Determinada a ajudar famílias de comunidades carentes que enfrentam problemas com contas de serviço público altas, a empresária e defensora do uso da energia solar Kristal Hansley lançou a WeSolar a primeira empresa de energia solar comunitária comanda por uma mulher negra.
A empresária que liderou por um bom tempo a política de assuntos comunitários no escritório da congressista Eleanor Norton. Disse ter entendido como “A energia solar poderia reduzir efetivamente o custo da eletricidade para as famílias” e então passou a se envolver no mundo da comunidade solar.
Hansley já tinha contato com assuntos envolvendo energia solar quando trabalhou para uma companhia regional em Maryland. E ao acompanhar o impacto positivo desta energia na vida de pessoas negras e baixa renda decidiu criar sua própria companhia. Que beneficiará especificamente famílias de comunidades como Baltimore.
Sabendo que pessoas negras de Baltimore têm enfrentado problemas em obter uma parcela justa de energia do governo, Hansley garantirá que pessoas negras e pobres tenham acesso aos benefícios trazidos pela energia solar, e a redução de gastos com as contas de luz são um deles.
Kristal é a primeira mulher negra a frente de uma companhia de energia solar. Por isso visa desestabilizar a indústria, que hoje é majoritariamente comandada por homens brancos. Embora recente, a “WeSolar” tem crescido rapidamente sendo a única a oferecer energia solar a preços acessíveis e priorizando comunidades carentes.
Na 72ª edição do Emmy, que aconteceu na noite deste domingo (20), Tyler Perry recebeu um prêmio especial de reconhecimento pela sua carreira. A estatueta de ‘Governors‘, que reconhece realizações extraordinárias ou cumulativas: “Isso é incrível”, disse ele.
Ao receber o prémio, Tyler fez um discurso sincero que ligou uma história sobre a sua avó às experiências de vida dos afro-americanos. O ator expandiu a metáfora central de uma colcha ao aceitar o prêmio anual, que homenageia um indivíduo ou organização que fez um trabalho “excepcional” na televisão que transcende as categorias tradicionais do Emmy.
Os homenageados anteriores incluem Star Trek (2018), a empresa de televisão ITVS (2017), American Idol (2016) e A + E Networks (2015). indivíduos como Norman Brokaw, Marian Dougherty e Sheila Nevins também receberam o prêmio. Nenhum Prêmio Governadores foi entregue em 2019.
“Isso é incrível, eu não esperava me sentir assim”, começou Perry. Ele então contou a história de sua avó que lhe deu uma colcha feita à mão quando ele saiu de casa aos 19 anos. Perry não ligou para isso, disse ele; na verdade, ele estava “bastante envergonhado com isso. Eu não via nenhum valor nisso … Eu não tinha respeito por esta colcha.” Mas um dia, ele passou por uma loja de antiguidades e viu uma colcha igual à que sua avó lhe dera. Ele descobriu que uma mulher que foi escravizada havia feito uma colcha semelhante para refletir suas experiências de vida: “uma parte era de um vestido que ela estava usando quando descobriu que estava livre, outra parte era de um vestido de noiva”. Perry lembrou. “Ao ouvir essa história, fiquei muito envergonhado”, acrescentou. “Aqui estava eu, uma pessoa que se orgulha de celebrar nossa herança, nossa cultura, e eu nem reconheci o valor da colcha da minha avó. Eu descartei seu trabalho e sua história”.
“A história se aplica de forma mais universal, disse ele, porque “quer saibamos ou não, estamos todos costurando nossas próprias colchas com nossos pensamentos, nossos comportamentos, nossas experiências e nossas memórias”. Perry, o diretor por trás de 22 filmes, 13 programas de televisão e 20 peças de teatro, então se lembrou de como sua mãe, na colcha de sua própria vida, não poderia ter imaginado suas realizações até o momento. “Estou aqui esta noite para agradecer a todas as pessoas que estão celebrando, que sabem o valor de cada remendo, cada história e de cada cor que compõe esta colcha que é o nosso negócio, esta colcha que é a nossa vida, esta colcha que é a América “, disse ele. Não havia remendos que representassem os negros na televisão. Mas, na minha colcha, o neto dela está sendo homenageado pela Academia de Televisão”.
Perry aceitou o desafio dos meios de produção durante a COVID-19 no Tyler Perry Studios de Atlanta ao criar um modelo de “Camp Quarantine” para segurança no set. O método de produção, que Perry usou para reiniciar a produção em seus programas exige que os atores se isolem antes da produção, permaneçam no campus dos estúdios durante a produção e sejam testados na chegada, passem quatro dias em produção e realizem o testes novamente antes de sair.
Finalmente, ele saiu. O sétimo álbum de estúdio de Alicia Keys foi lançado na ultima sexta-feira dia 18. A principio, seu lançamento estava marcado para o dia 20 de março, entretanto, como tudo esse ano, precisou ser remanejado devido a pandemia de Covid-19. Os fãs então ficaram ansiosos para ouvir o lançamento no dia 15 de maio, quando mais um balde de aguá fria foi derramado sob suas cabeças: Uma nova data foi marcada para o lançamento: dia 18 de setembro.
Entretanto, se para os fãs a situação não era confortável, tampouco era para Alicia que precisou enfrentar um vazamento ilegal do álbum na internet poucos dias antes de seu lançamento oficial nas plataformas digitais, e também em formato físico já que para quem gosta o novo trabalho da cantora está sendo lançado em CD e vinil.
Enquanto esperávamos para ouvir o disco completo, Alicia nos presenteou com alguns singles do projeto como Good Job, onde os profissionais na linha de frente da quarentena são homenageados, Perfect Way To Die que fala sobre violência policial, além de canções como Underdog, Love Looks Better, e a dançante Time Machine.
Outro ponto alto do novo álbum da nova iorquina, são as participações especiais. Ela conseguiu reunir um time que conta com nomes como Miguel (na faixa Show Me Love), Khalid (na faixa So Done), Jill Scott, Sampha, Tierra Whack, Diamond Platnumz e Snoh Aalegra. Mais uma vez, Alicia nos mostra ser uma artista completa. Ela co-escreveu todas as 15 faixas do álbum ”Alicia”, e co-produziu 10 delas.
O álbum que foi lançado sob o selo da gravadora RCA, recebeu avaliações majoritariamente positivas da critica especializada. ”Este é um álbum que brilha com calor e otimismo cauteloso do início ao fim.”– reconheceu a revista NME. Já a revista Slant afirma que ”Alicia é ao mesmo tempo seu álbum mais acessível e inovador em anos.” Quem também não economizou elogios, foi a Slant Magazine. Em sua avaliação do álbum, a publicação diz: ”Um álbum perfeitamente equilibrado que combina com sua vibe recém-descoberta como uma mulher pronta para dizer a verdade. Este álbum é uma nota de que coisas boas vêm para quem espera.”
O álbum, ira ganhar um turnê de divulgação (antes prevista para esse ano), mas que agora acontecerá em 2021, com datas já marcadas entre 3 de junho e 21 de setembro em diversos países da Europa e cidades norte-americanas. Ainda não se sabe se a turnê ganhará novas datas e lugares, incluindo o Brasil.
Vale lembrar que São Paulo é a cidade no mundo que mais ouve Alicia Keys no Spotify, com mais de 341 mil ouvintes mensais. E a segunda cidade que mais a assiste no Youtube, com 837 mil visualizações por mês.
Regina King recebe seu premio por Watchmen. Imagem: Los Angeles Times
Nada em 2020 está sendo normal, e no Emmy as coisas não seriam diferentes. A cerimônia desse ano teve que ser sem platéia e para a tristeza dos apaixonados por moda, sem red carpet. A premiação que é considerada o Oscar da televisão teve que ser toda repensada para ser realizada durante esse período de isolamento social. Tivemos alguns dos nossos saindo vitoriosos na noite de ontem.
Confira quem foram eles.
Melhor Elenco de Minissérie ou Filme para a TV: Watchmen Melhor Ator Convidado em Série de Comédia: Eddie Murphy – SNL Melhor Apresentação de Realidade ou Programa de Competição: – RuPaul – RuPaul’s Drag Race Melhor Edição de Som em Minissérie ou Filme para TV: Watchmen Melhor Design de Abertura: Godfather of Harlem Melhor Atriz Convidada em Série de Comédia: Maya Rudolph – SNL Melhor Edição de Sitcom de Comédia: Insecure Melhor Série Documental: Arremesso Final Melhor atriz em série limitada ou filme para TV: Regina King – “’Watchmen” Melhor ator coadjuvante em uma série ou filme limitado: Yahya Abdul-Mateen II Excelente desempenho de locução de personagem: Maya Rudolph- Big Mouth Melhor atriz coadjuvante em uma série ou filme limitado: Uzo Aduba Melhor direção em série limitada ou telefilme: Damon Lindelof & Cord Jefferson, “This Extraordinary Being” (“Watchmen”) Melhor Atriz em Série dramática: Zendaya- Euphoria
Tyler Perry recebe o Governors Award durante a 72ª edição do Emmy Awards nesse domingo, 20 de setembro de 2020 (Créditos da imagem: Invision for the Television Academy/AP)
Em um prêmio apresentado por ninguém menos que Oprah Winfrey, Tyler Perry recebeu um prêmio especial de reconhecimento pela sua carreira. O lendário ator, autor, cineasta, roteirista e produtor, que tem em seu curriculo inumeros trabalhos afrocentrados, e que sempre levou diversidade para Hollywood, fez um discurso emocionante ao receber sua estatueta de ”Governors”, o artista falou sobre sua avó e sobre a importância da herança negra.
Outro ponto emocionante da cerimônia, foi a homenagem da cantora H.E.R a todos aqueles que faleceram nesse ultimo ano. A artista interpretou a canção Nothing Compares 2 You de Sinnéad O’Connor, além de tocar piano e guitarra durante a apresentação que lembrou de nomes como Chadwick Bosemen.
Para apresentar a categoria de melhor série dramática, a convidada Laverne Cox ironizou: ”Eu sou a prova viva de que alguém pode perder por 4 anos no Emmy, na mesma categoria, e ainda assim ser convidada para entregar o prêmio para alguém que nem deve ter votado por mim. O que acontece com o sonho americano quando ele é postergado? Mas vamos deixar o drama de lado”- em um trocadilho com o nome da categoria. Apesar de ter sido tudo uma grande brincadeira, nós devemos concordar que o Emmy foi um tanto quanto injusto com a Laverne nos últimos anos, mas esperamos que a situação seja revertida logo.
Em um tom de bom humor, quem encerrou a premiação foi Sterling K Brown apresentando a ultima categoria. A cerimonia, tambpem teve um tom de protesto politico, seja nos discursos pedindo para que a população norte americana vote ou por exemplo na camiseta que Regina King usou, em protesto a morte de Breonna Taylor.
Nossos parabéns a todos os vencedores e indicados da noite, principalmente os negros, pois sabemos o quão difícil foi esse caminho, mas o quão gratificante e inspirador é cruzar a linha de chegada!
Os efeitos da pandemia da Covid-19, nas prisões brasileiras é tema da nova obra ficcional do escritor Wesley Barbosa, que será lançada em setembro, pela editora Ficções.
O livro intitulado “Parágrafos Fúnebres” conta em 52 páginas a história de Joaquim, um homem que está preso há dez anos acusado de praticar crimes como assaltos e homicídios. Na prisão, o personagem aprende a escrever e a ler autores como Dostoievski e Victor Hugo. É quando a pandemia se espalha pelo mundo e os prisioneiros não têm ao menos sabão e água para lavar as mãos.
O autor optou por realizar o livro no formato de bolso para as pessoas refletirem dentro dos ônibus, estações de trem, a caminho de casa ou do trabalho acerca dos impactos da Covid-19 na população prisional. “É também um livreto de guerra contra o governo instaurado”, diz Barbosa.
O escritor Pedro Rogério Moreira, autor do romance ‘Bela noite para voar’ assim que leu Parágrafos Fúnebres o definiu como realismo cruel. O livro, que também estará disponível em formato digital, conta com uma apresentação do dramaturgo Mário Bortolotto.
“Wesley escreve como se incitasse aos condenados que façam a última oração para que suas almas atravessam o pátio, escalem os muros e como se aproveitando do indulto derradeiro lhes fosse permitido sobrevoar a cidade com suas fitas negras nos calcanhares e moedas sobre os olhos”, diz trecho da apresentação.
Barbosa também é autor de “O diabo na mesa dos fundos”, lançado pela Selo Povo Editora. O autor realiza a venda dos livros de mão em mão ao sair de sua casa em Itapecerica da Serra para o centro de São Paulo. O escritor enchia a mochila de livros e abordava as pessoas na rua para divulgação do título.
Nesta sexta-feira (18), o site Deadline divulgou que o ator John Boyega (Star Wars) entrou para o elenco do filme “The Test”. A história é baseada no livro de mesmo nome de Sylvain Neuvel e acompanha um refugiado que está fazendo o teste para receber cidadania britânica. Porém, o questionário é interrompido quando um grupo de terroristas de extrema direita invade a sala e é confrontado pelo psicólogo responsável (Boyega).
Payman Maadi (Westworld) está escalado para interpretar o refugiado. A direção e o roteiro ficam por conta de Gavin Hood, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com o longa “Tsotsi”. Os produtores serão Erwin Stoff, Zev Foreman e Ilda Diffley.
As gravações devem começar ainda este ano seguindo regras estabelecidas pela OMS por conta da pandemia de Covid-19.
A cantora Malía divulgou nesta sexta-feira (18) o clipe super produzido da faixa “mexe“. Ela mostra que continua sendo quem é em qualquer situação. Tem luxo? Ela tá! Tem uma laje para aproveitar um bom sol e garantir um bronzeado incrível? Ela vai também. “Um cabelo a cada semana, um pisante a cada rolê! Dim, dim, dim. Tô fazendo só por merecer”.
“O clipe de ‘Mexe’ é uma conquista, porque as coisas que mais me inspiram na vida e que eu consigo identificar de primeira são pessoas e lugares. E o meu lugar, minha favela, tem uma importância muito grande na construção de quem eu sou e do meu artístico. E pra além disso, a favela é tão imponente, e eu vejo isso sendo usado por diversas pessoas e instituições, mas eu nunca vejo o rosto das pessoas que fazem a favela acontecer, estando ali lado a lado, como algo legítimo”, comentou Malía.
No vídeo, a artista mostra que curte muito aproveitar todo luxo ao lado das amigas. Assista:
A Bayer, multinacional alemã referência nas áreas de saúde e agricultura, iniciou nessa sexta-feira (18), dois programas voltados para atração e desenvolvimento de profissionais negros. A empresa está com processo seletivo aberto para o Programa de Trainee 2021 com oportunidades voltadas para a valorização étnico racial. O objetivo do projeto é preparar esses talentos para o futuro, considerando o desenvolvimento de carreira para posições de liderança. Além disso, ainda neste mês, a empresa apresenta o Programa de Mentoria BayAfro, voltado para aqueles que já atuam na companhia. Nessa primeira fase, a iniciativa vai oferecer mentoria para 16 estagiários e analistas, ao longo de três meses.
As ações reforçam, mais uma vez, o compromisso da empresa com Inclusão & Diversidade (I&D), um dos pilares prioritários para a Bayer e que contribuem para construção de um ambiente de trabalho inovador, em que todos se sentem valorizados e respeitados. A área de I&D da empresa tem atuado para que os times sejam cada vez mais diversos, guiados por líderes cada vez mais inclusivos, alcançando o potencial máximo de cada colaborador.
“O Brasil é o país que concentra a maior população negra fora do continente africano. Mas, se olharmos ao nosso redor, percebemos que as empresas não costumam refletir essa realidade em seus times – especialmente quando olhamos para as lideranças. É por isso que as organizações devem investir em programas de equidade, principalmente no mercado formal de trabalho, reconhecendo que diferentes perspectivas e realidades geram impacto direto em engajamento, pertencimento e inovação. Certamente, iremos aprender muito com este programa e entendemos que esse tipo de iniciativa contribui para alcançarmos novos resultados”, afirma Patricia Leung, líder de Talent Acquisition na Bayer Brasil.
Conheça cada uma das iniciativas em detalhes:
Programa de Trainee 2021 Há mais de 10 anos, a Bayer realiza Programas de Trainee na companhia com o objetivo de atrair e desenvolver profissionais com alto potencial para posições de liderança. Nestes programas, a empresa encontrou uma oportunidade de construir um pipeline de profissionais diversos, em um ambiente cada vez mais inclusivo e plural, impulsionando a inovação na companhia. Por isso, no dia 18 de setembro, a Bayer inaugura um novo ciclo do programa com o apoio da consultoria Cia de talentos, voltado para desenvolver e capacitar profissionais negros para posições estratégicas de liderança e tornar o quadro de gestores da empresa mais representativo, considerando diferentes perspectivas.
Com o projeto, a empresa pretende preparar esses talentos para enfrentar os futuros desafios, de acordo com as necessidades dos negócios. O programa possui 19 posições abertas nas cidades de São Paulo (SP), Belford Roxo (RJ), Camaçari (BA), Petrolina (PE) e Uberlândia (MG). Este, inclusive, é o maior programa de trainee já promovido pela Bayer, em relação à quantidade de vagas oferecidas. Além dos benefícios, os candidatos aprovados também contarão com uma trilha de desenvolvimento, que contempla oportunidades para liderar um projeto multidisciplinar de alta complexidade, alta exposição com a liderança da companhia, aperfeiçoamento de aspectos técnicos e socioemocionais, programa de mentoria e subsídio para desenvolvimento de idioma, caso necessário.
Serviço:
Inscrições – https://bit.ly/2ZHpyI4 Prazo – De 18/09 até 21/10 Requisitos – Serão elegíveis profissionais negros graduados (superior e tecnólogo) ou pós-graduados entre Dez/2017 e Dez/2020. Não há critério definido com relação ao tipo de curso do candidato. “Acreditamos que a diversidade estimula a busca de novas soluções para um segmento em constante transformação. Por esse motivo, os perfis serão buscados em linha com as necessidades das áreas”. A empresa também irá avaliar casos de atraso na graduação em decorrência da pandemia da COVID-19. Duração: 18 meses Remuneração: R$ 6.900,00 Benefícios: Assistência médica e odontológica, VT ou fretado (a depender do local), restaurante no local, subsídio medicamentos, GymPass, Conte Comigo (Assistência psicológica, dependência química, consultoria jurídica e financeira), previdência privada, seguro de vida e CoopBayer (Cooperativa que tem como objetivo a educação financeira dos colaboradores)
Programa de Mentoria BayAfro
Idealizado pelo BayAfro, grupo de afinidade étnico-racial da Bayer Brasil que discute e propõe ações práticas para a inclusão de negros na companhia, o Programa de Mentoria tem como foco o desenvolvimento de jovens talentos negros. Ou seja, ele se destina a estagiários e analistas juniores.
A Bayer possui cerca de 430 estagiários no Brasil, sendo 120 representantes da população negra. O Programa de Mentoria, desenvolvido com base em pesquisas realizadas com este grupo para entender prioridades no que diz respeito ao desenvolvimento profissional de seus colaboradores, busca construir para eles um plano de carreira que os ajude a ter sucesso profissional. Nesta primeira etapa, o programa contará com 16 mentorados (13 estagiários e três analistas juniores), cada um com um mentor escolhido conforme seus interesses profissionais. O quadro de mentores é composto por colaboradores das mais diversas áreas da companhia.
O programa terá duração de três meses e inclui uma série de conversas entre mentores e mentorados para identificar desafios profissionais e pessoais deste, suas ambições, pontos fortes e principais capacidades. Ao final do período todos os mentorados deverão ter o mapeamento de seus pontos de desenvolvimento, bem como um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) composto por ações para trabalhar cada frente identificada e o currículo revisado.
“Estamos muito contentes em ver uma iniciativa como essa ganhando corpo e forma. Temos certeza de que será um sucesso e contaremos com a avaliação dos estagiários e analistas para entender o que podemos revisar e melhorar para futuras edições“, conclui Maurício Rodrigues, Vice-Presidente de Finanças da Bayer Crop Science e Sponsor do grupo BayAfro.
Acontece nos dias 30 de setembro, 1 e 2 de outubro o encontro virtual Afro Presença, idealizado e coordenado pelo Ministério Público do Trabalho, e com realização do Pacto Global da ONU. O evento é voltado para a inclusão de jovens negros e negras universitários no mercado de trabalho e tem o apoio do poder público, da iniciativa privada e da sociedade civil.
Com o objetivo de promover a inclusão de jovens negras e negros universitários no mercado formal de trabalho, o encontro oferece aos participantes oficinas de recursos humanos e painéis com universidades, empresas, agências de publicidades e escritórios de advocacia, além de levar para a sociedade debates, com o apoio de entidades, organismos internacionais e nacionais, sobre o mercado de trabalho onde negras e negros precisam ser inseridos. Os participantes também terão acesso a vagas de trabalho e poderão compartilhar os seus currículos, que serão enviados às empresas. O Afro Presença será 100% online e gratuito.
A idealização do Afro Presença é fruto de um incômodo que surgiu no debate organizado pelo Ministério Público do Trabalho com movimentos sociais, empresas, sindicatos, universidades, entidades do poder público e membros sociedade civil. Constatou-se que negros ocupam uma parcela muito pequena de cargos estratégicos do mercado de trabalho e em cargos de liderança. Este encontro foi promovido pela doutora Valdirene Assis, Procuradora do Trabalho, Coordenadora da Coordigualdade do MPT-SP e o Projeto Nacional de Inclusão de Jovens Negras e Negros Universitários do MPT. Valdirene faz parte do Grupo de Enfrentamento ao Racismo do Conselho Nacional do Ministério Público e coordena o Grupo de Trabalho de Raça do MPT-SP.
De acordo com o PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), as mulheres negras constituem o maior grupo populacional do país (25,3%), porém ocupam somente 0,4% dos altos cargos nas empresas. A população negra representa 55,9% de toda a população brasileira. Porém, uma pesquisa do Instituto Ethos, divulgada em 2016, mostrou que somente 4,7% dos cargos executivos das 500 maiores empresas brasileiras são ocupados por negros.
“O Brasil é o 8º país mais desigual do mundo e não conseguiremos reduzir esta desigualdade se não atacarmos diretamente o racismo estrutura. A Rede Brasil do Pacto Global da ONU iniciou um processo de mobilização do setor empresarial para que ações concretas sejam tomadas e mais negros assumam posições de liderança, ocupadas, hoje, majoritariamente por brancos. Os negros representam mais de 55% da população brasileira, mas ocupam menos de 5% dos cargos de liderança nas 500 maiores empresas do país”, diz Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global” diz Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nas universidades públicas, os jovens negros e negras já são maioria. Os dados do Censo de Educação Superior, do Ministério da Educação indicam que nos cursos de excelência há uma presença expressiva. Em medicina, por exemplo, os negros são em 27%. Na área de química, são 29%, e direito em 23%.
“A participação dos jovens negros e negras em cursos de excelência não reflete na participação no mercado de trabalho. Dessa forma, entendemos que os processos seletivos no campo profissional precisam ser revisitados. Todas as lógicas excludentes, de forma expressa ou implícita, precisam ser identificadas e eliminadas”, ressalta doutora Valdirene Assis.
As empresas apoiadoras da Afro presença são: Ambev, Anima, Basf, Bayer, Belgo, Bradesco, B2W, Coca Cola, Colgate, EF, Estácio, Google, Itaú, John Deere, JP Morgan, Natura, PWC, Santander, Somamos, TIM, TOTVS, Unilever, Vivo e White Martins.
São parceiros dessa ação os movimentos sociais Educafro, Geledés Instituto da Mulher Negra, Movimento Negro Unificado, Uneafro Brasil e Unegro. Também participam da iniciativa a 99jobs, Prefeitura de São Paulo, Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), Black Influence, Empodera, Empregue Afro, Eureca, Fecap, Gestão Kairós, Grupo Cia de Talentos, Ideal H+K Strategies, Macho Meyer, OAB, PUC-SP, Revista Raça, Squid, Tribal Wordlwide, UFABC, UFBA, Y&R Brasil, entre outros.
Confira a programação completa
30/09 A programação englobará os temas de: racismo estrutural empresarial, universidade e inclusão, escolhe profissional e ferramentas de autoconhecimento, jornalismo, marketing, artes cênicas, educação física, relações internacionais, economia, farmácia, ciência, combate ao racismo no futebol, impacto da crise de COVID-19 para a população negra, letramento racial, entre outros.
01/10 A programação englobará os temas de: advocacia, turismo, moda, gastronomia, mercado de luxo, indústria química, telecomunicações, tecnologia, mitos e verdades em processos seletivos, religiosidade sob a perspectiva negra, como usar o LinkedIn, políticas de ações afirmativas, entre outros.
02/10 A programação englobará os temas de: saúde, expoentes negros na medicina, veterinária, engenharia e construção, arquitetura e urbanismo, agronegócio, meio ambiente, RH, indústria automobilística, igualdade de oportunidade e estratégias para combater o racismo institucional, LGBTQ+ sob a perspectiva negra e um show de encerramento.
Nesta terça-feira (17), o rapper Lil Nas X compartilhou em seu Instagram uma parceria com o estilista Christian Cowan. A parceria é uma linha de roupas primavera/verão toda inspirada no movimento queer e punk dos anos 1970, com cores fortes, estampas e couro. Além disso, todas as peças são unissex, trazendo a fluidez de gênero que já é comum nas criações de Cowan. O estilista foi o responsável por vestir Lil Nas no Video Music Awards 2019.
As peças foram apresentadas, nessa tarde, através de um vídeo na Fashion Week de Nova York.
Em entrevista para a revista Vogue, Nas e Cowan contaram que 100% da renda arrecadada com a venda da coleção será revertida para os jovens pretos queer de Atlanta, cidade onde o rapper nasceu.
Sobre a doação dos lucros, Lil afirmou que se inspirou nos movimentos do Black Lives Matter e do Mês do Orgulho LGBTQIA+ e que, inicialmente, quis trazer à pauta o preconceito sofrido por pessoas trans: “A comunidade trans, especialmente a comunidade trans preta, é um dos grupos mais menosprezados no mundo inteiro, e mais desprezados.”
Cowan acrescentou: “Há tantos ataques contra a comunidade trans, mesmo nos últimos meses, e não é noticiado o suficiente nos Estados Unidos. As pessoas se esquecem que todo o movimento do Orgulho começou com mulheres pretas trans”.