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O discurso de autoaceitação pode ser cruel e violento

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Foto -@THAISLYRAFOTOGRAFIA

Conteúdo sobre aceitação e autoamor que ignora as opressões estruturais é igual ao discurso de mindset meritocrático.

A pessoa acredita e prega que todes no mundo precisam apenas mudar o “mindset” para se amar porque não entende que as estruturas de opressão são uma força que está sempre nos pressionando a fazer justamente o contrário, a nos odiar.

Geralmente são pessoas que não tem a sua própria existência questionada pela sua cor de pele e acabam trazendo nos seus discursos online a sensação de que quem não se ama, não se ama porque não quer. E não percebe o mecanismo social que nos entrega rejeição o tempo todo.

Eu concordo sim que precisamos parar de pensar sobre nós mesmas da maneira como querem que pensemos, precisamos parar de olhar-nos para como o sistema nos olha, precisamos libertar o nosso corpo, mente e espírito. Dá para fazer isso sim, mas é trabalho para uma vida.

Não é fácil ter auto estima sem renda para se manter, ficar bem na solidão total, estar numa boa quando ninguém te apoia, se sentir segura quando você não tem ouvido para desabafar, se curar emocionalmente sem sistema de saúde , nada disso é moleza, não se resume a foto no espelho.

O que eu venho tentando fazer é estar bem apesar de tudo isso, estar bem enquanto enfrento as opressões, criar caminhos onde essas coisas não me matem e onde enfrentamento também não me adoeça. NÃO DÁ PARA IGNORAR TUDO.

É sobre: como podemos ir nos libertando e ir sentindo o máximo de prazer possível? Como podemos, apesar de tudo isso, nos sentir bem? Como podemos não enlouquecer lutando pela nossa existência? Como podemos também celebrar pelas nossas vidas e não apenas lutar e lutar?

Temos sim, muitas vezes que mudar como pensamos como sobre nós mesmas. Mas esse pensamento não nasce com a gente, esse pensamento é uma estratégia de dominação e opressão que mata pessoas diariamente. Não adianta culpar o indivíduo como se o sistema não tivesse nada a ver com isso.

Ex maquiador e cabeleireiro de Aaliyah, revela comprometimento da cantora com causa LGBTQ+

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Um seguidor de Eric Ferrell, que foi cabeleireiro e maquiador de Aaliyah, perguntou á ele qual postura a cantora teria em relação ao governo Trump, e ele disse que ela se posicionaria abertamente sobre isso. ”Ela tinha opiniões muito fortes sobre as questões sociais! Ela era uma aliada muito comprometida com a comunidade LGBTQ”– disse Ferrell.

Ele ainda continuou, contando um episódio que aconteceu nos bastidores do filme Romeu Tem Que Morrer:“Certa vez, ela pressionou com muita força um colega ator que estava continuamente provocando um membro gay da equipe no set de Romeu ”, revelou o profissional. “Como o homem tinha um estilo extravagante, o ator achou que era engraçado mirar nele. Bem, ela foi direto nele e o fez se desculpar na frente de toda a equipe”

Apesar de não revelar quem era o ator em questão, Eric Ferrell fez questão de dizer que não se tratava de Antony Anderson, Delroy Lindo e nem de Jet Li. Quando um de seus seguidores palpitou sobre a possibilidade de se tratar de Isaiah Washington, ele curtiu o comentário. Vale lembrar que Isaiah, já se envolveu em um caso de homofobia enquanto trabalhava na série Grey’s Anatomy. Existem boatos dele ter insultado T.R Kinght com palavras preconceituosas, pouco tempo antes do artista vir a público revelar sua orientação sexual. Isaiah, foi demitido da série algum tempo depois da confusão.

Aaliyah, faleceu em um acidente de avião nas Bahamas em 25 de agosto de 2001, durante as gravações do clipe da canção Rock The Boat. As filmagens para o longa ”Romeu Tem Que Morrer” aconteceram um ano antes da tragédia.

Educação financeira: semana de aulas gratuitas e mentoria para ajudar na crise

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Por conta da pandemia, quase metade dos brasileiros afirmam ter sofrido uma queda da renda familiar. Essa queda, de acordo com o Datafolha, foi ainda maior entre as famílias com renda de até 2 salários mínimos, principalmente nas classes C e D, que abrangem cerca de 58 milhões de brasileiros. Em julho deste ano, a taxa de desemprego no país chegou a 13,3%, ou seja, mais de 12 milhões de brasileiros estão desempregados, aponta a Pnad.

Este é o retrato de um momento difícil que desencadeou uma crise financeira para grande parte dos brasileiros. As famílias que mais sofrem com essa situação são aquelas que, historicamente, já possuem menos recursos e estão nas classes mais pobres, com menos acesso a saúde, saneamento e educação de qualidade. Com isso, as desigualdades do nosso país ficam ainda mais evidentes e tendem a crescer.

Nesse contexto, pensar em educar financeiramente as famílias brasileiras é uma necessidade, seja com iniciativas para os adultos, jovens ou para as crianças. Engana-se quem acredita que educação financeira é apenas sobre juros compostos e bolsa de valores. Ser educado financeiramente significa ter a capacidade de fazer escolhas financeiras bem informadas, que envolvam economia, investimentos, crédito e outros temas.

A falta desse conhecimento, junto a um contexto econômico e social cada vez mais difícil, resulta em situações que nós já conhecemos: falta de controle financeiro, contratação de crédito com juros abusivos, maior exposição a fraudes e golpes financeiros, falta de grana para emergências e alcançar sonhos e, principalmente, falta de conhecimento sobre o mundo dos investimentos, que é a chave para a evolução financeira e melhoria das próximas gerações.

Pensando nisso, a Barkus Educacional (@barkuseduc), negócio de impacto social de inclusão e educação financeira, tem organizado diversas iniciativas para apoiar a população em suas finanças pessoais e na organização financeira de seus empreendimentos. Agora, lançaram uma semana de conteúdos gratuitos para tirar as dúvidas que mais surgem no Instagram da empresa, de forma bem prática, leve e divertida, do jeito que educação financeira deveria ser.

As aulas acontecerão entre os dias 30 de agosto e 06 de setembro e abordarão 4 temas:

– Como começar a investir do zero?

– Quanto rende um investimento de R$100?

– Vale a pena andar de Uber ou comprar um carro?

– É melhor comprar uma casa própria ou alugar?

Além disso, a Barkus irá sortear uma mentoria individual e o(a) beneficiado(a) terá um acompanhamento financeiro personalizado pelo time de educadores da empresa.

Para se inscrever gratuitamente, basta acessar o link: https://barkus.com.br/site/aulas-gratuitas-e-ao-vivo

No início de setembro, a Barkus irá lançar um curso online completo, que abordará organização e planejamento financeiro, uso do crédito, endividamento, investimentos de renda fixa e investimentos de renda variável, com acompanhamento de educadores financeiros e apoio de diversos parceiros. A empresa é adepta do financiamento cruzado: a cada inscrição paga, uma inscrição é doada para quem não pode pagar pelo curso. Negros, mulheres e jovens de baixa renda serão os principais beneficiados pelas bolsas.

Vera Lúcia, líder comunitária e responsável por abertura de creche é assassinada em São Paulo

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Na sexta-feira (21) moradores do Jardim Varginha foram ao sepultamento de Vera Lúcia da Silva Santos, a líder comunitária de 64 anos estava desaparecida desde o dia 16 de julho. Dois dias depois, um corpo carbonizado foi encontrado no porta-malas de seu veículo, também incendiado. A polícia trabalha com a possibilidade de o assassinato ter sido motivado pelo dinheiro movimentado pela ONG Auri Verde, liderada por Vera e que gerencia, em convênio com a prefeitura, as creches, um centro para crianças e adolescentes e o espaço para uso da comunidade.

O carro estava a cerca de cinco quilômetros do local de onde ela teria sumido, segundo a investigação. Devido ao estágio de decomposição do cadáver, a polícia teve que realizar um exame DNA para identificá-lo. O resultado só saiu nesta semana. Realmente era Vera.

Em entrevista à TV Globo, o delegado Marcelo Jacobucci, do DHPP, afirmou que a principal linha de apuração é a saúde financeira da ONG, que movimentava um montante considerável de dinheiro devido aos contratos com a prefeitura. O crime chama a atenção pelo teor do trabalho de Vera. As seis creches possuem capacidade para atender até 1.018 crianças de 0 a 3 anos. Já o centro podia receber até 180 crianças e adolescentes para atividades artísticas e culturais. Ao todo, a entidade emprega 130 funcionários.

Nascida em Taperoá, no sul da Bahia, Vera Lúcia chegou a São Paulo em 1975. Veio para ser empregada doméstica em uma residência no bairro do Paraíso, após trabalhar em uma casa de Salvador. 

Vera, que deixou cinco filhos, perdeu a mãe quando tinha apenas três anos. O pai acabou por deixar cada um dos filhos sob os cuidados de uma pessoa na cidade e até os seus 15 anos, Vera pensava se chamar Joana, nome dado pela família adotiva. Ela só veio a descobrir sua identidade quando encontrou um tio. O homem disse que seu nome de batismo era Vera Lúcia, em homenagem à avó, Veridiana, e à mãe, Lucília.

Vera fundou a Sociedade Amigos do Jardim Auri Verde, que nasceu para regularizar loteamentos e pressionar a prefeitura para ampliar o saneamento básico. Em vídeo gravado pela ONG, a líder comunitária afirmou que tudo o que havia conquistado era fruto do trabalho em comunidade: “Eu, Vera, não fiz nada sozinha, não, nós fizemos juntos e juntos, um a um. Juntos, a gente conseguiu.”

Brandy e Monica vão se enfrentar em batalha de hits no “Verzuz”

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As cantoras Brandy e Monica vão participar de uma batalha de hits no “Verzuz”, um programa que é transmitido ao vivo pelo Instagram e depois fica disponível na Apple Music. A disputa entre as duas está marcada para o dia 31 de agosto às 21h (horário de Brasília).

A notícia foi divulgada no último sábado (22) pelo perfil oficial do “Verzuz” no Instagram. “Se preparem para as rainhas”, escreveu na legenda.

Brandy Rayana Norwood é uma cantora, atriz e modelo norte-americana. Em 1993, lançou seu álbum de estréia auto intitulado, que foi certificado quatro vezes platina, nos Estados Unidos.

Já Monica Denise Arnold, lançou seu álbum de estreia em 1995 de Atlanta, Geórgia, Monica também é cantora, compositora e atriz. Seu álbum de estréia Miss Thang, vendeu cerca de 1,5 milhões de cópias nos Estados Unidos e colocou três singles no top 10 da Hot 100.

Em 1998, Brandy e Monica lançaram “The Boy Is Mine” se tornando um dos grandes sucessos da época. Chegando a vencer o Grammy de Melhor Performance de R&B por um Duo ou Grupo naquele ano. Enquanto o dia 31 não chega, ouça The Boy Is Mine:

Margareth Menezes é nomeada embaixadora do folclore e das artes populares do Brasil

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A cantora e compositora Margareth Menezes foi empossada na última sexta-feira (21) como embaixadora da Unesco pela Organização Internacional de Folclore e Artes Populares. A missão da artista é promover ações que levem à valorização do folclore e das artes populares no Brasil.

“Fico extremamente grata e honrada por ter sido escolhida para essa linda missão, que também traz embutida uma grande responsabilidade pela pluralidade dinâmica que temos no nosso país continental”, disse Margareth em seu Instagram. 

A cantora completou dizendo que será um desafio mas que com certeza também será de muito aprendizado: “Com certeza é mais que um desafio o que terei pela frente, mas sinto que será de muito aprendizado e desde já me sinto instigada pela inquietude da minha imaginação em gostar de fazer coisas. Nada se faz só, portanto vamos trabalhar?! Vamos precisar de todo mundo”.

Nascida em Salvador, Margareth Menezes já conquistou dois troféus Caymmi, dois troféus Imprensa, quatro troféus Dodô e Osmar, além de ser indicada para o GRAMMY Awards e GRAMMY Latino. Como embaixadora da Unesco, Margareth se torna defensora e porta-voz da instituição com autoridade para representá-la em qualquer estado do Brasil e países do mundo.

“Dentro da minha pele”: dirigido por um homem branco, documentário da Globoplay discute racismo

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Os estudantes universitários Wellison Freire e Jennifer Andrade - Foto: Divulgação

Pessoas negras com um nível razoável de consciência racial não vão se surpreender com o conteúdo do “Dentro da minha pele”, documentário sobre o racismo na sociedade brasileira, que entra na programação da plataforma Globoplay, nesse domingo,23. As narrativas do projeto não são muito diferentes das que a gente já conhece.

“O seu filme é o que eu penso passado pelo seu filtro”, diz brilhantemente o historiador e músico Salloma Salomão ao responder uma das perguntas do diretor do documentário, Toni Venturi, que durante o documentário dá umas pinceladas nos temas como privilégio, incluindo o dele próprio, branco, bem sucedido e descendente de imigrantes italianos.

O historiador e músico Salloma Salomão – Foto: Divulgação

 Val Gomes, socióloga de descendência indígena e negra, faz sua estreia no documentário assinando a co-direção do projeto.

O fato de Toni ser branco é questionado também por uma das entrevistadas, a funcionária pública e ativista trans Neon Cunha que no documentário tem falas potentes sobre branquitude. “As pessoas não sabem a diferença entre direitos e privilégio (…) Por que não tem uma diretora preta no seu lugar?”, provoca Neon.

O filme se divide entre depoimentos de pessoas da comunidade negra que contam momentos da sua vida onde racismo deus as caras e intelectuais que fazem uma interpretação crítica e intelectualizada sobre como a relação de brancos e negros se dão na sociedade.

Os personagens do documentário são a médico Estefânio Neto, a modelo-performer Rosa Rosa, os estudantes universitários Wellison Freire e Jennifer Andrade, a funcionária pública e ativista trans Neon Cunha, da trabalhadora doméstica Neide de Sousa, a corretora de imóveis Marcia Gazza e o casal formado pela professora do ensino público Daniela dos Santos e pelo garçom Cleber dos Santos.

O elenco escolhido para fazer a análise sócio-política-histórica das relações raciais no Brasil trazem um conteúdo precioso para quem está iniciando e não entende a importância das cotas, o que é genocídio negro e branquitude, mas não traz nada de novo para quem está por dentro desses assuntos.  Entre nomes escolhidos para trazer o conteúdo mais teórico ao documentário estão a psicóloga Cida Bento, a escritora Cidinha da Silva, a arquiteta Joice Berth, o dramaturgo e pesquisador José Fernando de Azevedo, o historiador e músico Salloma Salomão ( já citado) e a filósofa Sueli Carneiro. Para complementar as entrevistas o diretor escolheu três cientistas sociais – o sociólogo Jessé Souza, a psicóloga Lia Vainer Schucman e o tenente-coronel da Polícia Militar Adilson Paes .

Um grande presente do documentário é a arte que entra como um alívio depois de depoimentos tensos , muitos deles gatilhos para uma audiência negra mais sensível.

 As  cantoras Bia Ferreira e Doralyce interpretam a canção “Cota não é Esmola”, Chico César apresenta uma nova versão de “Respeitem meus cabelos, Brancos”, Luedji Luna aparece cantando “Iodo”, Thaíde traz o rap “Algo Vai Mudar”, Valéria Houston interpreta o samba “Controversa” e Anicidi Toledo, junto do Batuque de Umbigada, dançam a umbigada “Luís Gama”. Numa favela do Capão Redondo, os jovensslamers Bione e Barth Viera trazem sua poesia periférica e necessária.

O cantor Chico César – Foto: Divulgação

Faltou o depoimentos de pessoas negras com narrativas de ascensão econômica para que a audiência entendesse que racismo é sobre cor e não condições sociais. É uma pena que os documentários ainda se prendem nas histórias triste, estatísticas perversas e ignoram a importância de discutir propostas, como reparações, por exemplo.

Agora, se “Dentro da Minha Pele” foi pensado para pessoas brancas, cruas sobre a temática racial, aí ele cumpre bem o seu papel.

“O que não aprendi na escola” projeto da atriz Cintia Rosa resgata heróis negros

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A atriz Cintia Rosa - Foto: Reprodução Instagram

Com “O  que não aprendi na escola” a atriz Cintia Rosa quer falar sobre a história negra que não nos ensinaram

A história brasileira é repleta de personagens negros pouco conhecidos, mas que foram fundamentais para muitos avanços em diversas áreas da sociedade. Resgatar o nome e a história dessas pessoas é uma das missões da atriz Cintia Rosa, que usa sua arte e relevância para falar sobre questões raciais. Em seu perfil do Instagram ela lançou o projeto “O que não aprendi na escola” onde ela fala da biografia de importantes personalidades afro-brasileiras.

“Em minha época escolar não vi nada na sala de aula que pudesse trabalhar minha auto estima, valorizar minha cultura negra e aprender sobre os verdadeiros heróis e heroínas negros. Esse projeto faço com muito amor e minha intenção é que esse material sirva como educação das crianças, jovens e adultos que não tiveram contato com nossa história”, explica a atriz.

O projeto é desenvolvido juntamente com professor de História, Flávio Henrique.


“Esse projeto faço com muito amor e minha intenção é que esse material sirva como educação das crianças, jovens e adultos que não tiveram contato com nossa história”, explica Cintia.

Confira um dos episódios abaixo. (Se não abrir, clique aqui).

https://www.instagram.com/p/CEJlxn9nMGE/

2020 vai ter “Feira Preta” sim, mas uma versão online com comprinhas, música e muito conteúdo

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Foto - Reprodução Instagram Feira Preta

A edição online da Feira Preta 2020 é uma das boas notícias de um ano tão problemático, afinal se trata de um dos maiores eventos da comunidade negra da América Latina e a gente está merecendo um refresco.

A 19ª edição do evento acontece em novembro e é fruto de uma parceria entre a Feira Preta e o banco Santander.  Shows, palestras e workshops em celebração à cultura negra fazem parte da programação que será 100% virtual.

A parte das comprinhas fica por conta do portal PretaHub  que vai funcionar como um marketplace e já conta com 1.000 empreendedores cadastrados. O portal é lançado em novembro, mas ficará no ar de forma permanente. Informações pelo site https://pretahub.com/

Casa Preta Hub

Adriana Barbosa fundadora da Feira Preta  dá mais detalhes sobre o novo projeto Casa Preta Hub, mais um produto do Preta Hub, antigo Instituto Feira Preta com foco nos negócios negros em tempos digitais.

“Essa pandemia acelerou o processo de migração para o digital e os afroempreendedores ficaram para trás, seja pelo acesso à tecnologia, seja pelo acesso às estruturas, seja pelo acesso ao letramento digital. Então a Casa Preta Hub está sendo projetada para apoiar o empreendedor nesse processo. Digitalizar o negócio não é só colocar coisas na Internet, é ter um mindset digital”,  explica Adriana.

A empresária Adriana Barbosa fundadora do Preta Hub – Foto: Divulgação

A Casa está prevista para inaugurar em setembro e terá estúdios de audiovisual para gravação de música e podcasts, cozinha para gravar de programas de gastronomia, impressoras 3D, biblioteca, área de exposições e ambiente de loja compartilhada.

Professora da UFPR é uma das vencedoras do Prêmio “Para Mulheres na Ciência 2020”

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O estudo sobre raios cósmicos de altas energias levou a professora Rita de Cássia dos Anjos, do Setor Palotina da Universidade Federal do Paraná, a receber o prêmio “Programa Para Mulheres na Ciência 2020”. O programa é promovido pela L’Oréal Brasil, Unesco Brasil e Academia Brasileira de Ciências (ABC). O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (20).

Rita de Cássia dos Anjos estuda a força que vem de estrelas que estão a 160 milhões de anos-luz da Terra. Mas muitas outras forças fazem da professora Rita de Cássia dos Anjos merecedora do prêmio na área de Ciências Físicas do Programa Para Mulheres na Ciência.

O projeto premiado será contemplado com uma bolsa-auxílio de pesquisa no valor de R$ 50 mil. “Neste projeto proponho estudar galáxias Starburst como possíveis fontes de raios cósmicos de altas energias. Existe uma correlação medida (pelo Observatório Pierre Auger, na Argentina) entre a direção de chegada de raios cósmicos e a direção no céu de algumas galáxias Starburst próximas. Proponho neste projeto estudar alguns modelos que possam confirmar que este tipo de galáxia é bom candidato a fontes aceleradoras de partículas”, explica a pesquisadora.

“Galáxias Starburst tem intensa formação estelar, fortes ventos e alta luminosidade, o que pode ser um ambiente ótimo para processos de altas energias, inclusive aceleração de partículas. Starbursts próximas são da ordem de 50 Mpc (megaparsecs), ou aproximadamente 160 milhões de anos-luz”, completa Rita.

A professora se dedica ao estudo de raios cósmicos de altíssimas energias desde o doutorado, no Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP). “Desde então começou minha paixão que virou amor”. Esse amor faz com que Rita incentive os alunos em projetos como o Física em Braile e o Rocket Girls e divulgue a ciência em diferentes níveis escolares, com projetos de extensão para professores da rede pública de Palotina.

Sobre o prêmio, além da bolsa para pesquisa, Rita ressalta a importância do reconhecimento para pesquisadores do interior dos estados. “Muitos alunos acabam indo para capitais, para avançarem nos estudos em centros de excelência. Ser reconhecida em um campus do interior mostra que existem cientistas de excelência no interior também e que futuramente nossos alunos não precisarão mais migrar para capitais. Além disso, espero que as agências de fomento invistam mais nos pesquisadores que trabalham com ciência básica em universidades do interior, gerando dessa forma um desenvolvimento maior dessas regiões e, consequentemente um desenvolvimento do país”.

Como mulher, negra e pesquisadora, Rita já vivenciou situações de racismo, dentro e fora da academia. “Ser mulher em um ambiente de trabalho dominado por homens não é fácil e ser negra hoje é estar ali sozinha. Tenho uma grande missão neste sentido: incentivar a participação de meninas e de negros. Só diminuiremos o racismo quando ser negro for algo normal em qualquer ambiente”.

Com projetos para motivar jovens a se interessar pelas ciências exatas, Rita aconselha as meninas: “Não desanime! Obstáculos sempre teremos, mas o prazer de fazer ciência com qualidade supera qualquer desafio”.

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