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Escola Àbámodá leva moda e identidade afro-indígena ao Fancy África em Moçambique

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Foto: Casmurro

A Escola Àbámodá, de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, marca presença de 22 a 25 de setembro no Fancy África, evento de moda e economia criativa realizado em Maputo, Moçambique, com o tema “Ubuntu – Eu sou porque nós somos”. A participação da escola será conduzida por sua diretora e idealizadora, Luísa Mahin, que integra a programação do evento com atividades formativas e apresenta a primeira coleção autoral do projeto.

Com apenas um ano de atuação, a Àbámodá vem se destacando na Bahia por sua metodologia que conecta moda, cultura, educação, empreendedorismo e identidade étnico-territorial. À frente do projeto, Mahin soma mais de 22 anos de experiência em gestão de projetos sociais, culturais e de moda, representando a escola em um intercâmbio internacional de visibilidade e protagonismo negro.

No Fancy África, Luísa Mahin ministra a masterclass “Moda e Transformação Social” e a Oficina Criativa “Diversidade, inovação e empreendedorismo na moda”, além de participar da mesa-redonda “A Moda como Embaixadora da Identidade: Qual o Papel da Cultura Local na Economia Criativa?”. A participação da escola se encerra com o desfile da coleção “Cabaça do Mundo”, manifesto coletivo que explora o sagrado feminino e o empoderamento da mulher.

Luísa Mahin (Foto: Janderson Meneses)

O intercâmbio entre a Àbámodá e o Fancy África começou em julho deste ano, quando a escola recebeu o estilista King Levi para apresentar a coleção “XIGUBO – A Força Estética da Resistência Afro”, por meio do projeto África 360º e do Fancy África Brasil.

“Cachoeira está entre as 9 cidades do país em que a maioria da população se autodeclara negra, ou seja, somos um território predominantemente negro, afrodescendente, que está atravessando o Atlântico numa conexão que une moda, tecnologias ancestrais e transformação social”, destaca Luísa Mahin.

Coleção Cabaça do Mundo (Foto: Casmurro)

Ancestralidade e impacto social

Com uma proposta pedagógica centrada na ancestralidade afro-indígena e na transversalidade entre moda, arte, cultura e economia criativa, a Àbámodá foca no público feminino negro e LGBTQIAPN+, oferecendo formação continuada em costura, design de joias, estamparia e atividades manuais. As aulas resultam em peças autorais com forte vínculo identitário e territorial.

“Pesquisamos produtos naturais do território para usar nos tingimentos; pensamentos nos elementos, iconografias e grafismos indígenas e africanos, procuramos entender como a cultura local pode estar presente em cada peça. Queremos acessar nossas memórias e histórias, para criar produtos que falam disso”, explica Mahin.

Além da formação, a Àbámodá se consolida como espaço de articulação entre cultura e economia criativa, contribuindo para o desenvolvimento social do Recôncavo Baiano. O projeto valoriza saberes ancestrais e práticas culturais locais, promovendo protagonismo da comunidade, enquanto oferece formação empreendedora e estratégias de gestão, estimulando a criação de iniciativas sustentáveis capazes de gerar renda e oportunidades.

SERVIÇO:

22 a 25 de setembro de 2025
Escola Àbámodá no Fancy África
Local: Maputo – Moçambique

Participação da Àbámodá com Luisa Mahin:

  • 22/09 – Master Class: Moda e Transformação Social
  • 23/09 – Mesa Redonda: A Moda como Embaixadora da Identidade
  • 24/09 – Oficina Criativa: Diversidade, inovação e empreendedorismo na moda
  • 25/09 – Desfile com a coleção-manifesto Cabaça do Mundo

Exposição “OBIRIN OMI – Mulheres Água” celebra a trajetória de mães de santo brasileiras no Instituto Pretos Novos

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Foto: divulgação

O Instituto Pretos Novos inaugura nesta sexta-feira (12), às 17h, a exposição “OBIRIN OMI – Mulheres Água”, da artista visual goianiense Raquel Rocha, que homenageia grandes mães de santo brasileiras, como Mãe Gilda de Ogum e Mãe Susu, pilares na preservação e expansão do Candomblé no Brasil.

Com curadoria de Mariana Maia e produção artística de Rona Neves, a mostra apresenta obras da série “As Matriarcas”, produzidas em acrílica sobre peneiras bordadas com 16 búzios e acompanhadas de uma quartinha com água, símbolo de vida e ancestralidade. Cada obra resgata a memória e o protagonismo dessas mulheres, reconhecendo sua força histórica e cultural.

A pré-abertura contará com a performance “Omi Eró”, em parceria com o artista Marcelo Marques, que recria o preparo ritual de um banho de ervas, criando uma experiência sensorial de cura e reconexão espiritual afrocentrada.

Raquel Rocha reforça que a exposição é também um posicionamento político: “O terreiro tem raiz preta, e não será arrancada dele. Minha exposição valoriza a centralidade das mulheres negras na manutenção da cultura afro-brasileira”, afirma a artista.

Realizada no Instituto Pretos Novos, espaço de memória sobre o antigo Cemitério dos Pretos Novos, a mostra se torna também uma reflexão sobre resistência, ancestralidade e preservação da história afro-brasileira.

Serviço

  • Exposição: OBIRIN OMI – Mulheres Água
  • Artista: Raquel Rocha
  • Curadoria: Mariana Maia
  • Produção artística: Rona Neves
  • Local: Instituto Pretos Novos – Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea, Gamboa, Rio de Janeiro
  • Abertura oficial: Sexta-feira, 12 de setembro, às 17h (com roda de samba do grupo Velhos Malandros)
  • Período de exibição: 12 de setembro a 11 de outubro
  • Entrada: Gratuita

D4vd: O que se sabe sobre a morte da adolescente encontrada no carro do rapper americano

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Foto: twnty three

O corpo de Celeste Rivas, adolescente de 15 anos, foi encontrado no porta-malas de um Tesla registrado em nome do rapper D4vd, 20 anos, nome verdadeiro David Anthony Burke. A descoberta ocorreu em 8 de setembro de 2025, meses após o desaparecimento da jovem em Lake Elsinore, Califórnia. Ela havia sido vista pela última vez em sua residência, e a família registrou boletim de desaparecimento junto às autoridades.

O legista confirmou que Celeste estava morta dentro do veículo há algum tempo. A causa da morte ainda está sendo investigada, mas o caso é tratado como homicídio.

Evidências indicam que D4vd e Celeste provavelmente se conheciam. Ambos possuíam tatuagem idêntica no dedo indicador direito, com a inscrição “Shhh…” em letra cursiva — uma marca relativamente comum, popularizada por celebridades como Rihanna. A mãe da jovem afirmou que sua filha tinha um namorado chamado David, reforçando as suspeitas sobre o vínculo com o artista.

Uma faixa inédita de D4vd, intitulada “Celeste”, vazou em 2023 e contém referências à jovem, incluindo seu nome e tatuagem, sugerindo um vínculo próximo. Trechos da música mostram obsessão do rapper:

“Oh, Celeste / A garota com meu nome tatuado no peito / Sinto o cheiro dela nas minhas roupas como cigarro / Ouço a voz dela toda vez que respiro / Estou obcecado.”

Fotos recentes mostram D4vd em Lake Elsinore, próximo à residência de Celeste, e imagens antigas indicam que ele e a jovem apareceram juntos em streams. Até o momento, não há confirmação sobre quem dirigiu o Tesla pela última vez.

A residência de D4vd em Los Angeles foi investigada pela polícia, que apreendeu itens digitais, incluindo o computador pessoal do artista, para análise. Em resposta às investigações, D4vd cancelou apresentações e adiou o lançamento de seu álbum “Withered”.

Entre as colaborações musicais do rapper, destaca-se a faixa “Crashing”, lançada em fevereiro de 2025 em parceria com a cantora internacional Kali Uchis. Após a descoberta do corpo de Celeste, Kali anunciou que a música será retirada das plataformas de streaming, reforçando seu distanciamento do artista:

“Não sou amiga dele. Fiz uma música com ele que está sendo retirada devido às notícias perturbadoras de hoje.”

O caso gerou grande repercussão nas redes sociais, com a hashtag #JusticeForCeleste viralizando, e a imprensa internacional acompanha cada novo desenvolvimento. Até o momento, D4vd não foi formalmente acusado, e as investigações continuam em andamento.

Ne-Yo será atração em camarote de Salvador no Carnaval 2026

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Foto: reprodução

O ícone do R&B Ne-Yo retorna ao Brasil e será a principal atração do Camarote Salvador 2026, comandando o Palco Praia na segunda-feira de Carnaval, 16 de fevereiro. Após o sucesso estrondoso de sua turnê pelo país em 2024 e de sua apresentação marcante no Rock in Rio, o cantor norte-americano promete mergulhar na energia contagiante da folia baiana.

Ne-Yo já é conhecido do público brasileiro: em 2013, levantou os foliões com sucessos como So Sick, Sexy Love, Closer e Miss Independent, mostrando não apenas sua voz, mas também seu gingado. No Carnaval de 2026, ele chega novamente para proporcionar uma experiência musical intensa, conectando o R&B internacional à alegria e à tradição de Salvador.

O line-up do Camarote Salvador 2026 também conta com outros grandes nomes da música nacional. Léo Santana abre a folia na sexta-feira (13), garantindo três dias de apresentações diversificadas e de alto impacto para os foliões.

STF se alinha ao Estatuto da Igualdade Racial e confirma que critério para cotas raciais é ‘preto ou pardo’

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Foto: Dorivan Marinho/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) reafirmou que o critério para acesso às cotas raciais em concursos públicos e universidades é a autoidentificação como preto ou pardo, e não como “negro”.

A decisão atende a um pedido do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro) e foi publicada em acórdão nesta quinta-feira (19). O caso teve origem em um recurso contra decisão da Justiça do Ceará, que havia anulado o ato de uma comissão de heteroidentificação em um concurso público do Tribunal de Justiça do estado.

Em julgamento anterior, o STF reconheceu a possibilidade de controle judicial das decisões dessas comissões, mas utilizou a expressão “negros ou pardos” para se referir aos candidatos beneficiários. Após o pedido de reconsideração do Idafro, a Corte ajustou a redação para se alinhar ao Estatuto da Igualdade Racial, que adota “pretos e pardos” como referência para as políticas de ação afirmativa.

O novo entendimento reforça que a avaliação das comissões deve se basear em parâmetros objetivos, como cor da pele e traços fenotípicos, oferecendo mais segurança jurídica para quem concorre às vagas.

Para o jurista Hédio Silva Jr., fundador do Idafro e da Jusracial, a decisão representa uma vitória histórica. “Essa diferença impacta a autodeclaração e a heterodeclaração, com reflexos diretos em concursos públicos e no funcionamento das comissões de heteroidentificação, especialmente no contexto das políticas de cotas raciais. Apontamos esse erro e ficamos orgulhosos por ser corrigido há tempo.”

“Minha trajetória na cozinha é um chamado ancestral”, afirma a baiana de acarajé Mãe Juci D’Oyá

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Foto: Divulgação

Em Belém (PA), na Ilha de Cotijuba, vive e trabalha Jucilene de Souza Carvalho, mais conhecida como Mãe Juci D’Oyá, yalorixá, baiana de acarajé e guardiã da memória ancestral do povo preto, ribeirinho e indígena da região.

Nascida em Portel, no Marajó, Mãe Juci cresceu vendo mãe, avós e tias transformarem ingredientes em comida, afeto e cura. “Minha trajetória na cozinha é um chamado ancestral”, conta em entrevista ao Mundo Negro e Guia Black Chefs.  

Em 2017, ao ser iniciada no Candomblé Ketu para a Orixá Oyá, ela recebeu a determinação de se tornar baiana de acarajé. “Na nossa tradição, todas as mulheres iniciadas para essa Orixá são orientadas a fazer o acarajé como forma de manutenção da ancestralidade e também para auxiliar nos custos. Foi nesse momento que compreendi que cada receita é também uma forma de manter viva a nossa cultura e espiritualidade.”

Foto: Divulgação

“O prato que mais me representa é o acarajé, alimento sagrado que conecta o Pará à África e reafirma a presença da mulher preta como guardiã da ancestralidade”, afirma a fundadora do Acarajé da Juci D’Oyá, negócio que carrega seu nome e identidade.

O empreendimento Acarajé da Juci D’Oyá é um negócio familiar. Hoje, a empresa é gerida pelos seus filhos e também conta com o apoio de sua mãe, tias e amigos próximos. Juntos, aceitam encomendas dos clientes e participam de feiras e eventos na região, fortalecendo a tradição e criando um espaço de encontro e acolhimento. “Ainda não tenho um espaço fixo de restaurante, mas meu tabuleiro é meu altar”, explica. 

Racismo Gastronômico

O caminho, no entanto, não foi fácil. “Ser uma mulher preta, lésbica, ribeirinha e da tradição do axé é carregar muitas camadas de resistência”, ressalta. 

Em 2019, Mãe Juci relata que junto a outros trabalhadores negros, foi impedida de trabalhar na Praça da República, em Belém, durante a chamada “faxina ética” promovida pela gestão municipal da época, de extrema direita, que ela também classifica como racismo gastronômico. “Com a justificativa de que Acarajé não é um alimento paraense e eu não poderia estar ali”.

Mas segundo a Mãe Juci, a praça é um território de memória, com um cemitério arqueológico de pessoas escravizadas. “Ser retirada daquele espaço foi doloroso, mas reforçou o meu compromisso com a luta. A gastronomia negra não é só alimento — é memória, território e dignidade”, afirma.

Cozinha como ato luta e resistência

Para Mãe Juci, cozinhar é mais do que um ofício: é um manifesto. “Cada Prato que preparo é também uma afirmação da resistência negra, indígena e ribeirinha no Brasil. Minha identidade racial não está separada da minha história: ela é a base de tudo. Carrego no ofício a memória da diáspora africana e daqueles que já habitavam aqui, a luta das mulheres pretas e Indígenas e a sabedoria dos povos de terreiro.”

O próximo passo é expandir o alcance do Acarajé da Juci D’Oyá para outros estados e até outros países. Mãe Juci sonha em abrir um espaço fixo que seja também um ponto de cultura e resistência, além de seguir fortalecendo a presença das Baianas de Acarajé na Amazônia.

Mãe Juci é Yalorixá do Ilê Omo Oyá Odé Axé Omi Dáa Ofùurufu e sacerdotisa do Terreiro de Umbanda Casa de Mãe Herondina. Além da cozinha, também atua como benzedeira e parteira. “Minha vida é dedicada a cuidar de pessoas, seja pelo alimento, pelo axé ou pelo acolhimento. Minha maior missão é honrar os ancestrais e abrir caminhos para que outras mulheres pretas também ocupem seus lugares de dignidade e protagonismo.”

Eles riem na cara dos negros. Não podemos fazer o mesmo!

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Foto: Gabriela Biló

“No Brasil os negros vão deixar de ter a posição que têm hoje, pois ainda sorriem, e vão começar a ranger os dentes.”Milton Santos 

Depois da aprovação da “PEC da Blindagem” na Câmara dos Deputados e da urgência do projeto de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, o meu parente questionou no grupo da família: “dá pra levar a sério os políticos?”. As respostas que seguiram foram carregadas de memes, satirizando a situação. Isso me incomodou bastante. Não era exclusivo daquela bolha de que faço parte. Os comportamentos se repetem em todos os lugares. Nas conversas nas lanchonetes, nos transportes, entre estudantes, etc. 

Mas, eu penso que precisamos rever essas visões que temos em relação às pessoas que estão nos espaços de poder. Não é possível levarmos tudo na brincadeira. É inaceitável a ideia de que “o brasileiro é assim mesmo”, como contraponto à minha crítica. 

Os brancos não brincam em serviço. Mesmo com sorriso no rosto, agem ferozmente na defesa dos próprios interesses, alargando imensamente os próprios privilégios e destruindo os sonhos e direitos das classes desfavorecidas. 

Nesses mais de quinhentos anos de Brasil, nada mudou, os brancos seguem fortes e poderosos, enquanto pobres, pretos e indígenas sofrem diariamente as agruras do cotidiano. Mal conseguimos nos unir para a divisão de um prato de comida, de tão pouco que recebemos pela nossa força de trabalho. 

A palavra democracia foi banalizada de tal maneira que o sentido está quase subvertido. Quando os políticos falam em democracia para a justificativa do que fazem, nós compreendemos como “políticas para ricos”. Nada mais. 

Nós, o povo brasileiro, devemos levar as coisas de maneira rígida para enfrentarmos essa camada da sociedade. Numericamente, somos superiores e os principais prejudicados, portanto, a organização em torno de nossos interesses precisa ser a meta inegociável. Fortaleçamos as instituições da sociedade civil. A participação popular é fundamental na elaboração de estratégias de combate e exigências das políticas públicas voltadas para a população marginalizada. 

Antecipemos ao ranger dos dentes e saiamos desse lugar lúdico para a construção de um mundo sem desigualdade. 

Jonathan Ferr lança “LAR”, álbum que celebra o acolhimento e marca uma nova era em sua carreira

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Foto: Pedro Figueiredo

O cantor e pianista Jonathan Ferr apresenta ao público seu novo álbum de estúdio, “LAR”, nesta quinta-feira (18). O trabalho de 11 faixas reforça seu lugar como um dos principais representantes do Urban Jazz no Brasil. O disco transita do jazz ao hip hop, do neo soul à música brasileira, reunindo participações especiais como Luccas Carlos, Pedro Bial e Marcos Valle.

Mais do que um álbum, “LAR” é uma declaração de acolhimento, simplicidade e pertencimento. O disco revela um lado íntimo de Jonathan e marca a nova era na carreira, contrastando com a estética de trabalhos anteriores.

O projeto começou a ser concebido em 2023, após a morte do pai do artista enquanto ele estava em turnê pelo exterior com o álbum “Liberdade”. Para Ferr, o conceito de “lar” vai além do espaço físico: é família, amigos, amores e sua própria jornada de autoconhecimento. “O lar é o lugar onde muitas memórias são feitas e guardadas ao longo da vida. O que seria isso senão o próprio tempo?”, reflete.

“LAR” também se conecta filosoficamente aos trabalhos anteriores de Jonathan: enquanto “Cura” falava da necessidade de autocura e “Liberdade” simbolizava a emancipação que vem após esse processo, o novo álbum representa a presença plena e o entendimento de quem se é no mundo. “O lar deixa de ser apenas uma casa física para se tornar um conceito expandido. É um espaço ancestral e cultural de onde nós viemos. É o estado de presença e conforto acima de tudo”, explica.

O repertório inclui momentos que transitam entre atmosferas suaves, grooves urbanos e camadas orquestrais, como “CASA”, com a cantora e baixista Ana Karina Sebastião; “INFINITO”, com Dino D’Santiago e a Nova Orquestra; “PERMANÊNCIA DO SOM”, com Pedro Bial; “TUDO O QUE SOU”, com Luccas Carlos; “EIXO NOVO”, com Duda Raupp; e faixas com Jok3r, como “RARO” e “VISCERAL”, além de “ALMAR”, parceria com Marcos Valle.

Na produção, nomes como Julio Raposo (Moodstock Music) e Douglas Moda contribuem para expandir a identidade da música urbana no país.

O encontro com Marcos Valle nasceu nos bastidores do programa “Conversa com Bial” e se transformou em amizade. A parceria resultou em uma faixa sobre amor que transcende gerações, refletindo a conexão entre diferentes tempos da música brasileira.

Em “PERMANÊNCIA DO SOM”, Pedro Bial participa com o texto que escreveu e recitou sobre Ferr na abertura de seu programa, transformando suas palavras em parte da obra do pianista. Já “TUDO O QUE SOU” revisita uma composição de 2014 de Jonathan e Luccas Carlos, gravada mas nunca lançada. Após um reencontro, a dupla atualizou o arranjo e regravou a música 11 anos depois, consolidando uma trajetória marcada pela persistência e reinvenção.

Confira abaixo o repertório completo:

1 – CASA feat. Ana Karina Sebastião

2 – INTEIRO

3 – TÔ APAIXONADO 

4 – INFINITO feat. Dino d’Santiago, Nova Orquestra 

5 – EIXO NOVO feat. Duda Raupp

6 – PERMANÊNCIA DO SOM feat. Pedro Bial

7 – SAUDADE feat. Nova Orquestra 

8 – RARO feat. Jok3r

9 – TUDO O QUE SOU feat. Luccas Carlos

10 – VISCERAL feat. Jok3r

11 – ALMAR feat. Marcos Valle

Queen Latifah anuncia programa voltado ao acolhimento de mulheres na menopausa

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Foto: AFP via Getty Images

Uma das estrelas mais influentes de Hollywood, Queen Latifah está usando sua voz para ampliar o conhecimento sobre a menopausa, em parceria com a WeightWatchers, que acaba de lançar o programa WeightWatchers for Menopause.

Segundo a empresa, o programa é holístico e apoia mulheres em todas as fases da menopausa — pré, durante e pós — acompanhamento médico, orientação nutricional e espaços de acolhimento para troca de experiências, para que nenhuma mulher se sinta sozinha.

Em entrevista à Essence, Latifah compartilhou como tem sido a sua jornada nesta fase com a menopausa. “Não posso dizer que tenha sido ruim. Para mim, é apenas mais um passo na minha jornada de saúde, cuidando de mim mesma, entendendo meu corpo e a vida. E é apenas mais um passo no caminho, na minha opinião”, relatou.

“Infelizmente, a menopausa não foi estudada o suficiente. Não foi divulgada o suficiente. As pessoas não foram educadas o suficiente sobre ela. E é aí que entra um pouco do estigma. É aí que entra um pouco da preocupação, porque você está sentindo algo que não entende ou não sabe. Você nem percebe que está acontecendo com você. Seu corpo está apenas mudando e você pode nem perceber. Os médicos podem nem entender o que está acontecendo. E é por isso que essa parceria com a WeightWatchers é tão importante, porque está fornecendo informações para as mulheres, e todas nós precisamos disso”, destacou.

Mais informações em: menopause.weightwatchers.com/us

Barack Obama alerta sobre crise política após morte de Charlie Kirk e diz que democracia é sobre “Discordar sem recorrer à violência”

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Foto: Will Oliver/EPA/EFE

O ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um alerta sobre crise política no país após o assassinato de Charlie Kirk, conservador e apoiador de Donald Trump. Durante um evento na Pensilvânia, na terça-feira (16), Obama disse que não conhecia pessoalmente Kirk e que discordava de suas opiniões, mas classificou o crime como “uma tragédia”.

“A premissa central do nosso sistema democrático é que temos que ser capazes de discordar e, às vezes, ter debates realmente contenciosos, sem recorrer à violência”, declarou o ex-presidente. “E quando isso acontece com alguém, mesmo que você pense que essa pessoa está, entre aspas, “do outro lado da discussão”, isso é uma ameaça para todos nós, e temos que ser claros e diretos ao condenar”, afirmou.

“Obviamente, eu não conhecia Charlie Kirk. Eu estava ciente de algumas de suas ideias. Acho que essas ideias estavam erradas. Mas isso não nega o fato de que o que aconteceu foi uma tragédia, e que eu lamento por ele e sua família”, disse Obama. “Ele é um jovem com dois filhos pequenos e uma esposa, um grande número de amigos e apoiadores que se importavam com ele, então temos que estender a graça às pessoas durante o período de luto e choque.”

O ex-presidente aproveitou para criticar a retórica de Trump e de seus aliados. “Quando ouço, não apenas o nosso atual presidente, mas seus assessores, que têm um histórico de chamar oponentes políticos de vermes, inimigos, que precisam ser alvos, isso fala de um problema mais amplo que temos agora e algo com o qual teremos que lidar. Todos nós”, pontuou.

Charlie Kirk, de 31 anos, foi morto com um único tiro enquanto discursava na Universidade Utah Valley, em 10 de setembro. Na terça-feira, Tyler Robinson, 22 anos, foi formalmente acusado pelo assassinato e outras infrações relacionadas ao uso de armas. O promotor do Condado de Utah disse que Robinson teria enviado mensagens de texto justificando o crime, alegando que estava “farto de seu ódio”. A promotoria informou que pedirá pena de morte.

Antes da prisão de Robinson, aliados de Trump tentaram associar o crime a ativistas de esquerda e à retórica de parlamentares democratas. O vice-presidente J.D. Vance foi além e pediu que sejam expostos publicamente os nomes de pessoas que celebraram ou toleraram o assassinato do conservador.

Obama, por outro lado, fez um apelo para que os americanos respeitem o direito de discordar e elogiou líderes de ambos os partidos que têm trabalhado para reduzir a tensão.

Em resposta, a Casa Branca acusou Obama de hipocrisia e afirmou que ele foi o “arquiteto da divisão política moderna”, acusando-o de ter usado sua presidência para “colocar os americanos uns contra os outros”.

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