Home Blog Page 1196

Ludi Crespa: Cantora revela seu cabelo natural pela primeira vez

0
Foto: Instagram Cosmopolitan - Raquel Espírito Santo

Transição capilar é muito mais que uma mudança estética. A gente volta para infância, lembra das piadas, a gente pensa no presente sobre o que fazer, como sair para trabalhar e no futuro, com dúvidas de como é o nosso cabelo natural.

E com a cantora Ludmilla não foi diferente. Desde os 7 anos ela alisava os fios. A idade recomendada pelos médicos é acima dos 12 anos.

Hoje a revista Cosmopolitan revelou a primeira foto da cantora com seus cabelos lindos e naturais.

https://www.instagram.com/p/Bb4n6flBFEy/?taken-by=cosmopolitan.br

“Como a maioria eu quando criança achavam o cabelo crespo e enrolado a coisa mais feia do mundo”, relatou a cantora um vídeo publicado em Abril, onde ela anunciou o que estava em processo de transição capilar.

https://www.youtube.com/watch?v=EWi7q-3DoZQ

 

O Lace Front, surgiu na vida da cantora para reparar os danos que a deixaram praticamente careca.

Mesmo sofrido e mais tendo prazos mais longos para uma do que para outra, a transição capilar traz uma uma sensação de liberdade e verdade consigo mesma, afinal, muitas mulheres negras pularam das tranças quando crianças para a química na adolescência e fase adulta, não sabendo a cor e a textura do seu cabelo real.

Que a história da Lud estimule outras mulheres.

 

 

Livro que trata do voluntariado na África será lançado em dezembro

0
Etiópia

“Enquanto eu estava no píer, tomando uma cerveja e jantando, diante de um visual impressionante, as pessoas no Brasil me mandavam mensagens perguntando se eu estava seguro, se tinha o que comer e se não tinha sido atacado por um leão”, conta  Gustavo Leutwiler Fernandez, embaixador da African Impact no Brasil, voluntário na África do Sul, em 2013, trabalhando em um hospital infantil; no Zimbábue, em 2014, atuando na Comunicação e Marketing de uma ONG voltada à preservação ambiental; e em 2016, vivendo junto à tribo Hamar, no sul da Etiópia.

Com o objetivo de compilar suas experiências neste  trabalho voluntário, Gustavo lançará o livro “Africanamente: o que vivi e aprendi como voluntário na África” (Autografia Editora). Para o autor, ser voluntário da oportunidade de entrar em contato com outros povos e culturas, mudar estereótipos que enclausuram – estes mesmo estereótipos que fizeram seus amigos se preocuparem tanto – e obter o autoconhecimento para encontrar propósitos de vida.

Zimbabue

No livro ele narra, por exemplo, a emoção que sentiu ao se despedir dos garotos que estavam internados no hospital onde trabalhou. “Desabei em lágrimas, desesperado porque estava indo embora. Enquanto isso, as crianças me olhavam com um misto de curiosidade e indiferença. Percebi que aquele período em que fui voluntário mudou minha vida, mas, para eles, foram dias comuns, como todos os outros. Assim como eu, centenas de outros voluntários chegam e vão embora a toda hora.”

O lançamento do livro “Africanamente: o que vivi e aprendi como voluntário na África” , com sessão de autógrafos, acontece no dia 7 de dezembro, às 18h, no Pastucada Livraria Bar & Café – Rua Luís Murat, 40 , Pinheiros, São Paulo (SP).

Projeto cultural no Capão Redondo valoriza a produção artística negra

0

A Cia. Sansacroma, companhia de dança foi criada no Capão Redondo, na periferia sul de São Paulo, comemora seus 15 anos de atividade em 2017. O grupo trava ações de resistência através da dança e da arte e, esse ano, trás ao público o “Negritudes convergentes: danças independentes” que ocupa a Sala Renée Gumiel do Complexo Cultural Funarte SP – Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos, São Paulo – SP, até o dia 26 de novembro.

A programação do projeto apresenta ao público um panorama artístico diverso, que questiona padrões hegemônicos relacionados à noção de corpo, processo e estética. “A dança protagoniza uma trama diversa na qual periferias e centros se encontram, se chocam e se retroalimentam, construindo um território que é multifacetado no que diz respeito aos percursos de concepção, pesquisa e criação artística, assim como distintas visões sobre conteúdos e contextos para o fazer arte”, explica Gal Martins, diretora da Cia. Sansacroma.

Entre as atividades da “Negritudes convergentes: danças independentes” estão espetáculos, rodas de conversa e oficinas de dança. Para os espetáculos na sala Renée Gumiel o valor é de R$ 10 (inteira), R$ 5(meia) e gratuidade para moradores da região dos Campos Elísios com comprovante de residência. Já para os espetáculos externos e oficinas a entrada é gratuita.

Programação:

Dia 22 de novembro, às 19h30 – Espetáculo: Encruzilhada – (Fragmento Urbano)

Duração: 55 minutos Faixa Etária: Livre Local: Área externa

“Encruzilhada” é um espetáculo de dança sobre a atualidade, a ressignificação da ancestralidade, os espaços urbanos e propostas de numa nova consciência corporal e política, em movimento propõe um ato de resistência das periferias, dos mestres da cultura popular e do Hip Hop pouco reconhecidos.

Dia 24 e 25 de novembro, às 21h00 e dia 26 de novembro, às 18h30 – Espetáculo: “Sociedade dos Improdutivos” – Cia. Sansacroma

Duração: 50 minutos Faixa Etária: 14 anos Total de lugares: 40 Sala Renée Gumiel

O questionamento central do espetáculo contrapõe o corpo que é socialmente invalidado ao corpo que é socialmente produtivo. O primeiro é marginal portador de algum tipo de loucura. O segundo é medicado, incluído e sujeitado ao modo de vida capitalístico – corpo explorado até o esgotamento das suas capacidades produtivas. Trata-se da invalidez da reprodução. Força invisível chamada de loucura, transcender coletivo. A não-adequação social produtiva. É solidão. É a história, um itinerário da loucura em fusão para um embate contra o capital. O controle ocidental contrapondo a corporeidade do imaginário africano. São vozes potentes, negras, de territórios e seus povoamentos. Um cotidiano dos que estão à margem e dos que não estão. São vozes da “Sociedade dos Improdutivos”.

Dias 22 e 23 de novembro, das 20h30 às 21h00 – Espetáculo: Sangue, de Flip Couto

Duração: 30 minutos

Tendo como ponto de partida o ambiente dos Bailes Black dos anos 70, festas de bairros, reuniões de famílias negras e as diversas relações presentes no dinâmico cotidiano das cidades, a obra busca criar um ambiente relacional tendo o auto depoimento como disparador de sensações, sonoridades, gestos, imagens e ritmos. Estímulos esses que criam um fluxo de improvisação através da troca de contaminações, culminando assim em um resgate/transformação das memórias de cada um. O processo da obra traz como poética a experiência dos vínculos pré-estabelecidos entre público e obra que se encontram e se diluem em um mesmo espaço, podendo se transformar numa coisa só.

Dias 22 e 23 de novembro, das 21h00 às 21h30 – “Sentir na Pele” – Tiago S. Meira (Boogaloo Begins)

Faixa etária: Livre Local: Sala Renee Gumiel

Corpo negro, corpo este que por ações opressoras transformou-se, e em sua negritude afirmou-se. Sentir na pele, é o negro do passado no presente, o ancestral no descendente, e questiona este corpo na sociedade em que vive. Tiago S. Meira ou como é conhecido no ambiente artístico “Boogaloo Begins”, licenciado em dança, pesquisador e arte-educador em dança. Integra o grupo Chemical Funk desde 2006. Atualmente também desenvolve um trabalho como arte-educador no programa Fábricas de Cultura, ministrando aulas de Danças Urbanas para turmas de crianças, adolescentes e adultos.

Dia 24 de novembro, às 10h – Oficina: Dança materna para mães e bebês de colo e engatinhantes – com: Priscila Obaci

30 vagas Duração: 120 minutos gratuito Local: Sala Renée Gumiel

Não há necessidade de inscrição prévia.

A Cia. Sansacroma, companhia de dança foi criada no Capão Redondo, na periferia sul de São Paulo, comemora seus 15 anos de atividade em 2017. O grupo trava ações de resistência através da dança e da arte e, esse ano, trás ao público o “Negritudes convergentes: danças independentes” que ocupa a Sala Renée Gumiel do Complexo Cultural Funarte SP – Alameda Nothmann, 1058 – Campos Elíseos, São Paulo – SP, até o dia 26 de novembro.

A programação do projeto apresenta ao público um panorama artístico diverso, que questiona padrões hegemônicos relacionados à noção de corpo, processo e estética. “A dança protagoniza uma trama diversa na qual periferias e centros se encontram, se chocam e se retroalimentam, construindo um território que é multifacetado no que diz respeito aos percursos de concepção, pesquisa e criação artística, assim como distintas visões sobre conteúdos e contextos para o fazer arte”, explica Gal Martins, diretora da Cia. Sansacroma.

Entre as atividades da “Negritudes convergentes: danças independentes” estão espetáculos, rodas de conversa e oficinas de dança. Para os espetáculos na sala Renée Gumiel o valor é de R$ 10 (inteira), R$ 5(meia) e gratuidade para moradores da região dos Campos Elísios com comprovante de residência. Já para os espetáculos externos e oficinas a entrada é gratuita.

Programação:

Dia 22 de novembro, às 19h30 – Espetáculo: Encruzilhada – (Fragmento Urbano)

Duração: 55 minutos Faixa Etária: Livre Local: Área externa

“Encruzilhada” é um espetáculo de dança sobre a atualidade, a ressignificação da ancestralidade, os espaços urbanos e propostas de numa nova consciência corporal e política, em movimento propõe um ato de resistência das periferias, dos mestres da cultura popular e do Hip Hop pouco reconhecidos.

Dia 24 e 25 de novembro, às 21h00 e d ia 26 de novembro, às 18h30 -Espetáculo: “Sociedade dos Improdutivos” – Cia. Sansacroma

Duração: 50 minutos Faixa Etária: 14 anos Total de lugares: 40 Sala Renée Gumiel

O questionamento central do espetáculo contrapõe o corpo que é socialmente invalidado ao corpo que é socialmente produtivo. O primeiro é marginal portador de algum tipo de loucura. O segundo é medicado, incluído e sujeitado ao modo de vida capitalístico – corpo explorado até o esgotamento das suas capacidades produtivas. Trata-se da invalidez da reprodução. Força invisível chamada de loucura, transcender coletivo. A não-adequação social produtiva. É solidão. É a história, um itinerário da loucura em fusão para um embate contra o capital. O controle ocidental contrapondo a corporeidade do imaginário africano. São vozes potentes, negras, de territórios e seus povoamentos. Um cotidiano dos que estão à margem e dos que não estão. São vozes da “Sociedade dos Improdutivos”.

Dias 22 e 23 de novembro, das 20h30 às 21h00 – Espetáculo: Sangue, de Flip Couto

Duração: 30 minutos

Tendo como ponto de partida o ambiente dos Bailes Black dos anos 70, festas de bairros, reuniões de famílias negras e as diversas relações presentes no dinâmico cotidiano das cidades, a obra busca criar um ambiente relacional tendo o auto depoimento como disparador de sensações, sonoridades, gestos, imagens e ritmos. Estímulos esses que criam um fluxo de improvisação através da troca de contaminações, culminando assim em um resgate/transformação das memórias de cada um. O processo da obra traz como poética a experiência dos vínculos pré-estabelecidos entre público e obra que se encontram e se diluem em um mesmo espaço, podendo se transformar numa coisa só.

Dias 22 e 23 de novembro, das 21h00 às 21h30 – “Sentir na Pele” – Tiago S. Meira (Boogaloo Begins)

Faixa etária: Livre Local: Sala Renee Gumiel

Corpo negro, corpo este que por ações opressoras transformou-se, e em sua negritude afirmou-se. Sentir na pele, é o negro do passado no presente, o ancestral no descendente, e questiona este corpo na sociedade em que vive. Tiago S. Meira ou como é conhecido no ambiente artístico “Boogaloo Begins”, licenciado em dança, pesquisador e arte-educador em dança. Integra o grupo Chemical Funk desde 2006. Atualmente também desenvolve um trabalho como arte-educador no programa Fábricas de Cultura, ministrando aulas de Danças Urbanas para turmas de crianças, adolescentes e adultos.

Dia 24 de novembro, às 10h – Oficina: Dança materna para mães e bebês de colo e engatinhantes – com: Priscila Obaci

30 vagas Duração: 120 minutos gratuito Local: Sala Renée Gumiel

Não há necessidade de inscrição prévia.

Celebridades usam as redes sociais para falar sobre Consciência Negra

0

A queda do jornalista William Waak mostram que a comunidade negra tem usado as redes sociais para se manifestar contra o preconceito e racismo. Hoje, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a hashtag #Consciência Negra foi generosamente compartilhada, pelo Twitter Facebook e Instagram.

Nós mesmo fizemos um Moments bem special no Twitter.

Pelo Insta, rede queridinha das celebridades muitos artistas negros e brancos, aproveitaram a data simbólica para falar sobre negritude.

Confira:

https://www.instagram.com/p/Bbtfy9YBnmc/?taken-by=jessicaellen

https://www.instagram.com/p/BbtoS89jhEX/?taken-by=ludmilla

https://www.instagram.com/p/BbufZR3n8fj/?taken-by=brunogagliasso

https://www.instagram.com/p/BbttPmLnhtY/?taken-by=gilbertogil

https://www.instagram.com/p/Bbur-CPHctT/?taken-by=fillardis

#NegrasRepresentam Sonia Guimarães: PhD em Física

0
Foto: Divulgação

Por meio de perfis, a campanha #NegrasRepresentam tem o objetivo de apresentar os pensamentos de mulheres negras em diversas esferas sociais e como suas ações vem propondo mudanças na realidade racial do país.

Sabemos que ainda não é comum a presença feminina negra nas exatas, mas Sônia Guimarães traz um acalanto ao nosso coração em uma área onde as mulheres negras que realizam pesquisas voltadas para ciências exatas são pouco mais de 5.000, ou 5,5%.  PhD em Física da Matéria Condensada, mestre em Física Aplicada e conselheira  Fundadora da ONG afrobras, responsável pela Universidade Zumbi dos Palmares, única da América Latina a ter  90% de seus alunos negros.

Estamos falando  da dona do primeiro título de doutorado em física concedido a uma mulher negra brasileira, pelo  site Black Women of Brazil. Professora de Física no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), uma das instituições de ensino mais conceituadas e concorridas do país, setor sobre a responsabilidade  do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial – DCTA.

  • Como a população negra pode mudar a ciência para melhor?

A população negra pode mudar a ciência para melhor fornecendo diversidade nas idéias, a ciência é basicamente dominada por homens brancos, isso é uma grande limitação, mais cabeças pensam melhor, e maior diversidade irá trazer maior criatividade, pesquisa em maior número de áreas, e com certeza melhores resultados sobre perspectivas até então não imaginadas.São as experiências e os por quês que movem a criatividade e mente humana, a ausência de questionamentos presentes em vivencias outras acabam por não enriquecer algo tão fascinante como a ciência.

 

  • Na Bahia, o projeto Oguntec do Instituto Cultural Steve Biko tem como missão  fomentar e popularizar a ciência e a tecnologia, junto a estudantes de escola pública.  O que te fez escolher a física?

Sempre gostei de matemática, e cursando o cursinho para o vestibular me apaixonei por física, e todas as suas possibilidades…  Mas na realidade o que queria mesmo como primeira opção seria fazer engenharia civil, pois fiz técnico em edificação no nível médio… No meu tempo tínhamos 16 opções para o vestibular, sendo que 13 eram engenharias, para não deixar nada vazio, preenchi o resto com físicas, e peguei minha penúltima opção… No meu segundo ano de física, entrou curso de engenharia civil em minha universidade, mas nesse ano estava cursando física moderna e física do estado sólido, que são minhas paixões até hoje, sou doutora em semicondutores, daí a paixão venceu…  A minha tentativa de trabalhar com as meninas das escolas públicas foi infrutífera, elas acham ciências, principalmente física, muito difícil, reclamaram que geralmente o  professor é ruim… Dei 2 palestras para estudantes de física e entre 20, somente um levantou o braço, quando eu perguntei que vai ser professor do nível médio, mas logo ele abaixo o braço, a situação está bem complicada,  não existe nenhum incentivo para as ciências…

  • O que você diria a mulheres negras que queira seguir os seus passos?

Meninas veeeenham, pois precisamos muuuito de vocês… Precisamos criar a diversidade de raça e gênero, senão a ciência brasileira vai se resumir a um montão de homens  brancos fazendo teoria que não leva nada a lugar nenhum… O olhar e coragem de vocês é a formula para uma ciência mais humanizada e de impacto na vida cotidiana.

#NegrasRepresentam: Emanuelle Freitas Góes, enfermeira e candomblecista

0
Foto: Divulgação

Por meio de perfis, a campanha #NegrasRepresentam tem o objetivo de apresentar os pensamentos de mulheres negras em diversas esferas sociais e como suas ações vem propondo mudanças na realidade racial do país.

Emanuelle Freitas Góes. Enfermeira,  candomblecista sempre soube que seria uma profissional da saúde. Se realizou enquanto enfermeira

  1. Qual importância do sistema universal de saúde para a população negra no Brasil?

Os serviços do SUS atendem majoritariamente a população negra, no entanto o Sistema Único de Saude está longe de cumprir os seus princípios de equidade, universalidade e integralidade. Um sistema de saúde que abarca estes princípios precisa de nossa atuação para fortalecer a sua implantação, atualmente estamos vivendo o sucateamento do SUS que ainda está em processo de implementação e que apresenta profundas disparidades em saúde quando observamos os indicadores de gênero, raça, classe e região. O reconhecimento das desigualdades em saúde e do racismo institucional com estratégias de criação de uma Politica, por exemplo só fortalece os princípios do SUS, estou falando aqui especificamente da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da População Negra.

  1. A discriminação no sistema público de saúde é mais sentida por negros do que brancos. Como você ver a desigualdade racial na saúde?

A garantia do acesso livre de qualquer tipo de discriminação e do racismo institucional deveria ser visto pelo gestores do SUS (em todas as esferas: municipal, estadual e federal) como uma meta a ser alcançada, “eliminação da discriminação e do racismo institucional”. Porque as barreiras no serviço estão relacionadas a discriminação, o processo de adoecimento e morte que muitas vezes são preveniveis tem em conta isso, o tratamento é definido de acordo com o perfil do/a usuário/a, neste sentido a população negra apresenta desvantagens a todo tipo de acesso, seja em relação aos serviços de promoção e prevenção, aos cuidados das doenças crônicas ou as mortes violentas.

  1. Como a enfermeira que você se tornou, contribuir para atender às demandas da população?

Eu me tornei enfermeira para isso, cuidar das demandas da população negra, em especial as mulheres negras. Passei por várias instâncias de atuação (assistência, gestão, organismo internacional, docência, organização não governamental e pesquisa) e sei da importância de cada uma, fui enfermeira assistente (meu primeiro trabalho) na atenção ao planejamento reprodutivo e pré-natal e foi neste momento que descobrir o que tinha que fazer atuando como uma ativista pela saúde da população negra independente do lugar em que ocupo, pois, meu ativismo é a égide que me movimenta.

Marcha Negra em SP: Seu Jorge, Martinho da Vila, Rincon Sapiência convocam para evento

0

Mais uma vez a comunidade vai as ruas para estimular a reflexão sobre o que é ser negro da sociedade brasileira de hoje. A Marcha da Consciência Negra traz para a Av. Paulista, um dos principais pontos da mais rica cidade da America Latina questões como racismo, genocídio negro, ações afirmativas e demais políticas inclusivas.

Muitos nomes importantes da comunidade negra usaram as redes sociais para convocar a sociedade a ir as ruas em nome de uma sociedade justa para as pessoas negras.

A décima quarta edição da Marcha acontece a partir das 13h no Vão do MASP na Avenida Paulista.

Confira esses convites muito especiais.

Posted by Douglas Belchior on Sunday, November 19, 2017

Posted by Douglas Belchior on Sunday, November 19, 2017

 

Posted by Douglas Belchior on Sunday, November 19, 2017

 

#NegrasRepresentam Dríade Aguiar : Fundadora e integrante do Mídia NINJA

0
Dríade Aguiar (Foto: Divulgação )

Por meio de perfis, a campanha #NegrasRepresentam tem o objetivo de apresentar os pensamentos de mulheres negras em diversas esferas sociais e como suas ações vem propondo mudanças na realidade racial do país.

Gestora de Comunicação do Fora do Eixo, Fundadora e integrante do Mídia NINJA e idealizadora do Faccion – Red Latinoamericana de Comunicación, Driade Aguiar, desenvolveu projetos institucionais de comunicação do Espaço Cubo, muitas vezes focado na difusão da moeda solidária Cubo Card e claro dirigiu a Casa Fora do eixo em São Paulo, além de uma atuação marcante em estados e cidades do Brasil junto a temas como: Juventude, negros, mulheres e integrantes da comunidade LGBTT.

 

1 – Sua formação é em letras, mas a conhecemos como uma grande articuladora de comunicação colaborativa. Como você percebe o impacto de sua atuação neste segmento?

Eu não tenho formação em letras, apenas em língua inglesa. Não passei por uma faculdade, ensino formal universitário. Mas percebo bastante o impacto através das publicações da Mídia Ninja. Não só porque me sinto empoderando outras histórias e pessoas,  mas também porque através disso, de me ver mulher negra ali, ela sente que é possível.

2- Como você conseguiu essa formação? Foi natural? Fala um pouco desta trajetória?

Eu fiz um curso de inglês no método de Cambridge, no CEFET do meu estado. Eu me empenhei pra fazer isso porque eu sempre gostei de falar outras línguas, mas muito porque eu era uma criança que morria de medo de ser desempregada. Um dia eu ouvi numa palestra motivacional que se você não falar outra língua, você não teria um emprego no futuro. Voltei pra casa e pedi pra fazer curso de inglês, meu pai disse que não tinha dinheiro e chorei por dois dias por isso, sabendo que estava fadada ao desemprego (RS).

Então meu pai conseguiu uma bolsa numa escola particular que já vinha com inglês, dado pelo CCA e comecei ai a ver que realmente gostava disso. Depois disso, fui pra uma escola publica e conseguimos pagar meu curso por fora.

3– Como a  comunicação colaborativa vem possibilitando a construção da sustentabilidade junto as organizações sociais?

Sustentabilidade é um lugar desafiador, pra todos nós que atuamos junto aos movimentos sociais. Acredito que estamos viabilizando potencias, o que facilita a captação e  doações. Enfim, estamos mostrando as  vitórias e isso atrai mais dinheiro eventualmente. Além disso, é através de uma campanha de comunicação que se arrecada fundos, num crowdfunding por exemplo.

3-A comunicação colaborativa possui como princípio a reciprocidade, que também é um princípio do diálogo. Como você percebe o impacto desta nos temas que você atua?

Percebo que para aqueles que assim como no dialogo  estão abertos, tem feito maravilhas. Conhecer outras realidades através  da comunicação é um atalho, então dá pra ver quando a pessoa está disponível, que  ela percebe as diferenças de forma positiva. Talvez o que esteja cada vez mais em falta são pessoas dispostas a dialogar.

#NegrasRepresentam Vânia Fonseca e a mulher negra na Universidade

0
Foto: Divulgação

Vânia Fonseca é  professora  universitária e  coordenadora  do  Bamidelê,  Organização de Mulheres Negras na Paraíba. Tem experiência na área de Sociologia, atuando  nos seguintes temas: mulher negra, educação e etnia, escola e sociedade, racismo e legislação. Sua contribuição acadêmica e social vem mostrando,   a importância da mulher negra para a formação social brasileira em diversas esferas.

Ela é uma das intelectuais que vem  reconstruindo a  produção simbólicas que  influenciam e reproduz  o pensamento social,  cujo valores  reforçam os preconceitos e a discriminação racial  reforçando assim a desigualdade sexual  e trazendo prejuízos econômicos e políticos para a figura feminina.

1 – Sua trajetória acadêmica está bastante ligada a reconstrução da história e lutas negras através da academia. Como é produzir conhecimento acadêmico com recorte racial?

Produzir conhecimento na Academia nem sempre é fácil mas as dificuldades são diferentes a depender da Universidade e das pessoas que nela estão. No meu caso, tive experiências  em Estabelecimentos de ensino superior, privado e publico. Nesses, onde havia no currículo as disciplinas específicas à questão racial negra , os embates ocorreram em sala de aula com estudantes e que julgo como salutares.Estudantes, muitas vezes pessoas negras que não se reconheciam, discutiam, relutavam e “se achavam” étnica, racialmente falando.

Vale ressaltar que os cursos de Pedagogia tem um lugar de destaque porque muitos atendem à Lei 10.639/03  nos seus currículos.

2- Sabemos da importância dos  movimentos sociais que defendem minorias bem como “intelectuais” ou políticos.  Em sua opinião enquanto pesquisadora,  qual o benefício real que esses trouxeram para a vida das mulheres negras  brasileiras?

Para mim, o trabalho da militância fora da Universidade foi fundamental para o meu “tornar-se negra”. Foi com discussões no bairro, iniciadas pelo Grupo de União e Consciência Negra; na Universidade, aprendi o caminho da leitura de autoras negras ou que escreviam sobre a Negritude.

3- O que é ser uma mulher negra na academia? Como suas produção acadêmica vem atuando nessa realidade?

A mulher negra na Academia , apesar de ainda de pequena proporção, é significativa e necessária. Na minha experiência tenho encontrado estudantes que começam a assumir a sua identidade de negra, questiona ser Parda, e muitas vezes, aliam à questão do feminismo negro.

A minha produção acadêmica acerca da Mulher Negra nem sempre é na forma escrita porque promovo Rodas de diálogos, cursos de extensão, discussões em disciplinas etc. O interesse pela temática “Mulher negra” vem em um crescimento que dá muita esperança de ver e sentir.

Mais de 30 youtubers se juntam para discutir o racismo no Brasil

0

O dia 20 de novembro marca o “Dia Nacional da Consciência Negra”, data escolhida por ser o aniversário de morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo do Brasil, um dos maiores do mundo – o quilombo de Palmares.

Para comemorar esta data, mais de 30 criadores de conteúdo, em uma ação colaborativa, publicarão em seus canais no YouTube vídeos dos mais diversos formatos: vlog, entrevista, paródia e etc; refletindo e se posicionando sobre questões como: o negro na sociedade, racismo, resistências, conquistas e o que ainda falta para a igualdade racial no Brasil.

Entre os criadores participantes estão negros e não negros. Entre os canais estão: “Um Bipolar” – canal de paródias, “Pretinho mais que Básico” – programa de entrevistas e discussões raciais; “Tati Sacramento” – Aborda bem estar, cuidados com o corpo, beleza; “Papo de Preta” – Vídeos com papos sobre autoestima, sociedade, beleza e questões raciais; entre outros.

Todas essas discussões não podem se restringir ao dia da “Consciência Negra , porém, existir uma data para refletir, conscientizar, valorizar o povo negro, além de colocar em questão a desigualdade e a discriminação racial no Brasil, é uma maneira de reforçar o debate e a luta por um país mais justo.

Acreditando nisso, influenciadores, de diversas idades, etnias, sexualidades e abordagens, convidam todos e todas a, no dia 20 de novembro, à partir das 10h da manhã, acompanhar a playlist “Consciência Negra”. Basta procurar no YouTube pelas hashtags #ConsciênciaNegra2017 #YouTubeBlackBrasil2017.

Lista completa do canais participantes:

1. Tati Sacramento

2.Pretinho Mais que Básico
3.Apto202
4.Luci Gonçalves
5. Dialogay

6. Patrícia Rammos

7. Ju Giampaoli
8. Amanda Farah
9. marias do brejo
10. Sapatão Amiga
11. O Que Eu Trouxe Na Bagagem
12. RPeriférico
13. Papo de Preta

14. Energia Positiva

15. Joyce Show

16. VaiTrazendo

17. Sorti
18. Nada Contra

19. AD Junior
20. Cleyton Santana
21. Tv Em Cores

22. Lucca Najar

23. Mola – O Lado Bom do Mundo

24. Spartakus Vlog
25. Jonathan Dutra

26. Nathália Braga
27. Daniel Bovolento
28. Abacaxi Azul
30 – Crespissimos Brasil
29. Crespissimos Brasil
30. Um Bipolar

error: Content is protected !!