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FOTO 3X4: Rudson Martins – Produtor de Elenco

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Foto: Divulgação

Texto: Rodrigo França*

Nesta coluna, pessoas que inspiram pela coragem de existir e transformam passos comuns em revoluções.

Na periferia de Santa Cruz, entre os muros altos e os sonhos contidos, nasceu Rudson Martins. Filho de Romildo e Ângela, cresceu em um bairro onde a resistência era cotidiana e a criatividade, uma ferramenta de sobrevivência. Entre as ruas da Zona Oeste do Rio de Janeiro, moldou sua visão de mundo: a periferia não é ausência, mas potência, repleta de histórias à espera de quem as conte com dignidade e verdade.

Com formação em Comunicação Social, Rudson enxergou no audiovisual o campo fértil para narrativas que desafiam o óbvio. Sua carreira, que soma 17 anos, reflete o olhar de um escultor de histórias que abraçam a diversidade. Tornou-se referência na construção de elencos que subvertem estereótipos e dão voz a trajetórias muitas vezes silenciadas. Cada escolha sua vai além da técnica; é um manifesto por representatividade, um gesto político que diz: “Nós existimos, e nossas histórias importam.”

Foi assim em “Encantado’s”, série que conquistou o público e deixou uma marca profunda na televisão brasileira. Foi assim em “Falas Negras 2024”, um tributo às vozes históricas negras que ressoam ainda hoje. E segue sendo assim em produções como “Vermelho Sangue” e “Pablo e Luisão”, obras que se destacam pelo impacto emocional e pela autenticidade de seus elencos. Em cada projeto, Rudson não só seleciona talentos; ele constrói pontes entre o público e histórias que refletem o Brasil em toda a sua complexidade.

Rudson Martins (Foto: Divulgação)

Atualmente, como Produtor de Elenco da Rede Globo, Rudson é responsável por formar elencos que transformam o audiovisual brasileiro. Ele traz para a maior emissora do país um olhar comprometido com a diversidade e a inovação. Em novembro, sua participação no podcast “Traz a Pipoca”, do Telecine, dentro do projeto Tela Preta, reforça essa postura. Nesse espaço, ele compartilhará sua experiência e discutirá a importância da representatividade no cinema e na televisão.

Pai de Tom Zé e Sol de Maria, marido de Fabiana, Rudson carrega consigo as lições de seu pai, Romildo, sua principal referência artística. É no equilíbrio entre suas raízes e seu olhar para o futuro que ele transforma o audiovisual brasileiro, inserindo nele rostos, vozes e corpos que carregam consigo a potência da periferia.

Rudson Martins não apenas conta histórias; ele as reinventa, com a certeza de que cada escolha é uma semente para um Brasil mais justo e representativo. Sob sua condução, o audiovisual não é só entretenimento. É resistência. É humanidade. É arte.

Samuel Nwajagu é o primeiro homem negro e africano a vencer o Mister International 2024

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Foto: Reprodução/Instagram

O nigeriano Samuel Nwajagu, 23, entrou para a história neste sábado (14) ao conquistar o título de Mister International 2024, tornando-se o primeiro homem negro e também o primeiro africano a vencer o tradicional concurso de beleza masculina. A 16ª edição do certame foi realizada em Bancoc, na Tailândia, e reuniu um recorde de 46 candidatos de diversos países.

Nascido e criado em Anambra, na Nigéria, Nwajagu é engenheiro de software, atleta, modelo e possui bacharelado em engenharia mecânica pela University of Port Harcourt, em Rivers State. Com 1,90 m de altura, ele é o único filho de pais empreendedores e atualmente reside em Umuezeakpu, Akpu, Anambra.

Antes de conquistar o título, Nwajagu participou por dois anos de corridas de velocidade e longa distância. Além disso, é apaixonado por desenhar formas geométricas, cantar e atuar. Representando a Nigéria, ele quebrou barreiras ao se tornar o primeiro africano a alcançar o topo do Mister International.

A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo YouTube e incluiu desfiles dos candidatos em trajes típicos, de banho e de gala, além da tradicional rodada de perguntas no palco para os finalistas. Nwajagu superou o vietnamita Nguyen Manh Lan, 30, e o indonésio Glenn Sutanto, 35, que ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.

O Top 6 foi completado pelos representantes da Holanda (Anthony Henricus, 21), das Filipinas (Justine Carl Ong, 24) e da Espanha (Rafael Dominguez Mata, 28). O potiguar Bruno Fonseca, 35, garantiu a participação brasileira na competição, mas não avançou para o grupo dos 15 semifinalistas. Médico especializado em nutrologia e com 1,84 m de altura, Fonseca acumula uma década de experiência em concursos de beleza, incluindo sua participação no Mister Brasil CNB em 2014, quando chegou às semifinais.

Um ano de reinado

Ao longo do próximo ano, Nwajagu assumirá compromissos como vencedor do Mister International, incluindo participações em eventos, ações sociais, campanhas publicitárias e trabalhos como modelo.

A vitória do nigeriano sucede a de Kim Goodburn, 25, vencedor em 2023 e primeiro tailandês a conquistar o título. A edição de 2024 reafirma a importância da representatividade no universo dos concursos de beleza masculina, que vêm ganhando visibilidade desde os anos 1990 com competições como o Manhunt International (1993) e o Mister Mundo (1996).

Mulher que acusa Jay-Z de abuso sexual admite inconsistências em seu depoimento

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Foto: AP

Uma mulher que acusa os rappers Jay-Z e Sean “Diddy” Combs de abuso sexual reconheceu inconsistências em seu depoimento: “Cometi alguns erros”, relatou ela em entrevista concedida à NBC News publicada na última sexta-feira, 13. O caso, registrado judicialmente, atrai grande atenção, especialmente após a manifestação de Jay-Z negando veementemente as alegações e classificando o processo como uma tentativa de extorsão.

A mulher, cuja identidade não foi revelada, afirma que foi levada de Rochester para Nova York durante os MTV Video Music Awards de 2000. Ela alega que, após a premiação, foi levada a uma festa organizada por Combs, onde teria sido abusada sexualmente pelos dois artistas. No entanto, novos questionamentos emergiram. A vítima relatou ter conversado com os músicos Benji Madden e seu irmão na festa, mas representantes dos Madden confirmaram que eles estavam em turnê no centro-oeste dos EUA na data mencionada. Além disso, o pai da mulher afirmou não se lembrar de uma longa viagem para buscá-la após o suposto incidente. Outra informação publicada pela NBC é de que fotos de Shawn Carter, nome de Jay-Z, tiradas naquela mesma noite não correspondem ao local onde o crime teria ocorrido.

Ainda assim, a autora mantém a principal acusação. Jay-Z, por meio de seu advogado Alex Spiro, classificou o caso como infundado. “É impressionante que um advogado apresente uma queixa tão séria sem a devida verificação e, ainda pior, a amplifique na imprensa”, afirmou Spiro. O empresário também declarou que o relato da NBC reforça sua posição de inocência.

Segundo a mulher natural do Alabama, os abusos teriam ocorrido após ingerir uma bebida que a deixou “tonta”. Ela também declarou ter assinado um acordo de confidencialidade naquela noite. O advogado Tony Buzbee, que representa a mulher, afirmou que sua equipe continua a investigar os fatos e reunir evidências. “Nosso trabalho é examinar minuciosamente qualquer questão que surja”, declarou à Associated Press.

O caso faz parte de uma série de processos contra Combs, que está preso em Nova York sob acusações federais de tráfico sexual. Em outubro, Buzbee revelou representar cerca de 120 pessoas com alegações contra o empresário do rap, incluindo abusos sexuais e má conduta.

Especialistas observam que relatos de vítimas de abuso sexual podem apresentar inconsistências devido ao impacto do trauma, o que pode influenciar o curso do processo. Ainda assim, a admissão de erros pela autora e as evidências conflitantes podem pesar a favor de Jay-Z e Combs nas batalhas legais que seguem em andamento.

Com informações do The Guardian.

Taís Araujo fala sobre emoção de gravar como Nossa Senhora em ‘O Auto da Compadecida 2’: “Queria esticar aquele momento”

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Foto: Laura Campanella

“Quero!”, respondeu Taís Araujo, sem hesitar, ao atender o telefonema do diretor Guel Arraes com o convite para interpretar Nossa Senhora em ‘O Auto da Compadecida 2’. Mas, logo após a empolgação inicial, veio a dúvida: “Como é que eu vou fazer isso?”. Durante a coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (9), em São Paulo, a atriz compartilhou seu misto de emoções diante do desafio de dar vida à personagem vivida por Fernanda Montenegro no primeiro filme.

Apesar desse misto de emoções, Taís disse que o sentimento de estar neste filme era imenso. “Eu mal acreditava que eu estava ali, porque parece que afirmava o meu desejo de ser atriz, de estar trabalhando com esses atores, com esses diretores […] eu jamais imaginei que o Auto teria o 2,e que eu poderia ser a Nossa Senhora”, disse a atriz, que integra o elenco ao lado de Matheus Nachtergaele e Selton Mello, que dão vida à dupla João Grilo e Chicó, respectivamente, além de outros grandes nomes do cinema.

Assim como no primeiro filme, a aparição da Compadecida interpretada por Taís Araujo também é breve. “Foi muito difícil pra mim tirar o figurino. Acabou e eu fiquei quase uma hora vestida de Nossa Senhora no camarim. Eu não queria abandonar o que eu estava vivendo ali, estava muito gostoso. Eu queria esticar aquele momento”, contou. 

Além da felicidade de viver o personagem, Taís também conta como ficou emocionada por trabalhar com a equipe do filme. “O dia que eu fui visitar o set, era o dia do encontro do Chicó com o João Grilo. E eu estava ali, só vendo. Tinha uma figuração que ia cantando e era tudo tão bonito, que eu comecei a chorar”, disse. 

Mas enquanto tentava controlar o choro, ela viu Luisa Arraes em prantos também: “Me libertou. Eu estava muito emocionada como espectadora porque esse filme vive dentro de nós”, relatou. 

Amizade com Matheus Nachtergaele

Taís Araujo aproveitou a ocasião da coletiva de imprensa para declarar o seu amor pelo amigo Matheus Nachtergaele, com quem voltou a trabalhar depois de 20 anos. 

“A gente fez um trabalho junto [na novela] ‘Da Cor do  Pecado’, em que nós éramos melhores amigos e a gente tem esse amor, que durou esse tempo todo. Estar ali naquele lugar, era como se fosse quase salvando um amigo meu, e a gente está num lugar aqui que é muito maluco, da dramaturgia, mas tem todo o amor de uma vida construída de uma amizade, de um respeito. Então era uma coisa que ficava mesclado muito lindamente”, disse.

Ao refletir sobre alguns dos seus momentos favoritos durante as gravações do filme, Matheus cita a cena com a amiga. “Talvez a mais louca de todas e mais surpreendente, apesar da gente ter ensaiado muito, foi quando a Taís chegou como a Compadecida. Primeiro porque a gente se ama muito, e segundo que esse é um momento muito especial pro Grilo”, contou. 

Foto: Daniel Pinheiro/ Brazil News

“Essa é a hora que o herói vai viver ou morrer. É a hora que ele precisa do perdão da Compadecida, da ajuda dela. E ser a Taís foi muito forte. O filme é muito lindo esteticamente, ele é um deslumbre, ele é um sonho. […] Quando eu vi ela pela primeira vez, com a luz que o Gustavo Árdua tinha desenhado, com os cenários em todo o figurino, eu tive a sensação de que nunca tinha visto nada mais bonito na minha frente”, disse encantado.

“Eu acho que o público vai sentir a mesma coisa. Na sessão do CCXP 2024, a plateia de quase 3 mil pessoas fez ‘UAU’. Aquilo que eu senti quando me ajoelhei diante dela, eles sentiram também. Acho que isso talvez tenha sido, nesse Auto 2, o momento mais impressionante para mim. Quando eu reencontrei Nossa Senhora, numa nova roupagem, mas era ela, Ela é uma das mulheres mais lindas que eu já conheci e uma das pessoas que eu mais amo no Brasil”, finalizou Matheus sobre seu sentimento por Taís e sua experiência de contracenar com ela. 

Washington Post apaga Juliana Souza em matéria sobre Day McCarthy e racismo no Brasil

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Foto: O Globo

Uma condenação histórica, um caso de racismo emblemático e um apagamento que não pode ser ignorado. Uma reportagem do jornal americano Washington Post, intitulada “Condenada por fazer insultos raciais, ela enfrenta 8 anos de prisão no Brasil”, buscou dar um panorama das questões raciais no Brasil a partir do ponto de vista jurídico, utilizando o caso da socialite brasileira Dayane Alcantara, conhecida como Day McCarthy, como exemplo.

Em 2017, a influenciadora publicou um vídeo atacando Títi, filha negra adotiva dos atores brancos Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. No vídeo, McCarthy fez insultos racistas direcionados à aparência da criança, gerando indignação em todo o país.

O caso teve um desfecho histórico graças à atuação da advogada e ativista Juliana Souza. McCarthy foi a primeira pessoa condenada a prisão em regime fechado em um caso de racismo no Brasil. Em agosto deste ano, a Justiça Federal do Rio de Janeiro a condenou a 8 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de injúria racial e racismo.

No entanto, Juliana não ficou satisfeita com a abordagem do jornal americano sobre o caso. Apesar de ter concedido uma entrevista de duas horas à jornalista Marina Dias, que participou da produção da matéria assinada por Terence McCoy, seu trabalho foi completamente omitido. “Até quando você faz história tentam te apagar”, disse Juliana em seus stories no Instagram. Em conversa com a editora-chefe do Mundo Negro, Silvia Nascimento, ela deu mais detalhes. “A matéria menciona os oito anos de condenação, algo conduzido por meio do meu trabalho em parceria com o Ministério Público Federal. Essa condenação histórica só foi possível pelo que desenvolvi, e é isso que não aceito: esse apagamento, esse epistemicídio.”

Juliana explicou que, ao entrar em contato com Marina, a jornalista ficou surpresa com as críticas e insinuações de decepção. Segundo Juliana, Terence teria dito que a advogada deveria estar feliz pela repercussão do caso, mesmo não sendo mencionada. “Ele disse que poderia fazer uma matéria sobre mim no futuro, mas que essa reportagem era sobre a família”, relatou a advogada.

Curiosamente, outras fontes brasileiras de profissionais brancos foram citadas na matéria. “Há pessoas mencionadas no texto que não têm relação com o caso, enquanto figuras importantes como a procuradora Lilia Vaz e outro consultor branco tiveram suas falas destacadas. Ele [o editor] me disse que precisou fazer escolhas, que não havia espaço para todos. No entanto, eu, que trabalhei diretamente no caso, não tive nenhuma menção ao meu trabalho.”

Outro ponto problemático da reportagem foi sugerir que o Brasil é um país que age de forma agressiva no combate ao racismo. “Sete anos após seu ataque preconceituoso contra a menina negra, um juiz federal em agosto condenou McCarthy pelo crime de racismo e aplicou a ela o tipo de pena tradicionalmente reservada para infratores violentos e traficantes de drogas: oito anos e nove meses de prisão.” O texto ainda trouxe dados de denúncias, que quintuplicaram entre 2020 e 2023, alcançando 4.871 processos. Contudo, isso não significa que racistas estão sendo presos.

Juliana também comentou sobre essa abordagem: “O aumento das denúncias ajuda a visibilizar, haja vista que vigeu durante muito tempo uma ideia de ‘democracia racial’. É fundamental o registro das ocorrências, pois é daí que parte a investigação. Porém, precisamos dar os próximos passos: investigação, devido processo legal e responsabilização.”

A reportagem incluiu ainda uma longa entrevista com McCarthy, que afirmou ter sido condenada por ter sido processada por pessoas brancas. Morando em Paris, ela disse que não respeitará a decisão da justiça brasileira e continuará vivendo na Europa. “Seria diferente se fosse uma pessoa negra fazendo essa denúncia, uma mãe negra da favela. O sistema de justiça brasileiro só funciona para alguns”, declarou a socialite condenada à prisão.

Entre desafios e sonhos: Chef Naila Bicalho destaca a força da confeitaria artesanal

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“Eu era um robô.” É assim que a Chef Naila Bicalho descreve como se sentia ao entrar na gastronomia em 2019. Sua rotina repetitiva não permitia explorar sua criatividade, mas a confeitaria foi o divisor de águas. Hoje, ela comanda o Ateliê dos Caseiros Doceria, no Rio de Janeiro, conciliando sua atuação como empreendedora com os estudos em Gastronomia no Senac RJ.

“Escolhi a confeitaria porque é uma profissão que ainda não tem o reconhecimento que merece. Meu objetivo é mostrar que confeitaria é, sim, trabalho qualificado. Não é todo mundo que sabe fazer doces de qualidade. As pessoas acham que qualquer um pode fazer bons doces, mas não é assim”, explica Naila.

Naila também destaca que o empreendedorismo traz desafios que nem sempre são discutidos. “Olha, eu não vou romantizar o empreendedorismo. Empreender dói, machuca. Você está sempre preocupada em pagar o seu pro labore, em saber se vai conseguir arcar com tudo todos os meses. Mas, desde sempre, eu disse: vou ser confeiteira. Hoje, realizo o meu sonho de estar na profissão que amo, apesar das dificuldades.”

Entre essas dificuldades, Naila menciona a falta de valorização do trabalho da confeitaria. “As pessoas acham que sabem fazer doces e acabam nos desmerecendo. Mandam mensagem, pedem cardápio, agradecem e depois tentam reproduzir em casa, achando que conseguem o mesmo resultado. Essa é uma das maiores barreiras que enfrentamos”, reflete.

No Ateliê dos Caseiros, Naila aposta em uma confeitaria 100% artesanal, personalizada e com um toque autoral. “Aqui no meu ateliê, trabalho com uma confeitaria totalmente descomplicada, mas artesanal. Esse é o meu diferencial”, conta a chef.

Além disso, o negócio de Naila é estruturado para atender por delivery, oferecendo produtos feitos sob encomenda com um cardápio variado que conquista paladares. Entre os produtos mais vendidos estão:

Bolos caseiros e festivos – os grandes campeões de vendas;

Sobremesas variadas, como tortas no pote, tortas em fatias e brownies;

Docinhos gourmet, como quindins e queijadinhas.

Com foco em qualidade e personalização, a Chef Naila Bicalho mostra que confeitaria vai muito além de fazer doces. É uma arte que exige técnica, paixão e criatividade – valores que ela aplica diariamente no comando do seu ateliê.

Beyoncé faz história ao conquistar prêmio de ‘Melhor Artista Country Feminina’ no Billboard Music Awards

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Foto: Reprodução

Beyoncé adicionou mais um feito inédito à sua carreira ao vencer seu primeiro prêmio country no Billboard Music Awards 2024. A artista, que já acumula 17 troféus na premiação, foi eleita a melhor artista country feminina, marcando sua estreia na categoria. A vitória se deve ao impacto de Cowboy Carter, oitavo álbum de estúdio da cantora, que mistura elementos do country, pop e outros gêneros.

Além do prêmio, Beyoncé foi indicada nas categorias de melhor artista dance/eletrônica e melhor álbum country, consolidando sua capacidade de transitar por diferentes estilos musicais.

Essa nova conquista ocorre em um momento decisivo na carreira da cantora. Beyoncé, que já é a artista mais premiada na história do Grammy com 32 troféus, alcançou um novo marco ao se tornar a mais indicada da premiação de 2025. Cowboy Carter lhe rendeu 11 indicações, incluindo suas primeiras no campo country e raízes americanas, como melhor álbum country, melhor performance de dupla/grupo country por II Most Wanted (parceria com Miley Cyrus), e melhor performance americana por Ya Ya.

Apesar das conquistas recentes, a ausência de indicações ao Country Music Association Awards, principal premiação do gênero, gerou inúmeras críticas do público. A ausência foi vista como uma esnobada, gerando debates sobre o espaço de artistas não tradicionais dentro da música country. Em contraste, a cantora foi destaque no People’s Choice Country Awards 2024, onde recebeu 12 indicações, mas saiu de mãos vazias.

TV Cultura exibe ao vivo o encerramento da turnê de Thaíde, com participações de Dexter e Fat Family

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Foto Thaíde: Jardel Rodrigues

Neste domingo, 15, Thaíde, referência do hip-hop brasileiro, sobe ao palco do Sesc Itaquera para encerrar a turnê que celebra seus 40 anos de carreira. O show, que contará com a Banda Black Brasa, revisitará sucessos que marcaram a trajetória do artista, consolidando-o como um dos pioneiros do movimento no Brasil.

A apresentação faz parte do programa especial Bem Brasil, em comemoração aos 55 anos da TV Cultura. O espetáculo será transmitido ao vivo das 11h às 12h30 pela emissora e também estará disponível online no sesctv.org.br e no canal do Sesc São Paulo no YouTube.

O evento terá a participação do “Oitavo Anjo”, Dexter, e de Suzete, Kátia e Simone Cipriano, integrantes do grupo vocal Fat Family. As colaborações prometem agregar ainda mais emoção à apresentação, que é gratuita e dispensa retirada de ingressos.

O programa Bem Brasil, que marcou época ao levar música ao vivo a palcos como o Sesc Pompeia e o Sesc Interlagos, retorna nesta edição especial para celebrar a diversidade musical brasileira e reforçar seu legado na televisão.

Serviço

Show de Thaíde com participações de Dexter e Fat Family

  • Local: Palco da Orquestra – Sesc Itaquera
  • Endereço: Av. Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1000 – Itaquera, São Paulo
  • Data: Domingo, 15 de dezembro
  • Horário: Das 11h às 12h30
  • Ingressos: Gratuito (sem necessidade de retirada)
  • Transmissão: Ao vivo pela TV Cultura, no site sesctv.org.br e no YouTube (youtube.com/sescsp)

Movimento Negro Evangélico denuncia Igreja Pentecostal Deus é Amor ao Ministério Público por racismo

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Foto: Reprodução

O Movimento Negro Evangélico (MNE Brasil) apresentou nesta semana uma notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo contra a Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA). A ação foi motivada por um comunicado interno da igreja, divulgado em 3 de dezembro, que proíbe homens de usar penteados afro, entre outras normas, sob pena de exclusão de atividades da comunidade religiosa.

O documento interno da IPDA estabelece um conjunto de proibições que, segundo a igreja, têm como objetivo “orientar e fortalecer a caminhada cristã à luz dos princípios da Palavra de Deus”. Entre as restrições, a igreja veta o uso de barba por fazer, calças justas e, especificamente, penteados afro, associando tais características a um “mau testemunho”.

Em caso de descumprimento, o texto orienta que os membros sejam colocados em ostracismo, ficando impedidos de participar de eventos e atividades religiosas até se adequarem às normas. O Movimento Negro Evangélico denuncia que a proibição configura crime de racismo ao vincular estéticas associadas à negritude a elementos considerados profanos ou negativos.

Para o coordenador nacional do MNE, Jackson Augusto, a utilização de referências bíblicas para justificar práticas racistas não é um fenômeno novo. “Ao longo da história, vimos interpretações como a maldição de Cam sendo usadas para justificar a escravidão e a colonização africana. Como negros evangélicos, não podemos mais tolerar que a Bíblia seja usada para violar nossa humanidade”, afirmou.

A ação foi protocolada junto ao Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi) do MP-SP. O MNE também destaca a responsabilidade do ambiente religioso em respeitar os direitos humanos e cumprir a legislação brasileira. O coordenador de incidência política do movimento, José Vítor, reforça que a denúncia ultrapassa os limites da igreja em questão: “Sabemos que práticas semelhantes ocorrem em outras instituições religiosas. Essa ação busca estabelecer limites claros para impedir que o racismo seja normalizado nesses espaços.”

A IPDA emitiu um pedido de desculpas

Após a polêmica gerada pelo caso, a Igreja Pentecostal Deus é Amor emitiu um pedido de desculpas, afirmando que o comunicado “não reflete o que a diretoria queria, de fato, comunicar”. O comunicado dizia ainda: “Pedimos sinceras desculpas se as palavras mal redigidas, que não estão de acordo com o que a diretoria desejava comunicar, tenham ferido algum irmão em Cristo”.

De acordo com o Datafolha, 59% dos evangélicos brasileiros se autodeclaram pretos ou pardos, evidenciando o impacto da denúncia em uma população majoritariamente negra. O MNE espera que o Ministério Público responsabilize a igreja e estabeleça medidas reparatórias, incluindo ações educativas que promovam a igualdade racial dentro das instituições religiosas.

Denzel Washington se torna o ator negro mais indicado ao Globo de Ouro; veja os filmes que marcaram sua trajetória

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Fotos: Divulgação e Divulgação/Paramount Pictures

Denzel Washington, um dos maiores nomes de Hollywood, se tornou o ator negro mais indicados ao Globo de Ouro, após nomeação por seu papel em ‘Gladiador 2’, na última segunda-feira (9). Ao longo de sua trajetória, Denzel acumula 11 indicações da premiação, que celebra alguns dos maiores talentos do cinema e da televisão e venceu duas vezes. Ele superou o recorde de Sidney Poitier.

Seu primeiro troféu pela atuação no filme ‘Tempo de Glória’, de 1989, como Melhor Ator Coadjuvante em Cinema, e ‘The Hurracane’, de 1999, como Melhor Ator em Filme Dramático. Denzel ainda homenageado com o Cecil B. DeMille Award em 2016, um prêmio honorário que celebra contribuições significativas para o entretenimento.

Conheça outros filmes de Denzel Washington que lhe renderam indicações ao Globo de Ouro, além de ‘Gladiador 2’:

1. Tempo de Glória (1989)

Neste drama histórico, Denzel Washington interpreta Trip, um soldado afro-americano que luta na Guerra Civil Americana. Liderados por um oficial branco, os soldados negros lutam contra os Confederados e contra o preconceito de seus superiores e precisam provar seu valor no campo de batalha. Sua performance impressionante lhe rendeu o Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, além de um Oscar na mesma categoria.

2. Malcolm X (1992)

Dirigido por Spike Lee, Denzel vive o líder ativista Malcolm X, que foi preso aos 20 anos de idade, se converteu ao islamismo e passou a pregar seus ideais, explorando sua vida e evolução como defensor dos direitos civis. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme Dramático, Denzel entrega uma atuação poderosa e transformadora que é frequentemente considerada uma de suas melhores.

3. The Hurricane (1999)

Neste drama biográfico, Denzel interpreta Rubin “Hurricane” Carter, um pugilista que sonha em ganhar o título de peso-médio do boxe, mas é injustamente preso por três assassinatos e condenado à prisão perpétua. Sua atuação profunda lhe rendeu o Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme Dramático.

4. Dia de Treinamento (2001)

Denzel brilha como Alonzo Harris, um detetive corrupto que desafia os limites da moralidade em um dia intenso de treinamento com um recruta novato. Ao longo do dia, o novato é exposto a todo tipo de corrupção e acusado de assassinato, acontecimentos que são orquestrados por Alonzo a fim de encobrir um engano cometido por ele junto à máfia russa. Este papel complexo lhe garantiu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme Dramático e um Oscar de Melhor Ator.

5. O Voo (2012)

Neste drama dirigido por Robert Zemeckis, Denzel interpreta Whip Whitaker, um piloto que se torna um herói ao realizar um pouso milagroso após o motor do avião apresentar problemas, mas passa a enfrentar problemas quando um exame de sangue evidencia o seu abuso de álcool e drogas. Sua performance cheia de nuances lhe valeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme Dramático.

6. Um Limite Entre Nós (2016)

Baseado na peça vencedora do Pulitzer de August Wilson, Denzel dirige e estrela este drama como Troy Maxson, um jogador de beisebol aposentado, que sonhava em se tornar uma grande estrela do esporte durante sua infância, agora trabalha como coletor de lixo para sobreviver, sendo um pai lutando com arrependimentos e conflitos familiares na década de 1950. Indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme Dramático, Denzel apresenta uma atuação inesquecível, ao lado de Viola Davis.

7. A Tragédia de Macbeth (2021)

Nesta adaptação estilizada da peça de Shakespeare, dirigida por Joel Coen, Denzel interpreta Macbeth, um general ambicioso consumido por poder e paranoia, quando três bruxas o convencem de que ele se tornará o próximo rei da Escócia. Sua atuação, altamente elogiada, lhe rendeu mais uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Filme Dramático.

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