Ação tem objetivo de incluir pessoas transexuais e travestis em postos de trabalho no governo federal
No Dia da Visibilidade Trans, lembrado em 29 de janeiro, o Ministério da Igualdade Racial lançou um formulário para coleta de currículos de pessoas negras transexuais e travestis. A ideia, surgida após uma reunião com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), tem o objetivo de incluir mais pessoas desse segmento da população LGBT em postos de trabalho no governo federal. Para se candidatar, as pessoas interessadas devem preencher o formulário disponível em http://bit.ly/mirprofissionaistrans.
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Para a ministra Anielle Franco, a inclusão de pessoas negras e LGBTQIAP+ em postos de trabalho no governo federal é uma prioridade. “O Brasil ainda é o país que mais mata pessoas trans em todo o mundo. Isso não pode continuar assim. Por isso, o governo federal tem um olhar atento às demandas da comunidade LGBTQIAP+, e nesse caso específico, das pessoas trans e pretende mudar esse quadro tão discrepante e de tanta violência que ainda persiste em nosso país”.
De acordo com o “Dossiê Assassinatos e violências contra travestis e transexuais brasileiras“, divulgado pela Antra durante a semana passada, em 2022, 131 pessoas trans foram assassinadas no Brasil. Há 14 anos consecutivos o Brasil é o primeiro da lista no assassinato de travestis e transexuais.
CURRÍCULOS – Uma das prioridades do ministério da Igualdade Racial é a inclusão de pessoas negras em postos de decisão do governo federal. A meta é que se tenha 30% de pessoas negras nos DAS 4 e 5. Atualmente, o percentual é de 2,7%.
Nos primeiros dias de gestão, o MIR criou um formulário para receber currículos de pessoas negras interessadas em trabalhar no governo federal. Mais de cinco mil inscrições foram recebidas. Na última semana, Anielle se encontrou com o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, e entregou 41 currículos de pessoas negras com formação e/ou experiência na área de Turismo.
“Este é um trabalho que estamos fazendo em parceria com todas as outras pastas do governo federal e estamos à disposição para facilitar o contato entre os órgãos e pessoas negras qualificadas, com graduação, mestrado e doutorado nas mais diversas áreas do conhecimento”, conclui a ministra.
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