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Lívia Zaruty: “Sou contra pessoas que fazem da negritude, uma profissão”

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A pluralidade está em todo lugar e na nossa comunidade negra não é diferente. O pensar diferente, o famoso sair da bolha, é só feito pelos muito corajosos. Se falarmos de produtores de conteúdo na Internet então, não é para qualquer um expressar sua opinião de forma diferente das abraçadas pelos grandes veículos e marcas e falar o que pensa.

É como se para ser um comunicador negro, você tivesse pautas pré-autorizadas e outras que você não deveria tocar no assunto para não pegar mal com a militância. E não poder falar o que pensa, é ser livre?

Livia Zaruty vem na contra-mão de tudo isso. Por meio do seu canal homônimo no Youtube, ela ganhou alguns inimigos por falar o que quer, sem auto-censura, mas sem dúvida o número de admiradores é bem maior. Prova disso é  que ela ganhou duas vezes as sonhadas  placas de prata que o Youtube dá aos criadores de conteúdo que têm mais de 100 mil inscritos em seu canal. Livia conseguiu essa façanha no seu canal pessoal Livia Zaruty e no canal sobre gastronomia, o Sambacooking.

Foto: Arquivo pessoal

Ex-modelo da famosa agência Elite, Zaruty mora na Itália onde com o apoio do governo do país, conseguiu se especializar na área de webdesign.  ” A minha formação é de Marketing Digital e Webdesign. Eu cheguei a cursar uma Universidade no Brasil, mas eu tranquei. Aqui na Itália eu recebi apoio do Estado Italiano três vezes com o Dote Lavoro. Isso me permitiu me tornar profissional em Adobe, e em toda essa parte de comunicação e linguagem de programação”, explica Lívia. E o canal dela realmente é lindo, mas o que faz ser tão popular é o conteúdo. 

Foto: Divulgação

Há vídeos com críticas severas aos militantes do movimento negro, como Djamila Ribeiro, Youtubers como Raíza Nicássio, mas ela vai além e fala de tudo o que ela quiser. Psicologia, fofoca, política, relações pessoais com a família (inclusive um vídeo sobre o relacionamento delicado dela com a própria mãe) e , assuntos sobre a nossa comunidade negra.

Ela é contra a militância patrocinada, não considera pardos como pessoas que sofrem racismo de forma tão acentuada, critica influenciadores sem economizar adjetivos. Ela é dona do seu espaço e exerce seu direito de falar o que pensa. 

Em alguns dos seus vídeos dá a impressão que você se sente mais à vontade sendo negra na Europa do que no Brasil, país de maioria negra. É isso mesmo?

R: A questão é que no Brasil não somos maioria, isso ai é uma falácia que foi inventada depois de 2010 de que negro no Brasil é uma maioria. Negro no Brasil não é uma maioria, por isso que nós temos problemas, porque nós somos minoria conforme diz o IBGE até no seu último levantamento em 2017.

Esse é um dos videos que eu produzi no meu canal logo no início que eu justamente falei sobre a porcentagem de negros no Brasil. Eu não me lembro a porcentagem, acho que é 12,8,  8,2 a porcentagem de negros no Brasil. Pessoas pretas são minoria, a palavra negro desde 2010 virou uma construção, uma questão política, como você se sentir negro, você não é mas na sua mentalidade política você se diz negro.

É aquilo que combate meu canal até hoje, essas pessoas que fazem ser negro uma profissão mesmo que fisicamente eles não sejam negros então, no meu canal ainda hoje eu deixo muito claro a diferenciação entre a palavra negro, aquela visão militante criada desde 2010 com o estatuto da igualdade racial que foi feito pela militância negra, por isso que não pode dizer que não tem uma instituição. Foi a militância negra que criou o estatuto, e não tem nenhuma validade para o IBGE. Então, nós somos minoria como eu sou minoria aqui na Italia. É fato que foi aqui na Italia que eu vi pela primeira vez um africano, uma pessoa preta verdadeiramente, 100% pura. No Brasil nós somos mestiços.

Seu conteúdo divide opiniões. Se por um lado você exercer sua liberdade em atacar a militância negra, isso também pode ser visto como uma forma de enfraquecer os negros do Brasil, pela exposição das nossas brigas. Qual seu objetivo em expor essas pessoas que você não gosta no seu canal?

R: O meu canal divide opiniões e também muita gente gosta daquilo que eu falo, da graças a Deus, por ter um canal igual ao meu, mas esconde, tem medo, porque hoje você é proibido de se manifestar. Existe uma panelinha onde uma vez que você entrando você é aceito, mas se você não corresponde às regras da cartilha da militância, você está fora. Então provavelmente a maioria das pessoas que segue o meu canal são essas pessoas que não aguentam mais essa mentira, tem medo de falar por sofrer perseguições e eu justamente falo por conhecimento de causa. Eu estive muito próxima do movimento negro, o verdadeiro movimento negro, aquele de raiz, coisas que jovem de 20 anos de 15 anos não sabem porque eles começaram a se reconhecer negros ou os pardos só depois em 2010.

Eu ataco o movimento negro que é uma estrutura política, uma estrutura de mafia onde até no governo do Lula era uma mafia que rendeu quase 10 milhões de reais, só o AfroReggae faturava 2 milhões de reais por ano, e quem ousava abrir a boca você sabe o que acontecia.

E sobre essa coisa de dizer que enfraquece os negros do Brasil, da ver que esse papo não cola, né?  Enfraquecer quem? Enfraquecer negros? Não, enfraquece o movimento que enriqueceu às custas dos pretos brasileiros. Eu passei a expor algumas brigas que aconteceram como pessoas brancas expõem brigas que acontecem entre eles né?  Então treta news, canais de notícias, só que o problema é que o negro é tão invisível que ninguém está nem aí para as questões que acontecem entre nós, as polêmicas. Então eu seria quase como a treta news dos negros. Além disso nós precisamos aprender a arte de conhecer o nosso “inimigo”, é o nosso “inimigo”, entre aspas porque eu não considero nosso inimigo, que são  eles que nos fazem tornar conhecidos, são eles que dão força, então bem ou mal eu falar dessas polêmicas que acontecem entre o mundo negro virão também conteúdo.

Nos meus primeiros videos eu fazia uma crítica muito clara aos pardos  que se dizem negros, então se você for olhar meu canal eu não ataquei pessoas pretas eu ataquei os falsos militantes negros os “Negros de Taubaté” ou “Negros made in China”, se você for olhar o meu canal e pesquisar por esses nomes você vai ver os meus videos onde eu falo sobre esses militantes negros pardos, então eu nem acho que eles devam ser considerados representantes dos negros porque pra mim, por mais que pareça radical, pessoas negras são aquelas de cor retinto na pele.

Então eu não contribuo para o grupinho tentando ganhar dinheiro às nossas custas, mas eu sou uma das influenciadoras negras  mais fortes do Brasil.

Suas críticas já te renderam algum problema judicial?

R: Não, as minhas críticas não me renderam nenhum processo judicial. Pessoas militantes processar uma mulher negra por ela expor a sua opinião vai completamente contra o ideal daquilo que é ser negro. Como é que faz? Um militante negro que é pró do feminismo negro processar uma mulher negra porque ela deu uma opinião? Esse é o primeiro ponto. Quando eu tava no Brasil, teve um jornalista que tentou me processar mas não conseguiu, chegou até a ir na Ordem dos Advogados ele foi. Para você ter ideia quando chegou la mostrou o meu blog a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ficaram do meu lado, curtiram o meu conteúdo porque eu não era aquela que fazia toda àquela narrativa dos negros extremistas, onde ser mestiço é genocídio, onde você não pode casar com branco. Então eu nunca passei por um processo judicial acho que dificilmente eu vou passar e se passar para mim vai dar mais mídia, porque eu vou expor esse processo, não tenho dinheiro para dar. Eu acho muito engraçado essa moda no Brasil de todo mundo processar por qualquer coisa, um exemplo. A MC Carol expôs toda minha vida no Facebook dela e ficou zombando de mim porque eu era casada com branco e eu não vi necessidade de censurar, de processar MC Caro. A minha crítica à Mc Carol foi que ela usou a morte da Marielle Franco pra vender CD, pra ganhar dinheiro.

Eu acho difícil essa militância que morre de medo de ser descoberta querer me processar, além disso eu não moro no Brasil eu moro na Itália então tudo se torna mais difícil.

O nome do canal antes era Etnia Brasileira, o que te levou a mudar? Qual seria a Etnia brasileira?

R: Primeiro porque muita gente dizia que eu falava muito mais de negros , olha só que absurdo, para eles falarem Etnia Brasileira não é sobre negros, esse é o primeiro absurdo, nós somos estrangeiros no Brasil. Segundo é que eu comecei a trazer um conteúdo mais pessoal voltado ao narcisismo, sobre a minha experiência, sobre eu ser uma sobrevivente de um relacionamento abusivo, de um relacionamento tóxico. Então, não bateria falar de narcisismo, de questões do feminismo na questão minha pessoal num canal chamado Etnia Brasileira então eu fiz o meu nome, um canal voltado para mim.

https://www.instagram.com/p/Bz84yDvCMz8/

Lembrando que eu tenho um outro canal que eu também mudei o nome. Antes era ‘SambaCooking’ e agora é ‘Zaruty Network’ que é um canal de gastronomia onde eu vou estar retornando agora nesse mês a produzir conteúdo.

A Etnia Brasileira somos todos nós tanto que o lema da minha antiga chamada era “somos únicos, somos todos Etnia Brasil. Etnia Brasileira não é só pessoas brancas não é só pessoas pretas, Etnia Brasileira são as pessoas misturadas, que tem uma origem múltipla é por isso que se chama Etnia Brasileira. Etnia Brasileira era também o tema do meu documentário.

Seus vídeos estão mais variados e você fala bastante de si mesma. Questões familiares, com sua mÃe inclusive foi tema de vídeo. Você vai diminuir a temática racial na produção do seu conteúdo?

R: Sim, vou reduzir, porque eu estou enjoada de falar disso, eu estou de saco cheio de ficar falando só “Ah, não gosto que negro fale isso”. Eu me considero uma pessoa como todo mundo e eu acho que pessoas negras são capazes de falar de outros assuntos como política, como relacionamento, maquiagem, mas eu acho que na Internet nossa presença está sendo muito focada em cabelo, cabelo cacheado, tradição capilar que no fim é de um publico mestiço e pardo. Então, eu sou o primeiro canal onde tem uma mulher negra, uma apresentadora negra, onde fala da atualidade, muito sobre o universo da população negra assim como o seu portal (Mundo Negro), só que o meu é versão video e bem polêmico, bem estilo “Treta Afro”.  Eu posso dar a informação, mas no momento polarizado que está o Brasil, eu não vi uma grande contribuição, então eu decidi mudar a temática do meu canal e falar algo que possa ajudar a todos.

Qual tipo de conteúdo que te inspira e que você gosta?

R: O tipo de conteúdo que mais me inspira que eu mais gosto é o de psicologia, é tanto que eu até reduzi a quantidade dos meus videos porque eu estou lendo muito, eu leio diariamente, até quando eu estou indo pro trabalho eu tenho vários livros sobre a temática de análise transacional, narcisismo, três estados do eu, são temas que foram pouco abordados no Brasil e por eu estar na Europa tem muito mais material de estudo para eu poder trazer para o canal. Então aquilo que me apaixona muito mais é falar disso porque eu vejo a felicidade das pessoas, eu vejo a gratidão. É tudo diferente dos comentários, não tem ódio, as pessoas não tem essa coisa de direita e esquerda, não tem essa coisa de negro e branco quando eu falo de temas onde o foco é inteligência emocional, é você ter uma saúde emocional. A gente sempre fala muito de saúde física e a questão espiritual, mas a emocional a gente não trabalha, o crescimento emocional, e é o meu modo também de eu me cuidar, eu sou uma sobrevivente, eu estudo para me ajudar e aquilo que eu estudo eu transmito para as pessoas.

Livia e Ruth de Souza (Arquivo pessoal)

Então é uma coisa que eu consigo compartilhar, eu consigo ganhar com isso e também me ajudar, e através da minha experiência pessoal ajudar outras pessoas. Lembrando que eu ainda não sou coach, eu poderia fazer aqui na Itália, ao menos até esse ano você se tornar um coach de psicologia, aqui é tudo muito diferente do Brasil, aí tudo você precisa de diploma, nível superior e aqui eu tenho formação em pilates, eu trabalho com pilates.

E eu amo gastronomia, então é um outro projeto. Eu quero me tornar Chef e me dedicar ao meu canal. Vou tornar chef por necessidade, como proteção porque eu acabei sofrendo um roubo muito grande, seja de material seja de clientes ou conteúdo, de um antigo relacionamento, então isso me fez aprender a me proteger, então eu tive arquivos do meu computador roubados, cabos, material de produção roubados por essa pessoa e até minha marca que era SambaCooking foi roubada. O meu projeto de gastronomia me rendeu meu próprio programa no Discovery Mulher (atual Discovery Home and Health) que era “Um dois, feijão com arroz”.

E é fato que foi uma experiência muita traumática esse programa porque infelizmente a verdadeira Lívia não foi conhecida e foi a partir daí que eu dei uma pausa no meu canal de gastronomia e decidi retornar pro meu outro canal, que até então não existia, que é o Livia Zaruty que se chamava Etnia Brasileira.

 O que falta na sua opinião para comunidade negra avançar?

R: O que falta pra comunidade negra avançar é “ajude o seu inimigo a crescer”. Seja aliado de um outro negro, mas não aliado pra passar pano, não pra fechar. Eu já ajudei muitas pessoas que em prática são ou poderiam ser meus inimigos, eu ajudei nos bastidores, porque sem eles eu de certa forma perco minha força, então eu acho que está faltando isso. Eu acho que está faltando também capacitação, muitos negros choram mas não buscam estudar mais as ferramentas se pode gravar com o celular, então você acaba fugindo, sendo excluído, comprado então eu acho que o movimento negro não vai crescer enquanto aceitarmos sermos comprados pelos outros.

O negro quando consegue ter um destaque, ele vira refém do dinheiro, refém do ganho que eles tem então por conta desse dinheiro, seja por bem ou por mal ou pra direita pra esquerda eles se isolam e não fazem nada, e aqueles que fazem pela comunidade eles fazem refém. Eles poderiam criar um curso de formação para edição de video, para produção de conteúdo, para comprar camêras, porque nos Estados Unidos eles conseguem criar sua própria emissora, porque nos Estados Unidos temos diretores negros e aqui não tem. Então seria quase, não o ideal, mas o teatro experimental do negro poderia ter toda uma chance, foi o teatro experimental do negro que fez o Brasil conhecer Ruth de Souza, mas não resistiu por conta de toda essa corrupção e também toda essa rivalidade que existe entre nós. Eu acho que a comunidade negra vai crescer no exato momento em que aceitarmos as vozes diferentes dos negros, até Fernando Holiday, que eu não suporto ele, faz parte da comunidade negra, porém a militância considera negro só quem dita a cartilha, então por mais que você odeie Fernando Holiday ele é um negro, ele tem uma mentalidade e uma visão de mundo diferente da nossa e ele é negro e gay, e não é considerado porque para muitos ele esta jogando contra a militância porque ele é contra cotas, como se nós fossemos obrigados a seguir algum tipo de pauta, então viramos refém dessa militância. E não existe diálogo então, Glória Maria foi excluída, todos os negros que conseguem ter um destaque, eles são ignorados. Então eu acho que o movimento negro não vai crescer enquanto ele for dominado por pessoas com sede de poder, com sede de dinheiro, e a gente for refém de cartilha da militância.

Salvador recebe terceira edição da Marcha das Mulheres Negras na próxima quinta-feira

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A 3ª edição da Marcha das Mulheres Negras Por Uma Bahia Livre será realizada no dia 25 de julho, em Salvador, com concentração às 13h, na Praça da Piedade, e seguirá até a Praça da Sé, onde será realizado um Ato Político Cultural. A marcha tem o intuito de ressaltar a importância da população negra da região Nordeste contra o fascismo e o retrocesso de direitos.

Entre as mais de 150 atividades realizadas no interior da Bahia e Região Metropolitana, na 7ª edição do Julho das Pretas, em celebração ao 25 de julho – dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, a marcha é a principal atividade e com o objetivo de destacar a vanguarda da região nas lutas por liberdade, contra o racismo, o patriarcado, a democracia plurirracial e pelo Bem Viver.

Com a finalidade de incidir na conjuntura política do país e direcionar caminhos, a articulação do Julho das Pretas é organizada por ativistas e organizações de mulheres negras de toda região Nordeste do país. Que este ano reafirma a força política das mulheres negras na região Nordeste, bem como, nossas narrativas de luta por liberdade ao longo da história. A ação mobiliza milhares de pessoas da região, durante todo o mês de julho, através de uma agenda coletiva de atividades.

https://mundonegro.inf.br/mundonegro/agenda-do-julho-das-pretas-na-bahia-conta-com-mais-de-150-atividades/

Museu Afro Brasil realiza visita temática “Mulheres Negras na América Latina: Presença e Palavra”

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O Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil, localizado em São Paulo, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha, um marco da luta pela inclusão, justiça e igualdade de direitos para as mulheres negras, realiza a visita temática “Mulheres Negras na América Latina: Presença e Palavra”, na próxima quinta-feira (25), às 11h30.

Através do acervo da instituição, o intuito é visibilizar as contribuições dadas por essas mulheres à formação dos Estados-Nações na América Latina e no Caribe, e fomentar discussões acerca das experiências dessas mulheres no tocante a transformação estrutural do racismo e das discriminações, das opressões e das violências sofridas pelas pessoas negras.

A atividade é gratuita e aberta ao público em geral. Para participar é necessário inscrever-se previamente no site do Museu Afro Brasil.

Mais informações: https://www.facebook.com/museuafrobrasil.oficial.

Vídeo satiriza o famoso “A dona de casa está?” que ouvimos de quem não acredita no nosso endereço

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Quem nunca foi atender a campainha e ouviu de algum vendedor de produtos, assinaturas ou até novos vizinhos o “A dona de casa está?”, por sermos confundidas com empregadas domésticas?

A galera do Ouriçado Produções, de Salvador, resolveu fazer um vídeo tirando onda das pessoas racistas que duvidam que pessoas negras podem morar em uma casa decente e ficou muito legal. Confira:

 

 

Pesquisa aponta Michelle Obama como a mulher mais admirada do mundo

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Em 2018 o título foi da atriz e ativista Angelina Jolie, mas esse ano, de acordo com uma  pesquisa YouGov realizada pela CBS News, tradicional plataforma de notícias dos EUA, Michelle Obama é a mulher mais admirada no mundo. Em segundo lugar, ficou a apresentadora Oprah Winfrey.

A pesquisa da CBS foi feita colhendo nomes por meio de nomeações abertas ( ou seja, não foram nomes sugeridos) por meio de entrevista com pessoas de 41 países, para no final selecionar os 20 mais citados para homens e mulheres.

A biografia de Michelle, Minha História, é uma das mais lidas do mundo. Em seu período como primeira dama ela foi muito mais que esposa do presidente. Michele valorizou a educação e cuidados com a saúde, dando uma atenção especial as mulheres negras que eram figuras sempre presentes na Casa Branca.

Recentemente a ex-primeira dama foi vista com cabelos descoloridos e crespos durante um evento da revista Essence e quase quebrou a Internet.

Nós realmente te amamos, Michelle.

Mahershala Ali será o novo Blade da Marvel

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Blade: o Caçador de Vampiro, trilogia interpretada por Wesley Snipes entre 1998 e 2014, ganhará uma nova versão agora protagonizada pelo Mahershala Ali.A boa notícia foi anunciada hoje, 20 de julho, durante o painel da Marvel na San Diego Comic-Con.

Mahershala tem duas estatuetas do Oscar em casa, pelo filme Moonlight e Greenbook.

Infelizmente o filme ainda não tem previsão de estreia, mas por um vampirão negro desse, vale a pena esperar.

Ah outra boa notícia é que Pantera Negra 2 já está em produção.

Confira o logo da novo Blade.

De Alcione para Bolsonaro “Quem quer respeito se dá! Respeite o Maranhão!”

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Presidente Bolsonaro eu não votei no senhor e não me arrependo”, disse Alcione em seu protesto contra as ofensas ao povo nordestino feitas pelo Presidente Jair Bolsonaro, que disse sem saber que estava sendo gravado durante uma reunião com o Ministro da Casa Civil Onix Lorenzoni:  “Dentre os (ou aqueles) governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara”.

Maranhense com orgulho, Alcione não perdeu a elegância, mas também não poupou críticas severas ao presidente: ” O senhor precisa respeitar o povo nordestino. RESPEITE O MARANHÃO.
O senhor tem medo de facada, tem medo de tiro, mas o senhor precisa ter medo do pensamento. O pensamento é uma força. Pense em mais de 30 milhões de nordestinos pensando contra o senhor? Comece a nos respeitar”, continuou a cantora.

Confira sua fala na íntegra:

Comitê de Igualdade Racial encerra Julho das Pretas com Gabb Cabo Verde dando aula de dança afro-brasileira

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O Comitê de Igualdade Racial do Grupo Mulheres do Brasil encerra as atividade do Julho das Pretas no dia 25, de 19h às 22h, com uma aula de dança afro-brasileira de Gabb Cabo Verde e após, leitura de poemas e um coquetel, para fechar o ciclo das comemorações iniciadas no dia 01/07.

O comitê lançou uma campanha para homenagear mulheres negras, em comemoração ao dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, onde foi feita uma votação e foram selecionadas 25 mulheres que receberão homenagem nas redes sociais até o dia 25/07.
Lançado em 2016, o Comitê de Igualdade Racial tem a iniciativa de: Luana Genot, Lisiane Lemos, Jessica Sandin, Fernanda Ribeiro, Elisabete Leite,, Eliane, Viviane Elias Morais.

Este é um dia de fortalecimento da mulher negra, onde deve ser valorizada toda a sua potência. As mulheres negras são as que mais sofrem com violência obstetrícia, os índices de violência doméstica só aumentam, não são representadas na mídia e, são barradas nos cargos de liderança e poder. Apesar desses índices, chefiam a maioria dos lares brasileiros, preservam seus saberes ancestrais e, disseminam seus conhecimentos para as gerações futuras“, afirma Elizabete Leite, líder do comitê de igualdade.

Link para inscrição: https://www.sympla.com.br/comemoracao-do-dia-da-mulher-negra-latino-americana-e-caribenha-cigualdade-racial__581372.
Preço Sugerido: R$ 50,00 a R$ 20,00.

CCSP recebe Festival Latinidades 2019, maior encontro de mulheres negras da América Latina

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O Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha, Latinidades, estreia em São Paulo e terá cinco dias de debates, oficinas e shows, com programação gratuita. É a primeira vez que a edição acontecerá fora de Brasília, onde é realizado há mais de uma década. O evento acontece entre os dias 23 e 27 de julho, no Centro Cultural São Paulo.

O Festival propõe debater um tema que se desdobra em mesas, oficinas e vivências. Neste ano, o assunto escolhido foi “Reintegração de Posse”, em referência a uma entrevista concedida em 1976, pela historiadora e ativista negra Beatriz Nascimento, que disse: “O negro não tem apenas espaços a conquistar, tem coisas a reintegrar também” e que pouco mais de 40 anos depois, a deputada estadual Erica Malunguinho, usaria como mote da campanha e da “Mandata Quilombo” o mesmo princípio de que falava Beatriz.

Além de pautar fortalecimento de identidades, da formação política e técnica, do empreendedorismo e estímulo à produção artística, cultural e intelectual de mulheres negras, traz uma programação completa. Todas as atividades serão gratuitas e com limite de vagas, para garantir sua participação, acesse: http://www.afrolatinas.com.br e se inscrever.

Confira a programação:

Dia 23 de julho (terça-feira)
Abertura do Festival Latinidades
14h – Saudação às ancestrais e acolhimento: cortejo com o Bloco Ilú Obá de Min.
Local: Sala Jardel Filho
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/abertura-com-bloco-afro-ilu-oba-de-min/

Das 14h às 19h – Feira Latinidades Afrolab
Afrolab é o projeto da Feira Preta voltado ao empreendedor negro.
Local: espaços anexos da Sala Adoniran Barbosa
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/feira-afrolab/

Mesa de abertura
15h – Ancestralidades como pertencimento: as religiosidades negras e práticas de resistência
Local: Sala Jardel Filho
Debatedoras: Analia Santana (Irmandade do Rosário dos Pretos – Salvador/Brasil), Ekedi Sinha (Terreiro da Casa Branca/ Ilê Axé Iyá Nassô Oká – Salvador/Brasil), Juliana Maia Victoriano (Comunidade Batista de São Gonçalo – Rio de Janeiro/Brasil) e Iyá Karen D’Osún (Tradição Africana – São Paulo/Brasil). Mediação – Elizandra Souza.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/ancestralidades/?tickets_process=#buy-tickets

Mesa
17h – Eu me vejo em nós: imagens, escritas da gente negra e o poder sobre as nossas histórias
Local: Sala Jardel Filho
Debatedoras: Deborah Willis (Fotógrafa e Historiadora – Nova York/EUA), Rosana Paulino (Artista Plástica – São Paulo/Brasil), Miriam Victoria Gomes (Professora de Literatura –Argentina/Cabo Verde) e Fernanda Oliveira (Historiadora e Atinuké – Pelotas/Brasil). Mediação – Allyne Andrade.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/eu-me-vejo-em-nos/

Apresentação
19h – 1ª Mostra de Autoestilismo do CCSP
Local: Sala Jardel Filho
Orientação: Jaergenton Corrêa (curador de moda do CCSP)
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/1a-mostra-de-autoestilismo-do-ccsp/

Dia 24 de julho (quarta-feira)
Vivência
10h – O Toque da Empoderada: Caminhos Diretos ao Prazer
Local: Sala Jardel Filho
Condução: Diane Ghogomu (EUA)
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/toque-da-empoderada/

Das 14h às 19h – Feira Latinidades Afrolab
Afrolab é um projeto da Feira Preta voltado ao empreendedor negro.
Local: espaços anexos da Sala Adoniran Barbosa
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/feira-afrolab/

Mesa
14h – Onde nos cabe na riqueza que produzimos? Tema: Economia, trabalho e impasses ético-psicológicos
Local: Sala Jardel Filho
Debatedoras: Clarice Val (Terapeuta holística – Salvador/Brasil), Ochy Curiel (Feminista negra decolonial – República Dominicana/Colômbia) e Thiago Vinicius (Agência Popular Solano Trindade – São Paulo/Brasil). Mediação – Sueide Kintê (Jornalista Griô – Salvador-São Paulo/Brasil).
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/riqueza-que-produzimos/

Mesa
16h – Em defesa de nossos territórios: trânsitos e permanências das vidas negras
Local: Sala Jardel Filho
Debatedoras: Keisha-Khan Perry (Brown University – Jamaica/EUA), Adriana Gomes (Comuna Panteras Negras – Planaltina/Brasil), Josemeire Alves (Casa do Beco – Belo Horizonte/Brasil) e Thabata Lorena (Mercado Sul – Taguatinga/Brasil). Mediação – Thamiris Flora (Unegro/UBM).
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/em-defesa-de-nossos-territorios/

Performance participativa
18h – “Corpo Fechado para Balanço”
Local: Sala Jardel Filho
Concepção e coreografia: Paulo Lima
Bailarina intérprete: Léya Ramos.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/performance-corpo/

Dia 25 de julho (quinta-feira)
Das 10h às 17h – Feira Latinidades Afrolab
Local: espaços anexos da Sala Adoniran Barbosa
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/feira-afrolab/

Mesa
10h – Na luta é que a gente se encontra! Tema: antirracismo e lutas por direito
Local: Sala Jardel Filho
Debatedoras: Marivaldo Pereira (PSOL – Distrito Federal/Brasil), Lúcia Xavier (Criola – Rio de Janeiro/Brasil), Ivana Leal (MNU – Goiânia/Brasil), Sonia Guajajara (APIB – Imperatriz/Brasil) e Douglas Belchior (Uneafro e PSOL– São Paulo/Brasil). Mediação: Taina Aparecida dos Santos.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/na-luta/

Vivência
13h – Erótico como Poder: poder através do Prazer
Local: Sala Jardel Filho
Condução: Diane Ghogomu (EUA)
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/vivencia-erotico/

Mesa
15h – Somos sementes: representatividade negra e disputa política no Estado brasileiro.
Tema: participação política negra
Local: Sala Jardel Filho
Debatedoras: Erica Malunguinho (PSOL – São Paulo/Brasil), Regina Sousa (PT – Teresina/Brasil) e Olívia Santana (PCdoB – Salvador/Brasil). Mediação: Amarílis Costa.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/somos-sementes/

17h – Partida para a concentração da Marcha das Mulheres Negras SP.
O Latinidades aproveita a realização do festival em SP para participar desta importante manifestação.

Dia 26 de julho (sexta-feira)
Oficina
10h30 – Ritmos africanos
Local: Sala Jardel Filho
Condução: Kety Kim
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/oficina-ritmos-africanos/

Das 14h às 19h – Feira Latinidades Afrolab
Local: espaços anexos da Sala Adoniran Barbosa
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/feira-afrolab/

Mesa
14h – Estéticas do ativismo negro, arte-educação e produção cultural
Local: Adoniran Barbosa
Debatedoras: Preta Rara (rapper, turbanista, professora de história, modelo Plus Size e influenciadora digital – São Paulo), Vanessa Kanga – (Festival Afropolitain Nomad – Camarões/Canadá), Carol Barreto (designer/professora UFBA – Salvador), Diane Lima (Projeto AfroTranscendence – São Paulo). Mediação: Hanayrá Negreiros (pesquisadora em indumentária e memórias negras – São Paulo).
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/esteticas/

Mesa
16h – Chega mais, parente! ‑ Diálogos com masculinidades negras
Local: Adoniran Barbosa
Debatedores: Túlio Custódio (sociólogo – São Paulo), Spartakus Santiago – (youtuber/publicitário – Rio de Janeiro), Lam Mattos (Ibrat – São Paulo), Sidney Santiago (Cia Os Crespos – São Paulo) e Roger Cipó (fotógrafo/educador – São Paulo). Mediação – Marilea Almeida.
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/masculinidades-negras/

Oficina
17h – Amarrações e turbantes
Condução: Bangé Yhodhy (Guiné Bissau)
Espaço: Anexo Sala Adoniran Barbosa, na Feira Latinidades Afrolab
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/oficina-turbantes/

Show
19h – Eva RapDiva (Angola)
Local: Arena Adoniran Barbosa
https://www.afrolatinas.com.br/eventos/show-com-eva-rapvida-angola/

Mel Duarte lança clipe “Ocupação”, do álbum de estreia “Mormaço”

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Foto: Helen Salomão

Recentemente, a artista Mel Duarte lançou o clipe “Ocupação“, primeiro do álbum “MORMAÇO – outras formas de calor”, que chega às plataformas no próximo mês de agosto. A canção fala sobre envolver-se a ponto de ocupar espaço dentro de alguém, tem direção de Iuri Stocco e participação especial da bailarina Cristina Santos.

A gravação ocorreu na Ocupação 9 de julho e tem também a participação de Mel Duarte. A edição ficou a cargo de Tarcilla Thaís e Tato T. A produção e direção musical são de DIA.

Ocupação fala sobre habitar outro corpo e ser fonte de energia, gosto muito dessa faixa porque ela me leva para um lugar leve, faz flutuar. Ter cantado o refrão também foi diferente, gostei dessa experiência”, conta Mel Duarte.

No clipe, a poeta ainda faz uma referência a Preta Ferreira, líder do Movimento sem Teto do Centro, presa injustamente em 24 de junho deste ano, por lutar por seus direitos e reforça: #PretaLivre.

Assista:

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