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Releitura de ‘A Bela Adormecida’ estreia no Rio de Janeiro com atriz negra

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Foto: Janderson Pires

A atriz e bailarina Silvia Patrícia foi escolhida para interpretar “A Bela Adormecida“, uma releitura do clássico que tem previsão de estreia para o dia 6 de julho, no Teatro dos Quatro, na Gávea, Rio de Janeiro.

A escritora carioca Janine Rodrigues, mulher negra e autora de seis livros de literatura infantojuvenil focados em diversidade, é quem assina.

Dirigida por Alexandre Lino, a peça subverterá algumas noções racistas que ainda são presentes nas produções clássicas da Disney, por exemplo, que cores e tons mais escuros são sempre associados a algo maligno e negativo.

Empresária de São Paulo cria modelo de calcinha para transexuais com o intuito de evitar problemas urinários

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Foto: Fábio Tito

A técnica em hemoterapia, Silvana da Silva, decidiu criar o modelo de calcinha para transexuais após ouvir algumas histórias e entender que precisava fazer algo que ajudasse essas pessoas.

Silvana teve a sensibilidade de notar que muitos transexuais e travestis tinham problemas urinários por passar muito tempo sem ir ao banheiro, já que utilizavam fitas adesivas ou colas de alta fixação para esconder a genitália masculina. Ela criou o modelo com o intuito de mudar a realidade dessas pessoas.

“Eu pensei, nossa, é um absurdo a pessoa sair pela manhã e só poder ir ao banheiro à noite, porque a cola da fita só sai a base de água e, mesmo assim, é dolorido. Falei, eu tenho que criar alguma coisa para ajudar”,
disse a empresária em entrevista ao portal de notícias G1.

Foto: Fábio Tito

Ela é de Guaianases, Zona Leste de São Paulo, e teve dificuldade de encontrar alguém que conseguisse aplicar suas ideias, após criar o produto por meio de desenhos. Chegou a fazer uma parceria com uma costureira que fez alguns modelos, mas não deu certo e ela foi desvinculada do negócio.

Fui atrás de uma costureira que é outro ponto muito complicado de se encontrar pelo meu público ser LGBT. As pessoas não me discriminam aqui por eu ser negra, porque eu já faço parte aqui da região, mas me discriminam por eu ser LGBT. Eu falava, ‘tem como você fazer isso aqui pra mim?’ e as pessoas falavam, ‘ah, mas é um produto PET, o que é isso?’ E quando eu explicava a situação as pessoas falavam, ‘ah, eu não faço esse tipo de serviço”, explicou.

Com o tempo e a necessidade de procurar outra profissional que desse esse suporte, conheceu Renata Martins, também de Guianases. “Já costurei de tudo. Adoro fazer peças novas. Quando ela chegou aqui, eu nem poderia pegar o caso dela, mas por ser um projeto inovador e eu nunca ter feito nada do tipo eu resolvi tentar fazer e deu super certo”, disse em entrevista ao G1.

Renata e Silvana. Foto: Fabio Tito

Hoje Silvana é Microempresária. Largou dois empregos para investir em seu próprio negócio. Participou da Vai-Tec, Programa de Aceleração de Empresas da Periferia, financiado pela Prefeitura de São Paulo e foi uma das selecionadas, recebendo uma premiação em dinheiro de aproximadamente R$ 33 mil, com mentoria, e acompanhamento individual para que os negócios se desenvolvam.

Atualmente, ela vende produtos dentro e fora do Brasil. Porém, sendo que os ganhos da marca, por enquanto, só lhe permitem sobreviver. Seu objetivo é levar a invenção além do seu negócio. “Eu sempre falo que meu sonho é que um dia o uso da fita vire uma lenda urbana”, finaliza.

Netflix: Viola Davis e Chadwick Boseman vão estrelar filme produzido por Denzel Washington

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A dona do mundo Viola Davis e nosso para sempre Pantera Negra, Chadwick Boseman vão protagonizar um filme baseado na peça “Ma Rainey’s Black Bottom”, para Netflix.

Denzel Washington ator que tem duas estátuas do Oscar em casa, por suas atuações em Tempos de Glória e Dia de Treinamento, divide a produção do longa com Todd Black e Dany Wolf.

Não é a primeira vez que Denzel dirige Viola. A primeira foi no filme Um limite entre nós (Fences), em 2016.

A história do projeto para Netflix é centralizada na história de Ma Rainey, a pioneira “Rainha do Blues”, na época que ela estava no estúdio gravando um disco, em Chicago no ano de 1927.

Havia uma grande tensão entre ela, seu agente branco e colegas da banda. A peça ganhou o prêmio de melhor espetáculo em 2015, pelo New York Drama Critics.

As filmagens começam em Julho, em Pittsburgh.

 

Terceira temporada de “Cara gente branca” já tem data de estreia

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A terceira temporada do Cara Gente Branca estreia em pleno verão americano, especificamente no dia 2 de Agosto na nossa querida Netflix.

A Netflix gringa fez o anúncio hoje em homenagem ao Juneteenth . A data é um feriado comemorado no dia 19 de junho em memória a este dia no ano de 1865 quando foi anunciada a abolição da escravidão no Texas e logo em seguida nos demais Estados americanos.

O seriado narra a tensão racial dentro da Ivy League, universidade predominantemente branca. Com tom de sátira, a produção conta o cotidiano dos estudantes negros de perfis variados que vivem entre tapas e beijos ao lidarem com questões sobre preconceito, racismo e ativismo na era dos millennials. A série é baseada em um filme, com o mesmo nome.

 

 

 

Rede Vivas de Saúde da População Negra e LGBT+ promove feira de educação em Lauro de Freitas

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O Redes Vivas – Saúde da População Negra e LGBT+, em parceria com o Terreiro Oyá Matamba de Kakurucá, promove mais uma edição da Feira de Educação em Saúde. O evento será realizado no dia 06 de julho, de 9h às 16h, no Terreiro Oyá Matamba de Kakuruca, localizado na Rua Mario Ogando Silva, 22 – Jardim Porão/Lauro de Freitas.

O intuito da feira é proporcionar um espaço para se pensar a integralidade em saúde nas comunidades e, além disso, fortalecer o entendimento sobre o cuidado e autocuidado.

A edição da Feira de Cultura e Educação em Saúde do Redes Vivas se dá pelo aumento das violações e violências contra as religiões de matriz africana, principalmente o candomblé. Por isso, a nossa intenção é disseminar a premissa da religião que é a integração com a comunidade a qual ela está localizada“, explica Gabriel Leal, idealizador do projeto.


Para esta edição, será realizada uma feijoada beneficente para manutenção do espaço sagrado e educacional Oyá Matamba e um ato contra a intolerância religiosa que a zeladora do espaço, Thiffany Odara, vem sofrendo.

Confira a programação:

9h às 14h – Feira de Saúde com: acolhimento social, oficina de corporeidade (alongamentos e percepção de si), oficina de musicalidade e identidade em saúde, oficina de saúde bucal, oficina de saúde sexual; oficina de orientação profissional;

A partir das 12h – Feijão beneficente: valor R$ 10,00 (Um prato + um copo de refresco ou refrigerante)

14h às 16h – Cultural: Performances, apresentações e muito mais

16h às 17h – Roda de conversa de mulheres negras

18h – Ato contra a intolerância religiosa

“Bluesman” e “This is America” dividem prêmio em Cannes que finalmente dá destaque à questão racial

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Após receber muitos elogios com o lançamento do álbum visual “Bluesman“, o rapper baiano Diogo Moncorvo (Baco Exu do Blues) entra para a história e conquista o Grand Prix com o clipe da música homônima ao disco, na categoria Entertainment Lions for Music, do festival Cannes Lions. Ele dividiu a primeira posição com “This is America“, de Childish Gambino, ambos tiveram quatro votos e desbancaram Beyoncé e Jay-Z, que disputavam com o clipe de “Apeshit“, filmado no Museu do Louvre.

O filme da faixa “Bluesman” tem oito minutos e forte temática racial, os responsáveis pela produção são a AKQA São Paulo e a Stink Filmes. Ultimamente, o que o artista tem buscado fazer é exaltar a cultura preta em suas músicas e trabalhos visuais.

A questão do racismo no Brasil é algo muito importante. Esse Grand Prix apresenta o blues como um movimento cultural e social para levar essa mensagem às pessoas e fazer a diferença. Eu também sou blues”, disse a presidente do júri de Entertainment Lions for Music, Paulette Long Obe, em entrevista ao Meio e Mensagem. Ela também é consultora musical e diretora do conselho Paulette Long, do Reino Unido.

Nas redes sociais, o artista comemora e comenta a importância dessa vitória para o rap nacional. “A primeira coisa que pensei quando soube da notícia foi sobre a importância disso para o rap nacional. Ver o rap brasileiro chegando, disputando com o rap estrangeiro e ganhando espaço entre eles é muito impactante“.

Essa foi a primeira vitória do Brasil na categoria, que está presente no Cannes Lions pela quarta vez e foi criada com o intuito de celebrar mensagens que usem a música como elemento principal.

Assim como Bluesman, This is America aborda questões raciais de forma corajosa e criticou duramente os Estados Unidos pela forma que trata o povo preto. O clipe também traz uma autoafirmação, onde Childish faz questão de exaltar que o homem negro é muito mais do que os estereótipos aos quais sempre é enquadrado.

Tivemos outros trabalhos brasileiros disputando a categoria Design. Foram nove agências com 13 trabalhos finalistas na categoria. O Brasil faturou oito Leões, tendo destaque para a JWT Brasil e o case “Black Box“, para a Universidade Zumbi dos Palmares, que ganhou o Leão de Ouro e quase levou o Grand Prix. Black Box é um trabalho que fala sobre a parte da história que foi ocultada dos livros a respeito da cultura negra.

ZUMBI DOS PALMARES | Black Box from J.Walter Thompson Brasil on Vimeo.

Diego Moraes, karateca da Seleção Brasileira e primeiro repórter esportivo negro da Globo Rio, busca vaga nas Olimpíadas de 2020

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O repórter esportivo e karateca da Seleção Brasileira, Diego Moraes, está buscando vaga nas Olimpíadas de Tokyo em 2020. Após ficar 11 anos afastado do esporte, Diego retornou em 2017. No ar com a terceira temporada da série “Diego San“, exibida no Programa Esporte Espetacular, da Rede Globo, ele é o primeiro e mais antigo repórter esportivo da emissora no Rio de Janeiro.

Com a missão de unir a rotina jornalistica com o esporte, ele está na luta para garantir a vaga. Diego teve sua primeira experiência com o esporte aos três anos, quando fez natação. Aos seis, começou a jornada no karatê e seguiu até dar início a sua busca pelo ensino superior, quando optou pela faculdade de jornalismo e decidiu se dedicar ao jornalismo esportivo.

Acredito que uma das funções mais importantes do jornalismo é informar. O jornalismo esportivo ele informa, entrete e através das histórias de vários atletas, o jornalismo esportivo também inspira“, conta.

Prestes a completar 31 anos, Diego é faixa preta no karatê e está dando um golpe nas estatísticas de jovens negros no país. Nascido em Itaperuna, mudou para Macaé aos dois meses de idade, se formou em jornalismo como bolsista da Puc-Rio e entrou na emissora pelo programa de estágio. Na série do Esporte Espetacular, ele mostra a dificuldade de ser um atleta num país em que o incentivo ao esporte é pequeno.

Mostro o meu dia a dia, me deslocando de transporte público lotado depois do treino ou trabalho, a correria de um lado pro outro, os treinamentos e, apesar das dificuldades mostradas, não só pela rotina, mas pela pressão de estar em competições de alto rendimento, sigo em busca do meu sonho. Como muitos brasileiros fazem. Não importa o peso do trabalho, o peso dos treinos,das competições, o que importa é se superar a cada dia em busca do seu objetivo. Se reinventar pra destruir os obstáculos“, conta.

Diego ainda explica que não é fácil manter a rotina de jornalista e atleta, mas desistir não é opção para ele, já que conciliar as duas funções não é sua única luta e explica que a busca pela diversidade dentro do jornalismo é sua meta.

Sou o único repórter negro da Globo do Rio. Isso num grupo de 30. 1/30 é muto pouco. E a proporção do número de funcionários e quantos deles são negros é próxima a isso. Busco fazer o meu melhor pra não dar margem pra desconfiança e assim abrir caminho pro próximo. Não sou o único negro capaz de ser repórter esportivo no Rio, tem muita mais à espera de uma oportunidade. O meu sentimento é de que a cor não é limitadora da intelectualidade de ninguém e que sim, nós podemos ocupar qualquer espaço“.

O quinto episódio da terceira temporada da série foi exibido no último domingo (16). Diego chegou a sua primeira final em competições em 2019. Falando sobre a vulnerabilidade que está exposta nas competições, o atleta destaca que a palavra significa ter coragem de arriscar e dar o seu melhor sempre. “Eu tenho que fazer o meu, e tenho que fazer bem feito, isso é o que importa”.

Camila Pitanga substitui Giovanna Ewbank e Karol Conka na próxima temporada do Superbonita

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De volta ao seu antigo formato, com entrevistas no sofá, a nova temporada do Superbonita, que deve estrear em agosto, na GNT, terá Camila Pitanga como apresentadora, substituindo Giovanna Ewbank e Karol Conka.

Camila, que tem mais de 30 anos de carreira como atriz, está fora das novelas desde 2016 e ainda não tem nada programado. Em 2018, gravou megaprodução “Aruanas“, exclusivo para a plataforma Globoplay e que deve ir ao ar ainda em 2019.

De acordo com Patricia Kogut, de O Globo, a GNT volta a apostar no formato original porque foi o que levou a atração ao sucesso. Depois da primeira reformulação, em 2017, o programa virou um reality de maquiagem artística. O maquiador das estrelas Renner Souza e a drag queen Lorelay Fox contribuíram com a parte de aconselhamento e avaliação dos participantes.

Também apresentaram o programa sobre beleza, Daniela Escobar (2000-2005), Taís Araújo (2006-2009), Alice Braga (2010), Luana Piovani (2011-2013), Grazi Massafera (2014) e Ivete Sangalo (2015-2016).

Milton Gonçalves processa Paulo Betti por racismo

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Em disputa pela presidência do Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro, os atores Milton Gonçalves, 85 anos, e Jorge Coutinho, 85, estão processando o também ator Paulo Betti, 66, por racismo. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Paulo é membro de uma chapa concorrente a de Milton (atual presidente) e Jorge (diretor geral).

Os três atores fazem parte de um grupo no Whatsapp chamado “Profissão Artistas”. No dia 16 de abril, Betti postou a seguinte mensagem: “A atual diretoria do sindicato está lá há muito tempo e tem uma forte representação negra com Jorge Coutinho e o grande Milton Gonçalves, além do querido Cosme, isso complica bastante a luta, pois pode confundir as coisas”.

Para a defesa de Milton e Jorge, publicada nos autos do processo que a Folha teve acesso, as falas de Betti possuem “ambiguidade e dubiedade”, denotam interpretação imprópria e infeliz, fazendo distinção entre negros e brancos, e são “insinuações evidentemente maledicentes.”

A Folha teve acesso aos autos do processo e, de acordo com a defesa de Milton e Jorge, as falas de Betti possuem “ambiguidade e dubiedade”, denotam interpretação imprópria e infeliz, fazendo distinção entre negros e brancos, e são “insinuações evidentemente maledicentes”. Ambos cobram que Betti responda: que complicador seria o levantado por ele, diante o fato de Milton e Jorge terem forte representação negra? O que poderia “confundir as coisas”? Que coisas seriam essas? Que luta seria essa?

Embora não reste dúvidas quanto à hostilidade das palavras prolatadas por Betti, há real possibilidade de se aferir a prática de crime de injúria preconceituosa, dependendo do que declarar o interpelado”, diz a petição inicial, de acordo com a publicação. Daniel Werneck Cotta, juiz do caso, determinou que Betti apresente sua defesa em até 15 dias. Se condenado, ele pode pegar de um a três anos de prisão, mais multa.

Exposição Ounje apresenta um panorama das comidas de Orixás e das influências africanas na arte brasileira

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Foto: Maria Lago

O Sesc Ipiranga recebe a Exposição Ounje – Alimento dos Orixás, de 18 de junho a 25 de agosto. A mostra faz uma imersão artística na cultura africana a partir da culinária dos terreiros das religiões afro-brasileiras, em especial do candomblé. A entrada é gratuita.

A curadoria foi realizada de forma coletiva por Adriana Aragão, Ana Celia Santos, Ayrson Heráclito, Beatriz Coelho, Bel Coelho, Maria Lago e Patrícia Durães, e propõe um percurso estético sensorial, elaborado a partir das comidas de orixás e do encontro de linguagens artísticas.

O espectador é convidado a conhecer e reconhecer memórias e ancestralidades inspiradas pelo Candomblé durante a visita. O percurso artístico é construído de forma simbólica a partir do alimento que integra a comunidade em torno do ato de comer e possibilita o movimento ritual.

Nas religiões de matriz africana, especificamente no candomblé, cada Orixá representa um fenômeno da natureza, refletindo assim um sistema cosmológico, que entende a existência das coisas e a integra à experiência humana, constituída de modo que as relações entre o homem e o meio ambiente encontre equilíbrio.

Tudo come

As instalações artísticas, estruturadas a partir da montagem cênica de uma cozinha de terreiro, trazem elementos de alguns dos Orixás e criam um percurso de visitação que integra diferentes linguagens artísticas – artes visuais, música, performance, dança e literatura à culinária.

Segundo Bia Coelho: “Com a integralidade dos sentidos, Ounje abarca a influência do candomblé na arte afro-brasileira começando pelo alimento – envolvendo o corpo dançante, as visualidades dos adornos e as musicalidades constantes“.

Foto: Beatriz Campos

A expografia

O projeto expositivo é dividido em três blocos: terreiro artístico, salas expositivas e área externa. O terreiro artístico, localizado no galpão, é formado pelas instalações dos artistas Rodrigo Bueno e Dalton Paula ao redor de uma cozinha. Bueno propõe a realização do Mural das Oferendas, no qual plantas, flores, sementes e frutos, pintura e raízes ficarão suspensos no forro do espaço junto a uma das paredes. Dalton Paula, artista que discute em seus trabalhos os problemas oriundos da escravidão, apresenta a obra Cozinha Sagrada.

As salas expositivas estão divididas em outros três espaços. O primeiro deles recebe a exibição de cinco vídeo instalações de Ayrson Heráclito e a obra Amalá: territórios de justiça, proteção e poesia, de Luiz Marcelo.

Com 1.400 quiabos em cerâmica e chamote, o trabalho de Luiz Marcelo forma um portal de proteção e ligação entre o sagrado e os deuses ancestrais. Um segundo espaço das galerias expõe a instalação Abre Caminhos da artista Nádia Taquary. A obra é composta por vídeo e um balangandã agigantado em cima de uma mesa.

O terceiro espaço é dividido em duas salas. A primeira exibe vídeos de Dalton Paula e Thiago Sant´Ana, cujos trabalhos imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras, a segunda traz o curta-metragem Ifá, de Léo França realizado com a comunidade Ilê Axé Opô Aganju em Salvador.

A área externa recebe as propostas dos artistas Davi Rodrigues, com o trabalho de folhas em xilogravura no piso como referência ao chão dos terreiros, e lambe-lambes de J. Cunha, no muro do deck da piscina, trabalho caracterizado pelo mergulho no imaginário da cultura afro-indígena e da cultura popular nordestina brasileira.

Programação Integrada

A exposição conta ainda com uma programação integrada que reúne cozinheiras, artistas visuais, atores, músicos e dançarinos. Apresentações de dança, música, teatro, performances, oficinas, bate-papos e atividades para o público infantil abordam as questões que atravessam a temática da exposição.

As propostas artísticas buscam apresentar ao público elementos da cultura e das religiões afro-brasileiras numa perspectiva contemporânea da arte, possibilitando a compreensão das influências culturais africanas na constituição da sociedade brasileira com objetivo de diminuir a intolerância e a violência contra essas manifestações.

O Sesc fica na Rua Bom Pastor, n° 822 – Ipiranga. Mais informações: (11) 3340-2000.

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