Descrito como o primeiro podcast brasileiro dedicado ao universo do HIV/AIDS com um olhar afrocentrado, o podcast ‘Preto Positivo’ ganhou uma segunda temporada. Idealizado pelos artistas e ativistas Emer Conatus e Raul Nunnes, a produção já conquistou mais de 70 mil ouvintes em sua primeira edição.

Produzido a partir das vivências dos criadores com o intuito de desmistificar e educar o público, ‘Preto Positivo’ conta histórias de pessoas negras vivendo com HIV e Aids e contempla conversas sobre saúde, relacionamentos, afeto, sexo, amizades, família, trabalho e muito mais. “A primeira temporada consagrou a gente como uma referência para a sociedade e como objeto de estudo para profissionais da saúde e acadêmicos. Dois anos após o lançamento da primeira temporada, nós assumimos o controle total do projeto e sem recursos financeiros a gente embarcou em uma viagem online para contar narrativas brasileiras sobre HIV e AIDS“, diz Raul, em conversa com o Mundo Negro.

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Com ajuda do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), uma ação da ONU, a segunda temporada do ‘Preto Positivo’ promete apresentar histórias de pessoas vivendo com HIV em diferentes regiões do Brasil. De Manaus a Salvador, passando por Belém e Natal, a produção vai mostrar as lutas, conquistas e perspectivas de quem vive o vírus com força e resiliência. 

“Essa parceria tão significativa para estreia se deu no encontro de um novo momento do UNAIDS, onde eles querem cada vez mais humanizar a discussão sobre o tema“, conta Emer Conatus. “E para além do reconhecimento do nosso trabalho pelo programa de resposta ao HIV criado pela ONU, esse apoio para o lançamento da segunda temporada se deu em dois momentos, o primeiro com um matéria sobre o projeto publicado no site oficial e nas redes do UNAIDS e em seguida, com um episódio especial, onde entrevistamos a Dra. Ariadne Ribeiro, Oficial de Igualdade e Diretos do UNAIDS Brasil. Uma vez que essa temporada compartilha narrativas brasileiras de norte a sul e de leste a oeste do país, nós conversamos sobre territorialidade, desigualdade regionais, populações-chave e prioritárias”.

A nova temporada traz episódios mais curtos e focados em temas como saúde, relacionamentos, afeto, amizades e família. Tudo isso permeado por debates sobre classe, negritude, gênero e sexualidade, sempre com muita positividade e esperança. 

Onde ouvir: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e outras plataformas. 

HIV e Aids na comunidade negra

De acordo com os dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids do Município de São Paulo de 2016, a população negra apresenta piores indicadores de HIV/Aids em relação à branca. As pessoas de cor preta morrem em média três vezes mais do que as brancas (2,3/0,8), em decorrência da aids. A disparidade também é observada em relação à taxa de detecção do HIV de casos notificados de Aids, que é duas vezes maior nas pessoas de cor preta (18,0 em brancos e 36,4 em pretos).

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