Após o anúncio em julho deste ano de que seria a primeira mulher negra, e bissexual, a interpretar a heroína Batwoman, Javicia Leslie apresenta o novo traje completo para a personagem. “O novo traje redesenhado para Ryan Wilder. O traje foi conceitualizado pela designer Maya Mani e criado por Ocean Drive Leather, a peruca foi criada por Janice Workman e Takisha Sturdivant, e a maquiagem por Cory Roberts.”, revelou ela em seu instagram.
A segunda temporada da série da CW, está prevista para janeiro de 2021 e sendo filmada em Vancouver, sob os protocolos de segurança da COVID-19. O traje com a nova atriz, deverá ser revelado oficialmente no terceiro episódio.
Em entrevista para o site Decider, Leslie comenta a importância de a nova Batwoman poder ser reconhecida como uma mulher negra desde sua silhueta. “Eu senti a importância dos espectadores poderem reconhecer pela silhueta que a Batwoman é uma mulher negra. Com o traje adequado e lindo cabelo afro, nós definitivamente arrasamos!”, comemora ela.
Entre as mudanças apresentadas no novo traje estão o novo cabelo natural e listras vermelhas, manoplas vermelhas sobre os antebraços, e botas mais curtas. Além disso, o novo traje é feito de novos materiais, e traz uma gravação a laser para criar mais profundidade visual e uma silhueta mais forte.
Já a designer responsável pelo traje revela como desenvolveu a peça de modo a se adequar não só à nova personagem, mas também à personalidade da atriz. “Foi importante que o novo traje definisse a presença de liderança de Javicia, e ao mesmo tempo apresentasse seu atletismo e a permitisse liberdade para expressar sua natureza física de Batwoman”, comenta Maya Mani.
Dia 31 de outubro, é comemorado o dia das bruxas, ou Halloween. A data, costuma ser festejada com muitas festas fantasia ,e nos EUA, as crianças costumam sair na vizinhança para pedir doces. Entretanto, esse ano nada disso vai ser possível, e uma boa alternativa para conseguir se divertir na data, e que nunca sai de moda é maratonar séries e filmes de terror. Pensando nisso, separamos alguns títulos com protagonismo negro para vocês darem uma olhada.
Lovecraft Country
A produção da HBO, tem um enredo de tirar o folego. Ambientada nos anos 50, a série mostra os personagens Letitia, Atticus Black e seu tio George, em uma série de aventuras durante a época segregacionista dos EUA. Como se isso já não fosse terror o suficiente, eles ainda precisam lidar com monstros aterrorizantes e uma série de acontecimentos bizarros.
2. Corra
Corra, mas antes senta ai nessa poltrona, toma um chá e assiste esse filme. Até por que, depois desse filme você não vai querer fazer isso por um bom tempo. Ah,e claro, também vai te deixar com um pé atrás quando for conhecer a família branca da sua noiva. Foi assim, que Daniel Kaluuya entrou em uma fria nesse terror de 2017, dirigido por Jordan Peele.
3- Nós
E ele está aqui de novo, Us (Nós) de 2019, também é um terror dirigido por Jordan Peele que te prende do começo ao fim, seja com coelhinhos fofos e música erudita, ou com casas na praia de tirar o fôlego. O final do filme, que conta com a atuação de ninguém menos que Lupita N’yongo, deixou algumas pessoas um pouco confusas. Se você já assistiu, comenta com a gente o que achou, mas toma cuidado para não dar nenhum spoiler!
4- Candyman
Bom, esse ainda não saiu. Mas já que você está aqui, decidimos aproveitar pra falar sobre esse lançamento que pra quem gosta de bom terror, vai ser um prato cheio. O longa dirigido por Nia da Costa, conta com um roteiro dela mesma ao lado de Jordan Peele, que também assina a produção do projeto. Candyman já foi finalizado e deveria ter sido lançado esse ano, mas assim como muitos outros filmes teve de ser adiado. Enquanto ele não sai, você pode conferir o trailer:
5- Vampiros VS The Bronx: A produção de 2020 da Netflix, vem pra dar uma leveza na nossa lista. A comédia de terror, tem classificação indicativa para 14 anos, e conta história de um grupo de amigos que descobrem vampiros no Bronx, como o nome já sugere. Agora, eles precisam lidar com essa descoberta e proteger a vizinhança desses ”visitantes”
6-Mortel
Manon Bresch interpreta Luísa, a neta de uma praticante do Vodu vivida pela atriz Firmine Richard. Elizabeth, sempre quis ensinar sua neta sobre as tradições da prática, mas ela sempre foi relutante. Até, que recentes acontecimentos com seus amigos a fazem mudar de ideia. A Série francesa da Netflix conta com uma temporada de seis episódios, mas pelo que parece vai continuar.
7- Sempre Bruxa
A produção colombiana da Netflix, retrata a história de Carmen. Uma bruxa que se livrou da fogueira séculos atrás, mas veio parar no futuro. Agora, ela precisa aprender a viver no século XXI e a controlar sua magia em um mundo completamente diferente do que conhecia. Pelo menos, aparentemente.
Bom, esperamos que no próximo ano essa lista seja de sugestões de fantasias para vocês aproveitarem varias festas. Mas isso vai ter que esperar um pouco, e até lá, você pode ir vendo um filminho!
O jogo foi idealizado por jovens negras do curso “Empoderamento e Cinema – Jovens Negras no Audiovisual” do Cinema Nosso. O módulo de jogos foi criado pensando em mudar a realidade da baixa representatividade de mulheres negras no mercado de jogos. E a proposta do jogo NIA segue o mesmo viés de representatividade.
Com em média 30 minutos de duração, a ideia é ajudar a garota NIA a chegar na escola em que é bolsista, e para fazer isso os jogadores precisam responder algumas questões e percorrer o caminho até o fim do tabuleiro. As perguntas envolvem personalidades negras, momentos e movimentos da cultura brasileira que foram protagonizados por pessoas pretas.
“Eu descobri muita coisa enquanto fazia as cartas, coisas que nem sequer comentaram na escola, que mudaram o rumo do Brasil”, conta a estudante Clara Santos, uma das alunas responsáveis pelo conteúdo do jogo.
Além de contribuir com a propagação de informações sobre personalidades negras e todo o movimento, o jogo também incentiva a colaboração entre os participantes e indiretamente reforça o combate ao racismo ao conter tantas informações que antes nos foram ocultadas.
“Ao conhecer a trajetória de personalidades pretas que fizeram e fazem história no meu país, eu senti que posso fazer o que quiser também. Acho que esse é um fator muito importante do jogo, assim como ajudar o jogador, independentemente da cor de sua pele, a reconhecer situações de racismo e a se engajar na luta antirracista”, explica a publicitária e produtora audiovisual Ana Beatriz Ramos, que participou do desenvolvimento do jogo
O projeto inicial envolvia um jogo digital, porém, em detrimento da pandemia do Covid-19 as idealizadoras do NIA precisaram pensar em um modelo analógico. O projeto foi finalizado e atualmente busca por parcerias para distribuição, a ideia é que o jogo esteja disponível nas escolas ao alcance de jovens entre 13 e 15.É importante que jovens negros e periféricos tenham acesso ao jogo NIA, pois além de ser fruto da imaginação de mulheres negras, os conteúdos enaltecem a cultura negra no Brasil e incentivam a busca por nossas histórias.
O Cinema Nosso busca parcerias para distribuição do game.
Os cinco roteiristas negros da série ficcional sobre Marielle Franco, deixaram a equipe de produção nesta semana. A obra sobre a vida da vereadora assinada em 2018, e com caso que segue sob investigação para encontrar o autor do crime, foi criticada desde o início nas redes sociais por nenhum profissional negro estar a frente do projeto. A idealizadora é Antonia Pellegrino, responsável por “Bruna Surfistinha” e a direção por José Padilha, de “Tropa de Elite”. A informação foi noticiada por Telma Avarenga pela coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
A demissão coletiva foi motivada por divergências na condução da narrativa sobre a vida da vereadora, que sempre militou por políticas de inclusão racial e social. A prática conhecida por “tokenismo” foi levantada como argumento para a criação dessa equipe, que ainda é composta por duas pesquisadoras e um diretor negros. A circunstância das demissões revela que apesar desta composição de equipe, que se deu após pressões sociais, a narrativa seguia sendo configurada sob o viés de pessoas brancas.
Em nota de solidarização aos roteiristas negros, o coletivo Griottes Narrativas, de roteiristas pretas afirma que a ação marcará a história de resistência da comunidade negra. “A ação da equipe é um marco importante na história de luta e resistência de autores e roteiristas negres que têm tensionado e pautado a sociedade sobre a importância de contarmos histórias a partir de nosso ponto de vista.”
A série que ainda está em estágio inicial e sem nenhum capítulo completo, será lançada na plataforma Globoplay.
Hippolyta Black (Aunjanue Ellis) - Foto: Divulgação
Não tenho recursos técnicos que cinéfilos usam para analisar séries e filmes, mas posso falar sobre a forma que Lovecraft Country, série original da HBO me fez sentir.
O apelo que despertou meu interesse para acompanhar o seriado foi o toque de Jordan Peele, mas no desenrolar da história, ficou evidente que a genialidade da série com 10 episódios, era fruto da mente fértil e criativa de uma mulher negra: Misha Green.
Para quem não sabe, a série é uma adaptação do romance “Território Lovecraft”, de Matt Ruff, escrito no gênero criado pelo escritor H. P. Lovecraft, mestre do “terror cósmico” que inclusive era bem racista. E é isso que torna tudo mais interessante. A produção para TV , que também teve o envolvimento de J.J. Abrams faria H.P. se virar no caixão nas inúmeras cenas que brancos racistas se dão mal.
Misha Green fez toda a diferença ao dar uma importância para mulheres negras em uma obra de terror e ficção científica, estilo onde há a predominância de homens, sobretudo, não negros.
Destaco aqui duas que ganharam meu coração: Ruby Baptiste (Wunmi Mosaku ) e Hippolyta Freeman (Aunjanue Ellis).
A primeira, é uma cantora, cujo carisma e energia em suas performances escondem a frustração e infinito estado de raiva dos negros que viveram nos EUA segregado dos anos 50. Grande, por dentro e por fora, Ruby tem pele escura e forte presença, raramente se mostrava vulnerável, até porque para ela, isso era um privilégio. Seu desejo de poder, pode ser lido por algo além do ego, como uma forma de vingança.
Ruby Baptiste (Wunmi Mosaku ) – Arte: Reprodução Instagram Lovecraft Country Oficial
Hippolyta é tia do protagonista Atticus. Mulher madura, mãe negra, esposa dedicada e resiliente em relação as suas limitações, até que um dia sua rotina de dona de casa vira parte passado. O mais emocionante é ver a jornada de uma mulher com uma inteligência e conhecimentos científicos acima da curva para sua época, finalmente se torna-se plena com o auxilio de uma outra mulher negra em uma cena de ficção cientifica que tem como fundo o dilema de muitas mulheres que escolheram se dedicar integralmente à família.
Hippolyta Freeman – Arte: Reprodução Instagram Lovecraft Country Oficial
O capricho estético com essas personagens, que tiveram episódios dedicados a elas, levou a questão da representatividade para outro nível. Todo mundo que ama séries, filmes e livros, quer ter pelo menos um personagem com que se identifique, mesmo que só visualmente.
Só Misha Green para fazer de uma dona de casa negra dos anos 50, um dos personagens mais surpreendentes e geniais de Lovecraft Country.
O curso visa abordar a história de arte brasileira considerando as produções periféricas e de grupos sociais historicamente marginalizados e construir narrativas que sugiram novos sentidos críticos de tradições estabelecidas.
Claudinei Roberto da Silva é artista visual e curador formado em Educação Artística pelo Departamento de Arte da Universidade de São Paulo. Em 2002 foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq; em 2011 foi bolsista do “International Visitor Leadership Program” (Departamento de Estado do Governo dos EUA), com uma vasta experiência em curadoria e arte educação.
“Entre nós aprofundamento do ideal de democracia implica na afirmação de uma história plural que reveja e valorize em chave critica a produção simbólica de maiorias historicamente subjugadas, subalternizadas e por isso, ignoradas nas narrativas até a pouco vigentes; para tanto novos pressupostos éticos e estéticos devem considerar o policentrismo anticolonialista que problematize dicotomias como metrópole x colônia e centro x periferia, questionando doutrinas até agora consagradas no discurso eurocêntrico, heteronormativo e machista que é, portanto, misógino, racista e homofóbico”, explica Claudinei.
Durante o curso, serão feitas propostas situações ativas de aprendizagem com diálogos, atividades em grupo, audição, vídeos, compartilhamentos e vivências.
Em novembro de 2019 foi lançado “Queen & Slim” o romance/drama que a comunidade preta tanto precisava mesmo sem saber. Além de abordar um assunto tão delicado e atual com muita sutileza, o filme faz algumas críticas a um dos longas queridinhos dos brancos “antirracistas”: o “Green Book”.
Queen and Slim foi bem recebido pela comunidade negra e desprezado pelos brancos da elite,. A diretora Melina Matsoukas afirmou que os votantes do Globo de Ouro se negaram a assistir “Queen & Slim”.
Confira o trailer:
A produção gira em torno dos protagonistas que dão nome ao filme. Após um date sem graça, os personagens seguem a caminho de suas respectivas casas quando são interrompidos e abordados por um policial branco, que mesmo sem mandato insiste em revistar o carro de Slim. Nesta cena já podemos imaginar que não se trata somente de um filme de exaltação das relações afrocentradas, tem algo a mais.
O policial, branco e racista sem encontrar nada incriminador no carro endurece a abordagem e aponta uma arma para Slim, Queen que tenta apaziguar a situação é alvejada com um tiro e em uma pequena briga com Slim, o policial termina morto. E então começa a história.
Queen que é advogada, comenta durante o encontro que havia perdido uma causa, e o seu cliente — um homem negro — foi condenado a pena de morte. Ao perceber que o policial estava morto, para não cair nas mãos do sistema assim como o seu cliente, ela entende que a melhor solução para eles é fugir.
Realidade
Embora seja somente ficção, o filme de Lena Waithe diz mais sobre nossa realidade do que gostaríamos de admitir. Os jovens negros atiram no policial, branco e racista em legítima defesa, mas entendem que por serem pretos, eles já tinham sido considerados culpados antes mesmo de apertar o gatilho. As opções eram caóticas: ser instantaneamente condenados a morte pelo Estado ou ter a mínima possibilidade de sobreviver, fugindo.
Após fugir do local do crime, na primeira parada o casal descobre que o policial, branco e racista havia assassinado um jovem negro naquele mesmo bairro semanas antes e descobriram também, que toda a briga seguida do assassinato do policial, branco e racista foi filmado pela câmera de segurança da viatura, e o vídeo já tinha viralizado na internet. Dois lados foram instaurados. O primeiro do povo querendo a captura dos jovens e justiça ao policial, branco e racista e o segundo, do povo preto pedindo o fim da brutalidade policial e mais respeito com os corpos negros. A cidade estava em guerra e nos tempos em que vivemos o filme mais parece uma narração da atualidade e nos desperta uma tristeza dupla.
Amor preto
Durante a fuga é que o casal tem a oportunidade de se conhecer, Queen, que já passou por situações muito difíceis em sua vida, se tornou uma mulher fechada, mas a situação exige que ela se abra aos poucos com a única companhia que ela tem: Slim. Entre algumas paradas, esconderijos e disfarces os dois dividem angústias, revoltas e suas incertezas sobre a vida. Como toda mulher preta, Queen quer ser intensamente amada, e compreendida, já Slim que não tem muitas aspirações na vida, está somente em busca de alguém para se tornar o seu legado. Em uma cena cirúrgica, onde o filme mostra o caos que se instalou na cidade após a morte do policial branco, alguns takes do casal se amando nos dão esperança, e tudo o que passou na minha cabeça é que o amor preto cura
Identidade
Muitas questões envolvendo identidade racial são abordadas sutilmente no filme, mas o que chama a atenção é a pluralidade do povo preto. Ao assistir, esperamos que tudo dê certo para os nossos protagonistas, mesmo que em alguns momentos eles tivessem sido displicentes, parando em clubes para dançar e em campos para cavalgar, nós idealizamos o final perfeito da eterna fuga. E imaginamos também a parceria ideal entre os pretos, esquecendo de suas particularidades, durante o filme o casal encontra pretos que estão os apoiando, e outros que os acusam, o que deixa nítido que embora algo os unam, ainda são outras pessoas, com anseios, motivações, aspirações e vivências distintas. E é onde temos o plot twist que nos revolta.
Apesar dos spoilers, recomendamos demais esse filme e se você já assistiu, nunca é demais revisitar. Mas pegue o lencinho, porque o final sempre rende algumas lágrimas.
Estamos quase chegando no Verão, que promete ser daqueles!!
Escuto sempre como bronzear de forma natural, sem precisar se expor tanto ao sol e dessa forma, não agredir tanto a nossa pele. Então vou compartilhar com vocês…
O betacaroteno tem ação antioxidante, combate os radicais livres e previne o envelhecimento precoce da pele, colaborando com a formação e a preservação do colágeno.
Além de levar cor para esses alimentos, essa subståncia faz muito bem à saúde.
Ela estimula o crescimento dos ossos e otimiza o sistema imunológico, por exemplo.
O betacaroteno é precursor da produção de vitamina A pelo organismo e um poderoso antioxidante.
É a oxidação do betacaroteno que dá um tom dourado à pele bronzeada.
Além de estar disponível em muitos alimentos, a quantidade que precisa ser consumida para alcançar a recomendação do nutriente também deve ser levada a sério.
Por exemplo, 100 gramas de cenoura crua já têm quatro vezes a recomendação diária de betacaroteno. Mas isso não vale para todos os alimentos. O que importa aqui é você consumir dariamente, favorecendo assim sua absorção e chegando ao seu bronzeado natural. Não se iluda, ele auxilia, ok? E tudo em excesso não faz bem!!!
Dica extra: Você pode aumentar a absorção desse nutriente incluindo alimentos gordurosos na dieta, como castanhas, nozes ou azeite.
Utilize ingredientes frescos nos sucos e abusar das saladas com folhosos verdes escuros, manga, cenoura e beterraba e arrase no verão. Quer saber mais?
Com toda a repercussão da fala da fundadora da #Nubank, muitas pessoas decidiram encerrar suas contas no banco digital e procurar serviços financeiros oferecido por pessoas negras para movimentar o #Blackmoney.
Confira as opções indicadas pelo @granapretaoficial, para colaborar com o crescimento de serviços que valorizem e contemplem pessoas negras, não só o dinheiro delas.
1º – Conta Black – o serviço reúne mais de 2 mil clientes em todo o BRasil, sendo que 80% deles são negros. “Temos uma parcela da população que não é atendida de forma digna, e a Conta Black se propõe a ajudar na resolução desse problema” conta Sergio All, CEO da Conta Black.
2º – D’Black Bank, Banco Digital voltado para população afrodescendente no Brasil para bancarização e fomento da emancipação da população negra do país, oferecendo desburocratização e melhores condições de crédito no mercado
3º -Banco Afro – Uma forma fácil de pagar e receber pelo celular, usando uma conta sem mensalidade e pegadinhas. Feito pra quem nunca teve conta e também para quem quer usar melhor o seu dinheiro.
4º – Afrocard o cartão que dá descontos em medicamentos, assistência domiciliar, assistência automóvel, assistência funeral, assistência de morte acidental, rede de networkin e aplicativo com benefícios
5º – Ubuntu Finanças – Valorize seu dinheiro, amplie seu capital de formas mais eficaz do que usando a poupança e outras formas tradicionais. Serviço para ampliar o capital, independente do valor inicial, com a proposta de otimizar o dinheiro
A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo entrega à cidade, em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, uma estátua na Praça Clóvis Bevilácqua – face leste da Praça da Sé – que celebra a grandiosidade do legado arquitetônico de Joaquim Pinto de Oliveira (1721-1811).
O projeto da escultura em homenagem a Tebas é conceituado e desenvolvido pelo artista plástico Lumumba Afroindígena e pela arquiteta Francine Moura. A obra tem o objetivo de firmar e reverberar a expertise e modernidade do legado de Tebas, revelar de modo artístico a sua produção tecnológica sofisticada para a época e propor, acima de tudo, uma reflexão que recobra a relevância da ocupação territorial preta em área central da cidade que foi fragmentada ao longo dos séculos.
Com sobrenome herdado da bisavó congolesa, Lumumba, 40 anos, além da ascendência africana direta, também carrega em suas veias a herança indígena. O artista autodidata multifacetado tem repertório extenso que passeia por diversos suportes das artes plásticas. Seu trabalho já ocupou espaços como Funarte, Matilha Cultural, também assinou a cenografia de óperas infantis, no Theatro Municipal de São Paulo – caso das montagens, “O Rouxinol”, de Igor Stravinsky e “O menino e os sortilégios”, obra de Maurice Ravel contemplada com o Prêmio Carlos Gomes e esculpiu personagens do desenho Madagascar para o Beto Carrero World.
(Artista Lumumba / Foto: Marcel Farias)
“Estou muito centrado na minha carreira e tenho uma visão muito clara sobre a pujança que o meu trabalho reverbera no universo das artes e na sua representatividade afro-indígena. A cada avanço da escultura e das minhas inquietações entro em um deslocamento temporal. Perpasso toda a minha trajetória e sei exatamente aonde quero chegar e quem estará ao meu lado nessas realizações. Assinar essa obra fomenta conceitos ancestrais da minha existência que são amálgama da minha base como realizador”, expressa Lumumba.
Curiosamente, a memória e preservação já faziam parte do início da trajetória da arquiteta Francine Moura, 43 anos, mulher preta formada em Arquitetura e Urbanismo no Mackenzie. Com 20 anos de carreira, seus primeiros passos foram na conservação do painel de azulejos do Largo da Memória, quando estagiou no DPH – Departamento de Patrimônio Histórico. Francine é especialista em Projeto de Arquitetura na Cidade Contemporânea e pesquisa espaços públicos e coletivos. Também possui especialização em Educação, Relações Étnico-Raciais e Sociedade e investiga as percepções construídas sobre o corpo da mulher negra e a busca por ressignificações.
(Arquiteta Francine / Foto: Marcel Farias)
“Participar do monumento ao Tebas após convite irrecusável do meu amigo Lumumba tem dimensão simbólica muito forte para mim enquanto arquiteta negra. Contribuir para o reconhecimento do trabalho deste arquiteto nos impulsiona a seguir seu legado. Olhando para a minha produção recente, nos últimos dois anos meu amor, energia e técnica foram dedicados a projetos arquitetônicos e artísticos afro-referenciados em 99% das experiências”, reforça Francine, que também atua profissionalmente como carnavalesca, cenógrafa e diretora de arte audiovisual. Seu último projeto entregue é o da Casa Preta Hub, no Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo.
Coube à paulistana Rita Teles, do Núcleo Coletivo das Artes Produções, alinhavar a produção executiva e artística do aquilombamento e, para demarcar a arte e o protagonismo negro na centralidade da proposta, compôs uma equipe com 90% de profissionais negros para a realização do monumento. “A ideia principal desta empreitada é afastar, de uma vez por todas, a aura de invisibilidade que repousava sobre a história de Tebas. Um monumento que projeta, em grande escala, a contribuição negra para a cidade em que uma criança, ao passar no local, possa se sentir representada com aquela escultura que pode remeter a um super-herói ou, simplesmente, a um homem importante que existiu e lutou dignamente por sua afirmação e espaço“, ressalta Rita.
Os autores – Lumumba e Francine – conectaram-se à fluidez das ideias e, juntos, possuem uma força potente que deságua em um rio de criatividade e expertise, seja de tecnologias, seja na arquitetura, justamente em uma cidade coberta de asfalto e concreto que guarda em seu subterrâneo mais de 200 cursos d’água catalogados pela prefeitura. O resultado dessa união entre o artista e a arquiteta é uma equação cujas variáveis convertem o atual momento dos criadores – a dupla, em suas trajetórias individuais celebram neste ano (2020), 20 anos de carreira, e criam a representatividade de um Tebas que passou por este plano há mais de 200 anos.
“A obra suspensa no ar dará uma ideia de ascensão, como se ela emergisse para fora, do período da escravidão, desse universo perverso, ao mesmo tempo em que temos a presença do high tech, que faz um contraponto ao componente perecível, da corrente de ferro comum, que ficará na base da estrutura ao inox que é um material mais contemporâneo”, contextualizam os autores.
Originário da cidade de Santos, Tebas foi trazido para a capital pelo mestre pedreiro português Bento de Oliveira Lima, seu senhor, em 1740, com exímia habilidade na técnica da cantaria, o talhar de blocos de pedras, logo passou a ser disputado pelos templos católicos, na São Paulo do Brasil-Colônia. A ideia das ordens religiosas era substituir a taipa de pilão – método construtivo tradicional – para adornar com detalhamento mais requintado as fachadas das igrejas do triângulo histórico paulistano. Ele construiu a primeira torre da Matriz da Sé (1750) e, em 1769, reforma a mesma Torre da Sé e, em feito inédito, compra a própria alforria, aos 57 anos de idade, 110 anos antes da abolição da escravidão. Os ornamentos originais dos conventos da Ordem 3ª do Carmo (1775-1778), Ordem 3ª do Seráfico Pai São Francisco (1783) e Mosteiro de São Bento (1766 e 1798) também são de sua autoria. Ele ainda construiu uma fonte pública mais conhecida como o “Chafariz de Tebas”, (1791) no Largo da Misericórdia, onde, atualmente, está o cruzamento das ruas Direita, Quintino Bocaiúva e Alvares Penteado, na região central de São Paulo.
Serviço
Obra Joaquim Pinto de Oliveira Praça da Sé – Rua Anita Garibaldi, região central de São Paulo Entrega – 20 de novembro de 2020 Inauguração oficial – 5 de dezembro de 2020