Um dia cheio de emoções! A cerimônia do 25º Grammy Latino ocorreu nesta quinta-feira (14), em Miami, nos Estados Unidos, e até o momento, seis premiações foram conquistadas por homens negros brasileiros.
Com três indicações, Jota.pê ganhou os três prêmios e se tornou um dos grandes destaques do evento. Com o projeto “Se Meu Peito Fosse Mundo”, ele venceu as categorias Melhor Álbum de Música Popular Brasileira/Música Afro-Brasileira; Melhor Álbum de Engenharia de Gravação, assinada por Thiago Bajjo, Will Bone, Leonardo Emocija, Rodrigo Lemos, Felipe Vassão e João Milliet, Felipe Tichauer. Além de também vencer a Melhor Canção em Língua Portuguesa com a faixa “Ouro Marrom”.
Xande de Pilares também marcou presença na premiação e levou a estatueta de Melhor Álbum de Samba/Pagode com o projeto “Xande Canta Caetano”. Os Garotin ganharam o primeiro Grammy da carreira com “Os Garotin de São Gonçalo” como Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.
Xamã, Gabriel O Pensador e Lulu Santos, levaram o prêmio pela música “Cachimbo da Paz 2” na categoria Melhor Interpretação Urbana em Língua Portuguesa. Enquanto Mestrinho e Mariana Aydar levaram como Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa por “Mariana e Mestrinho”.
Já o cantor gospel Thalles Roberto venceu como Melhor Álbum de Música Cristã de Língua Portuguesa por “Deixa Vir – Vol II (Ao Vivo)”.
À medida que as discussões sobre a crise climática avançam na COP29, realizada este ano no Azerbaijão, é fundamental que se reconheça que os impactos das mudanças climáticas não afetam todas as comunidades de maneira igual. No Brasil e em diversos países, populações negras e indígenas, especialmente as localizadas em regiões periféricas, enfrentam uma ameaça dupla: além da exclusão social histórica, sofrem com a degradação ambiental em suas comunidades, áreas frequentemente transformadas em “zonas de sacrifício racial”.
De acordo com a cartilha do Geledés – Instituto da Mulher Negra, zonas de sacrifício racial são áreas onde o peso dos impactos ambientais torna o ambiente perigoso, até mesmo inabitável, devido à proximidade com grandes empreendimentos industriais e energéticos, como mineradoras e petroquímicas. “Essas zonas abrangem terras ancestrais dos povos indígenas, territórios periféricos e comunidades negras, onde os efeitos das mudanças climáticas e das atividades industriais são sentidos com intensidade alarmante”, afirma o Geledés. Em outras palavras, essas zonas são as regiões onde o racismo ambiental se manifesta de forma mais severa, expondo essas comunidades a uma degradação que poderia ser evitada.
Para Priscila Nunes, Executiva de RH e Fundadora da Black HR Brasil, zonas de sacrifício racial e racismo ambiental são conceitos diretamente interligados. “As zonas de sacrifício são regiões que absorvem os principais impactos socioambientais devido à proximidade com empreendimentos industriais e energéticos, como mineradoras e petroquímicas. São áreas que não são levadas em consideração por esses empreendimentos, inclusive na hora do licenciamento ambiental”, explica Priscila. Essas comunidades já carecem de serviços essenciais, como saneamento básico e coleta de lixo, o que potencializa ainda mais o impacto das atividades industriais. “Normalmente, essas zonas estão localizadas em regiões marginalizadas, que já são acometidas pelo racismo ambiental. Ou seja, áreas que já carecem de saneamento básico, coleta de lixo, rede de esgoto e acesso à água potável”, destaca.
A exemplo de Cubatão, em São Paulo – conhecido como o “Vale da Morte” devido à alta poluição industrial nas décadas passadas –, várias regiões brasileiras são constantemente sacrificadas em nome do desenvolvimento econômico, enquanto suas populações enfrentam efeitos devastadores para a saúde e o meio ambiente. Esses locais ilustram como o racismo ambiental torna-se uma ameaça à vida de comunidades racializadas, que têm seus direitos e sua dignidade negligenciados.
O Geledés e outros ativistas defendem uma adaptação climática antirracista que reconheça e enfrente essas desigualdades. Para o instituto, “adaptação climática antirracista é o enfrentamento das desigualdades raciais, de gênero, sociais e territoriais por meio de políticas públicas estruturantes e emergenciais.” Isso inclui assegurar a proteção das vidas vulnerabilizadas e a conservação dos biomas por meio de ações que contemplem os saberes das comunidades impactadas e que protejam esses territórios da exploração sem limites.
Na COP29, espera-se que os líderes globais ampliem a discussão sobre justiça climática e racial, reconhecendo que a proteção do meio ambiente deve considerar os impactos desproporcionais para as comunidades negras e indígenas. Dar nome a essas “zonas de sacrifício racial” é uma forma de expor uma realidade dolorosa: algumas comunidades são sacrificadas para sustentar um modelo de desenvolvimento que beneficia poucos e marginaliza muitos. Como destaca Priscila Nunes, “o impacto socioambiental é potencializado nas regiões já afetadas pelo racismo ambiental. Esses impactos não são apenas no solo ou nos rios, mas afetam diretamente a saúde e o cotidiano das populações que vivem nessas áreas.”
A participação de vozes negras e indígenas nos espaços de decisão, como a COP29, é essencial para garantir que o conceito de justiça climática seja efetivo e não apenas uma promessa distante. O reconhecimento das zonas de sacrifício racial é um passo importante para que o mundo entenda que combater a crise climática é, antes de tudo, um compromisso com a justiça social e racial.
Com mais de 270 atividades autogestionadas, um dos debates mais impactantes do dia girou em torno do racismo algorítmico. Na mesa organizada pelo Instituto Internacional sobre Raça, Igualdade e Direitos Humanos, Alexandra Montgomery, da Anistia Internacional Brasil, questionou o uso de algoritmos que afetam desproporcionalmente pessoas negras e de comunidades marginalizadas. “Esses sistemas de reconhecimento facial acabam tornando as pessoas negras alvos ainda mais vulneráveis, com erros frequentes de identificação que reforçam o racismo estrutural”, detalhou.
Pablo Nunes, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), foi direto ao apontar que o reconhecimento facial falha mais ao identificar pessoas negras, o que gera consequências graves, principalmente no Brasil, onde a segurança pública já discrimina essa população. “A tecnologia que já é falha para identificar negros se junta a uma estrutura de segurança que os vê como principais suspeitos, e isso precisa ser questionado”, completou.
Outro debate essencial abordou o racismo ambiental, especialmente no contexto das mudanças climáticas. Representando o coletivo Confluência das Favelas, Luzia Camila trouxe relatos de comunidades em Macapá, Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, destacando como as periferias são as mais afetadas por eventos extremos como enchentes e ondas de calor. “Essas áreas não recebem políticas de urbanização ou adaptação climática adequadas. O resultado é que a população negra acaba pagando o preço dessa injustiça ambiental”, destacou Luzia.
O G20 Social segue até o dia 16, oferecendo um espaço de voz para que a sociedade civil possa discutir e propor soluções para os desafios globais, com um olhar voltado às questões raciais e sociais.
Nos Estados Unidos, políticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) estão sob forte ataque. Em declarações recentes, o ex-presidente Donald Trump afirmou que pretende desmantelar essas iniciativas e compensar financeiramente estudantes brancos que, segundo ele, foram prejudicados pelas políticas de equidade. Essa postura é reforçada pelo Project 2025, um plano conservador elaborado pela Heritage Foundation que visa erradicar o DEI em instituições federais e educacionais, criando o que críticos consideram um retrocesso nos direitos civis. Para Linn Washington Jr., professor de jornalismo na Temple University e experiente analista de questões de raça e justiça nos Estados Unidos, o movimento lembra a era das Leis Jim Crow, que institucionalizaram a segregação racial no país e promoveram divisões sociais e econômicas com impactos duradouros na população negra.
Washington Jr. destaca que as políticas de DEI foram desenvolvidas para enfrentar desigualdades estruturais e incluir grupos historicamente marginalizados. Ele acredita que o desmantelamento dessas iniciativas representa uma ameaça aos avanços conquistados na igualdade racial e social. “Eles querem acabar com todo o DEI. DEI agora se tornou a pior coisa do mundo, como se estivessem ‘vindo atrás dos seus filhos’, querendo mudar suas ideias,” afirmou o professor. Para ele, o ataque ao DEI reflete um padrão histórico de exclusão, e ele traça paralelos entre o momento atual e a implementação das Leis Jim Crow no final do século XIX.
Segundo Washington Jr., as Leis Jim Crow foram criadas em uma época de crise econômica, quando fazendeiros brancos e negros pobres começaram a se unir contra a opressão econômica. “Na década de 1890, com a depressão no país, fazendeiros pobres do sul — negros e brancos — começaram a perceber que tinham algo em comum: a pobreza. Eles entendiam que o problema não era entre eles, mas o capitalismo do norte, que os explorava,” explicou o professor. Para evitar essa união, foram instituídas as Leis Jim Crow, estabelecendo divisões raciais. Washington Jr. vê um padrão semelhante na retórica conservadora contra o DEI, onde a questão racial é usada para fomentar divisões e impedir a união das comunidades.
A fala recente de Trump, em um vídeo de 2023, reafirma sua postura anti-DEI ao prometer medidas punitivas contra instituições que promovam iniciativas de equidade. “As escolas que persistirem na discriminação explícita e ilegal, sob o pretexto de equidade, não apenas terão suas dotações tributadas, mas… serão multadas em até o valor total de suas dotações,” afirmou Trump. Ele ainda acrescentou: “Vamos tirar essa insanidade antiamericana de nossas instituições de uma vez por todas.”
O Project 2025, elaborado pela Heritage Foundation, formaliza esse movimento ao propor a eliminação de termos como “diversidade”, “equidade” e “inclusão” de regulamentações federais, e até o fechamento do Departamento de Educação, apontado como disseminador dessas políticas. A Teen Vogue criticou o plano, destacando que ele representa um “retrocesso perigoso” e um “apagamento das conquistas na luta contra a desigualdade racial e social nos EUA.”
Na visão do professor, a oposição ao DEI não é apenas uma questão de ideologia, mas uma ameaça estrutural que pode comprometer décadas de progresso em direitos civis e inclusão.
(Nota: A entrevista com o professor Linn Washington Jr. foi realizada por nossa equipe durante o Reporting Tour nos EUA, um programa que reúne jornalistas internacionais para cobrir questões de relevância global.)
Denzel Washington revelou em entrevistas recentes que uma cena de ‘Gladiador II‘ foi retirada da versão final do filme: um beijo entre seu personagem, Macrinus, e outro homem. A decisão de cortar o momento foi do diretor Ridley Scott, com quem Washington já havia trabalhado em American Gangster (2007).
“Eu beijei um homem no filme, mas eles tiraram, cortaram a cena, eles amarelaram”, afirmou o ator após ser questionado sobre ‘O quão gay era o Imprério Romano. “Eu dei um beijão na boca de outro cara, mas acho que eles não estavam prontos para isso. Eu matei ele cinco minutos depois. É Gladiador, então é o beijo da morte”, afirmou o ator em entrevista concedida para a revista Empire.
A atuação de Denzel Washington como Macrinus em “Gladiador II” está gerando burburinho nos bastidores de Hollywood, com analistas e críticos apontando uma indicação possível ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante. No épico de ação, dirigido por Ridley Scott, Washington entrega uma atuação intensa, que já vem sendo descrita como “scene-stealing”, o que quer dizer que ele roubou a cena.
O filme estreia no dia 22 de novembro pela Paramount Pictures.
O Festival Gastronomia Preta 2024 promete uma celebração cultural e culinária de grande impacto, reunindo renomados chefs, expositores e profissionais do setor de alimentos e bebidas no Parque Glória Maria, no Rio de Janeiro, nos dias 23 e 24 de novembro. Em sua segunda edição, o evento é idealizado pelo professor e pesquisador Breno Cruz, que, com uma trajetória pautada pela inclusão e fortalecimento da comunidade preta, visa transformar o cenário da gastronomia brasileira ao dar voz e visibilidade a profissionais que compartilham suas raízes e riquezas culturais.
O festival é gratuito e trará uma programação rica, com destaque para a Cozinha Show Benê Ricardo, espaço onde chefs como Danilo Parah, Vanessa Rocha e Gizele Martins realizarão demonstrações ao vivo de receitas que exaltam a diversidade da culinária preta. Além disso, a Praça de Alimentação contará com mais de 25 barracas oferecendo desde pratos tradicionais, como acarajé e feijão tropeiro, até opções veganas e sobremesas. Uma novidade é a participação exclusiva de expositores pretos, pardos e afro-indígenas, um dos pilares do festival que, em 2023, gerou um impacto econômico de mais de 1,1 milhão de reais para a economia fluminense.
A Chef Kátia Barbosa – Foto Divulgação
O Prêmio Gastronomia Preta, que será entregue no dia 24 de novembro, às 15h45, é outro destaque. Em sua terceira edição, o prêmio visa reconhecer não só chefs de cozinha, mas todos os profissionais que tornam uma experiência gastronômica completa, como atendentes, fotógrafos e até merendeiras – uma categoria que, para Breno, é essencial. Ele acredita que a comida escolar carrega tanto valor quanto os pratos servidos nos melhores restaurantes, uma reflexão que faz parte de sua trajetória em prol da valorização de cada ponto da cadeia gastronômica. “Atrás do chef tem uma super equipe de cozinha. Atrás do maitre, tem uma super equipe de atendimento. Ou seja, é mais que cozinha”, destaca Breno.
O evento também se conecta ao Pretonomia, curso de extensão universitária criado por Breno para capacitar e empoderar pessoas pretas e pardas em situação de vulnerabilidade. Com o apoio do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) e do Rio Othon Palace, o curso oferece a esses profissionais uma oportunidade de inclusão no mercado de trabalho, sem focar apenas na formação técnica, mas no fortalecimento de uma rede de apoio. “Discutir raça na Gastronomia é extremamente importante. O Pretonomia tem como lema ‘Somos porque Somos’ porque não é sobre mim; é sobre nós”, enfatiza Breno, reforçando que o curso é um pilar fundamental para o festival, gerando impacto duradouro e visibilidade para jovens talentos.
Fotos: Divulgação
Em entrevista concedida à nossa editora Silvia Nascimento, Breno Cruz compartilhou os desafios e a visão por trás do festival:
Breno, o Festival Gastronomia Preta foi idealizado como uma forma de valorizar a culinária preta e seus profissionais. Quais foram os maiores desafios, tanto financeiros quanto logísticos, que você enfrentou para concretizar essa ideia, e como tem sido a recepção do público até agora?
Breno: “Aquilombar é preciso, mas vivemos num país de modismos e que principalmente é estruturalmente racista. Por mais que trabalhemos dia e noite para fazer um lindo evento no mês da Consciência Negra, muitos são os desafios – a começar pelo patrocínio. Quando dei start nessa ideia, não imaginei que poderia crescer da maneira que cresceu. Pensei, inicialmente, numa feira de expositores – mas quis fazer isso com a grandiosidade do nosso povo e por isso coloquei a palavra Festival. E não é que deu certo? Me assustei quando em 2023 as pessoas me paravam no Festival dizendo que vieram de outros estados. Foi um sonho que trabalhei para acontecer, mas que verdadeiramente não imaginei que se tornaria tão grande.
O Prêmio Gastronomia Preta, que já está na sua terceira edição, abrange diversas categorias que vão além da cozinha, como Merendeira e Fotógrafo. O que motivou a criação de um prêmio tão plural e quais os impactos que você espera com essa diversidade de reconhecimento?
Eu não sou chef de cozinha – nem da minha casa. Meu sobrinho é que manda na cozinha aqui de casa e pensar no Prêmio Gastronomia Preta olhando a cadeia como um todo faz parte da minha trajetória profissional. Embora eu seja professor em um Bacharelado em Gastronomia na UFRJ, toda minha formação é em Administração – só fugi um pouquinho no Pós-Doc que fui para a área de Comunicação. Por ser da Administração, eu vejo a Gastronomia como uma cadeia; e, principalmente, a experiência gastronômica não se resume na comida. Em 2020, realizei uma pesquisa com os 10 melhores restaurantes classificados no Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP) no Tripadvisor e sabe qual foi a primeira variável nas avaliações? O atendimento.
Foto: Divulgação
Você também é professor na UFRJ e criou o curso de extensão Pretonomia, voltado para a capacitação de pessoas pretas e pardas. Poderia nos contar mais sobre a importância desse projeto para o desenvolvimento desses profissionais e como ele se integra ao Festival?
O Pretonomia para mim é uma cura após tantos processos doloridos na minha trajetória profissional. Discutir raça na Gastronomia é extremamente importante. O Pretonomia tem como lema o ‘Somos porque Somos’ porque não é sobre mim; é sobre nós. Elas, alunas, saem de lá fortalecidas e empoderadas, e vê-las assim empodera a mim e a minha equipe e parceiros. No Pretonomia, que tem o apoio do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) e do Rio Othon Palace, não temos a pretensão de formar cozinheiros. Nossa pretensão é acolher e empoderar.
O Festival deste ano conta com uma programação ampla, incluindo a Cozinha Show Benê Ricardo e a Feira Gastronômica. Quais são as suas expectativas em termos de impacto econômico e cultural para a cidade do Rio de Janeiro?
Em 2023 o impacto econômico do festival pelas nossas estimativas foi algo superior a 1,1 milhão de reais. O impacto social do Festival se conecta com o Pretonomia visto que os empreendedores que expõem no evento, na grande maioria, estão em situações econômicas desfavoráveis. Mas eles aprendem conosco, trocam ideias; e criamos uma rede muito potente de ajuda mútua.”
Como pesquisador e defensor de uma gestão socialmente responsável, que mensagem você deixaria para os profissionais de gastronomia que desejam implementar práticas mais inclusivas e responsáveis em seus negócios?
Para os gestores eu uso a palavrinha da moda – mas não por estar na moda, mas porque para mim cada vez mais na Gastronomia isso tem que ser implementado na prática: EMPATIA. Antes de pedir para um funcionário dobrar no restaurante; antes de marcar folgas em dias diferentes da semana sem que a pessoa possa se planejar; ou, gritos e desrespeitos, é importante o gestor se questionar: ‘e se fosse comigo, eu gostaria de ser tratado assim?’
Serviço do Festival Gastronomia Preta 2024:
Data: 23 e 24 de novembro de 2024 Horário: Das 10h às 18h Local: Parque Glória Maria, Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa – Rio de Janeiro, RJ Entrada: Gratuita, sujeita à lotação Atrações: Cozinha Show Benê Ricardo, Praça de Alimentação, shows de samba, Feira Gastronômica, Prêmio Gastronomia Preta Mais informações: gastronomiapreta.com.br Redes Sociais: @festivalgastronomiapreta
O renomadoChef João Diamante será uma das grandes atrações do EXPECIAS 1º Congresso Internacional e Feira Gastronômica da Bolívia, que ocorrerá de 14 a 16 de novembro, em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. O evento reunirá chefs, especialistas e entusiastas da gastronomia para debater inovações, tendências e a valorização cultural da culinária internacional.
Diamante recebeu o convite para integrar o painel de palestrantes, onde dividirá sua vasta experiência e trajetória inspiradora com os participantes. Ele também realizará um jantar especial, no qual apresentará uma entrada emblemática e tipicamente brasileira, o bolinho de feijoada, uma criação da ilustre Chef Kátia Barbosa.
Em entrevista à Silvia Nascimento, editora-chefe doMundo Negro, João Diamante abordou sobre as similaridade entre as culinárias do Brasil e Colômbia. “A cozinha brasileira e a boliviana compartilham semelhanças notáveis, tanto nos ingredientes quanto nas influências culturais dos povos nativos. Ambas as culinárias refletem um forte vínculo com as raízes indígenas, aproveitando produtos locais como milho, mandioca, batata e quinoa — alimentos nativos das Américas que foram cultivados e consumidos muito antes da chegada dos colonizadores europeus”, explicou.
“Na Bolívia, a culinária indígena é especialmente presente na dieta cotidiana, com ingredientes como a quinoa, o amendoim e o ají (pimenta) sendo amplamente utilizados. No Brasil, a mandioca é fundamental e versátil, desde o Norte até o Sul, enquanto o milho e outros ingredientes americanos também fazem parte da nossa dieta básica”, completou.
“As influências dos povos nativos trazem técnicas tradicionais em ambas as cozinhas, como o uso de folhas para embalar alimentos (um exemplo é a pamonha no Brasil e o huminta na Bolívia), e a preferência por cozimentos em panela de barro. Embora cada país tenha suas receitas específicas e adaptações regionais, essas raízes indígenas comuns criam uma base compartilhada que aproxima as cozinhas brasileira e boliviana em sabor e identidade cultural”, contou.
A participação de João Diamante no congresso destaca o reconhecimento dos organizadores pelo trabalho do chef em fortalecer e promover a culinária brasileira no cenário global. Recentemente, ele participou de um evento na Bahia ao lado da chef boliviana Marsia Taha, eleita a Melhor Chef Mulher da América Latina pelo Latin America’s 50 Best Restaurants, o que consolidou ainda mais sua trajetória internacional e o intercâmbio cultural na gastronomia.
O EXPECIAS promete ser uma ótima oportunidade de troca de conhecimentos, com a presença de chefs e pratos que celebram a diversidade gastronômica.
Serviço:
EXPECIAS 1º Congresso Internacional e Feira Gastronômica da Bolívia
Data: 14, 15 e 16 de novembro
Local: Santa Cruz de la Sierra, Bolívia
Destaque: Palestra e participação em jantar especial com chefs locais, apresentando bolinho de feijoada
Novo casal apaixonado! Após muitas especulações, os atores Marcello Melo Jr.e Mell Muzzillo chegaram de mãos dadas para anunciar o relacionamento ao público, durante a pré-estreia da terceira temporada de ‘Arcanjo Renegado’, do Globoplay, na noite de terça-feira (12).
Em entrevista à revista Quem no evento realizado em um cinema na zona sul do Rio de Janeiro, a atriz confirmou que namora o artista há alguns meses. Eles contracenaram juntos no remake da novela ‘Renascer’, da TV Globo.
“As pessoas sempre têm mania de rotular tudo, e agora, sim, acho que a gente está seguro, por dizer assim. É uma relação sólida”, disse Mel sobre a decisão de esperar para anunciar o relacionamento.
Foto: Victor Chapetta/AgNews
“A gente é muito parecido, eu tenho muita admiração. Antes de qualquer coisa é uma pessoa que eu admiro muito. Ele é incrível, um ser humano incrível, escorpiano, charmoso. Estou muito feliz de estar aqui”, contou a atriz.
Mell também revelou sua empolgação com o lançamento da série ‘Arcanjo Renegado’, estrelada por Marcello. “Eu já sou fã dessa série há muito tempo e sou fã dele há muito tempo. Está incrível, imperdível. Estou bem ansiosa para assistir com todo mundo”, disse.
Além de falar sobre seus sentimentos, a atriz também compartilhou que os dois conversam e se apoiam em relação aos trabalhos. “Todo mundo precisa de um pouco de apoio, todo mundo que é artista. E a gente poder se apoiar e dar suporte um ao outro faz total diferença”, enfatizou.
Aos 61 anos, Valdina Ferreira de Paiva alcançou um feito que parecia distante: ingressou na Universidade de Brasília (UnB) em primeiro lugar para o curso de Ciências Biológicas, em um vestibular inédito, exclusivo para candidatos com mais de 60 anos. Mãe solo de três filhas, que se dedicou ao trabalho como empregada doméstica desde os 11 anos, Dina, como é conhecida, encontrou na iniciativa uma oportunidade de realizar um sonho guardado por décadas.
Formada pelo programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA), ela já havia tentado o Enem diversas vezes, mas viu seu objetivo se aproximar com o novo processo seletivo. “Eu queria uma faculdade pública porque não tinha condições de arcar com uma particular. Já estava quase que guardando esse sentimento lá no fundinho do baú. Quando foi no começo do ano surgiu a oportunidade”, relata Dina, em entrevista ao Globo Repórter.
Aprovada em primeiro lugar, Dina relembra o desafio de escrever a redação e a orientação de sua filha, que a incentivou a “contar uma história com começo, meio e fim.” Com o tema sobre oportunidades e desafios na terceira idade, Dina escolheu escrever sobre sua própria trajetória, que agora quer eternizar: “Vou guardar o rascunho dessa redação para sempre”.
Seu interesse pelas Ciências Biológicas não surgiu por acaso. Em 1990, após conquistar uma vaga em concurso para o Jardim Botânico de Brasília, ela se apaixonou pelo mundo da botânica, mesmo sem formação formal na área. “Faço muita coisa na área de botânica e, agora, quero juntar com a teoria”, explica Dina, que planeja usar sua formação para inspirar outras pessoas que, como ela, encontraram obstáculos no caminho para estudar.
Determinada a se tornar exemplo para quem também passou por dificuldades, Dina afirma: “Quero que as pessoas se espelhem em mim. Se eu cheguei aqui, com todas essas dificuldades, elas também podem”.
Pela primeira vez na história, o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, será feriado nacional em todo o Brasil. A oficialização da data representa um marco para a cultura afro-brasileira, um reconhecimento histórico das lutas e das contribuições fundamentais da população negra para o país. Em várias cidades, a data será marcada por eventos que exaltam essa resistência e refletem o combate ao racismo estrutural ainda tão presente no Brasil.
O Dia da Consciência Negra homenageia Zumbi dos Palmares, um símbolo de luta e resistência contra a escravidão e a opressão racial. Morto em 1695, Zumbi liderava o Quilombo dos Palmares, que representava um espaço de liberdade e refúgio para negros escravizados. A data foi escolhida como um tributo ao legado de Zumbi e ao papel da população negra na construção da identidade brasileira, reforçando a urgência de políticas públicas em prol da igualdade racial.
Neste ano, a programação de celebrações promete destacar a importância da história e da cultura negra em diferentes regiões do país. Com uma série de eventos culturais, educativos e de valorização da economia afro-brasileira, as capitais do Brasil se preparam para proporcionar uma experiência que vai além da comemoração – é também um convite à reflexão e ao engajamento na luta antirracista.
Confira os principais eventos que acontecerão nas capitais brasileiras:
São Paulo
IV Expo Internacional Dia da Consciência Negra: De 22 a 24 de novembro, a exposição celebra os griôs, guardiões da tradição oral africana, trazendo palestras, feira de empreendedores negros, exposições e shows. O evento reúne artistas, intelectuais e ativistas de diferentes áreas, reforçando a importância das raízes africanas na formação cultural do Brasil.
Mostra de Cinema Negro: De 18 a 20 de novembro, no Museu Afro Brasil, uma seleção de filmes dirigidos por cineastas negros será exibida, seguida de debates sobre representatividade e narrativas afro-brasileiras no cinema, proporcionando uma visão ampliada da produção audiovisual negra.
Rio de Janeiro
Roda de Samba no Cais do Valongo: Em 20 de novembro, no Cais do Valongo, grupos tradicionais se reúnem para celebrar a herança musical afro-brasileira em uma roda de samba que promete emocionar os participantes.
Exposição “África em Nós”: A partir de 18 de novembro, no Museu de Arte do Rio (MAR), a exposição explora a influência africana na cultura carioca, com peças históricas e obras de artistas contemporâneos que conectam o passado e o presente da população negra.
Brasília
Consciência Negra 2024: De 18 a 20 de novembro, o Museu Nacional da República será palco de shows, palestras e exposições que exaltam a cultura afro-brasileira, criando um ambiente de troca e aprendizado sobre a importância da luta negra no país.
Feira de Empreendedores Negros: No dia 20 de novembro, no Parque da Cidade, uma feira de empreendedores negros busca valorizar e fortalecer a economia afro-brasileira, oferecendo produtos e serviços que refletem a diversidade cultural negra.
Salvador
Cortejo do Ilê Aiyê: Em 20 de novembro, o bloco afro Ilê Aiyê desfila pelo Pelourinho, encantando o público com música e dança que exaltam a ancestralidade africana e a força da cultura negra baiana.
Seminário “Negritude e Resistência”: Nos dias 18 e 19 de novembro, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), palestras e debates trazem reflexões sobre a história da população negra no Brasil, oferecendo um espaço de troca sobre os desafios contemporâneos do movimento negro.
Belo Horizonte
Festival de Arte Negra (FAN): De 18 a 20 de novembro, com apresentações de teatro, música e dança, o festival destaca a arte negra, com exposições e performances que celebram a diversidade cultural afro-brasileira e sua contribuição para a cultura nacional.
Oficinas de Capoeira e Dança Afro: Em 20 de novembro, no Parque Municipal, oficinas gratuitas de capoeira e dança afro aproximam a comunidade dessas tradições, incentivando a participação e valorização da cultura negra local.
Fortaleza
Encontro de Maracatus: No dia 20 de novembro, na Praia de Iracema, grupos de maracatu realizam apresentações que remetem à tradição afro-cearense, com música e dança que celebram a resistência e a identidade negra no Ceará.
Seminário “Afroempreendedorismo e Inovação”: Nos dias 18 e 19 de novembro, o evento aborda desafios e oportunidades do afroempreendedorismo, com palestras sobre inovação e networking voltadas a empreendedores negros.
Porto Alegre
Marcha Zumbi dos Palmares: Em 20 de novembro, a tradicional marcha percorre as ruas do centro da cidade, reunindo movimentos sociais e culturais em um ato pela igualdade racial e pela visibilidade das questões enfrentadas pela população negra.
Feira de Cultura Afro: Nos dias 18 e 19 de novembro, no Largo Glênio Peres, a feira destaca a gastronomia, o artesanato e as expressões artísticas afro-gaúchas, em um espaço que celebra a riqueza e a diversidade da cultura negra local