Home Blog Page 96

5 filmes com protagonismo negro para curtir a noite de Halloween em casa

0
Foto: Divulgação

Para celebrar a noite de Halloween nesta quinta-feira, 31 de outubro, o Mundo Negro selecionou cinco filmes com protagonismo negro para assistir em casa. As produções vão de clássico sobre vampiros, comédia de terror, infanto juvenil, ou um horror para deixar o clima bem assustador. 

Confira as dicas abaixo:

1 – O que ficou para trás 

Um casal foge à guerra civil no Sudão do Sul e encontra abrigo na periferia de Londres. Durante a travessia de barco, eles perdem a filha pequena em alto mar. Dentro da grande casa vazia onde são colocados, eles começam a suspeitar de que trouxeram consigo um apeth, entidade sobrenatural que deseja acertar contas com os dois sobre atitudes do passado. O filme é estrelado por Wunmi Mosaku, Ṣọpẹ́ Dìrísù e Matt Smith. Disponível na Netflix. 

2 – The Blackening 

Estrelado por Grace Byers e Yvonne Orji, um grupo de amigos negros da faculdade faz uma viagem de fim de semana para uma cabana remota. Mas eles são atacados por uma figura misteriosa que os força a entrar em seus jogos doentios. Assim, todos são forçados a lutar por suas vidas. Disponível no Prime Video.

3 – Blade – O Caçador de Vampiros

A clássica trilogia de vampiros estrelada por Wesley Snipes está disponível na Max. No primeiro filme, o herói parte em busca do vampiro responsável pela morte de sua mãe. Blade quer eliminá-lo do mundo dos vampiros e em um mundo tecnologicamente avançado, ele lutará para capturar aquele que quer destruir a vida humana. 

4 – Mansão Mal-Assombrada 

O reboot do clássico de 2003, agora estrelado por Lakeith Stanfield, Tiffany Haddis e Rosario Dawson, acompanha a mãe Gabbie e o filho Travis, que se mudam para uma nova casa em Nova Orleans e precisam recrutar um grupo de supostos especialistas espirituais, ao descobrir que a mansão é assombrada por fantasmas irritantes. Disponível na Disney+.

5 – Nós 

Dirigido por Jordan Peele e estrelado por Lupita Nyong’o, Adelaide e Gabe levam a família para passar um fim de semana na praia e descansar. Eles começam a aproveitar o ensolarado local, mas a chegada de um grupo misterioso muda tudo e a família se torna refém de seres com aparências iguais às suas. Disponível na Globoplay.

Silvia Nascimento é a única brasileira em programa do governo americano para cobertura das eleições dos EUA

0
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

Silvia Nascimento, fundadora e editora-chefe do Mundo Negro, é a única jornalista brasileira selecionada através do Consulado dos Estados Unidos no Brasil para o Road to the White House International Reporting Tour, uma iniciativa do Departamento de Estado dos EUA que traz jornalistas de todo o mundo para acompanhar o processo eleitoral americano de perto. O programa ocorre de 30 de outubro a 7 de novembro, oferecendo uma visão inédita e detalhada de uma das eleições mais impactantes da história recente.

“Essa é uma das experiências mais importantes da minha carreira. O que Kamala Harris representa para pessoas como eu faz desse momento algo único na história. A eleição acontece nos EUA, mas estamos falando sobre uma mulher negra em um espaço de poder, um referencial de representatividade sem precedentes para nossa comunidade,” destaca Silvia

Como parte do programa, Silvia estará em Phoenix, no Arizona, e em Philadelphia, na Pensilvânia, dois estados-pêndulo (swing states) decisivos no cenário eleitoral americano. Arizona e Pensilvânia têm um peso estratégico, pois suas populações historicamente divididas entre os partidos Democrata e Republicano tornam esses estados fundamentais para definir o vencedor em disputas acirradas. Essa cobertura permite que Silvia e os outros jornalistas internacionais compreendam como as campanhas e políticas dos candidatos são recebidas em comunidades culturalmente diversas e politicamente influentes.

Silvia está entre jornalistas de diversas regiões, incluindo América Latina, África, Europa e Ásia, selecionados para oferecer uma cobertura global. Representando o Mundo Negro, principal portal de notícias voltado à comunidade negra na América Latina, Silvia terá o papel de transmitir ao público afro-brasileiro uma visão crítica e conectada às experiências das minorias nos EUA, especialmente dentro do Partido Democrata, onde Kamala Harris, a primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência, é uma figura central.

Durante o tour, Silvia participará de briefings com acadêmicos, líderes locais e especialistas em política, além de entrevistar membros da comunidade sobre temas como o voto afro-americano e o engajamento jovem. Essa cobertura exclusiva reafirma o compromisso do Mundo Negro com a ampliação do debate e da representatividade, trazendo aos leitores brasileiros uma análise informativa e global sobre um momento crucial para as comunidades negras e o futuro da política nos EUA.

Liminar permite que candidato rejeitado por banca racial tome posse como auditor fiscal no TCE-BA

0
Foto: Gustavo Rozário/TCE-BA

Após questionamentos e uma decisão judicial, Bruno Gonçalves Cabral tomou posse provisória como auditor fiscal do Tribunal de Contas da Bahia (TCE-BA) em 1° de outubro, com alegação de autodeclaração parda. Cabral teve sua autodeclaração rejeitada duas vezes pela banca de heteroidentificação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela avaliação dos fenótipos raciais dos candidatos no concurso. Mesmo assim, uma liminar judicial garantiu sua entrada, considerando um relatório médico que o descreve como “pele morena, que se bronzeia com facilidade. Pardo”.

O caso ocorre em meio ao concurso do TCE-BA, que reservou seis das 20 vagas para candidatos autodeclarados negros. Outro candidato, que foi aprovado pela comissão de heteroidentificação, questiona a liminar e reivindica a vaga. O advogado do candidato, Fábio Ximenes, argumenta que a ação busca garantir o “direito do candidato que realmente é negro e possui aptidão da cor” a ocupar a posição.

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) recorre da decisão judicial, sustentando que as normas do edital foram seguidas conforme estipulado. A comissão da FGV, que recusou a autodeclaração de Cabral, argumentou que ele “apresenta pele branca, nariz alongado, boca com traços afilados e cabelos naturalmente não crespos”, características que, segundo a banca, não são típicas de uma pessoa negra.

Para a doutora em educação Dyane Brito, que participa de bancas de heteroidentificação desde 2006, a preparação dos avaliadores e a formação de uma comissão diversa são essenciais para garantir a justa aplicação da política de cotas. “As bancas têm atividades de formação para discutir raça no Brasil, a diversidade de pessoas que podem aparecer, e, sobretudo, como o racismo se manifesta por traços marcados”, explica.

A trajetória de Cabral em concursos públicos também levantou questões: em processos anteriores, para o IBGE em 2016 e para a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) em 2022, ele optou pela ampla concorrência. No TCE-BA, porém, candidatou-se às vagas destinadas a cotas raciais, onde alcançou a 8ª posição – na ampla concorrência, teria sido classificado em 45° lugar, sem chances de aprovação.

Em nota, a defesa de Cabral afirma que a decisão da FGV foi arbitrária e sem fundamentação adequada. Seus advogados destacam que a liminar garante que ele mantenha o cargo até a decisão final do processo, defendendo a necessidade de fundamentação clara e direito de defesa para todos os candidatos, em conformidade com as garantias constitucionais.

“Estou aqui como uma mãe que sofreu esses anos todos com a falta da filha”, diz mãe de Marielle Franco durante julgamento

0
Foto:Tomaz Silva/Agência Brasil

O julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, réus confessos pelo assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foi retomado na manhã desta quinta-feira, 31, no Rio de Janeiro, por volta das 8h, onde a justiça deve anunciar o veredito. Os familiares de Marielle chegaram juntos ao local.

Família de Marielle Franco chega para o segundo dia de julgamento. | Foto: Mayara Donaria

O primeiro dia de julgamento foi marcado por um forte clima de dor e revolta. Durante mais de 13 horas, amigos e familiares das vítimas compartilharam suas histórias de luto e os anseios por justiça. Marinete Silva foi uma das vozes mais impactantes do dia. Emocionada, ela relembrou momentos da vida da filha, destacando a dor insuportável que a perda causou à família. “Cada vez mais dói, dói muito. Perder uma mãe, como a Luyara perdeu, nunca passou em nossa mente o que aconteceu com a minha filha. É uma falta, um vazio, um coração que tem um pedaço que foi arrancado covardemente, injustamente “, afirmou. Marinete também enfatizou sua não presença como uma mãe de uma figura pública, mas como uma mãe que sofre: “Estou aqui como uma mãe que sofreu esses anos todos com a falta da filha”.

Fernanda Chaves, única sobrevivente do ataque que vitimou Marielle e Anderson, descreveu a cena do crime, detalhando os momentos de terror que viveu enquanto pedia ajuda. A viúva de Anderson, Ágatha Arnaus, lembrou que seu filho tinha apenas 1 ano e 7 meses quando o pai foi assassinado, e sua vida desde então foi marcada pela ausência e pelo sofrimento.

Os Réus, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz contaram, em detalhes, como planejaram e executaram o crime. Durante o depoimento, Lessa pediu perdão às famílias das vítimas, uma atitude que provocou reações de negação e angústia entre os presentes. A mãe de Marielle se mostrou visivelmente afetada pela confissão, enquanto a filha e a irmã de Marielle, Anielle Franco, choravam.

Relembre o caso

Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos no dia 14 de março de 2018, quando saíam de um evento que a vereadora havia acabado de participar. Anderson dirigia o carro quando o veículo foi alvejado a tiros no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. O assassinato do motorista e da vereadora foi emboscada planejada que teve como executores os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, réus confessos pelas mortes.

A acusação afirma que Lessa teria sido o autor dos disparos, enquanto Élcio de Queiroz foi responsável por conduzir o veículo utilizado durante o crime. Durante as investigações, a justiça analisou imagens de segurança, fez interceptações telefônicas e quebrou o sigilo bancário de suspeitos de participar do planejamento do crime. Existem indícios de que os acusados possuem ligações com redes de milícia, conforme apontaram as interceptações telefônicas. O processo deve chegar à instâncias superiores já que ainda existem suspeitas sobre quem são os mandantes do crime.

O ex-conselheiro do Tribunal de Contas, Domingos Brazão, e o deputado federal, Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa estão sendo investigados em um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) como suspeitos pela morte de Marielle e Anderson. A suspeita é de que tenham encomendado o assassinato de Marielle com o objetivo de silenciar o trabalho político que a vereadora vinha realizando.

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz podem enfrentar penas de até 84 anos de prisão cada um, devido às acusações de duplo homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio. De acordo com o jornalista Ariel Freitas, o julgamento avalia a responsabilidade direta dos ex-policiais na execução, enquanto o processo paralelo no STF, que investiga os supostos mandantes como Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, também pode resultar em penas semelhantes.

“Ansiosos para nos divertir na tela grande novamente”, afirmam irmãos Wayans ao anunciar retorno de “Todo Mundo em Pânico”

0
Foto: Barry King/FilmMagic

A franquia de “Todo Mundo em Pânico” está prestes a retornar às telonas com a promessa de novas risadas. Após quase duas décadas desde o último projeto juntos, os irmãos Keenen Ivory, Shawn e Marlon Wayans anunciaram, durante a CinemaCon, que o reboot do filme começará a ser gravado no ano que vem. O novo filme está sob os cuidados dos criadores originais da franquia, que também assinam o roteiro, prometendo uma abordagem inédita para as sátiras de filmes de terror que marcaram o início dos anos 2000.

A trilogia original, que fazia humor com clássicos de terror como Pânico e Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, arrecadou mais de US$ 896 milhões mundialmente, se tornando uma das franquias de comédia de maior sucesso. “Estamos emocionados em reunir ‘Filme de Terror’ com os irmãos Wayans, os brilhantes criadores por trás da amada franquia. O momento é perfeito para trazer a série de volta para a tela grande”, declarou ao portal Deadline, Jonathan Glickman, chefe da Miramax, estúdio responsável pela produção.

Marlon Wayans, que atualmente está em turnê com seu show de stand-up Wild Child Tour e tem estreia agendada para 2025 com o thriller psicológico HIM, falou sobre o entusiasmo em retomar o projeto com os irmãos: “Esta é uma franquia que criamos há mais de 20 anos. Lembramos das pessoas rindo nos corredores e esperamos ver isso acontecer novamente (…) Estamos ansiosos para nos divertir na tela grande novamente”, publicou o ator e seu irmão Shown nas redes sociais.

O projeto é parte de um acordo entre a Miramax e a Paramount Pictures, que será responsável pela distribuição mundial do filme. Becky Sloviter, presidente do Miramax Motion Picture Group, supervisiona o reboot.

Maju Coutinho refaz conexão histórica e cultural com África em série para o ‘Fantástico’

0
Foto: Eulym Ferreira

A partir do próximo domingo, dia 3 de novembro, o programa ‘Fantástico’ estreia “Que África é essa? O Fantástico na Terra-Mãe”, uma série de quatro episódios que busca romper com estereótipos e mostrar, sob a condução da jornalista Maju Coutinho, a complexidade e o potencial do continente. Com quase um bilhão e meio de habitantes e mais de 54 países, África é um continente marcado pela diversidade cultural, linguística e social.

“Eu sempre tive muita vontade de fazer uma reportagem sobre o continente africano, porque acho que o foco da mídia ocidental é sempre voltado para as mazelas e para a natureza exuberante. E, na verdade, a África é um continente muito diverso”, afirma Maju, que traz à série uma visão conectada à cultura brasileira, revelando as nuances de uma África que também compartilha laços históricos e culturais com o Brasil.

O primeiro episódio acompanha a jornalista em Gana, onde refaz os passos de ex-escravizados que retornaram ao continente no século XIX. Com um cenário de contrastes, o país, que conquistou sua independência há 67 anos, enfrenta desafios econômicos e aposta em soluções sustentáveis. Em Accra, capital do país, Maju apresenta ao público uma empresa de táxis movidos a energia solar, exemplo de iniciativas locais para reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

No Quênia, foco do segundo episódio, a série destaca o uso de energias renováveis, com investimentos em hidrelétricas, eólicas e geotérmicas. Maju percorre a capital Nairobi em “boda-bodas” (moto-táxis) e “matatus” (ônibus coloridos), vivenciando o trânsito intenso da cidade e a energia cultural da população jovem queniana.

A série mostra, ainda, como Gana e Quênia lidam com questões socioculturais complexas. No terceiro episódio, Maju acompanha um protesto juvenil em Nairóbi, em que jovens quenianos mostram sua insatisfação com a liderança política e reivindicam um futuro mais inclusivo e justo. Já em Gana, a coexistência pacífica entre diferentes religiões contrasta com a forte oposição enfrentada pela comunidade LGBTQIA+, destacando as tensões sociais que desafiam o país.

No último episódio, a série mostra os mercados locais, símbolo da riqueza cultural e econômica de África. Maju percorre o Mercado Massai no Quênia para conhecer a feira de tecidos vibrantes “kente” em Gana, retratando a tradição e a criatividade africanas que se expressam em cores, sabores e artesanato.

Halle Berry inspira Halle Bailey, Tyla e Coi Leray para as fantasias de Halloween

0
Fotos: Reprodução/Instagram

Hoje elas resolveram homenagear a diva! As artistas Halle Bailey, Tyla e Coi Leray, se inspiraram nos personagens icônicos da carreira da atriz Halle Berry para se fantasiar neste Halloween.

Sem ninguém revelar se foi um combinado ou uma coincidência, mas as três divulgaram nas redes sociais um ensaio super produzido nesta quarta-feira (30), véspera do dia do Halloween. Segundo o TMZ, pontualmente às 12h no horário local.

Com o look todo de couro, Coi se transformou na ousada Mulher-Gato; Vestida com um biquíni laranja, com uma cinta segurando uma faca no quadril, Bailey virou a Jinx, do filme “007 – Um Novo Dia para Morrer“; Já a Tyla se inspirou em um look para a Idade da Pedra, com a personagem Sharon Stone do filme “Os Flintstones“.

A vencedora do Oscar ficou encantada com as publicações. “As garotas sabem como fazer o meu dia”, escreveu no X (antigo Twitter), com a imagem de um meme para demonstrar a emoção.

Enquanto Bailey, Tyla e Leray se inspiravam na atriz, recentemente Berry publicou uma foto fantasiada de bruxa, junto com o seu gato preto e uma decoração tradicional com abóboras.

Mês da Consciência Negra: GloboNews entrevista Leci Brandão e viaja ao antigo Quilombo dos Palmares

0
Fotos: Divulgação

Em celebração ao mês da Consciência Negra em novembro, a GloboNews preparou uma programação especial aos telespectadores. A começar com uma revisita a obra da filósofa, antropóloga e ativista Lélia Gonzales, no próximo domingo, dia 3, no ‘Balaio GloboNews’.

A apresentadora Bete Pacheco conversa com a cantora, compositora e deputada estadual Leci Brandão e com o fotógrafo Walter Firmo sobre a urgência de se reescrever capítulos da História do Brasil sob a ótica da negritude na formação do povo brasileiro. “A gente tem que gostar do Brasil, e desse Brasil que foi enriquecido e forjado por um povo que veio lá da África”, ressalta Leci Brandão.

Os dois estão presentes na nova edição do livro “Festas Populares”, de Lélia Gonzalez. Leci escreveu o prólogo e Walter tem fotos suas publicadas na primeira edição da obra, lançada há mais de 30 anos. “São missões que Deus me deu e estou cumprindo da melhor forma possível. Tenho me surpreendido muito com tudo que acontece na minha vida porque aquilo que a Lélia Gonzalez me incentivou e disse que era importante falar, está acontecendo”, diz Leci. Além deles, Bete também ouve a historiadora Raquel Barreto, responsável pelo prefácio e peça fundamental no relançamento da edição original do livro de Lélia.

O canal também exibe de 11 a 15 de novembro a série ‘Força das Raízes’, no ‘J10’ e no ‘Conexão GloboNews’. A repórter Marcelly Setubal, a cinegrafista Andressa Gonçalves e a produtora Lívia Bonard viajam para conhecer quilombos em diferentes partes do Brasil e mostrar a luta que eles enfrentam para conquistar direitos territoriais e conseguir reconhecimento legal e inclusão social. Elas começam o itinerário pelo núcleo do antigo Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas, o mais emblemático e duradouro dos quilombos brasileiros.

A reportagem fala sobre a influência que o Palmares exerceu não só sobre os quilombos que surgiram no território brasileiro, mas também sobre a região no entorno de onde foi instalado. A equipe também visita comunidades quilombolas em Minas Gerais, onde manifestações culturais como os catopês e vissungos ainda resistem, e vai até Goiás conhecer o trabalho dos brigadistas quilombolas e saber sobre os impactos das chuvas aos quilombos do Rio Grande do Sul. Além disso, a série também mostra como quilombolas sofrem com o racismo ambiental, mas se tornaram alguns dos maiores especialistas em combate à incêndios florestais do país.

Acusado de racismo ao cancelar hospedagem, Hotel atribui falha à plataforma

0
Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Nesta quarta-feira, 30 de outubro, o pintor brasileiro Wallace Pato, em viagem à Holanda, relatou ter recebido uma mensagem de “push” notificando o cancelamento de sua reserva no Hotel Plantage, em Amsterdã. “Desculpe, mas não aceitamos pessoas negras no hotel”, dizia o e-mail com a justificativa do estabelecimento. A denúncia de teor racista, que viralizou nas redes sociais, gerou revolta e questionamentos sobre a segurança e transparência de plataformas de hospedagem.

A equipe do Hotel Plantage, no entanto, negou veementemente a autoria da mensagem ofensiva e afirmou tratar-se de uma prática de phishing, possivelmente recorrente na plataforma Booking.com. Em nota, o hotel expressou indignação com o conteúdo discriminatório das mensagens e reiterou o compromisso com a inclusão e o respeito a todos os hóspedes. “Queremos deixar absolutamente claro que essas mensagens não são de nossa autoria. No Hotel Plantage, defendemos a inclusão e o respeito por todos”, afirma o comunicado.

Segundo o Hotel Plantage, a equipe já está em contato direto com a Booking.com para investigar a origem do envio. Na nota, o hotel orienta hóspedes a não clicarem em links suspeitos e assegura que todas as reservas estão mantidas, sem alterações. Até o momento, Wallace Pato não retornou os contatos da reportagem para comentar a denúncia. A Booking.com ainda não se pronunciou oficialmente sobre a alegação de falha na segurança.

Leia a nota do Hotel Plantage na íntegra:

Caros hóspedes e seguidores,

Fomos informados de que mensagens de phishing estão a circular pela plataforma Booking.com, alegando falsamente serem enviadas pelo Hotel Plantage. Essas mensagens contêm conteúdo profundamente ofensivo e discriminatório. Queremos deixar absolutamente claro que essas mensagens não são de nossa autoria. No Hotel Plantage, defendemos a inclusão e o respeito por todos. Estamos a tratar esta situação com a máxima seriedade e a trabalhar de perto com o Booking.com para investigar e prevenir qualquer incidente futuro.

Tenham a certeza de que a vossa reserva não foi cancelada. Caso recebam alguma comunicação suspeita, pedimos que não cliquem em nenhum link e entrem em contacto conosco imediatamente. Pedimos desculpa por qualquer transtorno ou confusão que isto possa ter causado e agradecemos a vossa compreensão e confiança contínua.

Seis anos depois, julgamento dos acusados no caso Marielle e Anderson começa no Rio

0
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

No início da manhã desta quarta-feira (30), teve início o julgamento dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, confessos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Realizado no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, o julgamento ocorre mais de seis anos após o atentado, com os réus acompanhando as sessões por videoconferência a partir da prisão onde estão detidos.

O primeiro depoimento foi de Fernanda Chaves, assessora de Marielle e sobrevivente do ataque. Ela descreveu o momento dos disparos, destacando o choque inicial e o impacto duradouro do evento. Emocionada, Chaves relembrou como precisou deixar o país após o ataque, enfrentando anos de insegurança e readaptação. “Eu estava ensanguentada, muito suja de sangue. E comecei a gritar por socorro, pedir ajuda, por uma ambulância”, detalhou.

O segundo depoimento foi de Marinete Silva, mãe de Marielle. Marinete abordou a trajetória da filha, desde o envolvimento com causas sociais até o início da carreira política, destacando o vazio deixado por sua ausência. Ela mencionou ainda seu próprio receio inicial em relação ao cargo público de Marielle, motivado pelas crescentes ameaças e pressões. Em suas palavras, a candidatura de Marielle era um ponto de preocupação, mas ela destacou o comprometimento e o amor que a filha tinha pelo seu trabalho.

A terceira testemunha, Mônica Benício, viúva de Marielle, também emocionou o tribunal. Benício relembrou o compromisso de Marielle com os direitos das minorias e seu crescimento na política. Descreveu ainda o impacto pessoal e profissional da perda, destacando o último encontro entre elas. “Eu lembro do último segundo que vi a minha esposa com vida. E ela disse: ‘Eu te amo’”, revelou.

Este julgamento deve durar ao menos dois dias e conta com o depoimento de nove testemunhas, que auxiliarão na análise das acusações de duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Se condenados, os réus poderão enfrentar penas de até 84 anos cada. Em paralelo, o Supremo Tribunal Federal mantém o processo contra outros suspeitos de envolvimento, incluindo figuras como Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa.

Entenda o caso

O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes ocorreu em 14 de março de 2018, quando o carro em que estavam foi alvejado a tiros no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. Marielle, vereadora e ativista de direitos humanos, e Anderson, seu motorista, foram mortos em uma emboscada planejada, que gerou indignação nacional e internacional, impulsionando uma investigação ampla e complexa. O crime foi visto como um ataque não apenas à figura de Marielle, mas também aos valores que ela representava na luta contra a violência institucional e pelo empoderamento das minorias.

Após meses de investigação, os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram apontados como executores do crime. Segundo a acusação, Lessa teria sido o autor dos disparos, enquanto Queiroz dirigia o veículo usado na emboscada. A investigação foi marcada pela análise de imagens de segurança, interceptações telefônicas e quebra de sigilo bancário, além de indícios que revelaram ligações dos acusados com redes de milícia. Apesar da prisão e do julgamento atual dos dois executores, as suspeitas sobre os mandantes do crime ainda pairam, levando o processo a instâncias superiores.

O Supremo Tribunal Federal (STF) mantém ativo um processo paralelo que investiga figuras de destaque suspeitas de serem os mandantes do crime, como o ex-conselheiro do Tribunal de Contas Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa. Esses suspeitos respondem pelo crime devido ao foro privilegiado, e a suspeita é de que o assassinato tenha sido encomendado para calar Marielle em função de seu trabalho político. Se condenados, os envolvidos, incluindo Lessa e Queiroz, podem enfrentar penas que somam até 84 anos de prisão cada, pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio.

Caso sejam condenados, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz poderão enfrentar penas de até 84 anos de prisão cada um, devido às acusações de duplo homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio. O julgamento avalia a responsabilidade direta dos ex-policiais na execução, enquanto o processo paralelo no STF, que investiga os supostos mandantes como Domingos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa, também pode resultar em penas semelhantes.

error: Content is protected !!