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Shenia Kalrsson, psicóloga do “Ilhados Com a Sogra”, aponta que tensionar conflitos pode ser caminho para resoluções

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Foto: Marcos Serra Lima/Netflix

A segunda temporada do reality show “Ilhados Com a Sogra” estreou na Netflix no dia 2 de janeiro de 2025 e já está promovendo debates nas redes sociais pelos conflitos vivenciados entre os integrantes das famílias participantes. As divergências entre noras, sogras e genros parecem, em muitos casos, parecem distantes de terem alguma resolução, mas eles podem ser melhor entendidos com o auxílio de um profissional. Nesse caso, com a mediação da psicóloga Shenia Kalrsson.

De volta à nova temporada, Kalrsson concedeu uma entrevista para o Mundo Negro e destacou que para que um ambiente de conflitos se transforme em um espaço seguro e de confiança “é preciso estabelecer o bom senso e entender a preciosidade das palavras e a destruição que muitas palavras causam”. Ela pontua que “confrontar os temas que tem sido empurrados para baixo do tapete” está entre os principais gatilhos que geram conflitos.

“Nosso intuito é trazer à tona para que através da tensão surjam com eles as resoluções. A mediação de conflito não possui somente um caráter apaziguador, muitas vezes é necessário tensionar para ver o que produzimos a partir dos tensionamentos”, revela a psicóloga, que é Especialista em Diversidade e Mediação de Conflitos Raciais há quase 15 anos.

Shenia Karlsson (psicóloga) e Fernanda Souza (host) com o elenco de Ilhados com a Sogra 2 | Fotos: Marcos Serra Lima/Netflix © 2024

Diferente do que acontece no sigilo dos consultórios, no reality os conflitos familiares costumam ser intensificados e estão expostos para um grande público. Os participantes lidam com a pressão psicológica causada pelo ambiente de competição, já que também estão concorrendo a um prêmio de R$ 500 mil. Nesse contexto, a psicóloga conta que precisa adaptar as estratégias de mediação para protegê-los.

“Pegamos emprestado alguns fundamentos dos processos de mediação familiar, aqueles que tem aplicabilidade num contexto dessa natureza, pois não podemos esquecer que é um reality, onde há exposição em massa. Tudo é feito para proteger o máximo os participantes sem abrir mão de extrair o fundamental para eles”, conta Shenia Kalrsson.

Questionada sobre qual é o primeiro passo que uma família deve dar para transformar um ambiente de conflitos em um espaço de diálogo e confiança, a psicóloga destaca: “Enquanto mediadora familiar, destaco a comunicação disfuncional como o ponto mais nevrálgico. Percebo que não estamos construindo uma cultura de etiqueta familiar, em que os papéis estejam bem definidos, os lugares bem estabelecidos e o respeito como algo fundamental. Há muitas formas de nos comunicar e a depender da forma, é possível abordar qualquer assunto, desde que haja escuta ativa e generosidade. Agora, existem coisas que não devem ser faladas, nem de pais para filhos, filhos para os pais, noras e genros para a sogras e vice versa. É preciso estabelecer o bom senso e entender a preciosidade das palavras e a destruição que muitas palavras causam”.

‘Harlem’ ganha trailer da terceira e última temporada

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Foto: Emily V. Aragones/Prime © Amazon Content Services LLC

O Prime Video revelou o trailer da terceira temporada de ‘Harlem’, nesta quarta-feira (8), anunciando que esta será a última da série. A comédia estreia na plataforma de streaming em 23 de janeiro.

A série criada e escrita por Tracy Oliver e produzida por Pharrell Williams e Amy Poehler, é estrelada por Angie (Shoniqua Shandai), Quinn (Grace Byers), Camille (Meagan Good) e Tye (Jerrie Johnson). As quatro amigas estão de volta em novos episódios que prometem continuar a trama carregada de dilemas pessoais.

A nova temporada contará com novos personagens: Kofi Siriboe será Seth, um jogador de baseball profissional que atrai uma das amigas com seu charme; Logan Browning interpreta Portia, um amor do passado de Ian (Tyler Lepley) que volta ao Harlem; Robin Givens assume o papel de Jacqueline, mãe de Eva, enquanto Gail Bean vive Eva, uma capitalista de risco com laços profissionais com Tye.

A renovação da terceira temporada foi anunciada em dezembro de 2023. Harlem é ambientada em Nova Iorque e o roteiro é centrado na amizade de quatro mulheres negras que compartilham suas histórias, dramas, relacionamentos, sonhos e carreiras.

Veja o trailer completo:

Especialistas alertam para precedente perigoso após STJ autorizar retorno de Sônia Maria a casa de investigados por trabalho escravo

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Foto Sônia Maria: Reprodução/Fantástico - Foto Desembargador: Reprodução/ND

O retorno de Sônia Maria de Jesus, 50, à casa do desembargador Jorge Luiz de Borba e sua esposa, Ana Cristina Gayotto de Borba, após ser resgatada em uma operação contra trabalho análogo à escravidão, foi tema de debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado que aconteceu na última segunda-feira (6). A decisão judicial que permitiu o reencontro foi criticada por especialistas, que apontaram riscos à política pública de combate a esse tipo de crime.

“Em 30 anos, nunca enfrentamos uma situação como essa. Negar à vítima o direito ao resgate cria um precedente desastroso”, afirmou André Roston, coordenador-geral de Fiscalização do Trabalho do Ministério do Trabalho. Ele destacou que o caso pode impactar futuras operações de resgate e proteção das vítimas.

Sônia foi resgatada em junho de 2023 na casa da família Borba, em Florianópolis (SC), onde teria vivido por 40 anos em condições análogas à escravidão. Segundo investigações, ela trabalhava desde os 9 anos de idade sem receber salário, sem direito a férias ou folgas, e dormia em um quarto separado da casa principal. Os investigados alegam que ela era tratada como membro da família.

Dois meses após o resgate, o ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou o reencontro entre Sônia e os investigados, com a justificativa de que não havia elementos suficientes para comprovar a exploração. A decisão permitiu que Sônia retornasse à casa do casal.

A Defensoria Pública da União recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que a convivência com os investigados contraria normas de proteção às vítimas, mas o pedido foi negado pelo ministro André Mendonça. O caso ainda será analisado pela 2ª Turma do STF.

Campanha “Sônia Livre”

A repercussão do caso motivou a criação da campanha “Sônia Livre”, liderada pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Avançados da Magistratura (IPEATRA) e pelo coletivo Ministério de Obras Públicas, com apoio do portal Nós, Mulheres da Periferia. A campanha busca garantir a liberdade de Sônia e denuncia a violação de seus direitos.

De acordo com informações da campanha, Sônia sofreu coação emocional em setembro de 2023, durante um encontro com os investigados, que a persuadiram a retornar à casa do casal. Após o retorno, o desembargador teria impedido que Sônia mantivesse contato com seus irmãos biológicos e interrompido o tratamento psicológico ao qual ela havia começado a ser submetida.

A campanha também aponta que Sônia trabalha como empregada doméstica desde os nove anos, sem remuneração, folgas ou acesso a serviços básicos, como saúde e educação. Ela enfrenta problemas de saúde, como perda auditiva, e viveu isolada do convívio social.

Impacto e críticas

Na audiência no Senado, o defensor público William Charley relatou que Sônia foi privada de uma vida social fora do núcleo familiar e nunca teve acesso à educação formal. “Enquanto os filhos dos investigados cursaram ensino superior e têm carreiras bem-sucedidas, Sônia foi deixada à margem”, disse.

André Roston destacou que Sônia sequer tinha documentos até os 45 anos, quando obteve seu primeiro Registro Geral (RG). “Que pai ou mãe deixaria um filho sem registro por tanto tempo? Isso demonstra que Sônia não era vista como integrante da família”, pontuou.

Para Thiago Lopes de Castro, procurador do Ministério Público do Trabalho, o caso é emblemático e preocupante. “Permitir o retorno da vítima sem garantir sua ressocialização é institucionalizar uma cultura escravagista. Essa decisão inédita causa perplexidade”, afirmou.

Com informações da Agência Brasil

Número de estudantes negros de Direito em Harvard cai pela metade em um ano

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Harvard Law School (Foto: Divulgação)

A Harvard Law School registrou em 2024 o menor número de estudantes negros matriculados desde a década de 1960, com uma queda pela metade em relação ao ano anterior, segundo dados do New York Times. A redução reflete os impactos diretos da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que, em 2023, proibiu o uso de ações afirmativas nas admissões universitárias.

De acordo com a American Bar Association (ABA), apenas 19 estudantes negros ingressaram na turma de primeiro ano em 2024, representando 3,4% do total. Este número é uma queda acentuada em comparação aos 43 alunos registrados em 2023, e o mais baixo desde 1965, quando 15 estudantes negros foram admitidos.

David B. Wilkins, professor de direito e diretor do Center on the Legal Profession em Harvard, atribuiu a redução ao “efeito assustador” da decisão judicial. “O número atual reflete uma mudança significativa na composição da turma, algo que não víamos há décadas”, disse. Ele destacou que a decisão da Suprema Corte mencionou Harvard diretamente, impactando a diversidade racial não apenas na universidade, mas em instituições de ensino superior em todo o país.

Jeff Neal, porta-voz da Harvard Law, reiterou o compromisso da instituição com a diversidade, mas alertou contra tirar conclusões precipitadas com base em apenas um ano de dados. Neal enfatizou que a diversidade é fundamental para enriquecer a experiência educacional dos estudantes.

Além dos estudantes negros, houve uma queda nas matrículas de alunos hispânicos em Harvard, de 11% em 2023 para 6,9% em 2024. Em contrapartida, a proporção de estudantes brancos e asiáticos aumentou.

Outras universidades, como a Universidade da Carolina do Norte, que também foi mencionada no caso da Suprema Corte, experimentaram quedas menores nas matrículas de estudantes negros e hispânicos. Lá, o número de estudantes negros caiu de 13 para 9, e o de hispânicos de 21 para 13.

A ABA observou que mudanças nas categorias de relatório complicam a comparação ano a ano, especialmente com a inclusão de alunos não residentes nos EUA nas divisões raciais e étnicas.

Sean Wynn, presidente da Harvard Black Law Students Association, expressou preocupação, descrevendo a redução das matrículas como uma “perda significativa” para a comunidade acadêmica. Wynn afirmou que a decisão comprometeu aspectos essenciais da experiência educacional em Harvard.

No entanto, Richard Sander, professor de direito na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e crítico das ações afirmativas, sugeriu que a decisão da Suprema Corte pode ter benefícios a longo prazo. Ele argumenta que a redistribuição de estudantes negros para outras instituições pode resultar em ambientes onde eles tenham mais chances de sucesso.

Apesar dos desafios, algumas universidades ainda conseguiram observar um aumento no número de estudantes negros. Em Stanford, por exemplo, o número quase dobrou, de 12 para 23 alunos entre 2023 e 2024.

Erika Hilton pede à ONU investigação sobre mudanças na Meta e riscos à população LGBTQIA+

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Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) solicitou à ONU (Organização das Nações Unidas) que inicie uma investigação sobre a decisão da Meta – proprietária do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads – de encerrar a verificação de fatos e flexibilizar a moderação de conteúdo em suas plataformas. A mudança foi anunciada por Mark Zuckerberg, fundador da Meta, na terça-feira (7).

A denúncia foi enviada ao professor e pesquisador Nicolas Levrat, relator especial da ONU para assuntos relacionados a minorias. Segundo a deputada, a alteração nas políticas da empresa favorece a disseminação de discursos de ódio, incitação à violência e a propagação de fake news contra grupos minoritários, especialmente no que se refere à sexualidade, gênero, raça e etnia.

Em um dos trechos do documento, Erika Hilton destaca: “As mudanças de política por grandes corporações como a Meta continuam a colocar em risco as vidas de indivíduos LGBTQIA+”.

O pedido de investigação da parlamentar se baseia em dois tratados internacionais aprovados pela Assembleia Geral da ONU: o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, de 1966, e a Declaração sobre os Direitos das Pessoas Pertencentes a Minorias Nacionais ou Étnicas, Religiosas e Linguísticas, de 1992.

“Ao afrouxar suas políticas internas, a Meta pode ser considerada cúmplice na disseminação de práticas que violam os direitos de grupos protegidos pela legislação brasileira”, afirma Hilton.

A deputada pede que o órgão internacional abra uma investigação e notifique Zuckerberg, exigindo informações detalhadas sobre a nova política de moderação de conteúdo, especialmente no que diz respeito às implicações para a comunidade LGBTQIA+. “Uma intervenção imediata é essencial para proteger os direitos das comunidades afetadas e prevenir novos abusos aos direitos humanos”, diz a parlamentar.

De acordo com as informações divulgadas por Zuckerberg, a política de verificação e remoção de postagens falsas será substituída por um novo sistema, inicialmente implementado nos Estados Unidos, denominado Notas da Comunidade, semelhante ao utilizado pelo X (antigo Twitter). Nesse modelo, as plataformas dependerão dos próprios usuários para adicionar correções e contexto às publicações com informações falsas ou enganosas, o que pode resultar em um aumento na disseminação de desinformação.

Além disso, a Meta já no texto com as novas diretrizes que permite alegações falsas contra a população LGBTQIA+. “Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade”, diz o trecho.

2ª edição do programa ‘Narrativas Negras Não Contadas’ da Warner Bros. Discovery encerra inscrições esta semana

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Bastidores do filme ‘Favela Turística’. (Foto: Larissa Lopes)

Se você é um profissional negro do setor audiovisual audiovisual e deseja ver sua história ganhando vida na tela, esta pode ser a sua chance! A Warner Bros. Discovery está com inscrições abertas ao público para a segunda edição do programa ‘Narrativas Negras Não Contadas (Black Brazilian Unspoken)’. Para se inscrever, os interessados devem acessar o site oficial (clique aqui) e seguir os critérios descritos até a próxima sexta-feira, 10 de janeiro, às 23h59.

O programa, desenvolvido em parceria com a WIP Ventures, tem como objetivo fortalecer a presença da comunidade negra na indústria audiovisual e criar novas oportunidades para cineastas que enfrentam desafios em ter suas produções representadas. A iniciativa foca na formação qualificada para reduzir a subrepresentação de profissionais negros em posições de direção, contribuindo para um ecossistema mais plural e equitativo que reflete a diversidade brasileira.

No ano passado, como um dos resultados da primeira edição do programa, foi lançado três curtas documentais, disponíveis no catálogo de streaming da Max: ‘Favela Turística’, dirigido por Robson Dias, ‘Brega Funk, Ritmo e Sobrevivência’ do diretor Will Souza, e ‘Primavera só Floreia em Solo Fértil’ da cineasta Laís Ribeiro.

“Narrativas Negras Não Contadas reforça o compromisso estratégico da Warner Bros. Discovery em promover a diversidade e a inclusão no setor audiovisual. Queremos identificar e desenvolver talentos emergentes e atuar de forma decisiva na construção de uma indústria mais representativa, com um papel catalisador para mudanças estruturais no setor”, afirma Niarchos Pabalis, diretor de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) na WBD para a América Latina.

Após o processo de inscrição, os participantes selecionados para uma entrevista online serão avaliados, e 10 candidatos serão escolhidos para um programa de formação de dois meses. O programa inclui aulas e mentorias conduzidas por profissionais renomados da indústria cinematográfica e especialistas da Warner Bros. Discovery Brasil. Ao final, cada participante apresentará presencialmente um pitch de seu projeto de curta-metragem documental a uma banca composta por executivos da WBD e especialistas do setor. Três projetos serão escolhidos para produção pela Boutique Filmes, com direção dos próprios participantes selecionados.

Narrativas Negras Não Contadas faz parte da iniciativa Warner Bros. Discovery Access, uma plataforma dedicada ao desenvolvimento de talentos criativos e à promoção de vozes subrepresentadas na indústria do entretenimento.

Cronograma do Programa  

Período de inscrição: até 10 de janeiro de 2025

Feedback de aprovação para fase de entrevistas: 20 de janeiro de 2025

Entrevistas: 22 a 24 de janeiro de 2024

Comunicação dos aprovados: 27 de janeiro

SAG Awards 2025: Colman Domingo, Cynthia Erivo e outros destaques negros indicados à premiação

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Foto: Reprodução

A lista de indicados ao SAG Awards 2025 foi divulgada na manhã desta quarta-feira (8), em meio ao luto pela tragédia do incêndio florestal em Los Angeles, que forçou o cancelamento da cerimônia presencial de anúncio. Entre os destaques, artistas negros marcaram presença em categorias importantes de cinema e televisão.

No cinema, Colman Domingo foi indicado a Melhor Ator por sua performance em Sing Sing, enquanto Danielle Deadwyler disputa o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante por The Piano Lesson. Cynthia Erivo também figura entre as indicadas a Melhor Atriz por seu papel em Wicked, que lidera o número de indicações gerais.

Liza Colón-Zayas e Ayo Edebiri em “O urso”

A série O Urso consolidou sua posição com múltiplas indicações, incluindo para Liza Colón-Zayas e Ayo Edebiri, que disputam o prêmio de Melhor Atriz em Série de Comédia, além de integrarem o elenco indicado. Abbott Elementary, criada por Quinta Brunson, segue como uma das favoritas na categoria de comédia, com William Stanford Davis, Janelle James, Sheryl Lee Ralph e Tyler James Williams representando o elenco indicado.

Nas categorias de televisão, o elenco de Bridgerton se destacou com indicações para Adjoa Andoh, Daniel Francis e Martins Imhangbe como parte do grupo que concorre ao prêmio de Melhor Elenco em Série Dramática. Já O Diplomata garantiu indicações para Ato Essandoh e Nana Mensah na mesma categoria.

Entre os destaques do cinema e da televisão, Zoe Saldaña conseguiu duas nomeações: como Melhor Atriz Coadjuvante e como parte do elenco de Emilia Pérez.

Espetáculo “Mãe Baiana”, que homenageia Helena Theodoro, primeira doutora negra do Brasil, estreia no CCBB SP

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Foto: Valmyr Ferreira

O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo (CCBB SP) recebe na próxima sexta-feira (10), às 19h, a estreia de Mãe Baiana, segundo ato da Trilogia Matriarcas. Com entrada gratuita, o espetáculo integra a ocupação que homenageia Helena Theodoro, primeira doutora negra em filosofia no Brasil, e propõe uma reflexão sobre luto e memória afetiva por meio da relação entre avó e neta.

A trama, escrita por Thaís Pontes e Renata Andrade, acompanha Leda (Teca Pereira) e Cecília (Luiza Loroza). Enquanto a avó lida com a dor da perda de um filho, a neta enfrenta o luto sob outra perspectiva. Para o diretor Luiz Antonio Pilar, o espetáculo evidencia as diferenças entre gerações, sem que isso se traduza em conflito violento. “São dois mundos diferentes coexistindo no mesmo espaço, mostrando as transformações de tempos distintos”, analisa Pilar.

A programação da ocupação vai até 26 de janeiro de 2025 e inclui, além da Trilogia Matriarcas – composta por Mãe de Santo, Mãe Baiana e Mãe Preta –, debates, oficinas e a exposição Baobá de Memórias – uma homenagem à Léa Garcia. A mostra reúne elementos como figurinos, fotos de bastidores e áudios, além de um imponente baobá adornado com flores pendulares, símbolo de memória e ancestralidade.

Além da abordagem sobre laços familiares, Mãe Baiana se destaca por trazer à cena a experiência negra urbana em um contexto cotidiano e afetivo. Pilar critica a tendência da dramaturgia nacional de associar a narrativa negra à violência. “Aqui o conflito está na convivência geracional e nas diferenças de perspectiva, mas dentro de uma família estruturada por mulheres que compartilham afeto e desafios cotidianos”, afirma.

Para Helena Theodoro, a iniciativa é uma celebração da filosofia africana e das múltiplas dimensões da mulher negra. “É uma oportunidade para mostrar que, na visão africana, a mulher não se limita a um único papel. Ela pode ser política, sagrada e muito mais. Essa ocupação exalta essa pluralidade”, declara.

A ocupação segue até 26 de janeiro, com sessões de Mãe Baiana às sextas (19h), sábados e domingos (18h). Destaque também para uma apresentação com interpretação em Libras no dia 11 de janeiro. A programação completa está disponível no site do CCBB SP.

Serviço
Trilogia Matriarcas
Local: 
Teatro CCBB SP e Anexo| Centro Cultural Banco do Brasil 
Endereço: Teatro | Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Anexo | Rua da Quitanda, 80 – Centro Histórico – SP
Entrada gratuita
Ingressos
: Retirada de ingressos em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB

Viola Davis assume papel de presidente em filme de ação “G20”, que estreia em abril

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Foto: Reprodução

O Amazon Prime Video anunciou para 10 de abril a estreia de G20, novo suspense de ação protagonizado por Viola Davis. No filme, dirigido por Patricia Riggen, a atriz interpreta Danielle Sutton, presidente dos Estados Unidos que enfrenta uma missão de sobrevivência e estratégia após a cúpula do G20 sofrer um ataque.

Sutton, que no enredo é uma ex-heroína de guerra eleita em uma chapa liberal, precisa escapar da captura, proteger sua família e resguardar líderes mundiais, enquanto tenta neutralizar a ameaça à segurança global. O longa será disponibilizado para streaming em mais de 240 países.

Ao falar sobre sua personagem durante o Festival de Cinema do Mar Vermelho, na Arábia Saudita, onde foi homenageada em dezembro, Viola afirmou: “Era o tipo de coisa que você imaginaria quando criança, apenas interpretando o personagem mais heróico que você poderia interpretar, e você cria Danielle Sutton, que foi uma heroína de guerra e então venceu a eleição em uma chapa liberal”, disse. “Eu acho que acontece que isso refletiu muito do que estava acontecendo na política americana na época, mas na verdade é apenas para ser um filme divertido”, pontuou.

G20 é um filme de ação de alto risco com muito coração”, destacaram o casal Davis e Julius Tennon, que também assinam a produção através de sua empresa, a JuVee. Segundo a diretora Patricia Riggen, a narrativa mistura ação clássica e elementos do mundo moderno: “Este é Viola Davis como você nunca viu — heroicamente chutando toneladas de bundas em uma viagem emocionante”, disse Riggen.

O elenco conta ainda com Anthony Anderson como Derek Sutton, Marsai Martin como Serena Sutton e Ramón Rodríguez como o agente Manny Ruiz, além de Elizabeth Marvel, Sabrina Impacciatore, Christopher Farrar e Antony Starr.

Escrito por Caitlin Parrish e Erica Weiss, com colaboração de Logan e Noah Miller, o filme é uma coprodução do Amazon MGM Studios com a MRC, Mad Chance Productions e JuVee Productions, empresa de Viola Davis.

McDonald’s desiste de práticas de diversidade após decisão da Suprema Corte dos EUA

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Foto: Divulgação

O McDonald’s anunciou, nesta segunda-feira (6), que irá reverter suas práticas de diversidade, em resposta à recente decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que encerrou o uso da ação afirmativa em admissões universitárias. A medida da Corte tem levado diversas empresas norte-americanas a reavaliar suas iniciativas voltadas à inclusão.

Entre as principais mudanças anunciadas pela rede de fast food estão: o fim da exigência de compromissos de diversidade, equidade e inclusão (DEI) por parte dos fornecedores; a saída de pesquisas externas que analisam a diversidade corporativa; a renomeação do “Comitê de Diversidade” para “Equipe de Inclusão Global”.

“Estamos nos afastando do compromisso mútuo da Supply Chain com o DEI, em favor de uma discussão mais integrada com os fornecedores sobre a inclusão no que se refere ao desempenho comercial”, disse o McDonald’s em comunicado.

A empresa também anunciou que deixará de estabelecer metas ambiciosas de representação, optando por uma abordagem mais integrada às operações diárias. Segundo a companhia, essa estratégia está mais alinhada ao desenvolvimento dos negócios.

A reformulação também inclui a mudança do nome da equipe de diversidade para Equipe de Inclusão Global, que a empresa considera mais apropriada e alinhada com seus valores.

Entenda as mudanças nos Estados Unidos

A decisão da Suprema Corte em junho de 2023, que reverteu políticas afirmativas em admissões universitárias, representou um marco histórico. Vista por muitos como um retrocesso nas conquistas do Movimento pelos Direitos Civis, essa medida provocou reavaliações de iniciativas voltadas a grupos minoritários em diversas organizações. Desde então, o apoio a políticas progressistas tem diminuído, especialmente entre grandes empresas norte-americanas.

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