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Colar de Michelle Obama feito por joalheiros negros é um dos assuntos mais comentados no Twitter

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Nesta segunda-feira (17) Michelle Obama fez seu discurso no Comitê Nacional Democrata, que segue inspirando uma legião de pessoas. Durante o discurso, o assunto mais comentado do Twitter foi a joia que a ex-primeira dama usava. “Alguém encontre o colar VOTE de Michelle Obama imediatamente, por favor, preciso usá-lo todos os dias pelo resto da minha vida”, escreveu uma usuária do Twitter.

“O colar VOTE de Michelle Obama é tudo de que preciso agora”. “Michelle Obama está falando há mais de cinco minutos e, no entanto, ninguém me forneceu um link para seu colar de VOTE ainda”, disparou outra pessoa.

O colar dourado com as letras V-O-T-E (vote) é da BYCHARI, uma joalheria de propriedade de negros com sede em Los Angeles, informou o site da CNN. De acordo com o site, o acessório é feito sob encomenda e pode ser arrematado no e-commerce da marca com valores entre US$ 300 e US$ 400, dependendo do tamanho das letras e do comprimento da corrente.

“Os policiais não nos entendem”: as dificuldades de ser negro e surdo no Brasil

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No Brasil, 10,7 milhões de pessoas possuem deficiência auditiva. Desse total, 2,3 milhões têm deficiência severa, de acordo com o estudo feito em conjunto pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade Surda. Dentre os que têm deficiência auditiva severa, 15% já nasceram surdos. 

Ser surdo já é motivo de discriminação, ser negro é motivo de racismo. Um surdo negro possui um duplo preconceito? Para isso entrevistamos* três surdos negros para que possamos compreender e abraçar essa causa. 

MUNDO NEGRO: Enquanto surdos, qual a maior dificuldade que enfrentam socialmente?

GUILHERME SOUZA: Nem todos os lugares tem acesso a libras, tais como hospitais, cinema, palestras, hospitais, escola, delegacia.

MATHEUS NASCIMENTO: As mudanças são difíceis para a sociedade. As pessoas pensam que é estranho (ser surdo), sempre pensam negativo. E a polícia militar sempre ter dúvida, pensar que sou bandido e eu não sou; provar isso é bem difícil, a falta de comunicação… Eles acham que sou ouvinte. 

ERLIANDRO FÉLIX:  A minha maior dificuldade é a limitação na comunicação, quase sempre falha, na sociedade, por exemplo, eu escrevo o português como segunda língua, mas a pessoa não-surda não entende a minha escrita, além disso, eles, escrevem o português formal e eu não consigo ter a compreensão. 

MUNDO NEGRO: Enquanto negro e surdo, passaram por alguma situação negativa e/ou constrangimento marcante?

GUILHERME SOUZA: A dificuldade de comunicação com a polícia. Infelizmente somos parados por sermos negros e os policiais não nos entendem. 

MATHEUS NASCIMENTO: Um momento marcante foi um policial pedir minha identidade. Eles sempre tem dúvidas de quem sou. A cada dia piora a comunicação e a polícia nunca consegue entender. 

ERLIANDRO FÉLIX: Sim, já me senti constrangido, um dia, fui no seminário dos negros com um intérprete de Libras, me olharam como uma pessoa incapaz.

MUNDO NEGRO: Se sentem abraçados pela luta do movimento negro dentro das questões relacionadas a deficiência auditiva? 

GUILHERME SOUZA: Me sinto bem pois tenho amigos e familiares dentro desses grupos (sociais).

MATHEUS NASCIMENTO: Tenho poucos amigos e tenho minha namorada, que também é negra. Agradeço muito ao meu melhor amigo que me apoia muito. 

ERLIANDRO FÉLIX: Não, porque não sou deficiente auditivo, mas sim surdo, tenho a minha língua e a minha cultura. 

MUNDO NEGRO: Como podemos, efetivamente, mudar a situação do negro surdo no Brasil?

GUILHERME SOUZA: Na minha opinião é possível mudar a situação do Brasil unindo os surdos e negros na luta contra esses preconceitos para um futuro melhor. 

MATHEUS NASCIMENTO: É difícil eles (a sociedade) ajudarem. Ainda tem o racismo e nós, surdos, ainda sofremos com a acessibilidade. Acho que os surdos (mudaremos) lutando juntos contra o racismo 

ERLIANDRO FÉLIX: Então, os negros precisam conhecer a comunidade surda e o movimento dos negros surdos, além de pensar como acessibilidade do acesso dos negros surdos no mundo negro não-surdo. Pensar a política pública foco nos negros surdos.

MUNDO NEGRO: Qual maior erro os ouvintes cometem que fere a autoestima e inclusão do surdo?

GUILHERME SOUZA: (Não respondeu)

MATHEUS NASCIMENTO: Os ouvintes acham que os surdos não são capazes. Mas nós, surdos, somos capazes sim. Acham que somos um problema. A sociedade precisa ter empatia com os surdos. 

ERLIANDRO FÉLIX: O pensar que os negros são iguais, que os surdos são iguais, que os deficientes são iguais, que os cegos são iguais. 

Entrevistamos, também, a Karol Lopes, mulher negra e intérprete de LIBRAS. 

MUNDO NEGRO: O intérprete de Libras desempenha um papel importante na inclusão do deficiente auditivo. Como leigos, como podemos ajudar? 

KAROL LOPES: Bom, eu sempre defendo que não temos que ajudar os surdos. Quando alguém vê essa frase de imediato, é assustador. Mas vou explicar: as pessoas com deficiência não precisam de ajuda. Elas precisam que seus direitos sejam garantidos.  Os brancos não têm que ajudar os negros. Têm que garantir que eles tenham uma vida plena com acesso a tudo o que deveria ser seu por direito. E isso está claro para nós. Mas sempre que falamos sobre pessoas que têm alguma deficiência, queremos ajudar. Eu sei que a intenção é boa, mas é um discurso capacitista e assistencialista que coloca a pessoa com deficiência num lugar de dependente das pessoas vistas socialmente como “normais”. É assim que vejo como precisa ser nossa relação de modo geral.

É claro que existem dificuldades por causa da surdez. Mas as maiores dificuldades que percebo que os surdos encontram no dia a dia são as pessoas. As maiores barreiras são atitudinais. Se a gente de fato pensasse no próximo, as diferenças entre nós seriam só um detalhe. Se nós assumirmos pequenas atitudes, já conseguimos melhorar significativamente as questões de acesso. A gente só precisa parar nas mínimas coisas do dia a dia e pensar: “será que todas as pessoas estão tendo acesso a isto?”.

Um exemplo muito simples, mas que pouquíssimas pessoas prestam atenção são as legendas. Os surdos não têm acesso aos filmes nacionais ou infantis, porque entende-se que se aquele material está em português, todo mundo consegue entender. Os surdos não têm acesso a muitos vídeos das redes sociais porque as pessoas não legendam. Uma coisa que tenho batido muito na tecla é sobre stories. Eu sei que dá trabalho, mas não toma tanto tempo assim legendar o que a pessoa está falando. Legenda é o ideal? Não. Mas já é alguma coisa. Já é um bom começo! A gente precisa parar de sentir medo do diferente e se aproximar. É só se aproximando, tendo contato, que vamos conseguir entender um pouco melhor o que essas pessoas vivem. A maior “ajuda” que podemos dar é apoiar as lutas sociais para a garantia de direito de todas as pessoas.

Intérprete de LIBRAS Karol Lopes / Acervo pessoal

MUNDO NEGRO: Enquanto intérprete de libras e mulher negra, o que observa na relação da sociedade para com o negro surdo?

KAROL LOPES: Eu comecei a dar uma atenção maior a esta temática quando atuava como intérprete numa escola e um dia, numa aula de artes, a proposta era fazer um autorretrato e as meninas pretas se desenharam loiras dos olhos azuis. Aquilo mexeu muito comigo, porque eu estava passando pelo meu processo de aceitação e ver aquela cena doeu. Foi aí que eu percebi como as pautas raciais não estavam chegando em todos os espaços.

A gente sabe que esse não é um assunto muito bem vindo em muitas casas. Então imagina como se dá esse processo numa família onde sequer há comunicação com o filho surdo.

Djamila Ribeiro fala no livro dela “O que é lugar de fala” sobre conceito de “não lugar”, que diz respeito ao fato de as pessoas terem seu direito de acesso restrito a determinados lugares e/ou camadas sociais devido às estruturas preestabelecidos. Ela apresenta uma hierarquia social onde a mulher preta fica em último lugar, depois do homem branco, mulher branca e do homem negro. A mulher negra ocuparia então um não lugar, pois seria o outro do outro (homem branco, mulher branca e homem negro). Na relação com pessoas pretas surdas eu percebo que isso se agrava ainda mais (em outras relações também). Porque essa dupla diferença faz com que essas pessoas estejam cada vez mais abaixo nessa hierarquia.

Durante minhas pesquisas, o que tenho percebido é que há um apagamento da identidade negra de pessoas com deficiência. Porque não são assuntos amplamente discutidos. Quando você pesquisa artigos, teses ou coisas do tipo, a maioria das produções encontradas são focadas na deficiência. Como se pessoas com deficiência estivessem isentas de sofrer por outras questões sociais como cor, classe social, gênero, sexualidade, entre outras. Mas também fico muito otimista ao perceber que produções com esta temática vêm ganhando força e crescendo. É importante que esses assuntos sejam discutidos e chegue nos lugares mais vulneráveis da sociedade. Existe a organização de um movimento negro surdo que vem se tornando cada dia mais forte e estruturado. Esse movimento precisa de visibilidade. Ele precisa ser visto, compreendido e apoiado.

*A entrevista contou com a ajuda de Lívia Maria Queiroz, do “1 Minuto de Libras”, estudante de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e com Karol Lopes, intérprete de LIBRAS negra. 

Programa ‘Conversa Preta’ debate o racismo na televisão aberta baiana

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“Ser negro, no Brasil, já é pensar três vezes em cada situação, em cada local que você vá, em cada convite, em cada olhar na rua. A gente vai, infelizmente ou felizmente, criando níveis de entendimento sobre a realidade”, contou o ator Fabrício Boliveira, via live, em entrevista ao “Conversa Preta”, o novo programa da Rede Bahia, emissora afiliada à Globo na Bahia, que estreou no ultimo sábado (15). 

A proposta do especial é ajudar a construir uma sociedade antirracista e igualitária. De acordo com dados do IBGE do ano passado, 56,2% da população do país declara ser preta ou parda, enquanto 42,7% é branca. Ainda assim, o racismo está diariamente presente no cotidiano da população e a cor da pele é o principal fator na construção das desigualdades. 

A cantora Margareth Menezes, uma das vozes mais potentes da música brasileira, também participou do primeiro episódio do programa. A artista destacou que sempre precisou investir na própria carreira, inclusive fundando um selo, o Estrela do Mar, por não ter interesse de empresários. Sobre o “Conversa Preta”, ela afirmou que o programa “abre uma porta que vai trazer um retorno muito especial e de mudança”. 

A jornalista Maíra Azevedo, a Tia Má, parceira do programa Encontro com Fátima Bernardes, pediu: “Que programas como esse multipliquem na televisão aberta! Queremos falar sobre nós e por nós”.  

O especial também vai ao ar nos próximos dois sábados, na Rede Bahia. Para assistir em outros estados, acesse o Gshow (gshow.com/conversapreta) ou o Globoplay do programa. 

Projota lança canal de game: “A primeira coisa que comprei com o dinheiro da música foi um videogame”

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Da sala de games que tem em casa, Projota recebe convidados e, entre uma conversa e outra, disputa partidas de videogame. Essa é a premissa do Projota Game Room, programa que o rapper paulista lança no YouTube no próximo nesta terça-feira (18). Com mais de seis milhões de inscritos em seu canal musical na plataforma, o músico abre agora mais um espaço de diálogo com o público, dividindo outra de suas paixões.

“A primeira coisa que comprei com o dinheiro da música foi um videogame”, conta o pai de Marieva, que aproveita o sono da bebê para disputar partidas com a mulher, a atriz Tâmara Contro. “A gente bota a neném para dormir e vai jogar na sala”.

O novo canal contará com episódios inéditos às terças e quintas-feiras, às 19h, e também com pílulas em formato de IGTV para o Instagram. “É um convite para todos que gostam do meu universo entrarem na minha sala de games”. Serão quatro quadros fixos, misturando as pelejas eletrônicas e bate-papos sobre música e jogo com convidados do mundo esportivo e das artes.

Jessica Ellen e Maju Coutinho vão comandar a 35ª edição do Criança Esperança

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O evento beneficente terá inicio no final de semana dos dias 26 e 27 de setembro com o tradicional “mesão da Esperança” , em que famosos atendem às ligações dos populares que querem fazer doações. No entanto, neste ano eles não se aglomerarão em um único estúdio para fazer isso, já que os mesões serão em formato virtual.

O show, que é o carro-chefe da programação do evento, está programado para acontecer no dia 28 de setembro, apresentado direto dos Estúdios Globo. Já os números musicais ocorrerão à distância. As atrações ainda não foram divulgadas.

Junto de Jessica Ellen e Maju Coutinho estarão: Fátima Bernardes, Luis Roberto, Tiago Leifert, Luciano Huck. Além disso, haverá a participação especial de Pedro Bial, Serginho Groisman e Ana Maria Braga.

Professora negra do interior de São Paulo, ganha escola com seu nome

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A prefeitura da cidade de Valinhos, em São Paulo, que ficou famosa nacionalmente nas ultimas semanas devido ao caso de discriminação sofrido pelo motoboy Matheus, anunciou na ultima quinta feira que a antiga EMEB Serra dos Cocais (a maior escola da cidade), agora passa a se chamar EMEB Dirce Antonio em homenagem a educadora negra de mesmo nome, falecida em 30 junho de 2009.

A pedagoga e poetisa nascida em Valinhos, 10 de junho de 1943, era filha de lavradores. Ela se formou em 1969 no Instituto de Educação Estadual Carlos Gomes,e fez licenciatura em letras (inglês e português) na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São João da Boa Vista. Dirce, atuou durante anos no MOBRAL, o antigo Movimento Brasileiro de Alfabetização, lecionou em diversas escolas e fazendas da região, além de ter sido diretora de uma escola por quatorze anos.

Com um método de ensino baseado na orientação, motivação, e escuta de seus alunos, Dirce Antônio se tornou uma educadora conhecida na época em que trabalhava, e até hoje. Apesar de infelizmente não estar viva para receber a homenagem, sua família faz isso por ela muito bem. Dirce, sempre recebeu o apoio de seus familiares para estudar e trabalhar, e isso era mutuo, já que ela passava seu conhecimento a diante, principalmente com seus sobrinhos.

Esperamos ter muitas outras Dirces sendo reconhecidas pelo Brasil e mundo. E que finalmente entendam, que se alguém merece ter escola, rua, prédio, monumento com o seu nome, esse alguém deve ser uma pessoa de impacto positivo para a sociedade. Alguém que tenha feito algo pela educação, arte, cultura, saúde. Chega de homenagearmos assassinos e escravagistas.

Por mais mulheres negras ocupando espaços públicos.



Rennan da Penha abre escritório e anuncia lançamento do selo “Hitzada”

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A novidade foi anunciada na tarde desta segunda-feira (17), através das redes sociais do artista. “Quando comecei minha carreira, não tinha quem me orientasse e passei por muitas dificuldades para chegar até aqui. Tem muita gente da favela e com talento, mas que não tem oportunidade de mostrar seu trabalho. A Hitzada vem exatamente pra preencher esse espaço, queremos trabalhar desde os artistas mais conhecidos até aqueles que ainda não são reconhecidos pela mídia”, afirma Rennan.

Para gerir a nova etapa de sua carreira, o DJ e produtor carioca Rennan da Penha se juntou aos empresários Leonardo Gomes e Lucas Santos. O escritório com base na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, além de administrar e gerenciar a carreira do artista, pretende atuar como Selo para lançamento de novos projetos e talentos da música. Hitzada promete fazer história e se tornar referência quando se trata de agenciamento artístico!

E os trabalhos já começaram: “No Talo” é o novo single de Rennan com participação de Lexa e já tem clipe gravado com lançamento marcado para o dia 28 de agosto. “Quero alçar voos mais altos e diversificar cada vez mais meus negócios e empreendimentos. Sempre olhando pra minha raiz e almejando um futuro melhor”, conclui o DJ.

Após desabafo viralizar no Linkedin, iFood contrata ex-entregador como engenheiro de software

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Depois de ser rejeitado por uma empresa de tecnologia por não ter um computador adequado, o ex-entregador do iFood e estudante de análise de sistemas Vitor Eleotério foi contratado como engenheiro de software junior do aplicativo de delivery e ainda vai ganhar um MacBook novo pra trabalhar.

A história de Vitor viralizou no Linkedin e ele recebeu mais de 20 ofertas de trabalho e acabou optando pela do iFood. Em seu post no Linkedin, o estudante diz que conseguiu aprender uma nova tecnologia de programação em dez dias e se destacou em um processo de seleção, mas acabou preterido na disputa pela vaga em outra empresa por razões que extrapolam sua capacidade como programador: ele não tinha nem celular nem computador decente. “Para ter um computador melhor preciso ter dinheiro. E como ter dinheiro se não tenho oportunidade”.

Já contratado, o agora Engenheiro de Software, voltou a publicar outro relato. Dessa vez, Vitor Eleotério compartilha o feliz relato que agora é um “FoodLover”. “Hoje deixo de ser entregador para ser Software Engineer Jr no iFood. Gostaria de agradecer a toda equipe pelo apoio, carinho, interesse. Para mim é um prazer fazer parte dessa empresa maravilhosa, estou muito curioso para conhecer o escritório pessoalmente (sei que vou babar) e mais curioso ainda para conhecer a equipe pessoalmente. Hoje é o início de uma nova jornada na minha vida e algo que eu prometo aqui em público é a dedicação e compromisso com a ética”.

“Existe um tipo de visão sobre quem é Deus que naturaliza a violência contra as mulheres”, diz o Pastor Henrique Vieira

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O Pastor Henrique Vieira - Foto: Reprodução Instagram

O pastor Henrique Vieira usou suas redes sociais para expor sua posição, enquanto figura religiosa, sobre o caso da criança  do ES que foi estuprada pelo tio, desde os 6 anos e aos 10 ficou grávida. Legalmente ela teve o direito ao aborto pelo risco à sua saúde e pelo bebê ter sido fruto de violência sexual. Porém, grupos fundamentalistas religiosos se manifestaram contra a decisão do aborto que foi realizado na manhã dessa segunda feira, 17, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros, no Recife.

“Esse fundamentalismo não tem compromisso nenhum com a vida. Eu quero dizer que não se reconhece a dor e o sofrimento dessa menina e o quanto ela está traumatizada por conta de uma violência inominável”, diz o religioso.

Vieira acredita que há organizações dentro das igrejas que corroboram para que esse tipo de crime aconteça.  “Existe um tipo de leitura e interpretação da bíblia que assina embaixo a violência contra as mulheres. Existe um tipo de visão sobre quem é Deus que acaba naturalizando à violência contra as mulheres”, defendo o religioso que diz que a violência sexual  contra as mulheres é um fruto de um modelo de sociedade,  religiosidade e de leitura e interpretação da bíblia.

O religioso também fala sobre aborto. “A política de criminalização do aborto, não reduz o número de aborto, penaliza e culpabiliza as mulheres e na prática, o que a gente vê: morte. Mulheres pobres em sua maioria negras fazem abortos clandestinos e inseguros e acabam morrendo”.

Em sua interpretação do evangelho, o pastor fala sobre como ele entende a posição de Jesus Cristo sobre a vida. “Jesus defendeu a vida olhando para a vida. Olhando para realidade concreta, não era uma defesa abstrata. Jesus olhava para as circunstâncias concretas e a partir delas defendia a dignidade humana”.

“Cabe a ética pastoral e do evangelho o exercício da escuta, o exercício do acolhimento, o exercício do diálogo e do respeito da verdadeira preservação da vida. Eu falo na condição de homem, mas o mais importante é escutar o que as mulheres têm a dizer” afirma o pastor.

Confira o vídeo na íntegra clicando aqui.  

Representatividade: Vaneza Oliveira, atriz de 3%, compartilha relato emocionante com Zezé Motta

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Vaneza Oliveira se destacou como Joana Coelho em 3%, primeira produção brasileira da Netflix. Tamanho sucesso fez com que a série fosse renovada para a quarta temporada. Estrela da série que chegou a mais de 190 países e é a produção de língua não inglesa mais assistida nos Estados Unidos, Andreza usou seu Instagram nesta segunda-feira (17) para compartilhar o relato de quando conheceu a também atriz, Zezé Motta. “Vou contar pra vocês sobre como conheci a Zezé Motta e como esse momento se tornou uma zoeira nos bastidores”.

Antes de virar uma “zoeira nos bastidores”, a história foi de muito choro por parte de Vaneza que ao ver Zezé Motta durante as pré-filmagens da série, não conteve as lágrimas: “Durante as pré-filmagens da segunda temporada de 3%, estávamos, um dia, ensaiando. Era uma cena difícil e fizemos muito barulho. Havia outras salas com outros núcleos ensaiando. No fim dos ensaios, quando a gente tá saindo, eu abri a porta, e no corredor em frente ao elevador estavam a Bianca Comparato e outras pessoas. A Bianca viu que era fim do nosso ensaio também, e foi fazer uma brincadeira reclamando do barulho, quando olho e, do lado dela, estava Zezé Mota. Na hora pensei: vou falar com ela. Mas no meio do caminho até elas eu comecei a chorar compulsivamente. Tudo o q eu queria era dizer um “obrigada, Zezé”, mas não sai nada — só um choro que eu não conseguia controlar. A Zezé ficou muito tímida, e eu fui ficando mais desesperada por tá assustando ela é por não conseguir parar de chorar. Ela me disse algo que não me lembro, e entrou no elevador”. 

“No mesmo dia, mais tarde, eu estava provando as roupas da Joana, e quem me chega para também fazer a prova de figurino? Zezé — quando ela entrou na sala, veio o choro de novo. Mas segurei, tentei não ter muito contato visual para eu não cair no choro — ela, muito linda e elegante, ficou puxando assunto comigo: coisas do cotidiano.. eu nem lembro, pq tava focada em não chorar e não assustá-la. Terminei minha prova e fui embora. Isso foi em 2017, e desde então sempre tínhamos a piada que se quisessem me fazer chorar (tenho dificuldade em chorar em cena) era só chamarem a Zezé”, continuou Vaneza. 

Criada por Pedro Aguilera, “3%” apresenta um mundo distópico em que uma pequena parcela da população consegue morar em uma ilha cheia de privilégios e boas condições depois de passar por um processo seletivo. Na história, quem não vence o desafio é obrigado a viver na miséria sem projeções de uma vida melhor. E Zezé Motta é uma das atrizes confirmadas para quarta temporada da série.

“Bem, eis que, 2 anos depois, enquanto leio o roteiro da 4 temporada, descubro que ia eu ia fazer uma cena com a Zezé — uma cena foda, difícil, onde a Joana era super mal criada c a comandante Nair. Cara, eu tremi todinha, lendo. Fizemos os ensaios da cena, eu não chorei, mas tremi. Estar em cena com a Zezé Motta é estar em cena com a nossa história, com as nossas lutas, nossos sonhos… eu caminho todos os dias por caminhos que foram abertos por ela. Como não tremer? Como não me emocionar?

No dia que gravamos a cena, eu fiquei muito concentrada. Muito! Mas não deixei de perceber o olhar generoso dela em cena. Sou grata pelo nosso encontro, concluiu.

O primeiro episódio da produção foi exibido em novembro de 2016. A última temporada ficou disponível no catalogo de Netflix no dia 7 de junho deste ano. Assista ao trailer:

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