Racismo ambiental: a luta urgente por equidade e preservação

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Racismo ambiental: a luta urgente por equidade e preservação
Foto: Richard Cordones

Texto: Kelly Baptista

Relembrado no discurso de posse da ministra Anielle Franco, o racismo ambiental também foi uma das pautas prioritárias da sociedade civil durante a COP 27, realizada no Egito, em novembro de 2022.

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Para começar… O que é Racismo Ambiental?

O racismo ambiental é um termo utilizado para descrever o processo de discriminação que populações periferizadas e/ou compostas por minorias étnicas sofrem devido a degradação ambiental. A expressão é uma denúncia de que as pessoas historicamente invisibilizadas pelos líderes globais são as mais afetadas pela poluição, inundações, queimadas e demais desastres.

No contexto internacional, o tema também se refere às relações ecológicas desfavorecidas entre os hemisférios norte e sul global, como consequência do colonialismo.

Em uma sociedade onde o sistema não prioriza o bem-estar das minorias, o racismo ambiental segue se fortalecendo. Neste cenário, nomes como o da jovem ativista Amanda Costa precisam ser replicados para que o debate se torne mais igualitário e equitativo. Amanda cresceu e nasceu na Brasilândia, periferia de São Paulo, e é reconhecida internacionalmente por relembrar que é impossível falar sobre discussões climáticas e ESG sem centralizar o que a favela e a comunidade preta vivem. 

Em toda sua campanha, Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil, afirmou que a defesa da preservação ambiental é uma agenda prioritária, com isso, a expectativa é que o tema se torne mais popular no país. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também reforçou a importância dessa pauta e declarou que contará com o apoio das ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, nessa luta em defesa dos direitos das minorias e contra a exterminação das comunidades quilombolas e indígenas.

Combater o racismo ambiental é urgente para salvar vidas. Não podemos esquecer que as centenas de famílias destruídas após deslizamentos de terra e/ou enchentes são consequências da falta de infraestrutura e serviços adequados que tornam os desastres socioambientais parte do dia a dia de comunidades esquecidas. 

*Kelly Baptista Gestora Pública, diretora executiva da Fundação 1Bi, mentora, membro da Rede de Líderes Fundação Lemann e Conselheira Fiscal do Instituto Djeanne Firmino.

Fonte de apoio:

https://www.geledes.org.br/por-que-precisamos-de-mais-mulheres-negras-no-debate-de-clima-no-brasil/

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