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As Rainhas loiras da TV e os danos na autoestima das crianças negras

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Quem foi criança na década de 80, 90 e no início dos anos 2000, vai se lembrar com exatidão das mulheres que dominavam as programações infantis nas manhãs semanais, entre brincadeiras e desenhos, lá estavam elas, loiras, cabelos lisos, olhos claros e a pele bastante branca. Parecia um consenso de que esse tipo de estética cairia no gosto dos adultos e representaria todas as crianças do Brasil.

Ligar a TV nas manhãs de sábado e acompanhar o concurso da paquita mais bonita , mais loira e mais parecida com a rainha era comum. Que nenhuma era negra, todo mundo já sabe, a questão são os danos que essa não representação causou na subjetividade das crianças negras, que encaravam com acomodação o seu não lugar, “ se não estou ali é por que não mereço estar”.

E seguia-se o baile, do lado de cá da telinha meninos e meninas com a pele escura, cabelos crespos e olhos negros entediam o recado.

Passa-se a rejeitar quem são. Atrelados a essa não presença na tv, existiam os desenhos animados, os livros de literatura, os brinquedos, as bonecas, as roupas que não faziam sequer menção a esse sujeito negro ainda em formação.

Com o adjvento da internet e de questões relacionadas a publicidade, tais programas entraram em declínio e saíram da grade de programação das grandes emisssoras abertas, dividindo-se entre canais fechados e plataformas virtuais. Porém não são todas as famílias que podem pagar por isso.

Atualmente estou apresentando na TV aberta, TV Kirimurê o programa infantil Afroinfância, aos domingos. Da minha própria casa, sem grandes produções, mas comunicando para crianças com nossas referências e representação.

Na minha infância jamais poderia imaginar que um dia ocuparia esse lugar que, para mim, tem um peso enorme. Principalmente vindo de uma infância tão afetada pelo racismo que solapava a minha identidade e me fazia acreditar que era inferior a determinados padrões.

Através da programação que envolve desenho animado, oficinas e brincadeiras muitas crianças terão as suas infâncias celebradas de forma justa.

A criança negra poderá se enxergar através de um espelho autêntico, afinal existe o respeito a sua identidade e cuidado com a sua autoestima.

Coleção ‘Feminismos Plurais’ está disponível gratuitamente em plataforma digital

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Imagem/Divulgação

Reflexões de autores negros sobre racismo, feminismo, estética, religião, empoderamento e encarceramento estão disponíveis gratuitamente na vitrine da plataforma “Eu Faço Cultura”. A coleção, que foi coordenada pela filósofa e escritora Djamila Ribeiro, reúne oito volumes e 500 exemplares impressos, sendo composta por oito volumes e cerca de 500 exemplares impressos.

Podem realizar o resgate alunos de escolas públicas, beneficiários de programas sociais do governo federal, população de baixa renda, jovens de 15 a 29 anos portadores da Identidade Jovem, idosos, portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes e microempreendedores individuais e representantes de organizações não-governamentais.

“Lugar de Fala”, de Djamila Ribeiro, é o primeiro volume da coleção. O livro faz uma reflexão sobre quem tem direito à voz numa sociedade estruturada e machista, em que os brancos estão no topo da pirâmide e as mulheres negras na base. “Lugar de fala não é impedir alguém de falar, é dizer que outra voz precisa falar”, explica a autora.

 A questão racial é tratada em dois volumes: “Racismo Recreativo”, de Adilson Moreira, e “Racismo Estrutural”, de Silvio Almeida. Adilson Moreira cita o ambiente de trabalho e programas de televisão em que há casos de discriminação racial, mas não são tratados dessa forma. Silvio Almeida analisa o sistema de organização da sociedade que cria condições desiguais para o negro.

História e religião estão no foco de dois babalorixás: Sidnei Nogueira, autor de “Intolerância Religiosa”, e Rodney William, autor de “Apropriação Cultural”. Nogueira apresenta um histórico da intolerância religiosa no Brasil, desde a chegada dos portugueses e dos jesuítas até a ascensão das religiões evangélicas. William escreve sobre a aculturação dos costumes dos povos escravizados e defende um debate amplo, saindo do comum.

O olhar feminino está presente em mais três obras: “Interseccionalidade”, de Carla Akoterine, “Encarceramento em massa”, de Juliana Borges, e “Empoderamento”, de Joice Berth. Carla Akoterine e Juliana Braga analisam a condição negra e a opressão da sociedade, desde o período colonial, quando escravos eram oprimidos pelos proprietários, com a permissão da Justiça. Joice Berth escreve sobre o empoderamento coletivo e individual, e como a estética negra é desvalorizada.

Link para acessar o site da plataforma: eufacocultura.com.br

Expoente do jazz nacional, Jonathan Ferr lança seu primeiro single

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Carioca do subúrbio de Madureira, o pianista Jonathan Ferr é tido atualmente como um dos principais nomes do jazz brasileiro. É sob esta chancela que ele recentemente assinou contrato com a Som Livre e lança nesta sexta-feira (22) seu primeiro single, “Saturno“, pelo selo slap. A faixa é carregada de swing, força e camadas que têm o intuito de conduzir a uma viagem cósmica sem volta para o referido planeta e chega ainda com um clipe/filme. O produto audiovisual mescla a linguagem cinematográfica do curta-metragem com as colagens de um videoclipe em um hibridismo cheio de poesia e imagens sobre amor, afeto, ancestralidade e o tempo.

No novo single – que conta também com sua banda, formada por Caio Oica na bateria, Facundo Estefanell no contrabaixo e Alex Sá no saxofone – Ferr assina ainda como compositor, produtor musical e é o responsável pelos arranjos de cordas e regência. Já no filme, Jonathan atua e divide a direção com Phillipe Rios, enquanto a produção executiva fica por conta de Tânia Artur, que também é empresária do artista.

Apontado pelo jornal EL País como o “garoto-estandarte do jazz carioca” -, Ferr juntou de tudo para trilhar caminhos musicais que desconstroem a erudição como algo inerente a estilos mais complexos. Usando elementos de outros ritmos – como funk e hip-hop – para fazer um jazz mais urbano e popular, o pianista é um representante brasileiro do afrofuturismo – movimento que mescla tradições africanas com ficção científica e fantasia para rever o passado negro e criar novas narrativas -, explorando as fronteiras do jazz com o broken beat e outros eletrônicos, além de utilizar recursos como o vocoder, instrumento que faz com que os timbres de voz soem robóticos.

O nome da faixa, inclusive, foi inspirado por Sun Ra, considerado o pai do afrofuturismo, que também era pianista de jazz e criador de seus próprios filmes. Ele abandonou seu nome de nascença e adotou o nome e a personalidade de Sun Ra – sendo Ra um deus da mitologia egípcia -, alegando ser o “Anjo da Raça” de Saturno.

Inscrições abertas e gratuitas para oficina de iluminação cênica para mulheres

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Milena Pitombo/Foto por Etz Foto Raiz

O projeto “iluMINA!”, realizado pela Dimenti Produções Culturais, abre inscrições para oficina de luz para cena, coordenada pelas iluminadoras Milena Pitombo, Maria Carla e Larissa Lacerda.

Na oficina, serão abordados conteúdos como a história da iluminação (dando enfoque à participação de mulheres importantes para a área), os fundamentos básicos para luz, como cor, intensidade, ângulo, direção, qualidade etc., e noções técnicas que envolvem reconhecer equipamentos, lâmpadas e lentes, além de noções de eletricidade básica.

60 vagas gratuitas são oferecidas para mulheres da Bahia que desejem se instrumentalizar nesta área, desenvolver um olhar sensível para a arte de iluminar e construir seus projetos de luz em diversas circunstâncias: em casa, para uma câmera ou dentro de um teatro.

Interessadas devem preencher o formulário online disponível em https://tinyurl.com/oficinailumina, até o dia 29 de janeiro. A lista de inscritas será divulgada no dia 1º de fevereiro e as aulas se realizarão, em formato online, de 2 a 20 de fevereiro, às terças e quintas, das 18h30 às 21h, e aos sábados, das 9h30 às 12h, totalizando uma carga horária de 20 horas.

Neste percurso, será proposto que cada participante escreva um miniprojeto artístico, com foco na conceituação de um projeto de luz de sua autoria, para ser avaliado pelas instrutoras. A partir disso, 12 alunas serão selecionadas para uma segunda etapa de orientação individualizada, com 8 horas de acompanhamento de seus processos criativos, com oferta de uma bolsa-auxílio de criação no valor de R$ 800. Os resultados artísticos desta etapa serão apresentados ao público no final do mês de março.

O projeto “ilumina!” tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Fãs do casal Luriany derrubam twitter da BBB Lumena, por ela usar o emoji que “representa o casal”

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Imagem/Reprodução: Instagram

Nesta sexta-feira (22), o twitter da mais nova brother Lumena foi derrubado da rede social, por causa das diversas denuncias que foram feitas na plataforma. O motivo é que os fãs do casal Lucas e Hariany, da fazendo 11, sentiram-se incomodados por ela usar o mesmo emoji que, segundo eles, representam o casal.

O fandom defende que “flecha é Luriany” e insistem em querer que a assessoria da nova sister não utilize o emoji em nenhuma postagem ou rede social. Lumena, sempre usava uma flecha em suas postagens porque para ela, tinha um significado ancestral e profundo.

“O principal é o Ofá, um dos emojis mais usados por ela por ser a ferramenta de Odé (Oxóssi). 🏹 Lumena é filha do caçador, aquele que sai com uma flecha só e retorna com a fartura garantida para a comunidade. Certeiro, dinâmico, talentosíssimo, jamais deixaríamos de registrar a sua presença nos caminhos de Lumena.” Falou a assessoria.

Contudo, os fãs clubes do casal, intitulado “Luriany” derrubaram o twitter da psicóloga e subiram uma # na rede social, afirmando que “Flecha é Luriany”. A conta oficial de Lumena pediu para que o twitter reativasse a conta e, mesmo não sabendo que os fãs clubes utilizavam o emoji, vai deixar de usá-lo.

A participante da fazenda, Hariany, disse que chegou ao seu conhecimento a “briga pelo emoji”, que não compactuava com isso e pediu para que parassem de derrubar a conta oficial da nova sister.

Segundo LP de Zezé Motta, lançado em 1979, finalmente, chega às plataformas de streaming

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A voz poderosa de Zezé Motta ecoa na história da música brasileira há muito tempo desde os antigos anos setenta, quando Zezé gravou seu primeiro disco solo em que compositores do porte de Rita Lee e Moraes Moreira entregaram canções inéditas para ela gravar. Além disso, sua voz imortalizou clássicos como Trocando em Miúdos de Chico Buarque e Francis Hime e Pecado Original de Caetano Veloso que nunca mais foram as mesmas depois de sua interpretação.

De 1975 a 79, lançou três LP’s, um deles foi o “Negritude“, disco lançado pela gravadora Warner Music que trouxe na voz de Zezé canções de João de Aquino, Aldir Blanc, João Bosco, Wilson Moreira e Ney Lopes, Rosinha de Valença e Maria BethâniaPaulo Cesar FeitalTunai e ouros compositores.

Pela primeira vez no digital, Negritude, originalmente lançado em 1979, chega às plataformas de streaming completamente remasterizado, trazendo muito mais qualidade de áudio e clareza à voz incomparável de Zezé Motta em faixas como “Aí de Mim”, “Manhã Brasileira”, “Senhora Liberdade” e muito mais.

Desde o começo, a Warner queria que eu gravasse samba. Mas eu não queria ser rotulada de sambista. Nada contra, mas eu queria ser livre para cantar vários gêneros. E era também uma atitude política por perceber que queriam me pregar esse rótulo pelo fato de eu ser negra. Eu estava numa fase de militância mais radical e criei essa resistência. Mas para o segundo LP da minha carreira, o Negritude, realmente me convenceram de que eu estava vendendo abaixo do esperado e que seria interessante tentar o caminho sugerido por eles. Aí já era uma questão de mercado, e naquela época eu não podia botar a militante à frente da artista e topei fazer um disco de sambas. Então foi a vez da gravadora promover uma feijoada na casa do Sérgio Amaral para o pessoal do samba. Compareceram: Martinho da Vila, Monarco, Padeirinho, João Bosco, Manacéa, Wilson Moreira, Ney Lopes. Uma turma de bambas. E assim saiu o disco.” Afirmou Zezé Motta, que nos anos 80, lançou mais três trabalhos como cantora: “Dengo”, “Frágil força” e, com Paulo Moura, Djalma Correia e Jorge Degas, “Quarteto negro”. E não parou por aí. Apresentou-se, representando o Brasil, a convite do Itamaraty, em Hannover (Alemanha), no Carnegie Hall de Nova York (EUA), França, Venezuela, México, Chile, Argentina, Angola e Portugal.

Atuando com assiduidade na televisão, no cinema e nos shows, e saudada como a mais importante atriz-cantora do país, Zezé Motta durante seus mais de 50 anos de carreira, rompe barreiras e coloca no centro da cena artística nacional as múltiplas dimensões do protagonismo feminino e negro em tela. O seu imenso talento e carreira inspiram atuais e futuras gerações de mulheres que lutam por expressão, espaço e oportunidade.

Cantora, atriz, mãe de quatro filhos, ativista. Cinquenta e quatro anos de carreira. São 14 discos, 35 novelas e mais de 55 filmes. Impossível não se orgulhar. Não apenas pelos números. Mas também por sua história de luta contra o racismo. Esta é Zezé Motta.

Já cantei com gente do melhor gabarito. Só pelo Projeto Pixinguinha, fiz dois shows maravilhosos. Um, dividindo o palco com Johnny Alf, outro com Marina e Luiz Melodia. Quando Marina e eu cantávamos Mania de Você (Meu bem / você me dá / água na boca), da Rita Lee, dávamos um selinho e o público vinha abaixo. Viajamos três 66 meses pelas principais capitais do País. Em Salvador, lotamos o Teatro Castro Alves, tivemos que fazer sessão extra. Em Paris, fiz no Olympia um recital com Paulo Moura, fruto do CD Quarteto Negro – Paulo, Jorge Degas, Djalma Corrêa e eu –, gravado pela Kuarup em homenagem aos 100 anos da Abolição. Neste trabalho, tem uma canção minha em parceria com o Degas chamada Semba.” Completou Zezé.

Ouça gratuitamente Negritude, aqui: https://lnk.to/Negritude

Nanah Damasceno, ex-mulher de Rodriguinho, acusa o cantor de agressão

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Foto: Reprodução/Caras

A cantora Nanah Damasceno acusou o seu ex-marido, Rodriguinho, de agressão. Rodriguinho foi integrante do grupo “travessos”, é cantor e produtor. Desabafando, nos stories do instagram, Nanah contou que foi agredida por ele em uma festa e que não foi a primeira vez, segundo a mesma, ele a agredia durante os nove anos que foram casados.

“Gente, eu estava na festa da Heloísa com meus filhos e eu cansei de esconder o filho da puta que o Rodrigo é! Ele é um desgraçado, foi um abusador, tive um relacionamento abusivo durante anos. Não sei o que deu nele, o que ele viu. Ele me bateu dentro da festa! Eu estava saindo e ele me bateu, como já me bateu várias vezes”, começou ela, chorando.

“Esse é o Rodriguinho de vocês. Fui mulher pra aguentar um cara desse durante anos. E quando me separei, me separei da melhor forma, pra ele ficar bem, não queimar ele no Brasil inteiro! Só que é essa bosta que ele é, esse lixo, um abusador!”, continuou Nanah, que apagou o vídeo horas depois.

Rodriguinho é pai dos dois filhos da cantora e se separaram em novembro de 2019. A assessoria do cantor foi procurada após a divulgação dos vídeos, mas não se pronunciou sobre o caso. O nome do cantor está viralizando nas redes por causa das acusações.

Cultura afro-brasileira é celebrada em roda online dos grupos ‘Afrolaje’ e ‘Memória Ancestral’

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Foto: Reprodução

O Grupo Afrolaje apresenta a sua roda virtual de Jongo, dança afro-brasileira criada por africanos na diáspora, e o projeto Memória Ancestral, com participação do Mestre griô Sana Cissokho, de Senegal. 

O evento acontece no dia 31 de janeiro, às 18h30 e traz muita música, dança, percussão e troca, numa roda ao vivo, que será transmitida pelo Facebook do grupo. Segundo a coreógrafa e atriz Flavia Souza que, com o professor Ivan Karu, coordena o Grupo Afrolaje., a roda contribui para a valorização da autoestima das crianças, jovens e adultos, desmistificando a visão sobre o corpo afro-negro e das culturas de matriz africana.

O projeto foi idealizado com o auxílio de pesquisas de campo, encontros e debates com mestres das culturas populares de matriz afro, o grupo desenvolve o movimento, a sororidade e traz ferramentas históricas para seus integrantes e consequentemente para a sociedade. 

A roda é aberta á todos os públicos, o objetivo do projeto é resgatar, preservar e difundir a diversidade através da dança, música, percussão, apresentações e divulgação junto às escolas e espaços públicos e privados. 

“A música percussiva e as danças de matriz africana são um dos principais símbolos culturais do país. Temos uma história rica, mas pouca difundida”, analisa Flavia.

Confira a página do grupo: Afro Laje

Sobre a Afrolaje:

 A ASSOCIAÇÃO CULTURAL GRUPO AFROLAJE – dança música, percussão e pesquisa – foi fundada, em 2012, no Engenho de Dentro, região do Grande Méier, no Rio de Janeiro, pela coreógrafa, atriz e professora Flavia Souza, ativista cultural e pesquisadora, e pelo professor de capoeira Ivan Jr (Karu).

O projeto surgiu na laje da casa de Flavia, como uma releitura da ressignificação da laje das casas de comunidades carentes do Rio de Janeiro, lugar reconhecido como um espaço de encontro de guetos e foco de resistência cultural. Através do Jongo, capoeira angola e outras manifestações de patrimônio imaterial do Brasil, o Afrolaje reúne apresentações pelo Theatro Municipal do Rio, Teatro Carlos Gomes, Circo Voador, Engenhão, Festival Madalenas em Berlim, turnê pela Itália, cerimônia no consulado da Angola, participação nas Olimpíadas 2016 e diversos shows, oficinas e cerimoniais pelo Brasil e exterior.

Também recebeu variados prêmios como o Fazedores do Bem, em 2017, pelo recorde de inserções em mais de 300 escolas e Menção Honrosa Ubuntu, no teatro Carlos Gomes, em 2020. Memória Ancestral Criado pelo Grupo em maio de 2020, o projeto tem como objetivo dar visibilidade e voz aos Mestres e Mestras do Jongo e demais manifestações populares afro-culturais, que tanto se dedicaram a manter a cultura popular de matriz afro viva, não só na sua comunidade, mas em todos os espaços possíveis. E em tempos de pandemia através das redes sociais do Afrolaje foi possível dar continuidade ao conhecimento e proporcionar diálogos culturais à distância.

Sobre o Memória Ancestral:

Criado pelo Grupo em maio de 2020, o projeto visa dar visibilidade e voz aos Mestres e Mestras do Jongo e demais manifestações populares afro-culturais, que tanto se dedicaram a manter a cultura popular de matriz afro viva, não só na sua comunidade, mas em todos os espaços possíveis. Através das redes sociais do Afrolaje foi possível dar continuidade ao conhecimento e proporcionar diálogos culturais à distância.

Família Rigueira deve pagar 14 anos de salários a Madalena Gordiano

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Foto: Reprodução

Na última terça-feira (19) o Ministério Público do Trabalho (MPT), Madalena Gordiano e os investigados do caso firmaram um acordo judicial. De acordo com informações do site BHAZ, na audiência a proposta do acordo, propõe o pagamento de 14 anos de salários mínimos para Madalena, incluindo os benefícios trabalhistas. E como parte do acordo, os investigados  Dalton e Valdirene Rigueira deverão pagar uma indenização por danos morais.

“O acordo também tem por finalidade coibir os empregadores de repetir a conduta de submissão de trabalhadores domésticos a condições análogas à de escravo. Com a assinatura do documento, os empregadores assumem 22 obrigações que resguardam direitos dos empregados domésticos, incluindo regras de anotação de carteira de trabalho, remuneração, jornada de trabalho, intervalos intra e interjornadas, descansos semanais remunerados e férias”, explicou o procurador do MPT.

O cálculo do valor a ser pago a Madalena por 14 anos, teve como base o valor de um salário mínimo mensal, de R$ 1.045. Os 14 anos de pagamento foram definidos considerando os anos que Madalena trabalhou na casa da família Rigueira, de 2006 a 2020. 

Estão previstos para entrar no acordo os benefícios como 13° salários, férias, 1/3 de férias, aviso prévio, multa de FGTS e indenização por trabalho em finais de semana e feriados. Dalton Rigueira e Valdirene Rigueira deverão pagar uma indenização por danos morais causados à vítima.

Informações sobre outras possíveis penalidades a família Rigueira não foram divulgadas, mas por lei é prevista uma sanção criminal por manter um trabalhador em condições análogas à escravidão.

“Foca na preta” música que despreza mulheres negras viralizou nas redes sociais

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Foto: Reprodução/Youtube

Nas últimas semanas milhares de “challenges” com a música “Foca na Preta” foram publicados nas redes sociais, muitas mulheres postaram o desafio para enaltecer mulheres negras e mostrar o antes e depois de uma make ou um novo penteado.

Mas o que poucas pessoas sabem é que a continuação da música é extremamente racista, diminui e humilha mulheres pretas. Confira o trecho da continuação da letra:

“Já que a branquinha não quer dar… Eu vou focar nas pretas!” 

A frase problemática passa despercebida nos challenges do Instagram e TikTok, e a música ficou popular como um hit que enaltece mulheres negras, quando, na verdade é o oposto.

Nesta quinta-feira a rapper Stella Yeshua –que havia feito o challenge com a música- fez um IGTV detonando a letra e lembrou de épocas em que viveu situações parecidas com a da música, a época que mulheres negras eram preteridas nas festas:

 “É tipo assim, vai no resto, né? (…) A gente fica sem ar, porque a gente tem a mente preparada pra ser 2º opção, Lembrando o tempo da pré adolescência quando vc ia pro ‘jet’, os caras só chegavam em você 3 da manhã, 4..” “Se a branquinha não quer 22h15, você tenta todas que tem aí se elas não quiserem, 3 da manhã, vocês focam na preta!” desabafou a rapper

“Minha missão maior é relembrar as minhas irmãs, as mulheres que se parecem comigo, quem nós somos! Por mais que a sociedade, os homens, sempre encararam a gente como segunda opção o que precisa ser alertado é como a gente enxerga a nossa beleza.” continuou a rapper

A música original não é mais divulgada pelo Mc MR Bim, no lugar, para o Youtube foi feito um clipe com a letra “Foca no Preto” com outro contexto, mas a versão “Foca na Preta” ainda está disponível em todas as plataformas e é atualmente a de maior sucesso.O grande sucesso do Mc Mr Bim, humilha, e desvaloriza a mulher preta, a colocando como segunda opção, como o resto, como fácil. Porque “Já que a branca não quer dar, eu vou focar na preta”. Em uma época em que tanto é falado da hipersexualização e solidão da mulher preta uma música como essa é escrita, faz enorme sucesso e ainda viraliza nas redes sociais

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