O caso aconteceu em um estacionamento no estado do Michigan, nos EUA. Jillian Wuestenberg, de 32 anos e seu marido Eric Wuestenberg, de 42, foram presos na última quarta-feira sob a acusação de confronto de maneira criminosa, de acordo com Jessica Cooper, do Ministério Público de Oakland.
Eles foram detidos, mas liberados após pagarem fiança de US$50 mil e aguardam em liberdade. Segundo o Xerife Michael Bouchard, o casal não pode deixar o estado do Michigan e além disso suas armas de fogo também foram confiscadas.
Não ficou claro se os Wuestenberg têm advogados, mas os mesmos deverão comparecer a uma audiência no próximo dia 14. A pena pode chegar a 4 anos de prisão. A discussão começou quando Jillian esbarrou na adolescente de 15 anos Makayla Green e não se desculpou, então a briga evoluiu para mais um caso de policia. Os videos foram postados nas redes sociais pela propria Makayla, e sua mãe Takelia Hill.
O projeto é baseado em um argumento original do indicado ao Emmy e vencedor do WGA Award Stefani Robinson, mais conhecido por seu trabalho como escritor em Atlanta. Stephen Williams, que dirigiu episódios de programas como Watchmen e Westworld.
A verdadeira história do Chevalier de Saint-Georges, conhecido como “Black Mozart”, está chegando aos cinemas por meio de uma equipe criativa e da Searchlight Pictures.
A história de De Saint-Georges é em grande parte incalculável e fascinante. Nascido em 1745 no Caribe francês, o prodígio musical era filho ilegítimo de um escravo africano e dono de uma plantação francesa. Ele alcançou alturas improváveis na sociedade francesa, deslumbrante como violinista e compositor e esgrimista campeão. Um infeliz caso de amor com uma nobre francesa e uma briga com Marie Antoinette e sua corte levaram à sua queda prematura.
Joseph Bologne, Chevalier de Saint-George foi campeão de esgrima, violinista virtuoso e condutor chefe da orquestra de paris. Nasceu em Guadeloupe, ele era filho de George Bologne de Saint-Georges, próspero senhor de terras e senhor de escravos.
A prestigiada casa Searchlight, de propriedade da Disney, financiará e distribuirá o projeto, que será supervisionado pelo vice-presidente sênior de produção DanTram Nguyen, diretor de produção Zahra Phillips e gerente Cornelia Burleigh. WME e gerente Ken Stovitz negociaram em nome de Williams. Robinson é representado por Dianne McGunigle da MGMT Entertainment, Sean Barclay na Gersh e Lev Ginsburg da Ginsburg Daniels LLP.
As vendas dos livros de Djamila Ribeiro, Carolina Maria de Jesus e Ana Maria Gonçalves que pautam o racismo no Brasil, estão entre os recordistas de vendas do mês devido o crescimento do debate sobre antirracismo no país e no mundo.
Na primeira semana de junho, logo após o assassinato de George Floyd por um policial branco em Minneapolis, o “Pequeno Manual Antirracista” de Djamila Ribeiro vendeu mais de 3.000 exemplares, um crescimento de 184% em relação à semana anterior.
O clássico “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, também mais que duplicou suas vendas, na comparação semanal. E “Um Defeito de Cor”, romance histórico de Ana Maria Gonçalves, triplicou. Também tiveram crescimento “Olhos d’Água”, de Conceição Evaristo, e “Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil”, de Sueli Carneiro.
Nesta sexta-feira (3), Djamila Ribeiro comemorou ao publicar em seu Instagram uma foto com todas as escritoras citadas e escreveu: “Nossos passos vêm de longe, sou porque elas são e só ando muito bem acompanhada”.
Nascido em Angola no meio de um conflito armado que acabou por privá-lo de uma infância com o pai, executado por razões políticas. Com a mãe aprendeu a enfrentar as mais duras dificuldades e foi depois da sua morte, decidiu rumar a Portugal.
Em entrevista ao portal de notícias ‘Ao Minuto’, Hoji Fortuna explica que a princípio estava em busca de um “canudo” que lhe daria um futuro melhor, mas nem o título de aluno brilhante conseguiu impedir que fosse alvo de discriminação e cedo se desse conta de que seria duro ser advogado. “Durante muito tempo não consegui explicar o porquê de ter abandonado o curso de Direito”.
Decidiu então, reinventar-se, entrou no reality show ‘O Bar da TV’, da SIC, e venceu. O prémio trouxe-lhe notoriedade, mas o preconceito falou mais alto.
Hoji Fortuna foi vítima de racismo em Portugal e viu o seu potencial ser desacreditado por ser um artista negro: “Não creio que exista alguma pessoa racializada negra em Portugal que não tenha sido em algum momento, senão sistematicamente, objeto de discriminação racial ou xenófoba, quer por meio de micro-agressões intencionais e não-intencionais, por atos racistas normalizados praticados por indivíduos ou instituições, quer por meio de ações gravemente dolosas. E eu não sou exceção”.
“Sou do tipo de pessoa que cresceu com imensos traumas desde tenra idade. E quando se cresce assim, quando os traumas passam a fazer parte da normalidade da vida, a reação natural é sofrê-los e atirá-los para trás, ou seja, esquecer que eles sequer aconteceram. Enterrá-los num canto qualquer da nossa mente para que eles não nos impeçam de seguir em frente. Mas por mais que os queiramos esquecer, qualquer psicanalista pode atestar, eles não desaparecem. E voltam para nos assombrar de formas diversas. Ou vão-se acumulando até que um dia um deles se torna a gota de água que faz transbordar o copo e explodimos”.
Hoji continua e diz que uma entrevista de emprego para um projeto numa grande empresa em Portugal, “foi um grande golpe”, o projeto era novo e muito ambicioso. A posição era uma posição de gestão e “um brilhante estudante de Direito”, assim descreviam os meus professores e colegas referindo-se a Fortuna. “Eu tinha o Título de Residência, que me permitia trabalhar legalmente em qualquer empresa do ramo privado, sentia-me mais do que capaz de preencher os requisitos exigidos e candidatei-me à posição. Ultrapassei as fases todas do processo até a final. E foi-me confidencialidade que eu tinha sido a candidato mais impressionante, mas infelizmente não ia ser contratado por não ter a nacionalidade portuguesa. Aceitei o murro no estômago, mas não consigo descrever o desapontamento e a dor que isso me causou”.
“Apesar de não ter ido a um médico e de fingir para mim mesmo que era apenas mais um golpe e que ia passar, acho que entrei em depressão clínica com esse episódio e a partir daí passei a encarar de forma diferente as minhas expectativas de futuro em Portugal. Decidi parar tudo o que estava a fazer e reinventar-me”.
Hoji Fortuna, trabalhou como ator em Portugal, em Nova Iorque e no Brasil. Neste momento vive a vida “um passo de cada vez” e está no elenco da nova novela da rede Globo ‘Nos Tempos do Imperador’.
Ludmilla lançou na madrugada desta sexta-feira (3) a música “Cobra venenosa”. Em parceria com DJ Will 22, a faixa teve seu primeiro trecho divulgado há algumas semanas. Já na manhã desta sexta-feira, Ludmilla compartilhou nas redes sociais o clipe da música: “Saiuuuu corre pro YouTube”.
https://www.instagram.com/p/CCLzCdaA7Dm/
Dias antes, Ludmilla contou em seu Instagram que, para as filmagens do clipe, todas as pessoas envolvidas foram submetidas a testes de Covid-19.
Em entrevista, Ludmilla disse que ‘Cobra Venenosa’ foi escrita há três anos e para exaltar as mulheres: “Minha inspiração foi exaltar as mulheres que estão ao nosso lado, fortalecendo, acolhendo e apoiando. Esse bonde, ao qual me refiro na música, é o antídoto para o veneno que vemos no dia a dia. Sempre achei que essa música tinha potencial, mas todas as minhas expectativas foram superadas”; Assista ao clipe completo:
Esse novo funk vem como sucessor do EP de pagode da cantora, intitulado “Numanice”, que foi lançado em abril. Contendo seis faixas, o projeto surgiu de uma promessa que a artista fez após ganhar a estatueta de “Melhor Cantora” no Prêmio Multishow 2019.
Quando pensamos em temas como opressão, privilégios e minorias sociais, um dos termos mais presentes nos debates é o Lugar de Fala. Não sei dizer ao certo quem cunhou o termo, mas acredito que, para a maioria das pessoas, Djamila Ribeiro seja uma das maiores representantes do assunto, até porque a autora possui um best seller sobre a temática.
A Internet deu voz a uma quantidade gigantesca de pessoas e muitas das discussões online se transformaram em guerra nas redes sociais. O mesmo fenômeno que fez com que termos, textos, teorias e debates muito importantes fossem promovidos a todo momento, acendeu um alerta para a responsabilidade necessária para discutir os mesmos. O esvaziamento do significado de termos e teorias se tornou algo muito comum, vide Racismo Estrutural sendo utilizado para isentar culpa de indivíduos, militância sendo associada a torcida e reflexões de reality show e Lugar de Fala sendo utilizado para silenciar falas em debates. Irônico porque o termo parece evocar exatamente o oposto do silêncio…
A nossa sociedade é patriarcal, racista, lgbtfóbica e capacitista. Dentro da nossa estrutura social, as vozes que mais ecoam e ditam realidades turvas são as de homens cis, brancos e heterossexuais. Pensar no rumo das pautas minoritárias em uma sociedade que é construída dessa forma é pensar, quase automaticamente, em apagamento e silenciamento das vozes oprimidas e dai vem a importância de se entender e compreender o Lugar de Fala.
A ideia e o conceito de Lugar de Fala surgem da necessidade de se discutir posições e dar voz a discursos de minorias que não tem vez nos diálogos. Nascem da reflexão individual de “quem sou eu dentro desse contexto social?”, “qual é a minha fala e o que estou passando com ela?”, “qual o meu posicionamento para com as injustiças e narrativas ao meu redor?”
Djamila Ribeiro costuma observar que o grupo que tira benefícios dos privilégios se vê universal diante desses debates e aponta as minorias com especificidade ou como exceções.
“Eu sou o normal, o comum, a regra. Você é a mulher, o negro, o LGBT, o indígena, à parte”
Isto é, ao se referenciar como normalidade e apontar características excludentes no outro, os grupos sociais no poder demonstram não se entenderem como parte integrante de um grupo maior e, principalmente, demonstram não conseguir refletir sobre como a imposição de suas ideias afeta os demais grupos sociais.
É preciso compreender que a relevância do Lugar de Fala é compreender sua posição social e discutir/agir de acordo com ela. Existe uma série de reflexões abertas a partir dessa noção que vão desde entender que para existir um oprimido precisa existir um opressor – se existem privilégios existem grupos inevitavelmente perdendo direitos –, até ter criticidade com seus próprios atos e saber como agir para diminuir e lutar contra essas injustiças.
Quando, em meus textos, eu falo sobre todo branco ser racista, é uma forma de fazer com que o grupo de pessoas brancas se entenda como beneficiários dos mecanismos de opressão da população negra. É uma provocação necessária para que os brancos compreendam o lugar que eles ocupam.
Muitos esbravejam e tem dificuldade em aceitar o que eu digo justamente porque não conseguem se entender como um grupo e sim como a normalidade. Não querem ser associados a grupo nenhum, ao mesmo tempo que apontam para outras pessoas e diferenças de forma a definir grupos.
Lugar de Fala é diferente de representatividade. Uma mulher branca falando sobre racismo certamente não me gera identificação nenhuma, enquanto homem negro, mas é importante que uma mulher branca saiba discutir sobre racismo e que, principalmente, compreenda o seu lugar nesse discurso.
O que eu sempre tento reforçar é que o pensar branco com relação ao racismo é entender seu papel, questionar sua realidade e a partir do seu próprio Lugar de Fala usar suas ferramentas e para combater isso. Utilizando de um olhar crítico, é possível sim apontar problemáticas dentro do seu próprio grupo social e utilizar seu privilégio para dar vazão e trazer pessoas negras para falarem sobre isso.
Isso vai desde um professor questionar se sua bibliografia contempla trabalhos e livros de mulheres negras e LGBTs, até você, enquanto aluno, questionar quantas pessoas negras você vê nos ambientes que você frequenta e que espaço e poder eles exercem.
Grada Kilomba, escritora e filosofa negra portuguesa, costuma dizer que ao invés de questionar “eu sou racista?” e esperar uma resposta confortável, brancos devem questionar “como eu faço pra desmantelar o meu próprio racismo?”. Isso é um belo exemplo de como se colocar num espaço de pertencimento do grupo opressor pode ajudar na luta contra a opressão. Lugar de Fala é sobre se entender como parte das engrenagens do conjunto social e aprender a falar e agir a partir dali. Nada tem a ver com silenciar pessoas em meio a debates, é uma forma de organizar a discussão e fazer pensar opressões não só do posicionamento do oprimido, mas também do opressor, suas estruturas e como diferentes formas de combate podem ser utilizados para desmantelar essas injustiças.
A série de lives inicia na próxima terça-feira (7) e será transmitida ao vivo sempre às 16h pelo YouTube da instituição. O sesc convida pensadores e articuladores sociais de diversas áreas para a troca de experiências e reflexões sobre assuntos da atualidade.
Na quarta-feira (8), a força ancestral na celebração da vida será o tema do bate-papo sobre os modos de (re)existir de manifestações culturais e comunidades tradicionais afro-brasileiras do Sudeste, como a Caiumba (conhecida como Batuque de Umbigada) e Moçambiques (presente nos festejos do congado).
Com Iara Aparecida Ferreira, fundadora e coordenadora do Terno de Congado Moçambique Estrela Guia (Uberlândia-MG), membro estadual dos Pontos de Cultura de Minas Gerais e Delegada Nacional dos Pontos de Cultura (representando a Cultura Popular); Mestre Malaquias, conhecido como Preto, fundador e capitão do Moçambique Estrela Guia, casado há 33 anos com Iara, com quem faz parte da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito de Uberlândia; e Antônio Filogênio de Paula Júnior, membro do projeto Casa de Batuqueiro, ligado ao grupo Batuque de Umbigada de Piracicaba, Tietê, Capivari e Rio Claro-SP. Na mediação e apresentação, estará a jornalista e animadora cultural do Sesc Consolação, Renata Celano.
Recentemente premiado pela música do espetáculo Oboró – Masculinidades Negras, pelo prêmio APTR de Teatro, André Muato começou a estudar música, quando tinha 13 anos e segue fazendo shows e trabalhando com arte desde os 14 anos.
Após a gravação do seu DVD Emaranhado, em 2014, e de uma pausa para focar nos trabalhos com teatro e com produção musical, o single Aláfia é a retomada do trabalho autoral de Muato, onde ele inicia um processo de transição e se aproxima de ritmos mais urbanos, como o rap.
Aláfia é uma parceria entre Muato e a atriz e cantora Isabel Fillardis. A criação é fruto da amizade que se construiu entre eles durante a montagem da peça Dona Ivone Lara – Sorriso Negro, espetáculo que contava com ambos no elenco. A produção musical também foi uma parceria, nesse caso com Elísio Freitas, responsável ainda pela mixagem e pela masterização.
A palavra Aláfia, de origem Iorubá, significa “caminhos abertos”. A música dialoga com as dificuldades do momento trazidas pela pandemia e também traz um olhar que abre possibilidades para a superação através da força das pessoas. “É uma mensagem importante para termos fé e pé no chão andando juntos”, explica Muato. Construído durante o isolamento social com a ajuda de amigos, o vídeo conta ainda com participações de artistas como os atores Rodrigo França, Draysson Menezzes e Orlando Caldeira e as cantoras Janamô e Taslim; Confira:
“A Cor Púrpura” foi premiada em 5 categorias na cerimônia desta quarta-feira (01), dirigida por Fernando Libonati. “As Crianças”, “Estado de Sítio”, “Nastácia”, “Oboró – Masculinidades Negras” e “3 Maneiras de Tocar no Assunto” receberam, cada um, dois troféus. “Merlin e Arthur: Um Sonho de Liberdade”, “Angels in America” e “A Ira de Narciso” levaram, cada qual, uma premiação.
Foi uma noite em que se exaltou a produção do teatro negro carioca no ano passado, com “A cor púrpura, o musical”, estrelado por um elenco de atores negros, vencendo cinco categorias, entre elas a de melhor espetáculo.
Na categoria especial, o reconhecimento ficou ainda mais claro com o prêmio dado ao “Movimento teatro negro do Rio de Janeiro”, representado pelo ator e dramaturgo Rodrigo França, da Associação Preta de Teatro e Artes (Apreta), que em seu discurso exaltou artistas e grupos de teatro negros de ontem e de hoje.
Neste ano o Prêmio foi diferente. Os ganhadores participaram da premiação ao vivo, de suas casas. Seguindo os protocolos em tempos de Covid 19, a cerimônia aconteceu em formato Live, no canal do YouTube da APTR. O Prêmio contou com a arrecadação de recursos para a campanha APTR ao Lado do Trabalhador de Teatro, que está em plena execução.
A 15ª Edição do Prêmio APTR de Teatro está confirmada para o ano de 2021, em formato a definir.
Veja o vencedores do 14º Prêmio APTR:
Produção: “A cor púrpura, o musical”
Espetáculo: Empate entre “A cor púrpura, o musical” e “Estado de sítio”
Especial: Movimento teatro negro do Rio de Janeiro
Atriz: Empate entre Analu Prestes (“As crianças”) e Letícia Soares (“A cor púrpura, o musical”)
Ator: Gilberto Gawronski (“A ira de Narciso”)
Jovem talento (Troféu Manoela Pinto Guimarães): Rafael Telles (“O despertar da primavera”)
Direção: Empate entre Miwa Yanagizawa (“Nastácia”) e Rodrigo Portella (“As crianças”)
Autor: Leonardo Netto (“3 maneiras de tocar no assunto”)
Atriz coadjuvante: Patrícia Selonk (“Angels in America”)
Ator coadjuvante: Alan Rocha (“A cor púrpura, o musical”)
Cenografia: Ronaldo Fraga (“Nastácia”)
Figurino: Gabriel Villela (“Estado de sítio”)
Direção de movimento: Sueli Guerra (“A cor púrpura, o musical”) e Valéria Monã (“Oboró – Masculinidades negras”)
Iluminação: Empate entre Anna Turra, Camila Schmidt e Rogério Velloso (“Merlin e Arthur: Um Sonho de Liberdade”) e Renato Machado (“3 maneiras de tocar o assunto”)
Música: César Lira e André Muato (“Oboró – Masculinidades negras”)
Com o objetivo de incentivar a reflexão no contexto desafiador em que nos encontramos, a série Ideias, promovida pelo Sesc São Paulo por intermédio de seu Centro de Pesquisa e Formação (CPF), traz a transmissão ao vivo de debates sobre as principais questões que tencionam a agenda sociocultural e educativa atual. Sempre às 16h, as conferências acontecem pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo, com participação do público e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Na terça-feira, dia 7, o debate Memórias, cicatrizes e fraturas trará reflexões acerca das fragilidades dos patrimônios e acervos, e as relações entre memória e esquecimento no Brasil. Participam a artista e professora da FAU – USP Giselle Beiguelman e a artista e doutora pela ECA – USP Rosângela Rennó, com mediação de Barbara Rodrigues, graduada em artes plásticas e técnica de programação em artes visuais no Sesc Pompeia, e apresentação de Sabrina da Paixão, historiadora e pesquisadora do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP.
No dia seguinte, quarta-feira, 8, A força ancestral na celebração da vida será o tema do bate-papo sobre os modos de (re)existir de manifestações culturais e comunidades tradicionais afro-brasileiras do Sudeste, como a Caiumba (conhecida como Batuque de Umbigada) e Moçambiques (presente nos festejos do congado). Com Iara Aparecida Ferreira, fundadora e coordenadora do Terno de Congado Moçambique Estrela Guia (Uberlândia-MG), membro estadual dos Pontos de Cultura de Minas Gerais e Delegada Nacional dos Pontos de Cultura (representando a Cultura Popular); Mestre Malaquias, conhecido como Preto, fundador e capitão do Moçambique Estrela Guia, casado há 33 anos com Iara, com quem faz parte da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito de Uberlândia; e Antônio Filogênio de Paula Júnior, membro do projeto Casa de Batuqueiro, ligado ao grupo Batuque de Umbigada de Piracicaba, Tietê, Capivari e Rio Claro-SP. Na mediação e apresentação, estará a jornalista e animadora cultural do Sesc Consolação, Renata Celano.
Seguindo com a programação, no dia 9, quinta-feira, estarão em pauta Os efeitos da pandemia na alimentação dos brasileiros. Serão discutidos quais os caminhos para enfrentar a subnutrição e a fome neste contexto de preocupação em relação à disponibilidade e ao acesso a alimentos, agravado pelos fortes impactos sociais e econômicos causados pela pandemia. Dentre os debatedores, estão José Graziano da Silva, ex-Ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome do primeiro governo de Lula da Silva, função na qual coordenou a implementação do Projeto Fome Zero, e Renato Maluf, professor titular do CPDA/UFRRJ, onde coordena o Centro de Referência em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, e membro do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Na mediação, Elisabetta Recine, integrante do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional e professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília. A apresentação será de Mariana Ruocco, assistente técnica da Gerência de Alimentação e Segurança Alimentar.
E encerrando a programação da semana, no sábado, 11, será realizado o debate Direitos das pessoas com deficiência: reflexões para o pós pandemia à luz do conceito de capacitismo. Estarão em xeque discussões sobre os direitos das pessoas com deficiência e uma reflexão sobre o capacitismo – fenômeno social ainda presente de forma velada ou explícita no cotidiano e que afeta a participação social deste segmento. Também será abordado como a adoção da acessibilidade atitudinal, entre outras medidas, pode contribuir para ampliar a qualidade de vida e os horizontes das pessoas com deficiência no cenário pós-pandemia em sociedade. Participam a coordenadora executiva do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas, Marta Gil, e a professora aposentada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Izabel Madeira Maior. O debate será mediado por Jairo Marques, jornalista da Folha de S. Paulo, e apresentado por Giovanna Togashi, doutora em Ciências pela USP e pesquisadora do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP.