Silvana Bahia- Hankeando possibilidades para mulheres negras

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Silvana Bahia-  Hankeando possibilidades para mulheres negras

 

 

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Por meio de perfis, a campanha #NegrasRepresentam tem o objetivo de apresentar os pensamentos de mulheres negras em diversas esferas sociais e como suas ações vem propondo mudanças na realidade racial do país.

Se pensar as mulheres negras em espaços diversos já é uma raridade, na tecnologia é mais difícil ainda. Silvana Bahia é Mestre em Cultura e Territorialidades, atua como  facilitadora em maratonas como  RodAda Hacker  e junto a  oficinas de empoderamento feminino em novas tecnologias. É   idealizadora do PretaLab e  Diretora do  Olabi, organização que surge  com o  desafio de alterar essa realidade. Com esses projetos, ela vem pensando como alterar a participação de mulheres negras na tecnologia, tendo como  perspectiva   gênero e raça  e usando para isso a coleta de dados sobre a presença feminina na tecnologia.

Mundo Negro- Qual o impacto que as mulheres negras podem trazer para o setor de tecnologia e inovação?
Acho que mais que tudo a pluralidade de olhares e saberes que aliados à tecnologia e a inovação são capazes de produzir transformações profundas na sociedade.

Mundo Negro – Como você acha que a tecnologia pode influenciar, o lugar que a população negra aspira ocupar no mundo?

Quando falamos em tecnologia ligada ao digital sabemos que esse é um saber muito valorizado no mundo de hoje. O digital está no centro das tomadas de decisões e estratégias que orientam as ações. Nós mulheres negras precisamos estar no dentro desses debates e para isso precisamos entender mais e melhor sobre as tecnologias que estamos nos relacionando a todo tempo.

Hoje quase ninguém escapa das tecnologias e não estou falando de internet apenas, mas também e inclusive da produção de dados que orientam políticas. É fundamental compreender melhor sobre esse universo para que possamos entender mais sobre esse tempo em que vivemos e assim não ser apenas “consumidora” desses aparatos.

Mundo Negro- Ao que você atribui a ausência de mulheres negras e indígenas nos espaços voltados para área de tecnologia e inovação?

Sem dúvida à falta de oportunidades e acessos. Mas ainda sim a gente se reinventa, hackeia, ressignifica, inova e aprender a aprender. Mesmo com a ausência de políticas que considerem a interseccionalidade de gênero e raça nesse campo a gente vem criando, mas precisamos estar cada vez mais por dentro desse debate em busca de mais equidade e oportunidades.

Mundo Negro – Como o Pretalab vem alterando essa realidade?

A PretaLab acredita no protagonismo de mulheres negras e indígenas nesses universos e nesse pouco tempo de projeto, acho que a maior contribuição que estamos vendo está no campo das referências e da inspiração. A gente tem uma pesquisa que será lançada em breve, uma campanha em vídeo com mulheres negras falando sobre suas relações com tecnologia, fizemos alguns workshops, mas eu acho que a maior contribuição que a gente vem construído está no campo da subjetividade, no sentido de perceber no olhar de outras meninas negras a possibilidade de se imaginar sendo o que ela quiser.

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