A primeira dama de Tamandaré, litoral Sul Pernambucano, Sarí Corte Real, foi indiciada por abandono de incapaz que resultou em morte do filho de sua ex-funcionária. Miguel tinha 5 anos quando caiu de uma altura de 35 metros e estava sob a responsabilidade de Sarí.
A ex-patroa da mãe do garoto, intencionalmente, o deixou no elevador do edifício e apertou o botão do equipamento. A defesa de Sarí nega que ela tenha apertado o elevador, indo contra a perícia do caso. O inquérito segue para o Ministério Público, a quem caberá fazer a denúncia. O crime pode ter penalidade de quatro a 12 anos.
Notícias Relacionadas
Jaciana Melquiades conquista sucesso no Spotify ao falar de amor e autoconhecimento
Rebeca Andrade é a atleta brasileira mais requisitada por marcas nos Jogos Olímpicos de Paris, diz jornal
No dia da morte do menino, Sarí deixou Miguel no elevador procurando pela mãe, Mirtes, que estava passeando com o cachorro da ex-patroa. O garoto foi até o nono andar e caiu, depois de subir em uma área onde ficam equipamentos de ar-condicionado.
O delegado responsável pela investigação, Ramon Teixeira, disse que a moradora do prédio cometeu um “crime preterdoloso”, significando que a indiciada praticou um crime diferente do que havia inicialmente projetado cometer.
O delegado afirmou ainda que a conduta de Sarí em deixar o menino dentro do elevador e não acompanhá-lo foi dolosa, mesmo que ela não visualizasse a possibilidade da morte de Miguel.
“A criança, da qual a gente tanto falou, tinha 5 anos de idade, ela sequer poderia ficar desacompanhada no elevador. Pelo acervo probatório dos atos, teve, sim, uma etapa de cogitação. Teria ocorrido por uma irritação ou cansaço de retirar o menino do elevador. Sete vezes, segundo ela. Duas em um outro elevador, que não possui imagens”, afirmou Ramon.
“Ela não fez o acompanhamento, ela própria admite isso. A isso, somados a outros elementos de prova, como o depoimento da manicure, de que a moradora retorna ao seu apartamento para retomada dos serviços de manicure, o tratamento e embelezamento de suas unhas. Frases consignadas nos autos de que não teria responsabilidade sobre a criança, que deixou a criança ir passear. Uma infinidade de elementos de convicção reunidos que nos fez considerar o dolo de abandonar”, continuou o delegado.
Ao deixar Miguel sozinho no elevador, Sarí infringiu, também, a lei municipal que proíbe a presença de menores de dez anos desacompanhados em elevadores.
Notícias Recentes
Lula assina acordo histórico com comunidades quilombolas de Alcântara e Anielle celebra: "seguiremos trabalhando"
Rock in Rio 2024: Will Smith, Tyla, Akon e IZA estão entre as principais atrações da segunda semana do festival