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União Africana planeja implantação do passaporte único para 2021

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União Africana; foto/reprodução: Google

Em 1º de janeiro de 2021, foi anunciada a Área de Livre Comércio Continental da África (AfCFTA). Esta área visa reunir 1,3 bilhão de pessoas em um bloco econômico de US$3,4 trilhões, criando um mercado único para bens e serviços, além de uma união aduaneira com livre circulação de capitais e viajantes a negócios.

Como um dos principais objetivos da Agenda 2063, a União Africana (UA) anunciou em 2016 que previa a implantação do passaporte único para todos os africanos até 2018, visando e otimizar o uso dos recursos de África para o benefício de todos os africanos e remover as restrições à capacidade dos africanos de viajar, trabalhar e viver no seu próprio continente.

Apesar de alguns empecilhos terem afetado o prazo estipulado anteriormente, os primeiros passaportes da já foram emitidos para líderes de governo, diplomatas e funcionários da UA e a retomada para atender a todo o continente está prevista para acontecer este ano, como parte da Área de Livre Comércio. Segundo a UA, países como Ilhas Maurícios e Ruanda assumiram a liderança na garantia de viagens mais fáceis dentro da África, flexibilizando as restrições de visto em alguns casos, adotando visto eletrônico.

Já Benin, Gana e Seychelles, retiraram totalmente os requisitos de visto para todas as pessoas africanas, tornando mais próximo o sonho de cidadãos africanos viajarem livremente dentro de seu próprio continente.

Espera-se que a livre circulação de africanos em África proporcione vários benefícios para os países participantes, dentre eles a promoção da identidade pan-africana, facilitação da mobilidade laboral, transferência de conhecimentos e habilidades, além de integração social, estímulo do comércio e do turismo.

Coala.Lab lança o EP que traz registro do encontro inédito entre Gilberto Gil e os Gilsons

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Coala Festival criou o Coala.Lab, braço que funciona como uma plataforma de lançamentos, selo e proposta de novos negócios. Que, nesta sexta-feira (29), lança o EP Coala.VRTL, que reúne cinco músicas registradas na edição 2020 do evento, realizado em meio à natureza e transmitido digitalmente. Mixado no Studio VIP pelos produtores Dudu Borges e Cláudio Abuchaim, o trabalho tem como um dos destaques a faixa “Estrela”, que eterniza o encontro inédito de Gilberto Gil com os Gilsons, composto pelo filho José Gil e pelos netos Francisco Gil e João Gil. O EP Coala.VRTL chega aos aplicativos de streaming pela Altafonte (ouça aqui). 

Além de Gilberto Gil e os Gilsons, o EP lista ainda: a performance do funkeiro Nego Bala para “Fumando do Verde”; a interpretação dos Novos Baianos para “Dê um Rolê”; o dueto de Mc Tha e Rico Dalasam para “Despedida”; e “Lamento Sertanejo”, de autoria de Gilberto Gil e Dominguinhos, mas aqui em uma versão feita por Mariana Aydar e Mestrinho. 

Realizado em setembro de 2020, o Coala.VRTL foi responsável por elevar o padrão das transmissões online e alcançou um amplo público. Pessoas de mais de 20 países acompanharam a programação do festival, somando mais de 660.000 espectadores e contabilizando um total de 25MM de impactos.

Em 2021, o Coala Festival se prepara para retomar o evento presencial, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O reencontro com o público está marcado para os dias 11 e 12 de setembro e já tem Gal Costa, Maria Bethânia, Alceu Valença e Black Alien confirmados na programação.

Ouça o EP Coala.VRTL aqui

“Mama System”: Paraense Thais Badu lança seu primeiro álbum

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Imagem: Renato Reis

A cantora e compositora paraense Thais Badu lançou no dia 29 de janeiro o seu álbum de estreia, Mama System. A obra, que têm o patrocínio do Banco da Amazônia e da Natura Musical, traz o conceito de um sistema de som que não segrega ninguém, mas, segundo a artista, agrega a diversidade e tudo que o sistema opressor tenta destruir.

O álbum de estreia tem uma pegada pop e está repleto de participações especiais. A cantora fala, em suas músicas, sobre força, coragem e incentivo para realizar seus sonhos.

Thais Badu foi selecionada pelo edital Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Pará (Semear), ao lado de nomes como Lucas Estrela, Anna Suav & Bruna BG, Chico Malta e Liége, por exemplo. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para 59 projetos até 2019, como Manoel Cordeiro, Dona Onete, Pinduca, Felipe Cordeiro e Luê.

A cantora e compositora Thais Badu é natural do norte do Brasil. Já cantou reggae, rock, mpb e pop, até descobrir seu amor pelas rimas e principalmente a mensagem que a música urbana podia expressar em seu som. Hoje mescla em seu trabalho todas suas experiências e influências musicais em um som calcado pelas batidas eletrônicas, regionais e brasileiras.

Encontros gratuitos e online de Jongo, Coco e Maracatu abrem inscrições

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Facilitadores do projeto, Natalia Sant'Anna e Bruno Cezzá_foto Mariana Pires

O projeto Vivência s das danças populares, contemplado pela Lei Aldir Blanc, de apoio a cultura o que possibilitou a participação de forma gratuita dos inscritos em todas as atividades online. A cada módulo de 4 encontros as danças serão envolvidas por uma manifestação diferente: Jongo, Coco e Maracatu.

As dinâmicas vão acontecer orientadas por diálogos sobre referências e histórias que compõem as manifestações, valorizando a cultura popular pelo resgate da fala e visibilizando mestres, mestras e grupos tradicionais que as influenciaram.

Todos os encontros serão terças e quintas, às 19h30, pela plataforma online Zoom, os encontros serão com os facilitadores do projeto, Natalia Sant’Anna e Bruno Cezzá, e abordarão a poética dos ritmos populares através da dança, a começar pelo Jongo.

As vivências acontecem nos dias 09, 11, 16 e 18 de fevereiro, para participantes de todas as idades. No dia 18, a jongueira Jéssica Castro será a convidada especial.

Já nos dias 23 e 25 de fevereiro, e 02 e 04 de março, encontros com o Coco, recebendo no último dia o grupo dos Brincantes da Pedra Branca.

Nos dias 09, 11, 16 e dia 18 vivência com o Maracatu. O último dia terá Tambores de Olokun.

As inscrições do projeto estão lotadas, contudo, inscrições para a primeira turma estão esgotadas, os interessados devem se inscrever na lista de espera no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf0faraY1em3_7XAQrqcVrxWwuOOH7ZDgGOoiunE0g9SatTag/viewform

Conheça os bailarinos que estrelam novo clipe de Selena Gomez, gravado no Ceará

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Imagem: reprodução, Fernando Nogari (instagram)

A Canção Baila Conmigo, da atriz e cantora norte americana de ascendência latina, saiu na madrugada dessa sexta feira já acompanhada de um vídeo clipe. Mas o que chamou a atenção dos brasileiros mesmo, foi o fato do vídeo ter sido filmado aqui, mais precisamente no nordeste.

A música, que é o segundo single do próximo EP da artista, conta com a parceria do rapper porto-riquenho Rauw Alejandro e foi dirigido pelo brasileiro Fernando Nogari. Os bailarinos que estrelam a produção, filmada em Icapuí- Ceará, também são brasileiros. Kibba, é um dançarino e cantor de São João do Meriti, no Rio de Janeiro. No clipe, ele aparece como um piloto de motocross.

A atriz e bailarina Ariane Aparecida, por sua vez, aparece dançando a música em vários lugares ao longo do clipe. Ela é de Brasilândia, em São Paulo, e estudante de arte-teatro na UNESP.

Além do litoral do Ceará, o video também teve cenas gravadas em Guadalajara, no México e em Los Angeles, Califórnia, visto que não foi possível todos os artistas envolvidos filmarem juntos. A produção foi filmada em setembro de 2020, e fará parte do EP de Selena ”Revelacion”. Esse é o primeiro trabalho da artista inteiramente em Espanhol, e será lançado em 12 de março.

Confira o vídeo:

BBB21: Episódio envolvendo Lucas Penteado gera debates sobre a autoestima do homem negro

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Foto: Reprodução

Com o BBB mais preto da história da emissora, muitos debates envolvendo negritude e vivências de pessoas pretas estão sendo pautados no reality, e dessa vez uma série de debates preencheram as redes sociais envolvendo o ator Lucas Penteado.

Ainda nos primeiros dias de reality, o brother já havia dito na casa algumas vezes sobre suas experiências em relacionamentos amorosos e também as dores que um jovem negro enfrenta derivadas do racismo da sociedade. Lucas revelou que não sabe se ficaria com alguém da casa, e quando questionado revelou o motivo: “Nunca fiquei com uma guria branca na minha vida. Não é porque eu não quis, é que nunca rolou, elas não olham muito pra mim”

Não é a primeira vez que o assunto é pautado no reality, na versão anterior do programa, a vencedora Thelminha falou das suas experiências enquanto mulher negra e o quanto foi difícil ser assumida em uma relação

Dessa vez, o assunto foi abordado por um homem, e só reforça o debate de que pessoas negras carregam diversas feridas quando o assunto é relacionamento.  Na festa da última quarta-feira Lucas Penteado e a sister Sarah se apresentaram como os cupidos da edição com a missão de fazer com que rolasse o primeiro beijo do programa. 

Lucas chegou em algumas meninas e meninos, perguntando suas preferências e quem mais os atraía na casa. Mas quando foi questionar a sister Kerline, a influencer disse “E se eu quiser pegar o cupido?” dando a entender ter interesse no Lucas, o que despertou emoções no ator.

Lucas então, decidiu investir e foi direto na sister dizendo ter interesse em ficar com ela, Kerline por sua vez, disse que tudo não passava de uma brincadeira para constranger o ator da mesma forma que a sua brincadeira de ‘cupido’ havia a constrangido.

A situação mexeu com a autoestima de Lucas, que já havia dito que se sentia preterido quando o assunto era relacionamentos. 

https://twitter.com/koka_lucas/status/1354812054159257612?s=20

Lucas e Kerline conversaram sobre o ocorrido que gerou desconforto mútuo, Lucas entendeu e pediu desculpas pelo constrangimento causado a ela, mas o ator disse a influenciadora que diferente dele, ela não quis ouvir sobre suas feridas.

Devido aos traumas deixados pelo racismo na nossa sociedade, muitos jovens negros crescem ouvindo de seus familiares sobre a necessidade de ‘embranquecer a família’ e dessa forma, jovens negros passam a enxergar mulheres brancas como um troféu, contribuindo para o preterimento de mulheres negras, e a história se repete também com mulheres negras preterindo homens negros.

Quando falamos sobre “palmitagem” e a importância das relações afrocentradas envolve muito mais que a questão “Negro só pode ficar com negro?” envolve o autoódio e autoestima. Algumas pessoas negras não aprendem a se amar, e se veem incapazes de amar alguém parecido consigo.

O episódio ocorrido no BBB21 além de mostrar a realidade de alguns homens negros em relacionamentos, deixa nítido também o descomunal interesse de homens negros em mulheres brancas e a necessidade de ser notado por elas, que os fazem se sujeitar a circunstâncias como essa em questão. A situação vivenciada pelo ator é retratada em produções brasileiras de grande sucesso como o filme “Era Uma Vez” a música “Patricinha do olho azul” e “Sou Favela” em todos essas produções artísticas, um homem negro passa por situações racistas humilhantes para conquistar o amor de mulheres brancas

Rodrigo França comemora seu aniversário com ação social para o instituições

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O dramaturgo, ator e cientista social Rodrigo França lançou nesta quinta-feira (28), dia de seu aniversário, uma ação social: até o dia 04 de fevereiro, a cada dois livros vendidos – “O pequeno Príncipe Preto” e “Confinamentos e Afins”, um será doado para as Instituições Favela Mundo, entidade sem fins lucrativos que oferece cursos gratuitos de arte para moradores de diversas comunidades cariocas e para Ori Produções de Conhecimentos, que desenvolve iniciativas para busca de equidade racial em empresas e projetos.

Em tempo, Rodrigo está em Benin para filmar seu primeiro documentário, chamado “De Volta para Casa”, roteirizado por ele e Doralyce. Será sua primeira direção audiovisual. Lá participou do Traditional Day ou Fête du Vodoun, que é um feriado público em Benin que celebra a história do país em torno da religião de Vodoun na África Ocidental. No Brasil seria o culto dos Orixás. Como seu exame de ancestralidade genética saiu que seus antepassados eram de Benin, Rodrigo recebeu um título importante com um batismo, pelas autoridades locais. Tudo foi documentado.

Link para compra dos livros:
arterialmusic.com.br

Cinema antirracista: Projeto “Odilon Lopez – 50 Anos” realiza aula gratuita com Rosane Borges

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Com a temática “Descolonização do Olhar para um Cinema Antirracista“, a jornalista e professora Rosane Borges inaugura o cronograma de atividades do Curso de Cinema Documental Odilon Lopez. O evento será aberto à comunidade e ocorrerá no dia 1º de fevereiro, em formato online, a partir das 19h. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas no site: www.macumbalab.com.br .

A atividade marca a primeira etapa do projeto “Odilon Lopez – 50 Anos”, que celebra o legado de um dos primeiros diretores negros de cinema do Brasil. O Curso de Cinema Documental Odilon Lopez é intencionalmente voltado para capacitação de jovens negros, negras, de periferias e quilombos do Rio Grande do Sul. Durante as aulas, que seguirão até o mês de abril, as disciplinas abordarão História Afrocentrada do Cinema, roteiro, produção, direção e edição de documentário. Ao final dos encontros, os participantes realizarão um minidocumentário autoral.

Realizado pelo Coletivo Macumba Lab e Reina Produções, o projeto “Odilon Lopez – 50 Anos” é um dos contemplados na lei Aldir Blanc de incentivo às produções culturais (Lei federal nº 14.017/2020). A iniciativa também realizará um curta-documentário sobre a vida e obra de Odilon Lopez, com a participação de fontes ligadas à família do cineasta, além de pesquisadores e personalidades do cinema gaúcho. O material será gravado e produzido inteiramente com profissionais negros e negras do cinema do Rio Grande do Sul.

SERVIÇO

Curso de Cinema Documental Odilon Lopez: Aula Aberta com Rosane Borges

Data:  1º de fevereiro (segunda-feira)

Horário: 19hLocal: Online. Inscrições gratuitas em: www.macumbalab.com.br

Michael B. Jordan revela estar pronto para um retorno em “Pantera Negra 2”

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Foto/Reprodução

Após o falecimento do querido ator Chadwick Boseman, muitas pessoas perguntaram sobre como ficaria a história do filme, lançado em 2018, pantera negra.

Diante tantos boatos e pedidos para o vilão interpretado por Michal B. Jordan voltar e assumir o reino de T’Challa, o ator falou um pouco mais sobre essa possibilidade em uma entrevista para a revista ‘People.

“[Eu] tive um ano muito difícil, perdendo alguém próximo a mim. E o que isso significa para essa franquia é que foi devastador. ”

“Mas estar naquele mundo em um personagem que eu adoro interpretar, e trabalhar com [o escritor / diretor  Ryan Coogler ] e todas essas coisas boas, é família. Criamos uma família ali. Portanto, ser capaz de estar naquele mundo novamente é algo que, eu acho, sempre estará na mesa de alguma forma. ”

O ator disse que ainda não sabe e não teve nenhum pedido dos diretores do filme, contudo, ficou honrado com os diversos pedidos para a “ressuscitação” de seu personagem e que, gostaria de estar de volta, honrando o nome de seu amigo e atuando por ele.

No dia nacional de combate ao trabalho escravo no Brasil, negros ainda são 82% dos resgatados no crime

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Imagem: Rony Vieira

O trabalho escravo continua sendo um dos crimes mais bárbaros e comuns da realidade brasileira. No ano de 2019, 1.054 pessoas foram resgatadas de situações análogas ao trabalho escravo em todo o Brasil. Dos 267 estabelecimentos fiscalizados, 111 tinham trabalho escravo, tendo uma alta porcentagem de pessoas negras e analfabetas entre elas.

Segundo um levantamento feito pela “Repórter Brasil”, a cada cinco trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão entre 2016 e 2018, quatro são negros. Pretos e pardos representam 82% dos 2,4 mil trabalhadores que participaram do resgate. Entre os negros resgatados estão principalmente homens (91%), jovens de 15 a 29 anos (40%) e nascidos em estados do Nordeste (46%).

Uma grande parte desses dados tem como culpabilidade a má distribuição de renda e a forma em que as pessoas pretas foram “reintegradas” na sociedade após a escravidão. Com o acesso de uma educação, saúde e direitos básicos e sociais negados, a vulnerabilidade em que várias pessoas negras se encontram não é uma surpresa para população.

É uma questão de naturalização das desigualdades, escravizar um homem negro ou tomar a terra de um quilombola é irrelevante e socialmente aceitável, já que somos seres invisibilizados socialmente e economicamente.

O professor e pesquisador, Sérgio Luiz de Souza, afirma que “as populações negras, que são metade da população brasileira, não têm acesso ao ensino superior, ao Parlamento, têm menos acesso à saúde, à educação, são os mais pobres, vivem menos.” 

Infografo: Repórter Brasil

No final do ano passado, Madalena Gordiano foi resgatada após passar 38 anos em Patos de Minas como empregada doméstica, sem registro ou salário mínimo garantido.

Foi apurado que a trabalhadora doméstica, que é negra e não terminou os estudos, morava na casa dos patrões, não tinha registro em carteira, nem salário mínimo garantido ou descanso semanal remunerado.

Segundo o auditor fiscal Humberto Moteiro Camasmie, ela dormia em um quarto pequeno e sem janelas. “Era um quarto com menos de 3 metros de comprimento por 2 de largura, abafado e sem ventilação”.

A mulher trabalhou primeiro para a matriarca da família e depois para o filho, que é professor universitário.

Madalena é só mais uma dos 2.043 pretos que se encontradas anualmente em trabalhos escravos no Brasil. Pessoas que trabalham por um prato de comida e vivem em locais com 5 metros quadrados, não podem conversar com ninguém além de si mesmo e seus patrões e funcionários que vivem da mesma maneira que eles.  

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