Em meio ao cenário atual marcado por debates antirracistas, a marca Bombril relança um produto da década de 50 com o nome de “Krespinha”. Na época, na embalagem uma mulher negra de cabelos crespos segurava o produto, que é e indicado para “limpezas pesadas”
O cabelo crespo foi durante anos motivo de piadas, os meninos raspavam seus cabelos e as meninas alisavam para não ter seu cabelo comparado a esponjas de aço da Bombril e a marca, sem responsabilidade social mantém e divulga um produto que relaciona o cabelo crespo a um elemento de limpeza próprio para retirar as “sujeiras mais difíceis”
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Ter esse produto sendo relançado como se ainda estivéssemos na década de 50 só nos mostra além do racismo, a ausência de preparo dos profissionais da marca e até mesmo de presença negra na companhia.
Na internet o caso já gerou repercussão e a #Bombrilracista está em 1º lugar dos assuntos mais falados. Consumidores, jornalistas e ativistas do movimento negro debatem sobre o lançamento da marca.
“A empresa #BOMBRIL desenvolveu e lançou esse produto… Deixando escancarado o RACISMO ESTRUTURAL que diariamente lutamos para desconstruir!” Desabafou a atriz Jeniffer Dias.
Em meios as ondas de mobilizações antirracistas na internet, a marca foi procurada para a realização de um post de repúdio a expressão “cabelo de bombril” e alegou estar sem tempo para outros projetos devido a crise do COVID-19.
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