O youtuber Júlio Cocielo, anteriormente conhecido por seu jeito “engraçado” entre adolescentes, foi desmascarado no último dia 30, durante o jogo da França x Argentina, quando externou seu racismo em um tuit dizendo o seguinte: “Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein“.
O post se referia ao jogador francês, Kylian Mbappé, e causou alvoroço nas redes sociais. Logo as pessoas passaram a questionar Cocielo pelo que foi dito e ele alegou ser uma “piada”, relacionada a “velocidade” do jogador e não um comentário de cunho racista. Em seguida a polêmica, o youtuber apagou o tuit, mas foram descobertos outros.
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Após ser desmascarado pelo público, Cocielo apagou mais de 50 mil tuits e usuários das redes sociais começaram a cobrar posicionamento das marcas que o apoiavam, como a Coca-Cola, Submarino e o Banco Itaú. Segundo o levantamento do Google, publicado pelo site Meio & Mensagem, o youtuber aparece entre as dez personalidades de vídeo que mais influenciam os jovens, junto a nomes como Flavia Calina, Felipe Castanhari e Felipe Neto.
Em nota enviada ao Meio & Mensagem, a Coca-Cola, que teve Cocielo como garoto-propaganda nas Olimpíadas de 2016, afirmou que não possui mais nenhuma ligação com o youtuber e que não tem planos para qualquer futura parceria. “O respeito à diversidade é um dos principais valores da nossa companhia, em nossas campanhas celebramos as diferenças e promovemos a união. Manifestações preconceituosas não são toleradas. Repudiamos qualquer forma de racismo, machismo, misoginia ou homofobia”, diz a nota.
O Itaú afirmou em comunicado que “repudia toda e qualquer forma de discriminação e preconceito. Esperamos que o respeito à diversidade sempre prevaleça”. O banco exibiu até o sábado, 30, um vídeo para a Copa que aparecia Cocielo, que já foi substituído.
Em entrevista ao site, Meio & Mensagem, Danilo Strano, diretor de planejamento da plataforma de marketing de influência Tubelab, explica que o caso traz aprendizados na relação entre marcas e influenciadores e que é importante a percepção enquanto figuras públicas, que devem filtrar os comentários referentes a qualquer assunto.
“Esse tipo de polêmica reforça a necessidade das marcas em realizar o histórico dos criadores de conteúdo, até para ponderar a conexão dos comentários do influenciador com os valores da companhia. Quando Júlio Cocielo fez os primeiros comentários, em 2010, estava no começo da carreira; por isso, não representava nenhum grande perigo para nenhuma marca. Hoje, qualquer comentário que ele fizer pode representar algum tipo de ameaça, ainda mais quando trata de aspectos socioeconômicos”, analisa.
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