De acordo com a revista Variety, a série irá misturar elementos de documentário com esquetes de comédia. A intenção será retratar os bastidores da política norte-americana de uma maneira mais leve e irreverente. A produtora criada por Michelle e Barack Obama, Higher Ground Productions, se unirá ao comediante Adam Conover para produzir a série que se chamará “The G Word with Adam Conover”. A produção, para Netflix, ainda não tem data de estreia.
Conover irá apresentar os funcionários que fazem o complexo mecanismo político dos EUA funcionar e fará uma abordagem satírica das falhas e deficiências desse sistema. Ainda segundo a revista, o programa será vagamente inspirado no livro best-seller do jornalista Michael Lewis, “The Fifth Risk”.
Os Obama fundaram a Higher Ground e assinaram um contrato de produção com a Netflix em 2018. Até o momento, eles produziram “American Factory”, que ganhou o Oscar de Melhor Documentário de Longa-Metragem este ano, e “Crip Camp: Revolução pela Inclusão”, que chegou no catálogo do streaming no mês de março.
Passeio com dicas de Larissa Luz e Lazzo Matumbi é opção criativa para desvendar a ancestralidade cultural da cidade e estará disponível a partir deste domingo (22)
A plataforma Diaspora.Black, uma rede global de pessoas que amam a cultura negra e buscam viver experiências autênticas e inesquecíveis, se uniu à Devassa, marca que está ativamente enaltecendo a criatividade tropical brasileira para disponibilizar a partir deste domingo (22) um roteiro especial, que além de criativo, terá lucro revertido para instituições soteropolitanas Backstage Invisível e Invisível Essencial, que apoiam profissionais do backstage da música que estão sem renda durante e pandemia.
O passeio promete celebrar a ancestralidade cultural de Salvador, cidade que será palco para o segundo Encontros Tropicais, espetáculo ao vivo comandado pela cantora Iza, com participação do maestro Letieres Leite e sua Orkestra Rumpilezz, Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Larissa Luz, BNegão, Mateus Aleluia, ChicoCorrea, João Milet Meirelles e Lazzo Matumbi em um encontro inédito, que será transmitido no canal do YouTube de Devassa e no Multishow neste sábado (21), a partir das 20h.
Pinçados desse line-up incrível, Larissa Luz e Lazzo Matumbi assinam esse novo roteiro cultural especialmente para Diaspora.BLack, com suas dicas mais preciosas para um passeio inesquecível por Salvador, lugar muito importante para as raízes da música brasileira, além de ser a cidade natal desses dois artistas que vão revelar lugares inspiradores.
“Estamos muito felizes em participar desse projeto que fortalece a ideia do turismo com propósito para conhecer Salvador a partir de aspectos culturais e da memória da cidade que nem sempre são lembrados. Esse roteiro é uma opção para que as pessoas conheçam mais da memória da comunidade, do território e da cultura negra local e, dessa forma, aprender um pouco mais sobre os valores afro brasileiros que estão tão presentes tanto na nossa música como no dia a dia”, diz Antonio Pita, co-fundador da Diaspora.Black.
Devassa investe desde 2019 em ações sob seu posicionamento Tropical Transforma, que tem como objetivo glorificar a criatividade transformadora do brasileiro. Com apoio à festivais de música por todo o país e fomento à cultura, a marca criou o projeto #UnidosPelaMúsicaBrasileira durante a pandemia, visando arrecadar fundos para profissionais do backstage da produção de eventos musicais.
Encontros Tropicais: Iza e Orkestra Rumpillez convidam Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Larissa Luz, BNegão, Mateus Aleluia, Lazzo Matumbi, Chico Correa e João Milet Meirelles
Local: Museu du Ritmo – Salvador Data: 21/11/2020 Horário: 20h Transmissão: Youtube.com/Devassa e canal Multishow
Sobre o Grupo HEINEKEN no Brasil
O Grupo HEINEKEN chegou ao Brasil em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo FEMSA e, em 2017, adquiriu a Brasil Kirin Holding S.A (“Brasil Kirin”), tornando-se o segundo player no mercado brasileiro de cervejas. O Grupo gera mais de 13 mil empregos e tem 15 unidades produtivas no país, sendo 12 cervejarias, localizadas em Alagoinhas (BA), Alexânia (GO), Araraquara (SP), Benevides (PA), Caxias (MA), Igarassu (PE), Igrejinha (RS), Itu (SP), Jacareí (SP), Pacatuba (CE), Ponta Grossa (PR) e Recife (PE), duas micro cervejarias em Campos do Jordão (SP) e Blumenau (SC) e uma unidade de concentrados para refrigerantes em Manaus (AM). No Brasil, o portfólio de cervejas do Grupo HEINEKEN é composto por Heineken, Sol, Amstel, Kaiser, Bavaria, Eisenbahn, Baden Baden, Devassa, Schin, Glacial, No Grau e Kirin Ichiban. O portfólio de não alcoólicos inclui Água Schin, Schin Tônica, Skinka e os refrigerantes Itubaína, Viva Schin e FYs. Com sede em São Paulo, a companhia é uma subsidiária da HEINEKEN NV, a maior cervejaria da Europa.
Sobre a Diaspora.Black
Diaspora.Black une o turismo à valorização da cultura negra em uma única plataforma serviços. Cerca de 5 mil integrantes de 15 países estão conectados na rede, que é aberta a todas as pessoas interessadas em conhecer a riqueza da cultura negra. “Mais do que consumo de viagens, trabalhamos com o turismo de impacto, que fomenta a geração de renda, valoriza o saber da comunidade, e aproxima, constrói pontes entre a nossa tradição cultural às pessoas que buscam experiências transformadoras”, afirma o CEO da empresa, Carlos Humberto Silva. A startup está presente em 150 cidades e 15 países, como Uruguai, México, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Itália, França, Guiné Bissau, Cabo Verde, Moçambique e Angola. Nessas locais, a rede promove a oferta de acomodações compartilhadas e experiências turísticas imersivas, como roteiros e vivências guiados em quilombos e diversos locais de memória e cultura negra.
Não, você não está lendo errado. O título desse texto não é uma pergunta, é uma afirmação. Nós, mulheres pretas, temos o direito de ser amadas sim. E já adianto que esse amor vai muito além do romântico. Afeto não é algo que pessoas pretas estão acostumadas a receber, e nem a demonstrar. Não demonstramos aquilo que não recebemos. É indiscutível o fato de que muitas de nós vivenciamos o amor tardiamente. E isso já começa quando não nos reconhecemos, quando ainda não nos admiramos. O processo de construção da autoestima da mulher preta é por vezes doloroso, mas libertador. Olhar para si, e enxergar beleza no que se vê, é um caminho sem volta e é por aqui que devemos iniciar.
Autocuidado não é só skincare. Num mundo onde a beleza padrão ainda é eurocêntrica, a mulher negra precisa exercitar diariamente a compaixão por ela mesma. Explorar o nosso eu interior, entender quais são as nossas necessidades, os nossos sentimentos, e fazer tudo isso sem culpa e sem censura é um autocuidado e uma forma de se (re)conhecer. Quando a mulher preta se enxerga dessa maneira, se amar e ser amada torna-se um processo mais leve, pois é vivenciando esse amor por si que finalmente percebe que sim, merecemos dar e receber amor.
Mas, é preciso trabalhar com os fatos: esse processo não é fácil e nem é rápido. No decorrer de toda essa descolonização a qual estamos lidando, tendemos à internalizar somente as dores. O que mais se ouve falar é sobre a solidão da mulher negra, do quanto não vivenciamos o amor, do quanto o afeto não é para nós. Quando se trata de afetividade e mulheres negras, a primeira coisa que é pautada é a nossa autodestruição. Sempre focam no quanto somos marcadas pela infelicidade de não sermos escolhidas e nem amadas. Mas isso tem que acabar, e já!
Mulheres negras merecem ser amadas. Mulheres negras podem escolher. Isso pode soar como mantra. Aliás, acho que pode até ser. Precisamos entender que “O amor cura” não é apenas uma frase clichê, pois aprender a amar é uma forma de achar a cura que precisamos. Reconhecer as nossas dores e encontrar no amor por si e por outrem, outras formas de curá-las. Em ‘Vivendo o Amor’, Bell Hooks contextualiza isso perfeitamente: “Quando nós, mulheres negras, experimentamos a força transformadora do amor em nossas vidas, assumimos atitudes capazes de alterar completamente as estruturas sociais existentes. Assim, poderemos acumular forças para enfrentar o genocídio que mata diariamente tantos homens, mulheres e crianças negras. Quando conhecemos o amor, quando amamos, é possível enxergar o passado com outros olhos; é possível transformar o presente e sonhar o futuro. Esse é o poder do amor. O amor cura”.
Circule esse amor. Ter uma rede de apoio preta onde possa exercitar o afeto, demonstrar sem amarras tudo o que sente, é uma ótima forma de viver essa cura que só o amor nos proporciona. Precisamos aprender não só a nos amar, mas também a amar outras mulheres pretas. Nós somos únicas e plurais. Somos atravessadas por nossas vivências. Nos reconhecemos umas nas outras. E aprendendo a amar a si mesma, e as outras mulheres pretas, você está mostrando ao mundo que sim, mulheres negras têm o direito de ser amadas.
Hailanny Souza é CMO da Agência e Produtora Freakout, Head de Conteúdo do Influência Negra, fotógrafa, escritora e criadora de conteúdo digital.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta sexta-feira (20) que não existia racismo no Brasil, mas classificou o assassinato de João Alberto como lamentável.
Mourão deu a declaração ao comentar o caso de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos – homem negro espancado e morto por dois seguranças de uma loja do supermercado Carrefour na noite desta quinta (19) em Porto Alegre, um dia antes da celebração do dia da consciência negra no país
Mourão classificou a morte como “lamentável” e disse que o caso é de uma “segurança totalmente despreparada”.
Questionado repetidas vezes pelos jornalistas, o vice-presidente negou que o crime possa ter sido motivado por questões raciais, pois não “no Brasil, não existe racismo”, repetiu ele.
O vice-presidente ainda alegou que racismo existe nos EUA, “lá sim. O pessoal de cor anda separado. Nunca vi disso aqui, posso afirmar. No Brasil, não tem racismo”.
Um dos agressores na morte de João Alberto era segurança do local e o outro, um policial militar temporário. Ambos brancos.
Durante séculos, a opinião mundial se alimentou de pensamentos distorcidos sobre a história da África, inspirados por pensadores europeus como Friedrich Hegel, autor da frase “A África não possui consciência exterior que possa resultar em universalidade”. A África foi rotulada pelos europeus como uma terra sem história, por falta de registros escritos, apesar da escrita ter nascido no continente. Neste artigo pretendemos explicar a força da literatura oral na África, suas manifestações e importância para a manutenção de todo um legado histórico.
A tradição oral sempre teve um importante papel na cultura africana. A maioria das informações culturais, sociais e ancestrais eram transmitidas oralmente, de uma geração em geração. Os griôs e os mais velhos eram, e em alguns lugares continuam, sendo os responsáveis por essas transmissões. Como dizia o escritor Amadou Hampaté Bâ, natural de Mali “Na África, quando morre um velho, é toda uma biblioteca que queima”.
A tradição oral na África conta com quatro principais canais de veiculação e perpetuação das informações, que são a música, a história, os contos e os provérbios.
1. A música
Desde a antiguidade, grandes fatos históricos e grandes nomes de heróis eram imortalizados pela música. Todo povo tinha seus griôs que conheciam sua história de cor e a passavam para seus filhos, visto que em geral, ser griô era uma função hereditária. Até hoje, nos países do Sul do Saara, é comum encontrar um jovem griô de vinte anos que consiga contar a história de uma família por sete gerações através de uma canção enquanto dedilha sua Kora. Além de ser o jornal da comunidade, a música na África também sempre carregou lições de moral, já que ela é destinada a todos. Por isso que muitas músicas tradicionais eram até histórias do dia a dia (storytelling) que findavam com um ensinamento.
2. A história
Outro veículo da tradição oral africana era histórias de fatos contada oralmente. Na sociedade africana, sempre se falou da importância de uma pessoa saber quem ela é. Não há como saber de sua identidade sem conhecer sua história. Por isso, os jovens africanos eram instruídos desde cedo sobre a história de sua tribo, de seu povo, sobre a sociedade, seus fundamentos, e os nomes importantes do povo. Aqui o termo ‘história’, não se refere a algo fictício. Mas dos fatos reais. O lado fictício era desenvolvido nos contos.
3. Os contos
Antes de La Fontaine escrever seu livro, as mães e os velhos africanos já contavam fábulas para seus filhos. E até hoje os contos continuam sendo importantes veículos de sabedoria. As fábulas eram mais curtas e os contos mais compridos. Os dois gêneros tinham em comum a personificação dos animais e sua interação com os humanos. Às vezes, eram usados para explicar de forma lúdica alguns fatos naturais, como por exemplo o porquê do tigre ter listras na pele, ou porque o sol todo dia se põe no oeste, claro explicações bem criativas não muito próximas de tudo que hoje se sabe graças aos telescópios.
4. Os provérbios
Os provérbios são frases curtas que possuem uma lição de moral. A maturidade do homem na África era perceptível pelo uso frequente que ele fazia dos provérbios. Quando uma pessoa diz por exemplo: “A mão que comeu a carne é a mesma que come ovo”, ela quer dizer que a vida tem momentos diversos, altos e baixos. Isso denota o entendimento dele da vida e suas estações. Quanto mais velha a pessoa na África, mais provérbios ela fala. Por isso as vezes para um jovem, é algo complexo conversar com um mais velho porque a cada cinco frases, três são um provérbio e para quem não foi treinado a entender as coisas tão metaforicamente, ou pensar um pouco mais profundamente, leva tempo para entender.
O primeiro meio natural do ser humano se expressar é a palavra, o verbo. Por isso, além de ser um veículo propício à emoção, a palavra do homem na cultura africana tem o maior peso. Ao oposto da cultura européia em que um contrato escrito vale mais que um acordo verbal. Escutar uma história da boca de um mais velho sempre terá mais aceitação na África do que lê-lá de um livro. Sobretudo em determinados assuntos como história, tradições, costumes ou religiões. E pelo lado místico e sagrado das coisas na África, os anciões preferiam transmitir algumas informações apenas a alguns iniciados, que como mensageiros reais, protegiam essas informações com a própria vida. Também precisamos notar que apesar da escrita ser mais precisa na transmissão da informação, ela não garante automaticamente a sua veracidade. Muita informação sobre a África foi escrita pelos europeus, com vários registros incorretos, marcados pela apropriação cultural, ou mesmo adulterados. Como diz o ditado popular: ‘’Os caçadores contaram sua versão da história’’. E não é porque sua versão foi escrita, que é automaticamente verdadeira. Se o parâmetro de credibilidade for baseado nos medidores europeus, a África sempre sairá como inferior.
Contudo, de um tempo para cá, se tem feito um grande esforço para documentar a parte que faltava da história da África. O desafio permanece para a nova geração africana: continuar a obra iniciada pelos mais velhos com o objetivo de corresponder a essa necessidade.
Opai Big Big e Izy Mistura são cantores, compositores e produtores musicais, que formam a dupla Dois Africanos, e vem do Benin e do Togo, respectivamente.
Nicki Minaj, que virou mãe neste ano, fechou contrato com a HBO Max para contar sua história em um projeto inédito. A novidade foi anunciada pela própria rapper, nesta sexta-feira (20), em seu Instagram. De acordo com Minaj, a série irá mostrar uma versão “sem filtro da minha vida pessoal e da minha jornada profissional”. Na legenda, ela afirmou: “Estou mais que grata e animada em compartilhar esta notícia com vocês. Eu não poderia estar mais entusiasmada para ter o HBO Max a bordo para ajudar a contar a minha história desta forma delicada e memorável. Uma forma que os meus fãs vão amar para sempre. Este documentário é outro nível. Posso prometer isso para vocês.”
A produção do documentário é da BRON Studios, com direção de Michael John Warren. É o mesmo diretor dos documentários “Fade to Black” (2004), sobre Jay Z, e “Drake: Better Than Good Enough” (2010), desenvolvido para a MTV.
10 Anos de “Pink Friday”
Nicki Minaj está completando neste fim de semana, dez anos do lançamento de seu primeiro álbum, “Pink Friday” (2010). É o disco que trouxe o hit “Super Bass”, certificado como oito vezes platina nos Estados Unidos. Foi seu primeiro sucesso no Top 3 da Billboard Hot 100.
Para comemorar a data, a rapper liberou nas plataformas digitais uma nova edição do disco – agora chamado “Pink Friday (Complete Edition)”. De novidade, há oito faixas bônus, incluindo participações de Eminem e Lil Wayne em uma outra versão de “Roman’s Revenge”.
O cine África, que estava programado para terminar em novembro, trará novas programações para o mês de dezembro. A nova leva inclui produções da África do Sul, Gabão, Nigéria e Tunísia, com todos legendados e começando a ficar disponíveis à partir do dia 3 de dezembro.
Os títulos dos quatro filmes escolhidos serão “O Africano que Queria Voar” (2016), de Samantha Biffot, “Kasala!” (2018), de Ema Edosio, “Olhe Para Mim” (2018), de Néjib Belkadhi e “Vaya” (2016), de Akin Omotoso.
As exibições serão gratuitas e vão ocorrer no site da plataforma Sesc Digital, cada filme poderá ser assistido por apenas uma semana e estará disponível apenas para o Brasil.
Confira os filmes e semanas dos lançamentos:
03/12 (qui) – “Vaya”, de Akin Omotoso (África do Sul, 2016) – 115 min – Drama – 14 anos;
10/12 (qui) – “Olhe Para Mim” (“Regarde-moi”), de Néjib Belkadhi (Tunísia/França/Catar,
2018) – Drama – 98 min – Livre;
17/12 (qui) – “O Africano que Queria Voar” (“The African Who Wanted to Fly”), de Samantha Biffot (Gabão/França/Bélgica/China, 2016) – Documentário – 70min – Livre;
24/12 (qui) – “Kasala!”, de Ema Edosio (Nigéria, 2018) – Comédia – 90 min – 14 anos.
2020 foi o ano que muitas empresas despertaram para a questão racial. Algumas já tinham programas modestos de diversidade, mas os resultados de inclusão de gênero sempre foram mais expressivos do que a de raça. Um exemplo disso é a 15ª edição da International Business Report (IBR) – Women in Business 2019, realizado pela Grant Thornton mostra que 93% das empresas do país responderam que têm pelo menos uma mulher como líder – acima da média global de 87%.
Selecionamos aqui algumas ações de grandes empresas para diminuir o racismo dentro do quadro de funcionários e também suas estratégicas de impacto social com foco na comunidade negra.
Google Org
Google.org vai apoiar organizações sem fins lucrativos e de pesquisa que tenham seus trabalhos focados no avanço da justiça racial e no combate à violência contra a população negra no Brasil. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 20, Dia da Consciência Negra e envolve doações que totalizam US$ 500 mil (cerca de R$ 2,5 milhões).
A maior parte desta verba (US$ 400 mil; aproximadamente R$ 2,1 milhões) será destinada ao Fundo Baobá, o primeiro e único fundo destinado exclusivamente à promoção da equidade racial no Brasil, que selecionará 10 organizações negras a terem seus projetos financiados pelo braço filantrópico do Google.
Spotify
A plataforma de assinatura de streaming Spotify criou o hub “Pretos no Topo” para ampliar a visibilidade de criadores negros.
No hub também teremos conteúdo de podcasters e criadores negros. Tudo começa com duas novas playlists editoriais de podcasts: a Pretos de Impacto, que destaca personalidades negras de diferentes áreas de atuação; e a Escurecendo as Ideias, com o objetivo de ser uma ferramenta de desenvolvimento de uma consciência anti-racismo e Vidas Negras“, o mais recente podcast original do Spotify, que semanalmente retrata a vida de homens e mulheres negros que fizeram sua contribuição à comunicação, literatura, filosofia, entretenimento, música, ciência, política e religiosidade do Brasil
P&G
A gigante americana P&G lançou o projeto Racial 360° para contratar mais negros e capacitar funcionários e até mesmo fornecedores da comunidade negra. O programa “P&G Para Você”, por exemplo, visa desenvolver estudantes negros com aulas de inglês e mentoria.
“Trabalhamos para ser uma força para o bem e uma força para o crescimento. Queremos dar o exemplo e promover reflexões, conhecimento e consciência. O projeto Racial 360° é mais um passo no caminho para uma sociedade justa e igualitária, por isso, vamos continuar investindo em ações de diversidade e inclusão étnico-racial dentro e fora da companhia”, diz Juliana Azevedo, presidente da P&G no Brasil.
Empregueafro e Movimento Black Money são parceiros da empresa do projeto que também trouxe mais diversidade em suas ações publicitárias contratando nomes como Babu Santana, Mc Soffia, Sheron Menezes, Tia Má e a Thelma Assis.
Nestlé
Helen Andrade gerente executiva de Diversidade e Inclusão na Nestlé Brasil é uma mulher negra e o resultado da sua presença é um programa de mentoria para negros sempre precedentes na história da empresa.
No dia 19 de novembro foi lançado o Programa de Mentoria para Profissionais Negros e a primeira turma conta com 30 profissionais de todo o Brasil, que terão como mentores 30 lideranças nas diversas áreas de atuação da Nestlé. Os mentees ocupam cargos não gerenciais em centros de distribuição, na Sede e nas fábricas pelo País, representando as diferentes facetas da força de trabalho da companhia em localidades onde a Nestlé está presente.
“Queremos que a Nestlé seja um espelho do nosso Brasil, diverso, criativo e inovador, e esse é mais um passo importante para alcançarmos esse objetivo”, defende Helen Andrade.
Grupo Boticário
Com o objetivo de incluir, desenvolver e atrair talentos e gerar awareness para a questão racial no Brasil, o Grupo Boticário criou o Programa Geração B de estágio e trainee, no qual foi eliminada a barreira do inglês e na última etapa de aprovação, 41% da turma de trainees se declararam como pretos ou pardos.
Outra iniciativa realizada foi o “Entrevistaço”, iniciativa de busca e prospecção ágil de profissionais negros no mercado de trabalho para ocupar vagas em aberto e criar banco de talentos negros para acelerar contratações futuras.
“Sabemos que é apenas o começo, mas quando olhamos para 2020 em retrospectiva, já temos 54% das contratações desse ano foram de talentos autodeclarados negros. Em 2019, nesse mesmo período, eram 43%. Há muito a fazer ainda, mas estamos profundamente orgulhosos do caminho que estamos trilhando por uma empresa mais semelhante à população brasileira como um todo”, conclui Bassili.
PepsiCo
Além da continuidade do programa de mentoria para profissionais negros que se iniciou em 2019 funcionários PepsiCo também participam de feiras e palestras, por meio de uma parceria instituída com a Universidade Zumbi dos Palmares.
Já para apoio nos processos seletivos, a PepsiCo uniu-se com a Comunidade Empodera e tem à disposição um centro de talentos com mais de 50 mil perfis de estudantes universitários, sendo 62% de mulheres e 52% de negros.
“Para nós, a diversidade é um diferencial para o negócio, pois garante pontos de vista distintos, gerando mais inovação e conexão com os vários perfis de consumidores”, defende Fábio Barbagli, VP de Recursos Humanos da PepsiCo.
Basf
A BASF conta com grupos de afinidade que atuam nos temas prioritários definidos pela companhia: equidade de gênero, diversidade sexual, equidade racial e inclusão de pessoas com deficiência. Um dos quatro grupos de afinidade da empresa, o BIG (Black Inclusion Group) foi criado em 2017 com a missão de promover a conscientização da diversidade étnico-racial.
“O BIG é uma plataforma de incentivo à educação sobre a luta da equidade racial. De forma coletiva, criamos iniciativas que despertam o diálogo e motivam as pessoas a pensarem mais sobre essa questão”, comenta Tayse Cruz, analista de Sustentabilidade da BASF e líder do BIG na fábrica de Guaratinguetá (SP).
Avon
Avon lançou um pacto com o compromisso antirracista de contratar mais mulheres negras para cargos de liderança. Neste mês de novembro a empresa, a empresa fez o lançamento de produtos para mais tons de pele em seu portfólio atendendo a diversidade real das brasileiras. O processo envolveu muitas mulheres negras.
“Queremos uma Avon tão diversa quanto o Brasil pois a sub-representação de mulheres e homens negros não só desperdiça talentos, mas renuncia perspectivas diferentes que contribuem para ampliar nossa capacidade de inovar, ampliar nossa competividade e conexão com nossas clientes”, afirma Daniel Silveira, Presidente da Avon Brasil. “Acreditamos ter um papel fundamental no processo de mudança da sociedade e esperamos inspirar outras empresas. O caminho ainda é longo para que possamos reparar as injustiças históricas, mas essa jornada será trilhada com consistência em cada passo”, completa o executivo.
Bayer
Entre setembro e outubro de 2020, a Bayer organizou o primeiro Programa de Trainees exclusivo para a população negra de sua história – que foi, também, o maior já realizado pela empresa em número de vagas.
Para auxiliar a empresa em ter mais diversidade racial e reter pessoas negras contratadas, foi criado em 2015 o grupo de diversidade étnico-racial BayAfro, que é parte do Comitê de Inclusão e Diversidade e de que fazem parte colaboradores negros da empresa.
Desde então o grupo – e a Bayer, de forma mais ampla – têm buscado promover iniciativas inclusivas interna e externamente.
As oportunidades estão aí e quem sabe uma dessas empresas tem uma vaga com a sua cara?
Estão abertas as inscrições para a Conferência Juntos 2020, evento realizado pela McKinsey & Company em parceria com grandes empresas como Itaú Unibanco, J.P. Morgan e Bristol Myers Squibb e com foco em diversidade racial e inclusão no mundo corporativo. A Conferência acontece nos dias 21, 25 e 28 de novembro de 2020, com duração aproximada de 3 horas por dia. Este ano, pela primeira vez o evento será 100% digital e continuará com o propósito de influenciar a formação de uma geração de jovens profissionais negros por meio de ações em três pilares: inspiração, desenvolvimento e conexão. Inscrições podem ser através deste link .
Na programação do evento estão previstas palestras com profissionais negros de destaque no mercado e lideranças da McKinsey, sessões de treinamento em colaboração com Cia de Talentos e exposição de empresas engajadas na diversidade racial.
Entre os palestrantes, estão confirmadas as participações de nomes como Luana Génot, fundadora e diretora executiva do ID_BR; Samantha Almeida, diretora do Twitter Next no Brasil; Mafoane Odara, gerente do Instituto Avon; Giovani Rocha consultor de políticas educacionais, Nina da Hora, cientista da Computação e ativista por negros na tecnologia; Sofia Esteves, fundadora e presidente do Conselho da Cia de Talentos; Aldemir Cruz, Diretor de Estratégia e Operações de Negócios na BMS entre outros.
Realizada anualmente desde 2018, a Conferência Juntos é destinada principalmente ao público negro composto por estudantes universitários (com graduação prevista para os próximos dois anos) e jovens profissionais com até seis anos de formados, sendo que todos são bem-vindos para acompanhar a programação.
A cantora e compositora Liniker será a protagonista da nova produção nacional do Prime Video, a série “Manhãs de Setembro”. A obra teve o primeiro trailer oficial divulgado nesta quinta-feira (19). No vídeo, Liniker aparece ao lado de um garoto, enquanto a trilha sonora toca uma versão da música cantada por ela que dá nome à série.
Na série, a artista irá interpretar a personagem Cassandra, uma mulher trans que decide deixar a vida antiga para trás e começar do zero. Ela se apaixona novamente, conquista a independência e finalmente alcança o sonho de ser cover da cantora Vanusa. Quando parece que ela finalmente está no controle de toda a situação, a ex dela, Leide, reaparece com uma criança que ela diz ser filho delas.
A primeira temporada da produção terá cinco episódios e, apesar de não ter data prevista para ser lançada, deve chegar no serviço de streaming da Amazon em 2021.