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Dona Jacira lança podcast e faz bonecas de pano em campanha de Dia das Mães da Laboratório Fantasma

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Aos 55 anos Dona Jacira, mãe de Emicida e Fióti, passou a confeccionar então bonecas de pano em parceria com pessoas que moram no Cachoeira, bairro na Serra da Cantareira, na Zona Norte de São Paulo.

Feitas artesanalmente com retalhos descartados por confecções de vestuário, todas as bonecas passam pelas mãos de Dona Jacira. “Assim como nós, todas são únicas. Elas variam no tamanho, na estatura, no perfil e no gênero, pois não retratam somente mulheres cisgênero. Nenhuma se repete. Gosto de pensar que essas diferenças são como as personalidades de cada uma delas”, diz. “Quando eu brinco de boneca, é como se eu estivesse pegando a minha criança pelas mãos para cuidar dela”, completa.

“Na minha infância, brincar era quase um pecado, tudo era voltado ao trabalho. A gente praticamente tinha que fugir para brincar”, lembra Dona Jacira. Como parte da campanha de Dia das Mães da Laboratório Fantasma, ela estende o convite de brincadeira e reconexão a outras mulheres que tiveram a sua infância roubada. A boneca já está disponível.

Além disso, a matriarca da LAB e autora do livro “Café”, Dona Jacira aproveita o momento também para estrear o podcast Estórias de Família, disponível em todos os serviços de streaming.
Ao longo de oito episódios, ela explora muitas das suas memórias. Quando pensou no formato do seu podcast, a artista dividiu a sua história de sete em sete anos.

Tal decisão veio inspirada pela teoria dos setênios, que faz parte da linha do pensamento antroposófico e entende a vida, as evoluções e as mudanças do corpo humano, além de emoções e atitudes, em ciclos de sete anos. “Foi então que percebi que a  teoria não poderia ser aplicada à uma vivência em que a segregação existe. Imagine que aos 14 anos eu já estava casada e com dois filhos…”, explica. Ao seu modo, Dona Jacira segue de sete em sete anos de maneira cativante e com a certeza de que cada pessoa tem uma forma de existir. Ela conta a sua.

Coronavírus: Por que a periferia não faz carreata?

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Fotos: Jeferson Salgado

Por Nathália Arruda* 

Não pense que a periferia não lê jornal, assiste noticiário ou ouve pronunciamento de presidente. Ela sabe interpretar e também teme pelo futuro, aliás lidar com a perspectiva de um futuro melhor e  ter fé que as coisas irão melhorar lhe ajuda a seguir um dia após o outro.

A periferia está tensa em meio a epidemia, com o que será do amanhã se é que ele irá existir. Sem emprego, sem recursos, sem assistência, ninguém ali está fugindo do trabalho, fazendo corpo mole, sendo vagabundo. A questão é que os que podem ficar em casa em meio a crise do coronavírus, não podem fazer carreata.

Sim aos que podem, pois tem gente aí no corre que nunca nem ao menos se isolou, não tem direito a homeoffice ou reserva de emergência para pedir demissão. Afinal, o dinheiro da janta se ganha no almoço, a luta pela sobrevivência é diária e muitas vezes uma corrida contra o tempo para não encarar (outra vez) a fome.

Essa periferia que muitos chamam de desinformada, mal qualificada, massa de manobra está preocupada com a vida dos seus. Tentando por comida na mesa de desconhecidos, pois possuem empatia e sabem que a fome dói. Se mobilizando para levar cestas básicas a famílias carentes, como o #Sobrevivendo ao Coronavírus a São Paulo ou Corona no Paredão,Fome não a todo o Brasil. Costurando máscaras na garagem de casa e distribuindo de graça entre os seus e a população de rua já que ninguém o faz, reafirmando que toda vida importa e deve ser protegida.

 

Ela também está na frente de combate, assistindo aos infectados, tentando frear o contágio, honrando um juramento de proteger a vida enquanto tenta proteger os seus. Como o técnico de enfermagem Josenildo que dormia no terraço de casa por falta de escolha e em uma tentativa de proteger a mãe de 73 ano e mais quatro familiares que residem em dois cômodos em uma casa em Campina Grande.

Impressiona né, como tanta gente pode caber em um espaço tão pequena. Essa é a realidade de muitas gente que vive nas periferias pelo Brasil. Pessoas que dividem dois cômodos com seis, oito, doze pessoas, sem a possibilidade de manter a distância segura.E ainda precisa lidar com as ofensas e cobranças de gente que tira o domingo para fazer carreata no conforto de seus carros de 60 mil reais para cima, usando máscara, na porta de hospital, onde pessoas estão entre a vida e a morte, para protestar contra uma quarentena que quer preservar a vida.

Não em nome da Periferia, essa que muitos chamam de desinformada, mal qualificada, massa de manobra não vai a carreata em meio a uma pandemia, até porquê geralmente usa transporte público. Ela sabe a muito tempo que acesso e qualidade dos recursos de saúde podem ser determinantes para determinar quem vai viver ou morrer, pois a tempos vem perdendo os seus em corredores lotados de hospitais públicos.

Então, essa periferia que a tempos lida com escassez de recursos, com filas em hospitais, falta de médicos e precariedade do SUS, faz a única coisa que está ao seu alcance para diminuir a curva de infectados e preservar a vida : fica em casa!

Nathália Arruda é criadora de conteúdo voltado a empoderamento de pretos e periféricos dentro do mercado corporativo no Linkedin e discussões econômicas e raciais no medium

Sankofa: Fotógrafo percorre rotas da escravidão transatlântica em busca da memória de seus ancestrais, dando origem a série de TV 

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O fotógrafo afro-brasileiro, César Fraga, e o Professor Doutor de História da UERJ, Maurício Barros de Castro, percorreram locais de memória da África moderna, por onde estimados cinco milhões de africanos escravizados atravessaram o Oceano Atlântico, para movimentar a economia do Brasil Colônia e Império (1530-1888).

O registro dessa expedição foi extraído em 10 episódios da série Sankofa – A África que Te Habita, com estreia no dia 1 de maio, às 20h30, no canal de TV por assinatura Prime Box Brazil. A obra, que apresenta contos mitológicos narrados pela atriz Zezé Motta, também retrata a resistência de grupos regionais para manter a cultura ancestral incorporada à identidade brasileira. Sankofa, significa ‘Volte e pegue’, que em culturas nativas são simbolizadas por um pássaro com a cabeça voltada para trás, o que representa o retorno ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro.

Passagem por Benim (Foto: Divulgação Sankofa)

O projeto viajou por nove cidades das quatro rotas do tráfico transatlântico: Guiné (Cabo Verde, Guiné-Bissau e Senegal), Mina (Gana, Togo, Benim e Nigéria), Angola e Moçambique. A idealização do roteiro partiu da necessidade de César reencontrar suas raízes. “O que mais me incomodava é essa ausência de informações da África pré-período escravocrata no Brasil. Ficava me perguntando: e antes do navio negreiro, o que acontecia lá?”, questiona o carioca, neto de escrava.

Passagem por Moçambique (Foto: Divulgação Sankofa)

No primeiro episódio da série, César e Maurício explicam as dificuldades de viabilização da viagem, no momento em que o estudo da diáspora africana ganha progressiva relevância mundial. Maurício contextualiza a inscrição do sítio arqueológico do Cais do Valongo na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, oficializada em 2018. Trata-se da maior porta de entrada de escravizados do mundo, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, por onde aproximados um milhão de pessoas passaram. A discussão também ganha profundidade com a análise dos Professores Doutores de História da África, Mônica Lima (UFRJ) e Paulo de Jesus (UFRB).

Em todos os episódios existem fábulas inseridas que buscam valorizar a cultura oral, transmitida entre gerações como ensinamentos ancestrais que preservam o pensar africano. A história do maior guerreiro do mundo, Ogum, é uma delas. A falecida Tia Maria, guardiã do Jongo da Serrinha e a Iyalorixá de São João do Mereti, no Rio de Janeiro, Mãe Menininha de Oxum. A série é uma produção da FBL Criação e Produção dirigida por Rozane Braga e roteirizada por Zil Ribas.

 

Efeito BBB 20: Brasil é o país que mais pesquisou por ‘Viola Davis’ no Google

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Crédito: Reprodução

O nome da atriz, produtora e ativista norte-americana Viola Davis foi o segundo termo de maior crescimento nas últimas 24 horas, com alta de 1.600%, após ela retweetar um post de Taís Araújo em apoio à Thelma Assis, vencedora do BBB 20. Os dados são da ferramenta Google Trends, que mostra as palavras mais populares pesquisadas no buscador da internet.

https://twitter.com/taisdeverdade/status/1254879028009369600?s=20

No post em questão, Taís cita uma frase da também ativista Angela Davis – que apesar do nome, não possui grau de parentesco com Viola.

“Quem é Viola Davis?” foi a pergunta mais buscada no Google, seguida de “Angela Davis é o que de Viola Davis?”.

Com o disparo nas buscas, o Brasil se tornou o país que mais buscou pela atriz americana em todo o planeta nas últimas 24 horas.

Fonte: Google Trends

Itaú Cultural oferece curso on-line e gratuito sobre dramaturgia negra ministrado por Dione Carlos

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O Itaú Cultural oferece o curso on-line Dramaturgia Negra: a Palavra Viva. Gratuito e realizado a distância, os encontros e exercícios propostos pela ação pensam a dramaturgia negra de forma ampla, multicultural, considerando influências que vão do teatro grego às heranças indígenas.

Ministrado pela dramaturga Dione Carlos, as aulas também contam com exercícios práticos, focados na escrita de cenas curtas baseadas nas questões desenvolvidas ao longo dos encontros que contemplam um panorama histórico abrangente do teatro negro no Brasil. O curso explora com mais profundidade a obra de três dramaturgas contemporâneas: Fernanda Júlia Onisajé, Viviane Juguero e Cristiane Sobral.

O curso acontecerá entre os dias 11 de maio e 23 de junho, totalmente gratuito. São 40 vagas voltadas para artistas, dramaturgos, pesquisadores e estudantes em geral, com experiência profissional ou amadora no campo das artes cênicas.

As inscrições acontecem, apenas, nesta terça-feira (28) e quarta-feira (29); Acesse o regulamento aqui.

Harmonia do Samba, Parangolé e Léo Santana farão “live show” juntos

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Há exatamente um ano atrás, estreava o projeto Encontro de Fenômenos, na qual as três maiores potências do pagode baiano, Harmonia do Samba, ParangoléLéo Santana se uniram para um mega show.

Live Encontro de Fenômenos será transmitida nesta sexta-feira (1º)

Nesse período de isolamento social, os artistas farão uma apresentação digital, com banda reduzida, respeitando a distância permitida entres as pessoas, sem deixar de seguir todas as orientações do Ministério Mundial de Saúde no que diz respeito às medidas protetivas com toda a equipe.

A live Encontro de Fenômenos será exibida no canal do projeto no Youtube, nesta sexta-feira (1) partir das 21h, além dos canais específicos de cada um dos três artistas ao mesmo tempo, alertando os fãs para ficarem em casa durante a pandemia do novo coronavírus.

https://www.instagram.com/p/B_f19q-lDqi/?igshid=kl4f7urt4204

BBB 20: A vitória de Thelma também é nossa

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Crédito: Rede Globo

Chamada de planta por muitos, Thelma Regina Maria dos Santos Assis ou apenas Thelminha, é a nova milionária do pedaço. Após eliminar as favoritas Manu Gavassi e Rafa Kalimann, a médica anestesiologista Thelma foi a vencedora do BBB 20 com 44,1% dos votos do público, mostrando quem de fato era a favorita.

Sua vitória é fruto principalmente da união da comunidade negra, que não mediu esforços ao se mobilizar em mutirões de votação.

Ver uma pessoa negra vencer um programa como o BBB que é predominantemente branco, é gratificante e mostra o tamanho do nosso potencial.

Hoje, todos nós saímos vencedores, porque uma mulher negra, chegou no lugar de onde nunca devia ter saído: no topo.

E como sempre diz Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”.

Poder para o povo preto! Thelma é campeã!

A jornada da heroína de Thelma aquece o coração de toda uma comunidade

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Conseguimos. Thelma de Assis, a médica, passista e principalmente, mulher negra de personalidade firme e caráter inquestionável venceu a 20ª edição do BBB20. Temos no Brasil uma negra de pele escura e milionária que desbancou os candidatos famosos e ganhou o prêmio de um milhão e meio de reais com 44,10% dos votos.

 

https://www.instagram.com/p/B_glNmrnclZ/

Muitas interpretações virão depois, mas nesse momento o que fica carimbado é que a articulação da comunidade negra funciona e é poderosa. Manu Gavassi era dada como favorita desde o começo do programa, mas foi a movimentação das pessoas parecidas com Thelma que fez toda a diferença.

 

A torcida do Babu, mesmo sob críticas, imediatamente se tornou pró-Thelma após a saída do ator. As cobranças dos nossos ativistas, da torcida e influenciadores, pressionaram celebridades brancas a declararem sua torcida à médica.

 

A vitória de uma mulher negra, perfil que é a base da pirâmide sócio econômica do Brasil, é uma vitória que nos dá esperança. Que mostra que podemos ir além dos sonhos.

 

Só o fato de Thelma ter se formado em Medicina, já fazia dela uma grande inspiração. A maneira com que ela jogou, mostrando ao país pluraridade de conhecimento e pensamento, inteligência, articulação, baixa tolerância com gente ignorante e resiliência, nos encheu de orgulho ao longo da temporada.

 

Thelma de Assis tem uma jornada de heroína. Foi abandonada pela mãe biológica, acolhida por uma família cheia de amor e se tornou o sonho de muitos de nós, não pelo prêmio, mas sim por uma trajetória inspiradora e fora da curva.

Que sua jornada seja cheia de bênçãos, Thelma, nós temos muito o que te agradecer.

“Minha História” : Netflix faz documentário sobre livro de Michele Obama

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Netflix anunciou nesta segunda-feira (27) o projeto documental “Becoming”,  sobre a ex-primeira dama, Michelle Obama. O documentário, dirigido por Nadia Hallgren, mostrará os bastidores da turnê do livro de Michelle, na qual ela viajou para 34 cidades. O livro “Becoming: A Guided Journal for Discovering Your Voice” ou “Minha História”, em português, foi publicado em 2018 e rapidamente se tornou o livro mais vendido do ano.

Em publicação feita em seu Twitter, Michelle Obama comemorou e escreveu: “um documentário dirigido por Nadia Hallgren que compartilha as histórias das pessoas incríveis que conheci após o lançamento de minhas memórias. Durante esse período difícil, espero que você encontre alguma inspiração e alegria neste filme”.

Na prévia do documentário, com previsão de estréia no dia 6 de maio, a escritora e advogada conversa em uma roda de meninas sobre as mudanças de sua vida; Assista ao trailer:

Filha de doméstica, Jéssica Ellen pergunta: “Seu feminismo inclui sua empregada ?”

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Dia 27 de Abril é Dia Nacional da Empregada Doméstica. E em época de coronavírus onde todas elas deveriam estar em casa, cuidando se si e da sua própria família, a  atriz Jéssica Ellen, filha de uma empregada doméstica, usou sua conta no Instagram para trazer algumas reflexões e muitas provocações sobre a profissão. Antes disso ela agradece a Dona Nilma, sua mãe.

“Minha mãe é uma mulher FODA. Já passou por situações extremamente CONSTRANGEDORAS trabalhando na casa de várias pessoas ao longo de mais de 40 anos de profissão, mesmo assim, sempre foi muito INTEGRA. Engoliu VÁRIOS sapos, muitas vezes, baixou a cabeça, mesmo sabendo que deveria erguer-lá pra não deixar a coroa de Oyá cair.E se manteve (e ainda se mantém firme). Criou 4 filhos na raça e na coragem. Ela não teve oportunidade de “fraquejar”. Não podia”, descreveu a atriz.

Jéssica pergunta por que muitos dos que não conseguem tomar um café sem que alguém o sirva, precisam de ajuda para tarefas tão básicas:

“Que necessidade é essa de terceirizar tanto os serviços básicos? Como assim vc não SABE cozinhar ? Como assim vc não SABE onde fica suas roupas? Como assim vc não SABE passar, varrer, arrumar sua própria CAMA? Lavar sua própria calcinha/ cueca??? Não se orgulhe disso. Isso é o BÁSICO e todo mundo DEVERIA saber” alfineta a interprete de Camila em Amor de Mãe.

Jéssica disse ainda ter pavor do termo “quase da família” para se referir as empregadas domésticas e pergunta aos patrões , se já eles se importam tanto com suas funcionárias, se eles investem no cuidado delas. “As trabalhadoras domésticas usam os seus corpos para fazer trabalhos braçais DIARIAMENTE. Minha mãe por exemplo, vive com dor nas costas, nos ombros, tem hérnia de disco, e está chegando nos 60.Vc paga fisioterapia pras suas funcionárias? Vocês pagam massagem pras suas funcionárias ? Que “cuidam” tão bem da sua casa e são “quase da família”? (Tenho PAVOR desse termo)”, questiona a atriz.

Veja a postagem na integra:

 

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