A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira (25) em uma reunião entre Ludmilla e o seu empresário Alexandre Baptestini, as informações são da coluna Leo Dias, por conta da pandemia do coronavírus, a cantora pediu ao seu empresário, que adiantasse o valor referente a 10 cachês para os músicos da sua banda, com a intenção de que eles não passassem necessidade durante a crise.
“O escritório vai adiantar para gente 10 cachês, 5 referentes a março e 5 referentes a abril. Se no final de abril não houver nenhuma perspectiva de volta, a gente senta e negocia novamente. Isso pelo menos dá uma boa ajuda para gente. Até segunda-feira a gente deve receber esse valor”, afirmou Douglas Oliveira, produtor da cantora.
Essa é a primeira iniciativa no mundo do funk num momento que os escritórios não sabem o que fazer com seus funcionários e, principalmente com colaboradores sem carteira assinada.
Com 230 milhões de acessos no Youtube, e mais de 520 milhões no Spotify, o hit de Roddy Ricch, rapper, cantor, compositor e produtor musical, é atualmente o vídeo mais assistido no Youtube norte-americano. A Canção está há 15 semanas na Hot 100, principal parada musical do mundo, sendo 11 delas em primeiro lugar.
The Box, substituiu o clássico natalino de Mariah Carey ‘’All I Want For Christmas Is You’’ no começo de janeiro, e desde então ocupa o topo da lista. Os números expressivos, também fazem a música encabeçar outras listas, tais como: Hot R&B/Hip-Hop Songs, R&B/Hip-Hop Streaming Songs, R&B/Hip-Hop Airplay, Hot Rap Songs, Rap Streaming Songs, Rap Airplay, Rap Digital Song Sales e Mainstream R&B/Hip-Hop.
A música foi composta em parceria com Samuel Gloade, mais conhecido como 30 Roc, que já tem em seu currículo trabalhos com Cardi B, Migos e Lil Yatchty. O Clipe de The Box, também foi dirigido por Roddy, o que nos mostra quão completo ele é como artista.
A canção, já acumula certificado de ouro na Austrália, Bélgica, França e Reino Unido, além de platina na Nova Zelândia e platina dupla nos EUA, onde a música já passa a marca dos 2 milhões de copias vendidas.
*Kauan Ferreira tem 21 anos, estudante. Apaixonado por moda, design e cultura pop.
O ativista Douglas Belchior: Crédito: Zalika Produções
O professor de história e ativista político Douglas Belchior usou suas redes sociais para demonstrar sua indignação com o pronunciamento do Presidente da República Jair Bolsonaro na noite de terça-feira, 24, a respeito das medidas de combate Covid-19 no Brasil.
Governadores, imprensa, formadores de opinião e artistas se revoltaram com o teor da fala de Bolsonaro que declarou ser contra o isolamento, o fechamento das escolas e se referiu mais uma vez ao vírus que parou o mundo, como uma “gripezinha” e “resfriadinho”.
“Vocês acham mesmo que as grandes empresas do planeta parariam suas atividades e acumulariam bilhões em prejuízo se a crise do coronavírus não fosse algo real e verdadeiro? Vocês acham que países desenvolvidos economicamente como Alemanha, Espanha e Itália, parariam suas produções em todas as escalas e isolariam sua população nas casas se isso não fosse algo extremamente grave?”, indaga o professor.
Belchior destaca a importância do isolamento social, como a principal forma de combater a pandemia que já matou milhares de pessoas em países com sistemas de saúde mais eficientes que o Brasil.
“Nós não podemos abrir mão dos cuidados, sabemos que é difícil , sabemos que o isolamento é um privilégio de classe e de raça. Nós estamos fazendo a nossa parte levando mantimentos, fazendo campanhas de apoio as famílias mais pobres”, esclareceu o ativista da Uneafro reforçando que Estado e Prefeitura também estão sendo cobrados para oferecer renda básica emergencial.
“Se o Congresso Nacional e o STF cumprirem sua missão institucional, a gente tem que discutir o impedimento, o impeachment , o afastamento do Jair Bolsonaro imediatamente com seriedade. Não é possível suportar um irresponsável, genocida que pratica crime de responsabilidade, crime que lesa a humanidade quando pede para sociedade voltar ao normal diante de uma doença fatal, que vai matar os mais pobres e que vai gerar genocídio na nossa sociedade” finalizou Douglas.
A UNEAFRO está pedindo doações a partir de 10 reais para ajudar famílias negras e periféricas. Pessoas carentes que optaram pelo isolamento estão perdendo o emprego e que está empregado está enfrentando a escassez.
Manu Dibango, morreu nesta terça-feira (24), aos 86 anos, poucos dias depois de contrair o novo coronavírus. O compositor de “Soul Makossa”, uma das músicas mais famosas dos anos 70, é o primeiro artista que falece devido à COVID-19. “Morreu durante a madrugada, em um hospital da região de Paris”, declarou à AFP Thierry Durepaire, representante e gerente das obras musicais do artista.
“Tenho a harmonia de Bach e de Handel no meu ouvido com as letras camaronesas. É uma riqueza poder ter pelo menos duas possibilidades. Na vida, prefiro ser estéreo do que mono”, disse ele em entrevista à AFP em agosto de 2019.
“Seu legado, imenso, permanecerá. Sua criatividade era genial. Fazia as pessoas dançarem, com eficiência formidável”, comentou à AFP Martin Meissonnier, DJ e produtor.
O cantor Youssou Ndour tuitou sua “tristeza”: “Você foi um irmão mais velho, um orgulho para Camarões e para toda a África”.
OH NON PAS TOI MANU DIBANGO. J'ai pas les mots pour traduire toute ma tristesse. Tu as été un grand frère, une fierté pour le Cameroun et pour l'Afrique toute entière. Une immense perte ! RIP le Roi de la Makossa et Génie de la Saxo. YN pic.twitter.com/XRJAeVLdiF
“Meu tio paterno tocava órgão, minha mãe conduzia o coral. Fui uma criança criada nos ‘Alleluia’. Ainda assim, sou africano, camaronês e tudo mais”, confidenciou à AFP.
Seu pai, funcionário público, o enviou à França aos 15 anos, na esperança de torná-lo engenheiro ou médico.
Após 21 dias de viagem de navio, Manu Dibango desembarcou em Marselha e seguiu para Saint-Calais, em Sarthe. Na bagagem, “três quilos de café” – uma mercadoria rara no pós-guerra e título de sua autobiografia – para pagar a família que o acolheu. Depois, estudou em Chartres, onde deu seus primeiros passos musicais no bandolim e no piano.
Nesse universo branco, o adolescente que “não conhecia a cultura africana” se identificou com as estrelas afro-americanas da época. Cont Basie, Duke Ellington e Charlie Parker se tornaram seus “heróis”.
“Papa Manu” descobriu o saxofone durante um acampamento de verão. Arrastando os estudos, fracassou na segunda parte do seu bacharelado. Seu pai, insatisfeito, interrompeu o envio de dinheiro em 1956.
Ele então partiu para Bruxelas, onde passou a tocar nos mais diferentes locais. “Na minha época, tinha que tocar em cabarés, bailes, circos. Tocar com um acordeonista como André Verchuren garantia algumas datas”, contou.
Sua estadia na Bélgica foi marcada por dois encontros: a loira Marie-Josée, conhecida como “Coco”, que se tornou sua esposa, e Joseph Kabasélé, maestro do jazz africano. Na eferverscência das independências, o músico congolês abriu as portas da África para ele.
Manu Dibango o seguiu até Léopoldville (antigo nome de Kinshasa), onde lançou a moda do twist em 1962, e então abriu uma boate em Camarões. Três anos depois, voltou à França, sem um tostão. Tornou-se pianista de rock para Dick Rivers, organista e depois maestro de Nino Ferrer.
Em 1972, foi convidado a compor o hino do Campeonato Africano das Nações de futebol, a ser realizado em Camarões. No lado B do disco, gravou “Soul Makossa”. DJs de Nova York se apaixonaram por esse ritmo sincopado. Outra vida começou.
O saxofonista foi convidado para tocar no teatro Apollo, templo da música afro-americana no Harlem, e agregou novas misturas fazendo turnês na América do Sul.
Em 1982, veio outra forma de consagração. “Soul Makossa” foi “sampleada” por Michael Jackson em seu álbum “Thriller”… sem autorização. Manu Dibango iniciou o primeiro de uma longa série de processos por plágio, que terminou em um acordo financeiro.
Mas a vitória está em outro lugar: o músico se tornou uma referência da World Music.
No último domingo (22), um cidadão moçambicano foi diagnosticado com Covid-19, fazendo o número de infectados no continente africano subir para 38 entre 54 países. A doença já é uma realidade local, mas tem passado mais desapercebida no noticiário mundial.
Em um continente marcado pela colonização, guerras, miséria e governos autoritários, a situação tende a se agravar devido ao precário sistema de saúde em que há a falta de material, unidades de terapia intensiva e médicos.
O continente, nos anos 2014 e 2016, foi cenário da proliferação do Ebola, que deixou mais de 11 mil mortos entre 28 mil infectados. O novo coronavírus é bem menos letal, mas já é mais uma entre as várias patologias disseminadas no continente, segundo a professora de Relações Internacionais da UniSantos, Natália Fingerman.
“Os casos já são uma realidade por lá. Mas não há um controle tão grande por parte da população e dos governos em relação aos números. Os números oficiais são baixos embora projeções dizem que Brasil e Nigéria vão ser dois dos países que mais vão sofrer, por terem grandes conglomerados populacionais em regiões pobres”, afirma.
O fato de o continente ter uma quantidade pequena de idosos, em função da baixa expectativa de vida, não garante uma quantidade muito menor de vítimas, já que as precárias condições sanitárias e a desnutrição são fatores que abalam a saúde da população.
Mas, neste caso, diante das inúmeras mortes (são 400 mil casos de malária por ano), o novo coronavírus passa a ser apenas mais um foco de doenças.
Neste sentido, Fingerman ressalta que a África, novamente, tem sido um continente esquecido. Ela afirma que até mesmo o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, presidente da Organização Mundial da Saúde, não tem trazido, na prática, o debate para o continente.
“A OMS tem focado suas atenções mais nos países ricos. São eles que pagam a conta, afinal. O presidente da instituição deveria trazer o debate também para o continente africano, algo que não vem fazendo. E os outros países, neste momento, vivem cada um o seu caos em relação à doença”, completa.
O Instagram ‘Preta Acadêmica‘, realizou uma publicação nesta semana para que possamos nos manter informados sobre o Covid 19 nos países Africanos “quem tiver notícias sobre o Covid 19 nos países africanos, comentem nesse post“.
Médica anestesiologista e passista de escola de samba, a participante do Reality Show Big Brother Brasil 20, Thelma Assis, vem ganhando cada vez mais torcida pela sua conduta na casa. Fora dela, a médica também tem muito do que se orgulhar.
Em entrevista ao Jornal ‘Extra‘, Dona Yara Assis, mãe de Thelma, revelou ao jornal a história emocionante de quando a médica desconfiou que havia sido adotada. “Eu expliquei que ela nasceu da parte mais importante de mim, do meu coração”. Em entrevista, a senhora de 70 anos ainda deu detalhes sobre a luta da filha para entrar e permanecer na universidade de medicina, falou sobre a perda do pai pouco antes dela entrar no reality e revelou um sonho que Thelma Assis realizou para ela.
Nascida e criada no bairro Limão, na periferia de São Paulo, ela foi rejeitada pela mãe biológica e adotada com apenas três dias de vida pela funcionária pública aposentada Yara Assis e o gráfico Carlos Alberto de Assis, que haviam perdido um bebê. “Ela chegou a mim muito frágil e raquítica. Tanto que, se ela tivesse num berçário para adoção, ninguém ia querê-la”, lembra a mãe, afirmando que a família nunca teve contato com a mãe biológica de Thelma e nem a conhece.
O assunto sobre a adoção foi falado pela primeira vez quando Thelma tinha 7 anos. “Ela desconfiou porque eu não tinha foto grávida. E eu expliquei que ela nasceu da parte mais importante de mim, do meu coração”, lembra, emocionada.
Thelma estudou dia e noite durante três anos e ajudava os pais a pagar a mensalidade dando aulas de balé e distribuindo panfletos. “Teve um mês que, ou eles pagavam a luz, ou o cursinho. A luz foi cortada”, conta o marido, o fotógrafo Denis Cord.
Após a terceira tentativa, ela conseguiu ser aprovada no vestibular com uma bolsa de 100% e passou a receber R$ 300 de auxílio do governo. Já na universidade, as dificuldades eram outras: ela não tinha condições de comprar os livros do curso (apenas fotocópias), nem os instrumentos para as aulas, e almoçava em restaurante popular a R$ 1. Mas nada a desmotivava a pegar o diploma.
Na formatura, lágrimas e agradecimento aos pais, a quem Thelma passou a retribuir toda o amor e dedicação. “Eu tinha, desde pequena, um sonho de ir para Paris. Ficava vendo nos filmes… Ela disse que, quando se formasse, me levaria. E há dois anos, nós fomos juntas”, conta a mãe.
Muita gente aproveitou a quarentena para maratonar a nova série da NetflixMadam C.J. Walker, onde Octavia Spencer, interpreta Sarah Walker, a primeira milionária negra dos EUA.
Outra personagem de destaque bem no início da série é Addie Monroe, interpretada por Carmen Ejogo.
Essa personagem fictícia foi inspirada na história de Annie Malone que teve uma épica contribuição para indústria da beleza, ativismo negro e empreendedorismo tão relevante quanto Sara.
Nos EUA algumas feministas e influenciadores negras estão protestando sobre a forma com que Annie foi apresentada no seriado, quase como uma “vilã da Disney”.
A atriz Carmen Ejogo como Addie ( Crédito: Netflix)
Na vida real, Sarah e Annie tinham o mesmo tom de pele. Então colorismo não era uma questão entre elas.
As duas eram filhas de pais escravizados. Annie foi criada pela irmã mais velha em Ilinois e teve mais oportunidades que Sarah. E foi brincando com o cabelo da irmã que a paixão pelos cosméticos nasceu. Ela nunca fez faculdade, mas na escola, química era sua paixão ( e dom).
A Oprah Magazine cita o livro “Her dream of Dream: The Ride and Triumph of Madam C.J. Walker”, onde diziam que ela adorava pegar ervas com parentes e misturar com ervas medicinais conhecidas quando era adolescente. Seus produtos tinham o objetivo de alisar o cabelo sem danificar o couro cabeludo.
Voltando à relação de Annie e Sarah, a química contratou a futura milionária como vendedora e foi sua mentora. As duas romperam por divergências de visões de negócio, o que não tem nada a ver com o fato de uma ser “mais bela” do que a outra.
Annie Malone também se tornou milionária sendo pioneira na criação de escolas de beleza.
A rede Poro College possibilitou a capacitação de milhares de mulheres negras que puderam abrir o seu próprio negócio. Para ser exato, foram mais de 75.000 mulheres treinadas no mundo todo, incluindo América do Sul e África.
Tanto Sarah quanto Annie usaram seu patrimônio para investir na comunidade negra destinando parte de sua fortuna em doações para faculdades negras. Annie fez grandes doações para Howard University, a faculdade para negros nos EUA.
Annie Malone morreu em 1957, com 87 anos. Infelizmente seu rico patrimônio diminuiu significativamente após seu divórcio do segundo marido, que ficou com quase metade de sua fortuna. Logo em seguida uma grande recessão dificultou o crescimento do seu negócio.
Fica a dúvida sobre os motivos pelos quais os roteiristas da série escolheram mostrar essa personagem de forma não acurada.
Em sua conta do Instagram, a atriz que interpreta Addie destaca a importância de saber mais sobre a real contribuição de Annie Malone para cultura americana.
“ ‘Addie’ em Self Made é uma inimiga fantasiosa de Madame CJ Walker, ela é fictícia e realmente serve para impulsionar a história de uma maneira que mantenha o drama em movimento. A verdadeira “Annie” era uma incrível empresária e filantropa, sobre a qual você deveria conhecer se ainda não o conhece”, sugere Carmen.
Em tempos de coronavírus, a principal recomendação é circular o mínimo possível e evitar grandes aglomerações. Não à toa, muitos museus importantes do mundo estão fechando as portas por tempo indeterminado, especialmente na Europa, onde países como França e Itália foram muito atingidos pelo Covid-19.
Muitos destes mesmos museus disponibilizam seu acervo on-line. O Metropolitan, um dos mais importantes museus de Nova York, por exemplo, oferece uma visão 360º de alguns de seus cômodos mais renomados.
Abaixo, você confere uma seleção com 10 museus que disponibilizaram parte de seus acervos on-line ou que oferecem visitações virtuais.
O centro cultural localizado na Itália contém uma das mais importantes coleções de arte italiana. Entre os destaques, há obras de Giambattista Pittoni.
A Galleria degli Uffizi é um palácio situado em Florença, na Itália. Ele abriga um dos mais antigos e famosos museus do mundo. Dividido em várias salas dispostas por escolas e estilos em ordem cronológica, o museu exibe obras do século XII ao século XVIII, com a melhor coleção do mundo de obras do Renascimento.
O Museu do Vaticano tem mais de sete quilômetros de extensão. Além de obras importantes, o espaço também abriga artefatos históricos, e um corredor dedicado somente aos mapas antigos.
O maior da Grécia, o Museu Nacional Arqueológico é um dos mais importantes do mundo. Sua coleção, com mais de 11 000 exposições, oferece um panorama da cultura da Grécia antiga da pré-história até a antiguidade.
O mais importante museu da Espanha e um dos mais notáveis do mundo, o Prado tem entre os destaques o quadro “As Meninas”, de Diego Velázquez. A coleção é bastante completa, com obras da pintura espanhola, francesa, flamenga, alemã e italiana.
O Louvre permite que os internautas façam visitas on-line por suas salas de exibição e galerias, além de contemplar a arquitetura do espaço sem sair de casa. É possível ver antiguidades egípcias e também a Galeria d’Apollon.
Fundado em 1753, o British Museum tem uma coleção de cerca de 8 milhões de objetos que narram mais de 2 milhões de anos de história. No tour on-line, é possível ver alguns dos primeiros artefatos criados pelos homens até trabalhos de artistas contemporâneos.
Um dos maiores museus de arte do mundo. Sua vasta coleção possui itens de diversos períodos da história, assim como de muitos estilos e países. Há obras de Leonardo da Vinci. Sua biblioteca possui mais de 700 000 títulos sobre arte, cultura, arquitetura e história.
O museu americano está entre os dez mais visitados do mundo. Sua coleção apresenta mais de 150 000 esculturas, mobiliário, fotografias, pinturas e ilustrações. Entre os destaques, estão obras de Rafaello Sanzio, Velázquez, Tiziano, Rembrandt e Vermeer.
Em 21 de março de 1960, cerca de vinte mil manifestantes negros marchavam em um protesto pacifico em Sharpeville na África do Sul. O motivo do protesto era a lei que obrigava negros a apresentarem cartões de identificação, documento que demarcava onde negros poderiam transitar na cidade de Joanesburgo. O protesto, embora pacifico, não foi bem recebido pelas autoridades que em resposta dispararam contra a multidão matando 69 pessoas e deixando outras 180 feridas. O dia ficou conhecido como “Massacre de Sharpeville” e posteriormente eleito pela ONU como dia internacional contra a discriminação racial. Para entender o ocorrido em Sharpeville é necessário entender o contexto histórico no país sul africano que ficou conhecido como apartheid. O efetivo de cerca de 130 homens das forças do estado que vitimaram mais de 200 pessoas entre mortos e feridos, em um contingente de 20 mil, já mostra a desproporção do poder estabelecido naquela época.
Quando falamos de racismo, estamos nos referindo a estruturas de poder que não necessariamente condizem com uma maioria que detém o poder por se constituir como maioria. Em 1902 com fim entre o conflito de ingleses e holandeses pelo controle das minas de ouro e diamante na África do Sul, os vitoriosos ingleses passaram todo o controle politico aos brancos que instituíram em 1910 as primeiras leis de segregação racial. Em 1913 a lei das terras destinou 92,5% de terras aos brancos, minoria na região, e 7,5% aos negros. Já em 1948 o primeiro ministro da África do Sul, Daniel François Malan, instaurou o programa de segregação racial que ficou conhecido como apartheid. O racismo agora era lei e concedia privilégios a minoria branca e marginalizava a maioria negra além de mestiços e asiáticos. O programa previa proibição de casamentos e relações sexuais entre brancos e negros, estipulava áreas onde negros poderiam viver e circular. O passe, que todo cidadão negro devia carregar, continha informações pessoais e onde eles poderiam trafegar. O passe foi o motivo da manifestação que terminou com a morte de 69 pessoas. Posteriormente em 1994 o regime de apartheid cairia sob forte liderança de Nelson Mandela, um dos maiores símbolos da luta contra a discriminação racial.
É muito comum pessoas brancas, no Brasil, reivindicarem que a invenção “racismo reverso” seja tratada como o crime de racismo porque, segundo elas, racismo é racismo não importando a cor. Obviamente, tal argumento não se funda na realidade uma vez que, como dito anteriormente, racismo se refere as estruturas de poder herdadas de um passado colonial e impostas por brancos europeus que, muitas desses pessoas brancas, tem orgulho de carregar a descendência e o sobrenome. O resultado desta herança colonial reflete nos dias de hoje concedendo privilégios aos seus descendentes e marginalizando negros que, a exemplo do país Africano, são maioria no Brasil. Não existe no Brasil uma estrutura imposta por negros oprimindo brancos e negando a eles direitos básicos. Sobre os apelidos do tipo “leite azedo” e “palmito”, meu amigo, são no máximo brincadeiras de mau gosto. Mais que relembrar a luta heroica do povo sul africano no dia 21 de março, ele também deve não nos deixar esquecer que o racismo ainda segrega e mata negros diariamente no Brasil e no mundo.
Tais Araujo publicou nesta sexta-feira (20), em seu Instagram, o relato de como esta sendo o seus dias em quarentena. A atriz que é mãe de duas crianças disse que está aprendendo a olhar mais para a casa e para as crianças “somos privilegiados e moramos em uma casa grande com muitos funcionários pra ajudar”.
Diante da pandemia e o pedido de quarentena do estado como forma de combate ao Coronavírus, Tais dispensou todos os funcionários para se que se resguardem em seus lares e está dividindo os afazeres domésticos com o marido Lazaro Ramos “estamos reversando, um dia ele cozinha e eu limpo a casa, outro eu cozinho e as crianças também estão ajudando muito”.
Tais Araujo finalizou pedindo para que os seus seguidores compartilhem com ela, o que estão aprendendo com essa crise. “To aqui, pra a gente conversar sobre essa transformação que a gente tá vivendo. Essa quarentena, pra mim, tornou-se um momento de reflexão, de autoconhecimento, de redescobrir minha casa, de pensar o meu lugar de privilégio, dar atenção para algumas coisas que eu adiava e ficar mais perto das crianças. Nesse isolamento forçado acho bacana a gente se falar, se olhar, se ouvir”.