Teodoro), um homem mais velho que o introduz a novas formas de sobrevivência.
Ricardo Teodoro como Olavo em ‘Vale Tudo’ (Foto: Reprodução/TV Globo)
Atualmente, Ricardo integra o elenco da novela ‘Vale Tudo’, da TV Globo, interpretando Olavo — um rapaz engraçado, de coração mole, mas que se envolve nos trambiques de Maria de Fátima (Bella Campos) e César (Cauã Reymond).
A parceria com Marcelo Caetano começou em 2021, na série ‘Notícias Populares‘, lançada em 2022 pelo Canal Brasil, onde Ricardo interpretou o Faísca. Entre seus trabalhos mais recentes também está o filme ‘Cyclone’, de Flávia Castro, que vem sendo selecionado por festivais internacionais, embora ainda não tenha data de estreia definida.
Com uma carreira marcada por tanto talento, Ricardo Teodoro consolida seu nome como um dos grandes nomes da nova geração do cinema e da televisão brasileira.
Durante o Julho das Pretas, o Mundo Negro realizou uma campanha especial no Instagram convidando seguidores a indicar mulheres negras em diferentes áreas profissionais. A iniciativa, que fez parte das ações comemorativas do mês, movimentou o perfil da plataforma e se tornou uma das mais engajadas de sua história.
Ao todo, foram mais de 8.800 comentários com indicações reais, contendo nome, arroba e cidade de mulheres negras que atuam nas áreas de saúde, beleza, moda, tecnologia, comunicação, direito, gastronomia e educação. A ação gerou uma grande rede de visibilidade espontânea, formada a partir das recomendações da própria comunidade.
As categorias com maior número de indicações foram psicólogas (1.911 comentários), profissionais de cabelo (1.827), maquiadoras (1.321), advogadas (732) e influenciadoras (579). Já as postagens com menor volume foram engenheiras (54) e profissionais de TI (86), o que evidencia a importância de ampliar a presença negra em setores historicamente invisibilizados.
“A gente sabia que seria uma ação potente, mas ver esse nível de mobilização e afeto confirma o que o Mundo Negro constrói há anos. Esses comentários não são só engajamento: são milhares de indicações que geram oportunidades reais para mulheres negras em todas as áreas”, afirma Silvia Nascimento, head de conteúdo do Mundo Negro.
A campanha de indicações foi uma das frentes do Julho das Pretas no Mundo Negro, que também contou com o evento Talk das Pretas, realizado em São Paulo com apoio da Vichy e da Heineken. O encontro reuniu mulheres negras para debater beleza, carreira e bem-estar. O site também publicou entrevistas com executivas negras que compartilham suas trajetórias de liderança, além de ampliar a cobertura do Guia Black Chefs, com destaque para chefs e empreendedoras negras de diversas regiões do país.
O cineasta Tyler Perrymovimentou as redes sociais na última quarta-feira (30) ao anunciar que finalizou o roteiro do terceiro filme da franquia ‘Por Que Eu Me Casei?’, sucesso de comédia composto por um elenco negro.
Com o título “Por Que Me Casei de Novo?”, o cineasta compartilhou no Instagram a capa da versão “rascunho de mesa” do roteiro com a legenda bem-humorada: “Vou ficar sentado aqui mesmo!”. O novo longa dará continuidade às histórias dos filmes lançados em 2007 e 2010.
Na publicação, o magnata da mídia ainda marcou outros nomes do elenco original: Janet Jackson, Jill Scott, Tasha Smith, Sharon Leal, Michael Jai White e Lamman Rucker — o que indica a possível volta dos personagens queridos pelo público.
A novidade surpreendeu os fãs, principalmente porque, em dezembro do ano passado, Tyler Perry havia dito em entrevista ao talk show de Sherri Shepherd que não havia planos concretos para o terceiro filme. “Acho que não. Eu quero, mas é muita logística para tentar organizar tudo, então espero que consigamos, mas vamos ver… Todo mundo tem coisas acontecendo, então o tempo teria que se encaixar e depois todo o resto teria que se encaixar.”, disse ele na ocasião.
O primeiro filme ‘Por Que Eu Me Casei?’ está disponível para compra e locação no canal Lionsgate+, dentro da plataforma Prime Video.
A resposta do governo de Angola à insatisfação popular tem sido marcada pela força e pela violência. Desde o início da semana, manifestações contra o aumento do preço dos combustíveis no país foram duramente reprimidas, resultando em pelo menos 22 mortos — entre eles, um jovem de 16 anos, baleado pela polícia na cidade de Lubango — e 197 pessoas feridas, segundo dados divulgados pelo próprio governo angolana na quarta-feira (30).
Uma greve nacional de taxistas foi iniciada na segunda-feira (28), contra a alta dos combustíveis anunciada no começo do mês – o preço do diesel em 30% e a tarifa dos transportes aumentou em até 50%. O movimento rapidamente ganhou apoio da população e tomou as ruas de diversas cidades, incluindo a capital, Luanda. De acordo com a agência AFP, os protestos foram marcados por tiroteios em Luanda e em outras cidades do país, além de confrontos com a polícia e episódios de saques. Ao menos 1.214 pessoas foram presas.
O ministro do Interior, Manuel Homem, classificou as manifestações como “atos de vandalismo”, culpando a população pelos episódios de violência. “Nós lamentamos as 22 mortes, incluindo um policial”, afirmou, após reunião de gabinete com o presidente João Lourenço, do MPLA — partido que está no poder desde a independência de Angola, em 1975.
Uma das cenas comoventes que tem viralizado, um adolescente se desespera ao presenciar a morte da própria mãe. Segundo relatos, figuras públicas angolanas que estão se posicionando contra o governo estão sofrendo retaliação para apagar publicações de apoio às manifestações.
Nas redes sociais, o Ministério do Interior manteve o tom de endurecimento: “[O gabinete] apela à população para que colabore com as autoridades e se abstenha de práticas que atentem contra a estabilidade pública, o bem-estar coletivo e a autoridade do Estado, pois os atos de vandalismo não serão tolerados.”
Na manhã desta quarta-feira (30), durante a abertura da 15ª Conferência Municipal de Saúde de Cuiabá, um episódio de forte repercussão política e social marcou o evento realizado no Hotel Fazenda. O prefeito Abilio Brunini (PL) expulsou a professora e doutora em Saúde Pública Maria Inês da Silva Barbosa, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), após ela usar o pronome neutro “todes” em sua fala.
A palestra, intitulada “Consolidar o SUS: Com a Força do Povo, Participação Social e Políticas Públicas”, tinha como objetivo discutir o acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, a utilização do pronome neutro por Maria Inês durante a apresentação gerou uma intervenção do prefeito, que acusou a professora de fazer “doutrinação ideológica” e ameaçou suspender sua fala caso continuasse a usar esse tipo de linguagem.
— Aqui na capital Cuiabá, durante a minha gestão, não vou aceitar a manifestação de pronome neutro, não vou aceitar a doutrinação ideológica. Se a gente for discutir a saúde da cidade, vamos fazer conforme as nossas regras — afirmou Brunini, sob vaias e gritos da plateia.
Em resposta, Maria Inês afirmou que o uso de “todas, todos e todes” é uma forma de reconhecer e incluir todas as pessoas, especialmente aquelas que fazem parte da população LGBTQIA+. Ela ressaltou que sua fala tratava de políticas públicas e do direito ao acesso universal à saúde, e não de política de governo.
— Quando eu falo de equidade, eu tenho que considerar todos, todas e todes, porque essas pessoas têm voz. O acesso universal e igualitário é para todas, todos e todes — disse a professora, antes de se retirar da mesa.
A saída da pesquisadora foi marcada por um momento de tensão no evento, enquanto o prefeito mantinha sua posição sobre a proibição da linguagem neutra em espaços oficiais.
Além do episódio envolvendo Maria Inês, a programação da conferência também contou com a participação do deputado federal Osmar Terra, ex-ministro do Desenvolvimento Social durante o governo Michel Temer e conhecido defensor do uso da cloroquina para o tratamento da Covid-19, medicamento sem comprovação científica para a doença.
A Prefeitura de Cuiabá, em nota oficial, reforçou a determinação do prefeito de proibir o uso de linguagem neutra em eventos e espaços institucionais patrocinados pelo poder público municipal. A justificativa oficial foi a preservação da norma culta da língua portuguesa e a manutenção da neutralidade ideológica nas ações públicas.
O caso expõe o preconceito ainda enraizado em gestões públicas e levanta questionamentos importantes sobre o respeito à diversidade, pluralidade e inclusão nos espaços institucionais no Brasil.