O tatuador Neto Coutinho, responsável por tatuar o rosto do menino Ayo, de 5 anos, sem autorização da mãe, publicou uma nota no Instagram nesta sexta-feira (23), afirmando que iniciou o processo de remoção na pessoa tatuada, no dia 16 de dezembro, com uma nova tatuagem como cobertura. “Será realizado mais uma sessão, após o novo processo natural de cicatrização da pele, para a conclusão da nova arte, agendada para o dia 29.01.2023”, diz.

Porém, a mãe de Ayo, a Ìyá Alágbára, também conhecida como Daniele Cantanhede, só ficou sabendo do início da remoção no dia seguinte e afirma que havia combinado com o Neto Coutinho que acompanharia a primeira sessão. “A princípio a sugestão era que fosse feita uma chamada de vídeo, o que não teria problema nenhum porque eu moro em outro estado. Mas eu disse, exigi e me foi consentido o direito de estar presente na primeira sessão”.

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O tatuador diz que seu advogado enviou uma mensagem para a mãe um dia após a primeira sessão e não teve uma resposta até o momento. “Contradiz o discurso ‘da busca rápida e consensual da questão’. Paz”, assim escreveu na nota.

Em vídeo publicado no Instagram, a mãe continua a questionar a postura do Neto Coutinho: “Por que eu não posso acompanhar? Por que eu não posso ter a certeza de que é o rosto do meu filho que estava lá? Por que eu não posso ter a certeza de que realmente a remoção foi feita? Por que não fui procurada pelo próprio tatuador que queria resolver de acordo com a minha vontade?”.

Ainda segundo a nota do tatuador, ele acusa as pessoas de tratarem a tatuagem sem autorização no corpo de um estranho, “de forma sensacionalista e apta a gerar mais discussões, ameaças e ofensas”. E afirma que a pessoa tatuada teme pela integridade física por sofrer graves ameaças nos comentários das redes sociais.

Há algumas semanas se tornou de conhecimento público o caso de Ayo, uma criança negra que teve seu rosto tatuado no corpo de um desconhecido. O caso só foi descoberto após a tatuagem ser vencedora de uma premiação. Após repercussão do caso, Projetos de Lei foram apresentados no âmbito do estadual e municipal do Rio de Janeiro para garantir que fotos de crianças só sejam tatuadas mediante autorização dos pais.

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