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50 Cent celebra vitória de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos: “Vou embora com a m*** do vencedor”

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Fotos: Reprodução

Na manhã desta quarta-feira, 6, o rapper e produtor norte-americano 50 Cent celebrou em seu Instagram a vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Apesar de não ter declarado explicitamente que apoiava Trump durante sua campanha, o rapper já havia comentado que recusou uma oferta milionária para se apresentar em um comício do republicano.

O rapper compartilhou duas fotos, uma cumprimentando Donald Trump em uma ocasião anterior e uma selfie com Trump, além de escrever na legenda: “Não me importa como vai a luta, vou embora com a m*** do vencedor. Ainda não sei o que está acontecendo 🤦parabéns!”.

Recentemente, ele declarou ter recusado uma oferta de US$ 3 milhões (equivalente a R$ 17,3 milhões) para se apresentar em um comício eleitoral de Donald Trump realizado no dia 27 de setembro no Madison Square Garden, em Nova York, nos Estados Unidos. “Eu nem fui longe… Eu não falei com eles sobre esse tipo de coisa. Eu tenho medo de política“, afirmou rindo.

O rapper tem chamado a atenção da imprensa após declarar que está produzindo um documentário que expõe as acusações de tráfico sexual e assédio cometidas pelo magnata da música Sean ‘Diddy’ Combs. Em entrevista concedida no mês de outubro para a revista People, 50 Cent afirmou que tem falado sobre os supostos crimes cometidos por Diddy há anos: “Olha, parece que estou fazendo algumas coisas extremamente ultrajantes, mas não estou. Na verdade, sou eu apenas dizendo o que venho dizendo há 10 anos”, declarou o rapper.

CFM recorre à Justiça contra cota para negros e quilombolas em residências médicas

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Foto: CFM/Reprodução

O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou com uma ação civil pública contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), contestando a reserva de 30% das vagas para pessoas com deficiência, indígenas, negros e moradores de quilombos no Exame Nacional de Residência (Enare). A ação foi protocolada na 3ª Vara Cível de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), segundo informou a Agência Brasil.

Realizado em 20 de outubro, o concurso do Enare ofereceu 4.854 vagas para residência médica e 3.789 para residência multiprofissional e outras áreas da saúde, distribuídas em 163 instituições pelo país. Participaram da prova 80 mil candidatos, entre os 89 mil inscritos, em 60 cidades.

Em nota, o CFM defendeu que a seleção para residência médica deve ser baseada exclusivamente no “mérito acadêmico de conhecimento”, alegando que as cotas podem gerar “vantagens injustificáveis dentro da classe médica” e “discriminação reversa”. Embora afirme reconhecer “a importância das políticas afirmativas para a concretização do princípio de equidade”, o CFM se posiciona contra as cotas no âmbito das residências médicas.

A Associação Médica Brasileira (AMB) também expressou oposição à reserva de vagas, destacando que os candidatos a programas de residência já possuem uma formação igualitária no curso de medicina.

Em resposta, a Ebserh reforçou que a reserva de vagas segue a legislação e possui respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF), que já reconheceu a validade do critério étnico-racial no acesso ao ensino superior público. Em nota, a empresa vinculada ao Ministério da Educação (MEC) destacou que o sistema de cotas visa “garantir que o acesso aos programas de residência reflita a diversidade demográfica do Brasil e contribua para um sistema de saúde mais inclusivo e equitativo”.

O processo de seleção do Enare permite que os candidatos escolham, após a prova, a especialidade e o hospital onde desejam atuar, seguindo um modelo similar ao do Enem e do Sisu. Para a residência multiprofissional, o candidato define a área de atuação no momento da inscrição e, conforme a pontuação obtida, seleciona a instituição em que pretende realizar a residência.

Os resultados da prova escrita serão divulgados em 20 de dezembro. Em 7 de janeiro, será publicado o resultado da análise curricular, que definirá os candidatos aprovados. A partir de 21 de janeiro, começam as convocações, com previsão de até três chamadas para preenchimento das vagas.

Trump derrota Kamala Harris e assume novo mandato com campanha marcada por desinformação e discursos xenofóbicos

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Foto: Jeff Swensen/Getty Images

O republicano Donald Trump conquistou os mais de 270 delegados necessários no Colégio Eleitoral para retornar à presidência dos Estados Unidos, segundo projeções realizadas por estatísticos e veículos de mídia norte-americanos. A candidata democrata e atual vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, era a principal oponente de Trump e entrou na disputa após a desistência de Joe Biden.

Apesar do apoio de figuras de peso, como LeBron James, Beyoncé, Kelly Rowland e Tyler Perry, além do ex-presidente americano Barack Obama e sua esposa, a advogada Michelle Obama, Harris não conseguiu reverter a narrativa da campanha republicana, que explorou as fragilidades da economia atual, além de espalhar desinformação e fazer discursos xenofóbicos. Com o slogan de “novos anos dourados aos cristãos”, Trump capitalizou uma base de eleitores religiosos e conservadores, enquanto Harris enfrentava resistência em consolidar alianças com setores insatisfeitos com o governo de Joe Biden.

Trump teve sua vitória anunciada, às 7h32 (horário de Brasília) desta quarta-feira, 6, depois de garantir 276 delegados. Nos Estados Unidos, cada estado é responsável pela apuração dos votos e o processo pode levar mais dias. O que contribui para que a população saiba com antecedência qual candidato será vencedor é a projeção. Após projeção da vitória de Trump no Estado de Wisconsin o resultado sobre a vitória de Trump foi confirmado. 

Trump obteve maioria dos votos nos Estados decisivos, de acordo com dados publicados pela Associated Press:

  • Carolina do Norte: Trump venceu
  • Geórgia: Trump venceu
  • Wisconsin: Trump venceu
  • Michigan: Trump 50,1%; Kamala 48,1% (94% apurados)
  • Pensilvânia: Trump venceu
  • Arizona: Trump 51%; Kamala 48,2% (54% apurados)
  • Nevada: Trump 51,5%; Kamala 46,8% (84% apurados)

O republicano será 47º presidente eleito do país, e volta à Casa Branca depois de sofrer uma derrota contra Joe Biden em 2020. Anteriormente, Donald Trump já havia ocupado o cargo mais alto dos Estados Unidos quando venceu Hillary Clinton nas eleições de 2016.

Em um evento realizado na última semana, a atriz e dramaturga Danai Gurira comentou sobre como o resultado das eleições nos Estados Unidos poderia refletir em outros países, em especial sobre os direitos reprodutivos das mulheres no mundo todo:  “Isso me deixa furiosa pensar que essas proibições ao aborto estão matando mulheres”, disse ela.

A derrota de Harris marca uma virada para o Partido Democrata, que agora busca compreender os motivos do retorno de Trump e suas promessas radicais, que incluem cortes de impostos, restrições à imigração e políticas econômicas protecionistas.

Famosos negros que apoiam Kamala Harris e Donald Trump nas eleições dos EUA

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Fotos: Divulgação e Sameer Al-Doumy

A votação para a eleição presidencial nos Estados Unidos, aconteceu nesta terça-feira, 5, e muitos famosos negros, seja da música, do cinema, dos negócios ou do esporte, declararam seu apoio à candidata Kamala Harris ou ao Donald Trump. Diversas personalidades declaram apoio à democrata, que pode se tornar a primeira mulher negra a presidir o país. Em contrapartida, o candidato republicano recebeu menos apoio de celebridades, e os poucos nomes de destaque que o apoiaram são, em sua maioria, homens.

Uma pesquisa divulgada no mês passado pela NAACP (National Association for the Advancement of Colored People) mostrou que 63% dos eleitores negros preferem Harris, enquanto Trump conta com apenas 13% de apoio. Contudo, novamente observa-se uma disparidade de gênero: o apoio a Harris entre mulheres negras é sólido, alcançando 67%, mas cai para 49% entre homens negros com menos de 50 anos.

Pró Kamala Harris

Azealia Banks

Na véspera da eleição, a Azealia Banks gerou polêmicas ao anunciar o seu voto para Kamala Harris. A cantora apoia Trump desde 2016, chegou a comparecer ao comício do ex-presidente, em julho, mas alegou preocupações com os laços do republicano com Elon Musk. “Eu realmente acho que manter Elon Musk longe de qualquer tipo de poder político nos EUA equivale a qualquer questão em pauta aqui”, escreveu na sua conta do X, dando início a uma série de ataques contra o empresário.

LeBron James

Recentemente, o astro do basquete também declarou seu voto na democrata, publicando um vídeo demonstrando a importância da comunidade afro-americana não votar em Donald Trump pelos discursos racistas. “Quando penso em meus filhos e minha família e em como eles crescerão, a escolha é clara para mim. Vote em Kamala Harris”.

Beyoncé e Kelly Rowland

Desde o início da campanha, Harris teve permissão para usar a música ‘Freedom’ de Beyoncé como trilha sonora oficial da campanha e era aguardado um pronunciamento público da artista, que ocorreu em outubro, no comício da candidata, no Texas. Ela subiu ao palco junto com a amiga e cantora Kelly Rowland para apoiá-la. “Não estou aqui como uma celebridade, não estou aqui como política. Estou aqui como mãe que se preocupa com o mundo em que minhas filhas vivem. Imagine um mundo onde temos liberdade para controlar nosso corpo”, disse a Queen B no seu discurso. 

Foto: Reprodução/Instagram/@beyonceaccessbr

Tyler Perry

Apesar de não engajar as redes sociais com as eleições, o cineasta Tyler Perry compareceu recentemente ao comício da candidata e fez um discurso para os eleitores do estado da Geórgia. “O que percebo é que nesses Estados Unidos de Donald Trump não existe um sonho que se pareça comigo. Queremos uma presidente que acredite que esse sonho americano é para todos, e essa presidente é Kamala Harris”.

Pró Donald Trump

Kanye West

Após apoiar o ex-presidente republicano em 2016, o rapper Kanye West, afirmou neste ano que iria repetir o seu voto para a eleição presidencial. “Claro [vou votar nele], é Trump o dia todo”, disse em um vídeo gravado por um paparazzi.

Foto: Andrew Harrer/Bloomberg

50 Cent

O rapper 50 Cent revelou ao podcast The Breakfast Club recentemente que recebeu uma oferta de US$ 3 milhões para se apresentar no comício do candidato. Apesar de não aceitar, compartilhou diversas imagens do republicano, inclusive com o rosto dele estampando a capa de seu álbum “Get Rich or Die Trying”, durante um show. Apesar de endossar a imagem do Trump em um momento oportuno, após ele ter sido baleado em julho deste ano, o artista disse na entrevista que tem “medo de política”. “Eu não gosto de nenhuma parte da política. É porque quando você se envolve, não importa como você se sinta, alguém discorda apaixonadamente de você.”

Mike Tyson

Mike Tyson apoia Trump para presidência desde 2015, antes da primeira eleição do republicano. Conhecidos de longa data, seu apoio não foi uma surpresa entre os famosos. O ex-presidente promoveu muitas lutas do ex-campeão de boxe nos anos 1980 e 1990 em seus cassinos. Em 2022, o Tyson chegou a dizer ao podcast New York Post Sports que o Trump lhe “pagava muito dinheiro”. Quando foi condenado em 1992 por estuprar Desiree Washington, também foi defendido por Trump. 

Foto: Sonia Moskowitz/Getty Images

Lil Wayne e Kodak Black

Os rappers Lil Wayne e Kodak Black também declararam apoio a Donald Trump. Com uma boa relação há alguns anos, os artistas receberam o perdão presidencial de Trump no final do mandato, em casos envolvendo porte irregular de armas de fogo e falsificação de documentos. Condenados em 2019, Wayne poderia pegar até 10 anos de prisão e Black até quatro anos. 

Foto: Reprodução/Twitter

Erykah Badu se apresenta em SP, dia 6, com abertura de Luedji Luna

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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A renomada cantora e compositora americana Erykah Badu retorna ao Brasil para uma apresentação única no Espaço Unimed, em São Paulo, no dia 6 de novembro de 2024, às 20h30. Conhecida como a “rainha do neo-soul”, Badu promete encantar o público com sua mistura singular de soul, R&B e hip-hop. A abertura do evento conta com a participação da baiana Luedji Luna.

Erykah Badu iniciou sua carreira musical em 1997 com o lançamento do álbum “Baduizm”, que lhe rendeu dois prêmios Grammy e a consolidou como uma das principais vozes do neo-soul. Ao longo de sua trajetória, lançou álbuns aclamados como “Mama’s Gun” (2000) e “Worldwide Underground” (2003), explorando temas que vão desde espiritualidade até questões sociais e políticas.

Além do show em São Paulo, Badu também se apresentará no festival Rock The Mountain, em Itaipava, Rio de Janeiro, no dia 8 de novembro, e no AFROPUNK Bahia, em Salvador, no dia 9 de novembro. Essas apresentações fazem parte de sua turnê pelo Brasil, celebrando sua influência na música contemporânea e sua conexão com o público brasileiro.

Os ingressos para o show no Espaço Unimed estão disponíveis para compra no site oficial da Ticket360. Os preços variam conforme o setor escolhido, com opções que vão de R$ 140,00 a R$ 400,00. Há também a possibilidade de adquirir ingressos na bilheteria do Espaço Unimed, localizada na Rua Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo.

A abertura do evento ficará por conta da cantora e compositora baiana Luedji Luna, conhecida por mesclar ritmos afro-brasileiros, jazz e MPB em suas composições. A combinação das performances de Luedji e Erykah promete uma noite inesquecível para os amantes da boa música.

Novela das seis “Garota do Momento” tem melhor estreia em dois anos

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Foto: Beatriz Damy/Divulgação
Foto: Beatriz Damy/Divulgação

A novela “Garota do Momento” estreou na última segunda-feira (4), na TV Globo, com índices de audiência expressivos, marcando 21 pontos na Grande São Paulo, o melhor desempenho para uma novela das seis nos últimos dois anos. No Rio de Janeiro, a trama alcançou 25 pontos, superando as três produções anteriores do horário.

Escrita por Alessandra Poggi, com direção-geral de Jeferson De e direção artística de Natalia Grimberg, a novela ambientada nos anos 1950 narra a história de Beatriz (Duda Santos), que, após 16 anos, descobre o paradeiro de sua mãe, Clarice (Carol Castro). O primeiro capítulo destacou-se pela atuação de Carol Castro e pela trama envolvente, que promete cativar o público nos próximos meses.

A estreia de “Garota do Momento” também registrou 36% de participação em São Paulo, o melhor índice desde 2019. No Rio de Janeiro, a participação foi de 41%, consolidando o sucesso inicial da produção.

Com um elenco que inclui nomes como Fábio Assunção, Lilia Cabral, Tatiana Tiburcio, Cridemar Aquino e Maisa Silva, a novela aborda temas como busca por identidade, relações familiares e os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade da época. A expectativa é que “Garota do Momento” mantenha os bons índices de audiência e conquiste ainda mais telespectadores ao longo de sua exibição.

Além da trama envolvente, a produção destaca-se pela reconstituição de época, retratando com fidelidade os costumes e a ambientação dos anos 1950. A trilha sonora, composta por clássicos da época, complementa a atmosfera nostálgica, transportando o público para o período retratado. A combinação de uma narrativa cativante, atuações sólidas e uma produção cuidadosa contribui para o sucesso inicial de “Garota do Momento”.

“O que acontece aqui impacta mulheres ao redor do mundo”: Danai Gurira fala sobre as eleições e os direitos das mulheres

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Foto: Getty Images

As eleições americanas acontecem hoje, 5 de novembro, e um dos temas principais da campanha tem sido os direitos das mulheres. Em um evento na semana passada, a atriz e dramaturga Danai Gurira destacou a importância desse momento, ressaltando como as decisões políticas dos Estados Unidos reverberam na vida de mulheres em todo o mundo. Nascida nos EUA e criada no Zimbábue, Gurira compartilhou sua perspectiva única de alguém que observa o país de origem como um símbolo de liberdade e de oportunidades para mulheres. “Eu sempre olhei para esta nação de meu nascimento porque tinha proteções, direitos e uma cultura que permitia que uma menina atingisse seu potencial máximo,” comentou.

Gurira explicou que seu papel na campanha de Kamala Harris se tornou uma das experiências mais significativas de sua vida, ao sentir a urgência de defender os direitos das mulheres em um cenário de retrocessos. “Meu papel nesta eleição parece ser a coisa mais poderosa e importante da qual pude fazer parte”, afirmou. Para ela, o impacto das políticas americanas ultrapassa fronteiras, afetando as condições de vida de mulheres em várias regiões do mundo.

A atriz também abordou questões globais de direitos das mulheres, incluindo a mutilação genital feminina, uma prática que afeta milhões de meninas em várias partes do mundo. Gurira destacou como essa e outras formas de violência contra mulheres ilustram a necessidade de políticas que protejam os direitos femininos. Em sua fala, ela expressou indignação com as recentes restrições ao aborto nos Estados Unidos, mencionando casos de mulheres que sofreram consequências graves devido a essas novas leis em estados como o Texas. “Isso me deixa furiosa pensar que essas proibições ao aborto estão matando mulheres”, disse. Para Gurira, essas políticas não afetam apenas as mulheres americanas, mas também servem como referência para outros países que acompanham as diretrizes políticas dos EUA.

Ela também destacou sua trajetória como dramaturga, onde busca amplificar histórias de mulheres e meninas que enfrentam violência em zonas de conflito. Gurira defendeu que a proteção dos direitos reprodutivos e a liberdade de escolha são fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “Sempre me questionei por que as meninas tinham experiências tão diferentes no mundo em relação aos meninos”, comentou.

Ao concluir, Gurira fez um apelo para que o público refletisse sobre o papel dos Estados Unidos como líder global. Segundo ela, retrocessos nos direitos das mulheres enfraquecem essa posição e enviam uma mensagem preocupante para o mundo. “O que acontece aqui impacta mulheres ao redor do mundo”, concluiu.

Lázaro Ramos lança projeto especial no Mês da Consciência Negra para celebrar ícones afro-brasileiros

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Foto: Reprodução

Em comemoração ao mês de novembro, dedicado à Consciência Negra, o ator e diretor Lázaro Ramos lançou um projeto nas redes sociais para homenagear personalidades negras da cultura e história do Brasil. A iniciativa visa valorizar a cultura afro-brasileira, com Ramos publicando listas semanais que relembram grandes figuras de várias áreas e convidando o público a participar.

No vídeo de lançamento, Lázaro propôs que a primeira lista destacasse ícones masculinos da música brasileira. “Uma lista que eu começo e vocês continuam aqui nos comentários, vamos?”, escreveu na legenda. “Novembro chegou, e com ele vem a celebração, a conscientização e o lembrete constante de que a luta antirracista deve ecoar todos os dias do ano”, disse. Em um convite ao engajamento, completou: “E neste ano, quero fazer algo especial: listas semanais destacando pessoas que deixam um legado na nossa cultura. E começo com os grandes ícones masculinos da nossa música brasileira! 🎶 Mas preciso da sua ajuda para completar essa lista, quais nomes não podem faltar? Comenta aí e vamos celebrar juntos essa riqueza cultural!”

Para abrir a série, o ator compartilhou alguns dos nomes que considera essenciais, incluindo Tony Tornado, Os Tincoãs, Os Garotin, Cassiano e Wilson Simonal. A iniciativa já começou a gerar grande interação, com seguidores sugerindo outras personalidades que marcaram a música brasileira.

O projeto de Lázaro Ramos promete não apenas ser um tributo, mas também estimular a reflexão e o conhecimento sobre a contribuição histórica e cultural de negros brasileiros. A cada semana, ele ampliará o repertório, trazendo à tona referências de diferentes áreas, ajudando a fortalecer a visibilidade e o reconhecimento de trajetórias negras no Brasil.

Em dia de eleições nos EUA, Beyoncé lança clipe “Beywatch”, homenageia Pamela Anderson e incentiva voto

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Foto: Reprodução

A cantora Beyoncé surpreendeu fãs nesta terça-feira, 5, ao lançar um novo clipe para a faixa “BODYGUARD”, de seu álbum mais recente, Cowboy Carter. O vídeo, intitulado “Beywatch” — uma referência direta à famosa série dos anos 90 Baywatch, estrelada por Pamela Anderson — traz a artista recriando alguns dos visuais icônicos da atriz, como o chapéu de pelúcia rosa e o corset branco que marcaram a estética dos anos 90.

A data do lançamento coincide com o dia das eleições presidenciais nos Estados Unidos, reforçando o engajamento político da cantora, que utilizou a hashtag “#Vote” na descrição do vídeo no YouTube. A iniciativa une a divulgação de seu trabalho ao incentivo à participação cívica, com um apelo direto para que seus fãs exerçam o direito ao voto.

Recentemente, Beyoncé demonstrou apoio público à candidata democrata Kamala Harris, atual vice-presidente e concorrente nas eleições. Na última semana, a cantora marcou presença em um comício em sua cidade natal, Houston, ao lado de Harris e da amiga Kelly Rowland e autorizou o uso de sua canção “Freedom” (parceria com Kendrick Lamar, de 2016) como trilha oficial da campanha.

A homenagem de Beyoncé a Pamela Anderson encerra o “Beylloween” — período em que a artista, durante a semana de Halloween, também celebrou outras personalidades, como Betty Davis e Prince.

Confira o clipe:

‘Os Quatro da Candelária’ e as Paternidades Negras: Um olhar humanizado para os cuidados dos homens negros 

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Foto: Netflix

Eu, ainda, vou levar muitos dias para me recompor da série ‘Os Quatro da Candelária’. Sinto as cenas reverberando em mim em qualquer momento do meu dia. Ao ouvir as primeiras notas de “Além da razão” do maravilhoso poeta Luiz Carlos da Vila, eu caí num choro compulsivo. 

O primeiro episódio do menino Douglas (Samuel Silva) nos explicita a vida de um menino negro que perde o pai biológico de forma violenta, mas encontra a paternidade em outro homem que o cuida, o acolhe e o ama. Ao saber da morte do pai adotivo, Douglas passa todo o episódio lutando para realizar um enterro digno ao pai. O pai adotivo de Douglas, vivido pelo ator Leandro Firmino, tenta promover a ele elementos básicos de cuidado e proteção que o menino, fugido da FUNABEM (já falei sobre essa instituição aqui, em artigos anteriores) por causa das violências ali sofridas, não tivera, até então. O vício na cola faz com que Douglas não consiga ficar. Mas ser cuidado pelo pai que o olha, humanizando-o, que o cuida, que o abraça, é o vínculo mais profundo do menino. 

O episódio de Sete (Patrick Congo), o jovem de 18 anos recém-completados escancara, mais uma vez a paternidade negra. Sete é um homem negro gay, que escancara sua homossexualidade para quem quiser ver. Sete, nos auge dos anos 90 tem o desejo de ser marinheiro. Sete seria o João Cândido dos nossos tempos. O sonho de Sete é o que nos guia em toda a sua trajetória. Mas é a relação dele com Pipoca (Wendy Queiroz) que nos movimenta e emociona.

Sete se torna o pai adotivo de Pipoca (Por falar em Pipoca, no episódio dela, eu só chorei do início ao final.). A relação é de proteção e de cuidado, permeada de afeto mútuo. Pipoca compreende Sete, percebe suas tristezas, celebra suas alegrias. Pipoca o humaniza. Sete que vivencia toda sorte de violência em suas relações afetivas e por meio do machismo e racismo associados, mas a menina o trata como um pai. É ali que a relação dos dois se estabelece. O amor de Sete por Pipoca, que se constrói nas ruas do Centro do Rio de Janeiro é tão grande, a ponto de adiar a viagem que o deixaria mais próximo de realizar seu sonho, para cuidar dela, naquela noite. 

As masculinidades negras estão retratadas nessa série de uma forma tão profunda e tão necessária. Os pais negros heterossexual biológico e adotivo, assim como o pai negro gay, estão nas cenas nos ensinando como se paterna nos aspectos mais adversos possíveis, por meio do exercício do cuidado. Eu, como um paternólogo (especialista em paternidades), sigo impactado com o que a série nos entrega. 

No Brasil, alguns grupos sobre paternidades de homens negros e institutos, como o Instituto Mapear, têm se dedicado em trabalhar essas temáticas. Vale pesquisar para conhecer mais sobre o tema e aprofundar o entendimento. 

Texto: Luciano Ramos, Especialista em Masculinidades e Paternidades Negras e Diretor do Instituto Mapear

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