Após a nova tipificação criminal que equipara injúria racial a racismo no Brasil, uma mulher de 39 anos foi a primeira vítima a registrar ocorrência.
“Macaca”, “preta nojenta” e “vagabunda” foram as ofensas que a conselheira tutelar ouviu minutos antes de chegar em casa. Marlla Santos foi agredida verbalmente e fisicamente por dois suspeitos, em Águas Claras, na noite de sexta-feira (13/01).
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No trânsito, os dois homens passaram ao lado da mulher, que dava seta para entrar em um balão. “Eles começaram a me xingar de todos os nomes. Me chamaram de macaca, de preta nojenta e, quando as pessoas começaram a ouvir, a se aproximar, o meu filho ouviu e veio a minha defesa”, conta.
Quando a corporação chegou ao local do crime, os suspeitos estavam sentados em um bar, ingerindo bebida alcoólica. “Neste momento, a sensação de impunidade me tomou. Já vivi todas as situações imagináveis porque morei na rua e fui usuária de drogas, mas eu nunca passei por uma situação dessas de medo, onde eu nem posso voltar para minha casa”, completou a vítima.
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