Nauê Bernardo, que é conselheiro da OAB- DF, foi confundido com motorista por um segurança do Supremo Tribunal Federal. De acordo com testemunhas, ao chegar no local dirigindo seu carro, um Honda HRV, ele foi orientado a deixar os passageiros na portaria e deixar o lugar.
Em depoimento, Beethoven Andrade, presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-DF disse: “O Poder Judiciário deve estar atento para a conscientização, sobretudo o STF, que vem mudando alguns paradigmas e alterando a lei contra o racismo. Mas atitudes como essa são uma infelicidade para a população negra. O segurança simplesmente replicou um comportamento discriminatório. É uma lástima para a gente”
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Por meio de uma postagem no twitter, Nauê se pronunciou sobre o caso dizendo: ””Chegar no Supremo de carro bom e ser confundido com motorista: check. Para a galera branca do ‘meu avô é negro’: bora trocar de pele um dia só. Eu vou me vingar disso destruindo na sustentação oral, é meu compromisso”
O profissional disse ainda, em depoimento para o Uol, que era a única pessoa negra no carro e que o segurança não se desculpou com ele, mesmo após perceber o engano. No entanto, o advogado frisa que o homem não tenha feito com o intuito de o diminuir, mas como uma consequência do racismo estrutural, uma forma de negação que uma pessoa negra pudesse ser advogado na corte mais alta do país.
O STF se pronunciou a respeito do assunto e declarou que está apurando se o segurança é terceirizado ou não. Além disso, disse não tolerar qualquer tipo de tratamento preconceituoso ou desrespeitoso, e que os funcionários são orientados a tratar os visitantes com cordialidade e respeito.
Nauê Bernardo estava indo para uma sessão com ministros, em um caso onde atua como advogado.
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