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Comitiva brasileira viaja à Nigéria para participar do maior festival da cultura Iorubá

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Grupo de estudiosos da cultura iorubá viajaram a convite de sua Majestade OOni de Ifé, Ojaja II

Estreitar laços e promover o intercâmbio cultural entre Brasil e Nigéria tem sido o maior objetivo de Sua Majestade OOni de Ifé, Ojaja II, através de ações promovidas pela Casa Herança Oduduwa, instituto cultural fundado pelo rei. Um grupo de estudiosos da cultura iorubá está no país para participar dos festejos do OLOJO, tradicional festival que acontece na cidade de Ifé todos os anos no mês de setembro.

Ciceroneados por Carolina Maíra Morais, adida cultural de Sua Majestade, e por Ajoyemi Osunleye, presidente do instituto cultural no Brasil, a comitiva reúne sacerdotes do candomblé, jornalistas, empreendedores de gastronomia e ativistas culturais envolvidos diretamente com questões relacionadas à ancestralidade. Segundo Carolina, a participação do grupo no festival, que terá seu ápice no dia 25 de setembro, é primordial para que os projetos da Casa Herança de Oduduwa se consolidem cada vez mais no Brasil e na Nigéria, conforme desejo do rei.

Foto: Divulgação.

“A presença do Brasil no Festival Olojo não é uma novidade deste ano. Desde 2017 a Casa trabalha para que o público conheça mais sobre este festival cultural que é único. Mas na edição deste ano temos o ineditismo da presença de uma comitiva com 10 brasileiros que integram a programação oficial do evento. Nosso desejo é que a energia que transborda de Ifé inunde o Brasil neste sábado 25, trazendo nova coragem e conhecimento. Que possamos estar como nosso Ori conectado ao berço da civilização, Ilê Ifé.”

Dentro do roteiro da visita que tem caráter oficial, a comitiva brasileira irá a templos históricos, além de reunir-se com autoridades como o vice-consul do Brasil na Nigéria, a princesa Toyin Kolade, importante figura no cenário do empreendedorismo feminino nigeriano e o próprio rei OOni de Ifé, Ojaja II. Segundo Ajoyemi Osunle, este é um marco nos trabalhos que  Casa Herança vem realizando ao longo de sua existência recente.

“Cada vez fica mais próxima a relação entre esses dois irmãos gêmeos: Brasil e Nigéria. Não existe caminho para o desenvolvimento da capacidade humana dos afro descendentes sem o reconhecimento do seu lugar de origem. Esta pequena comitiva representa simbolicamente todos os Omo Oduduwa, filhas e filhos de Oduduwa do Brasil. Estamos conectados num só coração: Ilê Ifé. A presença dos brasileiros na celebração do Olojo é mais um passo dado no caminho de volta para casa.”

Fundada em 2018 após visita da comitiva real de Ifé ao Brasil, a Casa Herança Oduduwa promove ações de fortalecimento e intercâmbio cultural entre os dois países através de cursos, palestras, entre outras ações. A mais recente, o projeto “Tesouros dos Nossos Ancestrais” culminou com uma exposição virtual a qual está disponível para visitação no site oficial do instituto. Na mostra, esculturas de parte do acervo particular de Sua Majestade OOni de Ifé estão expostas de forma exclusiva em um esforço para que a identidade cultural e ancestral iorubá possa ser conhecida e valorizada ao redor do mundo.

“Cansada de sentir medo”: mulher que acusa marido de Nicki Minaj de estupro, dá entrevista pela primeira vez

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Jennifer Hough abriu um processo em agosto contra Minaj e Kenneth Petty, acusando o casal de intimidação de testemunhas, assédio, agressão, espancamento, agressão sexual e assédio sexual.

Jennifer Hough, a mulher que acusou o marido de Nicki Minaj , Kenneth Petty, de estupro em 1994, falou contra o casal em uma entrevista na quarta-feira ao programa de TV ‘The Real’.

Jennifer relembrou em detalhes o que aconteceu com ela em 16 de setembro de 1994, quando ela e Petty tinham 16 anos. Ela disse aos anfitriões do The Real que encontrou Petty no caminho para a escola quando ele a agarrou pela jaqueta e colocou algo contra suas costas – que na época ela presumiu ser uma arma, mas no processo de 13 de agosto, esclareceu que era uma faca – e levou-a para uma casa na esquina e a estuprou. Durante a entrevista, ela também contou que foi intimidada pela própria Nicki Minaj em um telefonema.

“Estou cansada de ter medo”, disse Hough.

Petty foi preso naquele dia por estupro de primeiro grau e mais tarde se confessou culpado de tentativa de estupro. Ele foi condenado a 18 a 54 meses de prisão. Quando questionado se a justiça foi feita como resultado, Hough respondeu em lágrimas: “Não acho que pensei na justiça em si, porque ainda estava me culpando. Eu pensei que era algo que eu fiz ou não fiz. Então eu não acho que pensei se eu teria justiça. Eu simplesmente sabia que ele fez o que fez e foi para a cadeia e eu tive que deixar minha família, tive que deixar minha casa e tive que me mudar. ”

Jennifer abriu um processo em agosto contra Minaj e Petty, no valor de US$ 500 mil, acusando o casal de intimidação de testemunhas, inflição intencional de sofrimento emocional, assédio, agressão, espancamento, agressão sexual e assédio sexual. Ela alegou que Petty a intimidou e assediou para não falar abertamente sobre o estupro que ela sofreu, e afirma que Minaj também a ameaçava.

De acordo com o processo, Hough não trabalhou desde maio de 2020 devido a depressão severa, paranoia, mudança constante, assédio e ameaças dos Minaj e Petty. Ela está atualmente vivendo isolada por medo de retaliação.

Hough contou que sentiu medo quando soube que Petty estava se casando com Minaj. Ela disse que não queria ser conhecida como “a pessoa abusada por Petty”, temendo a repercussão para suas filhas. Então veio o choque de ver as declarações da cantora atribuindo o passado do marido atrás das grades como consequência de um “relacionamento”.

“Foi como reviver aquilo porque era mentira. Não era verdade ”, disse Jennifer. “Nós dois tínhamos 16 anos. Nunca estivemos em um relacionamento. Parecia apenas de mulher para mulher, isso foi errado da parte dela porque eu não te conheço e você não me conhece para saber que aquela afirmação que você fez para o mundo é verdade. Você tem 150 milhões de seguidores no Instagram. Todos eles acreditaram. Doeu vindo de outra mulher”, disse.

Jennifer também contou como foi o contato com Nicki. “Ela me ligou e disse que tinha ouvido falar que eu estava disposta a ‘ajudá-los em uma situação’. Não entendi a que ela estava se referindo Ela se ofereceu para me levar com a minha família para Los Angeles. Eu recusei. Disse a ela, de mulher para mulher, o que aconteceu. E não nos falamos mais”.

“Depois vieram as ameaças porque eu segui dizendo ‘não’ a cada uma das ofertas, a cada procura. O último incidente foi quando um um sócio dela colocou US$ 20 mil no meu colo. E segui dizendo ‘não’”.

Minaj e Petty ainda não se pronunciaram publicamente sobre a entrevista.

Concurso que elege o ‘maior dançarino das favelas do Brasil’ começa a revelar seus 16 finalistas

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Nesta quarta-feira (21) começa a fase que irá definir os 16 finalistas da segunda temporada do Dance-Off Brasil. O reality show de dança que vai eleger o maior dançarino das favelas do Brasil será exibido nas redes oficiais da Game XP, no TikTok e no YouTube. Ao longo dos primeiros cinco episódios, a atração irá revelar os participantes, dentre os 64 eleitos pelo público, que participarão do reality que começa oficialmente no dia 5 de outubro e termina em 2 de novembro. 

Entre os finalistas estarão competidores com idades que variam de 22 a 36 anos, vindos das cinco regiões do país – de 16 favelas localizadas em 12 cidades e nove estados. O Dance-Off distribuirá R$100 mil em prêmios para todos os 16 participantes desta última etapa. O vencedor recebe o valor de R$30 mil. Do segundo lugar até o 16o, a premiação varia entre R$20 mil e R$2,5 mil. A direção de Zé Ricardo – diretor artístico do palco Sunset e do Espaço Favela do Rock in Rio –, o programa é patrocinado pela Natura Humor.

O reality será comandado pela atriz Roberta Rodrigues. Com um carisma e talento imensos, a apresentadora conta que é apaixonada por dança e sua origem vem do morro do Vidigal, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Na primeira etapa do Dance-Off Brasil 2021, 300 dançarinos foram selecionados por curadores locais e 220 foram classificados. Eles disputaram a preferência do público em uma votação popular registrando 2,4 milhões de votos e que acabou por eleger os 64 dançarinos que passaram para a fase atual da competição. Esta etapa conta com as avaliações de um corpo de jurados composto pelo ator Serjão Loroza e a atriz Debora Lamm, além do jurado técnico, Thiago Vianna de Mello. A seleção foi dividida em cinco episódios – dias 21, 23, 28 e 30 de setembro e 03 de outubro – quando finalmente, o público conhecerá todos os 16 artistas que vão integrar a fase final.

O reality se inicia no dia 5 de outubro e segue até o dia 2 de novembro, sempre às terças-feiras. A partir desta fase com os 16 integrantes do Dance-Off, a cada episódio as duplas se apresentam para o jurado técnico formado por Marivaldo dos Santos, e outros dois convidados. A partir daí até a final até a semifinal os duelos entre os dançarinos prometem ficar cada vez mais quentes. 

Durante os programas, diversas dinâmicas, músicas e desafios serão propostos aos dançarinos como, por exemplo, a presença do game Just Dance, da Ubisoft, parceira de conteúdo do projeto.

Voltada para o público infantil, Festival Erê traz valorização da cultura afro-brasileira em forma de atividades pedagógicas

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O Festival Erê consiste em um evento de valorização da cultura afro-brasileira voltado para o público infantil e seus respectivos familiares, não havendo nome melhor para esse evento, que aliás surgiu através de um sonho do Julio de Sá, fundador da Carioquice Negra. 

O Festival terá a sua primeira edição realizada em parceria com o mais novo quilombo urbano da zona norte, a Kaza 123, que fica localizado em Vila Isabel – RJ. E suas ações acontecerá principalmente na parte externa, pensando no melhor formato devido ao atual cenário do Covid-19, no dia 12 ou outubro.

“Será um dia de trocas entre gerações por meio de atividades que envolvem gastronomia, música e arte. Eu tenho certeza que ações como essas fazem com que a gente desde cedo perceba a nossa potência e assim,  despertando habilidades para mudar todo o atual quadro que nós já conhecemos. A Kaza 123 é simplesmente fantástica e o evento será um sucesso”explica Júlio de Sá, fundador do projeto.

O evento contará com oficina de dança afro, feira com produtos e serviços feitos por aqueles que realmente se sensibilizam com a nossa necessidade, oficina de pintura facial, contação de história, entre outras. Criando assim uma atmosfera que permite destaque a todas as ações que invisibilizam a verdadeira história do povo que foi essencial na construção do país em que vivemos. 

Empreendedores negros que tiverem interesse em participar do evento e contribuírem podem entrar em contato conosco através desse link (https://forms.gle/oWrpYdCoJfU7yMJh9)

Acompanhe o cronograma completo  no perfil oficial do evento @festivalere

“Colin em Preto e Branco”: minissérie sobre jogador da NFL Colin Kaepernick chega em outubro à Netflix

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Série dirigida por Colin Kaepernick e Ava DuVernay, a série explora as experiências vividas por Kaepernick no ensino médio que o levaram a se tornar um ativista.

As estreias de outubro na Netflix incluem Colin em Preto e Branco, uma minissérie de 6 episódios que vai mostrar a adolescência do jogador de futebol americano Colin Kaepernick e o início de sua carreira nos esportes na Califórnia, até se tornar um ativista pela questão racial. A cineasta Ava Duvernay assina a produção executiva da série, que tem narração do próprio Colin.

A série vai trazer detalhes da vida do atleta, abordando inclusive aspectos de sua intimidade familiar enquanto um filho negro adotado por uma família branca.

Kaepernick ganhou maior destaque nos EUA depois que, em 2016, liderou protestos durante torneio da NFL ficando de joelhos durante a apresentação do hino nacional, em repúdio à violência policial contra pessoas negras nos Estados Unidos. O movimento fez com que outros jogadores fizessem o mesmo, e gerou bastante discussões no país, e afastou Colin da NFL. Depois dos protestos, ele não foi mais contratado por outros times.

A série estreia dia 1º de outubro.

Rihanna confirma novo álbum e fala que os fãs irão se surpreender: “Será completamente diferente”

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Rihanna em 2019. Foto: Divulgação.

Durante o evento de lançamento do desfile Savage X Fenty Show Vol. 3, Rihanna falou sobre um assunto muito perguntado pelos fãs : “Você não espera o que vai ouvir. Apenas coloque isso na sua cabeça”, atiçou a cantora e magnata da beleza. 

A empresária, que está focada em seus cosméticos e lingeries, afirmou que o seu próximo lançamento será completamente diferente do que já foi visto e que os fãs devem aguardar ‘uma nova Rihanna’. “Seja lá o que você conhece da Rihanna, não será isso que você vai ouvir. Estou realmente experimentando”.

Depois, ela ainda respondeu algumas perguntas sobre seu mais novo status de bilionária e sobre atuar no universo de modaXmúsica.

“Música é como moda. Você deve ser livre para brincar. Eu devo poder usar o que eu quiser. Trato a música do mesmo jeito. Então, estou me divertindo e vai ser completamente diferente”. 

“Síndrome da mulher branca desaparecida”: Apresentadora polemiza ao falar sobre cobertura do caso Gabby Petito

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Para Joy-Ann Reid, a mesma atenção não é dada a casos de desaparecimento de pessoas negras.

A jornalista e apresentadora da MSNBC, Joy-Ann Reid causou uma polêmica ao criticar a cobertura da mídia sobre o desaparecimento e morte da youtuber e influenciadora Gabby Petito, no que ela chamou de “síndrome da mulher branca desaparecida”. A apresentadora diz que “nenhuma família deveria enfrentar esse tipo de dor” e que “a família Petito merece respostas e justiça”, mas questionou porque casos de pessoas negras desaparecidas não recebem a mesma atenção da mídia e comoção da população.

“Mas a forma como essa história cativou a nação deixou muitos se perguntando, por que não a mesma atenção da mídia quando pessoas de cor desaparecem?”, questionou. “Bem, a resposta na verdade tem um nome: Síndrome da mulher branca desaparecida. O termo cunhado pela falecida e grande Gwen Iffil para descrever a mídia e o fascínio público por mulheres brancas desaparecidas como Laci Peterson ou Natalee Holloway, enquanto ignora casos envolvendo pessoas desaparecidas negras”, acrescentou Reid.

Daniel Robinson desapareceu há dois meses e o caso não teve repercussão na mídia americana. Foto: Divulgação.

Na sequência do programa, a apresentadora chamou duas entrevistadas de organizações que cuidam buscam chamar a atenção para casos de pessoas não-brancas desaparecidas e citou o caso de Daniel Robinson, um geólogo negro desaparecido há mais de dois meses, e que a família precisou contratar um detetive particular para conseguir respostas sobre o desaparecimento. “Eu nunca tinha ouvido sobre este caso até que um amigo me enviou e esta é exatamente a questão”, disse Joy-Ann.

Depois do posicionamento, a apresentadora recebeu muitas críticas nas redes sociais.

Cinema Nosso lança formação online e gratuita em Comunicação e Cultura Digital para jovens periféricos

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Foto: Unsplash.

As inscrições para os cursos de Programação, Marketing Digital e Audiovisual estão abertas até o dia 5 de outubro

Desde o primeiro semestre de 2020, houve um aumento no índice de desemprego entre jovens, segundo a pesquisa “Juventudes e a pandemia do Covid-19” realizada pelo CONJUVE (Conselho Nacional da Juventude) em parceria com outras instituições, na qual foram 34 mil entrevistados entre 15 e 29 anos. Os dados mostram que a cada dez jovens, quatro dizem estar nessa situação devido à pandemia.

Ao mesmo tempo, notou-se que 55% procuram formas de completar a renda familiar, com 44% fora do mercado de trabalho exercendo alguma atividade remunerada informal através de bicos ou atividades sem carteira assinada. Para driblar essas taxas e mudar o cenário, a instituição Cinema Nosso, com patrocínio da modalmais através da Lei de Incentivo à Cultura – ISS, lança o LAB CN, uma formação totalmente gratuita para jovens periféricos de 18 a 29 anos de todo o Brasil. “O LAB CN faz um importante trabalho de ensino quando o assunto é cultura digital e suas múltiplas possibilidades de atuações. Tem tudo a ver com a nossa história e, principalmente, nossa visão de futuro” conta, Lidia Mathias, Head de Comunicação da modalmais. As inscrições estão abertas e vão até o dia 05 de outubro pelo link.

Com duração de 200 horas no total, os inscritos poderão escolher entre três cursos online: Programação, Marketing Digital e Audiovisual para as Redes Sociais. Os conteúdos se baseiam em um aprendizado de laboratório voltado para teoria e prática da comunicação e cultura digital, além da construção de um projeto de vida focado em carreira e educação financeira. “O objetivo é formar e conectar multiplicadores em ações relacionadas à cultura digital, audiovisual e produção de mídia. Nossa proposta é instrumentalizar, através de conhecimentos do mundo digital e tecnológico, as juventudes que lideram ou querem liderar projetos culturais, potencializando a área artística e cultural brasileira”, explica Gabriela Gonçalves, coordenadora de projetos de juventude do Cinema Nosso.

Essa iniciativa da instituição visa também combater o déficit da educação na pandemia e dificuldades dos jovens à adaptação do ensino digital, onde muitos consideravam largar os estudos e, consequentemente, não sabem como se inserir no mercado de trabalho. “É um desafio ultrapassar essa barreira. Mas quando o curso parte de uma metodologia voltada para a resolução de problemas reais e criação de soluções sustentáveis (não só para o ambiente, mas para o meio social e financeiro em que o jovem está inserido e para o próprio indivíduo), é mais fácil perceber que podemos solucionar essas questões de forma mais autônoma. E nos ajuda a aguçar a visão do todo, a reconhecer potencialidades e formas mais autênticas de se inserir no mercado ou mesmo entender caminhos para empreender”, comenta Suelen Gom, aluna do Cinema Nosso. 

Cineclube Mocambo apresenta cinco sessões de filmes dirigidos por pessoas negras de setembro a dezembro

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Cena do filme Lumbalú; Agonía. Foto: Divulgação.

Programação totalmente on-line e gratuita começa na próxima quinta-feira (23).

A partir do dia 23 de setembro, o Cineclube Mocambo apresenta ao público um espaço contínuo de debates sobre cinema e audiovisual através da exibição e discussão sobre filmes dirigidos por pessoas negras brasileiras, das Américas, Europa e do continente Africano. Em sua 1° edição, o Cineclube Mocambo abrigará cinco sessões de filmes de setembro a dezembro de 2021. Toda programação é on-line e gratuita. 

O tema desta edição aponta para as encruzilhadas da produção do cinema independente, já que os filmes escolhidos tratam das experiências de vidas e dos diversos caminhos possíveis que se cruzam no ponto comum que é o ser negro no mundo, em especial na América Latina. O projeto é idealizado por Jacson Dias, produtor de cinema e sócio-fundador da  Ponta De Anzol Filmes e por Gabriel Araújo, curador mineiro e crítico de cinema. A iniciativa tem curadoria, além de Jacson e Gabriel, da pesquisadora e professora Tatiana Carvalho Costa. O Cineclube Mocambo é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, por meio do Edital BH nas Telas, Fundo 2020.

Jacson explica que havia o desejo de que a programação acontecesse de forma presencial, mas, com a chegada da pandemia de Covid-19, o cineclube passou por uma reformulação para aumentar a circulação do cinema independente entre pessoas que costumam não ter esse tipo de acesso. “O cineclube Mocambo tem uma razão e sentido de existir: fazer circular os filmes produzidos por pessoas negras e os debates suscitados por eles”.

Primeira sessão

A primeira sessão, do dia 23 a 26 de setembro, discute a complexidade do binômio vida/morte, constantemente presente na experiência de pessoas negras, seja no Brasil, seja em outras partes do mundo. Gabriel Araújo, um dos organizadores, explica que a ideia é programar filmes que lidem frontalmente com essa questão – não para causar mais violência ou sofrimento. “Pessoas negras representam o grupo que mais vem sendo terrivelmente afetado pela política de morte do país e pela pandemia de covid-19. A proposta dessa primeira curadoria é apontar, com os filmes, possibilidades de aquilombamento, resistência e afetações que nos façam refletir essa situação”, afirma. 

A sessão terá filmes como o documentário “T”, da cineasta norte-americana Keisha Rae Witherspoon, que mostra a história de três enlutados que participam do festival T Ball, em Miami. O curta do colombiando Jorge Perez, “Lumbalú; Agonía”, também estará presente na sessão de abertura do Cineclube Mocambo, apresentando uma narrativa que recupera as tradições palenqueiras do Lumbalú. Todas as obras serão exibidas pelo site cineclubemocambo.com.br.

Sobre o cineclubismo

A prática de assistir e discutir filmes surgiu quase em conjunto com a criação do próprio cinema e, no Brasil, tem seu primeiro registro no estado do Rio de Janeiro, em 1928 com  o Chaplin Club, fundado por Plínio Sussekind Rocha, Otávio de Faria, Almir Castro e Cláudio Mello. De acordo com Gabriel Araújo, Belo Horizonte também tem uma bela tradição com o cineclubismo, com vários cineclubes presentes na história da cidade: “já tivemos várias iniciativas semelhantes nesse sentido. Muitos dos cineastas que hoje produzem na cidade foram inclusive formados pelas experiências de cineclubes, ou por meio das programações de mostras e festivais independentes que ocorrem aqui”.

Cineclube Mocambo

O caráter formativo permeia a construção do projeto, já que, além das discussões das sessões, o cineclube realiza lives periódicas pelo Instagram com convidados da cena audiovisual brasileira para falar sobre cinema e curadoria. Jacson destaca que “a irmandade para as os curadores e fazedores de cinema negros é uma parte importante do cineclube”.

Para os idealizadores, um dos objetivos é também ampliar a discussão em torno do cinema preto latino-americano, uma vez que essas produções são muito ausentes no Brasil. Além do cineclube contínuo, que vai acontecer a cada seis meses, e com caráter formativo, diferente de outros espaços como esses em que cada pessoa do grupo sugere quais filmes serão exibidos, as produções que serão exibidas no Cineclube Mocambo foram escolhidas a partir de um pensamento curatorial que leva em conta o momento que vivemos no mundo. “A escolha dos filmes da primeira sessão e das próximas não é vã, ela foi feita com base na conversa, no visionamento de filmes, e com base na experiência e opinião dos curadores”, destaca Gabriel. 

A exibição dos filmes vai acontecer no site do Cineclube Mocambo, e as discussões serão transmitidas no canal do Youtube da iniciativa. As datas e horários da 1° sessão serão divulgados pelas redes sociais:

Instagram: instagram.com/cineclubemocambo

Facebook: facebook.com/cineclubemocambo

Twitter: twitter.com/cinemocambo

Serviço: 

Cineclube Mocambo

Programação: setembro a dezembro de 2021

1ª sessão de 23 a 26/09

2ª sessão de 28 a 31/10

3ª sessão de 11 a 14/11

4ª e a 5º sessão serão definidas em breve

Para assistir aos filmes: http://cineclubemocambo.com.br/ 

Toda programação é on-line e gratuita. 

Setembro Amarelo: Cinco estrelas que tornaram suas lutas públicas e nos encorajaram a enfrentar nossas batalhas

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Na imagem: Mariah Carey, Naomi Osaka, Andra Day, Karol Conká e Simone Biles

Fora dos holofotes e manchetes de jornais, os famosos levam uma vida como a de qualquer ser humano. Têm suas famílias, amigos, passam por momentos bons e ruins exatamente como cada um de nós. Por isso, também estão suscetíveis a enfrentar problemas em relação à saúde mental, e quando se se sentem prontos para compartilharem essas questões, acabam influenciando outras pessoas em situações parecidas a se identificarem com essas lutas, compreenderem melhor o que estão enfrentando e principalmente a procurarem ajuda. Considerando isso, listamos alguns artistas que vieram publicamente compartilhar suas experiências sobre saúde mental.

Karol Conká

Assim que foi anunciada como uma das participantes do camarote no BBB 21, Karol Conká conquistou uma torcida enorme. Entretanto, as atitudes da rapper dentro da casa, tornou o público contra ela. A artista não durou muito no programa, e foi eliminada com mais de 99% dos votos, batendo um recorde de rejeição. E essa rejeição continuou aqui fora; em entrevista para o podcast de Whindersson Nunes, a artista declarou: ”Minha batalha é para não cair numa depressão. Faço acompanhamento para isso. Tem várias coisas que pegam para mim, desde o trauma de se expor, se reconhecer ali naquelas atitudes ruins, a me sentir vendida. Sinto uma coisa, como se fosse um negócio, que as pessoas jogam para lá e para cá e tiram suas próprias conclusões“. A artista reconhece os erros que teve durante o programa, mas diz estar em terapia e em processo para se tornar uma pessoa melhor. Em sua participação no Trace Trends, o assunto voltou a pauta e ela comentou: “Comecei a me questionar o porquê de algumas situações que eu me permiti vivenciar. Situações em que tive descontrole emocional. Por que fiquei assim?! Então, fui atrás de respostas, com ajuda de profissionais dessa área. E senti a necessidade de compartilhar isso com meus seguidores. Porque são coisas que não sou só eu que sinto. Muita gente sente…”. E realmente, é importante que Karol use sua voz para isso. O processo de auto perdão pelo qual ela está passando é inspirador para pessoas que tomaram atitudes das quais se arrepende, e mais do que isso: precisam compreender as origens de tais ações.

Mariah Carey

Apenas em 2018, a cantora veio a público falar sobre um diagnostico que recebeu em 2001: O de Transtorno Bipolar. Em entrevista para a revista People, Mariah contou que por anos viveu em negação, isolada e com medo de ser exposta, mas as coisas começaram a melhorar quando ela decidiu começar o tratamento e ser cercar de pessoas positivas. A bipolaridade, é marcada por sintomas que fluem entre um estado de hiperatividade e depressão. Para Mariah, esses episódios eufóricos eram marcados principalmente por uma insônia muito forte, onde ela ficava noites sem dormir trabalhando, irritada e com medo de decepcionar os outros. Já seus episódios depressivos foram marcados por pouca energia, tristeza, solidão e culpa por não fazer o suficiente em sua carreira. Para Mariah, focar na música foi uma grande ajuda. O diagnostico de bipolaridade, veio em um momento complicado. O pai da artista enfrentava um câncer em estagio terminal, ela havia rompido recentemente com o noivo, e enfrentava problemas com a gravadora. Mas assim como no caso de Biles, as causas são ainda mais profundas que os problemas momentâneos: Crescer em uma família bi racial nos EUA dos anos 70, ao lado de uma irmã dependente química e viver anos em um casamento abusivo são fatores consideráveis. Entretanto, com tratamento as coisas foram se encaixando, e essa é a nossa lição aqui: Não se negligencie. Não negue ajuda, e nem tenha medo do que você está passando. As coisas podem sim, melhorar.

Imagem: EBC

Simone Biles


A ginasta norte-americana, era uma das maiores apostas das Olimpíadas de Tóquio, considerando o seu desempenho brilhante nos jogos do Rio de Janeiro em 2016. Entretanto a desistência da atleta em varias categorias, surpreendeu a todos em um primeiro momento. Mas a decisão, foi correta. Simone Biles optou cuidar de sua saúde mental e frisou: “Não somos apenas atletas. Somos pessoas. E, às vezes, é preciso dar um passo atrás”. Ela explicou ainda, que as vezes ficava fora do mundo real enquanto competia, o que é bastante perigoso em um esporte como a ginastica olímpica. O risco é maior do que perder, mas também se machucar seriamente. Todo esse estresse foi causado por uma rotina incessante de treinos, cobranças externas (treinadores, público) mas também por cobranças internas. Vale mencionar que Biles também foi uma das vítimas de abuso sexual do ex médico Larry Nassar, e é inegável o quanto isso afeta a cabeça de alguém, tal como passar fome durante a infância, ter uma mãe biológica dependente química e viver em lares provisórios. Tudo isso marca a vida de Biles até hoje. Entretanto, as desistências durante as Olímpiadas não são um sinal de fracasso: ela ainda levou para casa duas medalhas, uma de bronze na trave e outra de prata na geral por equipes. Sabemos que ela deu o melhor de sí, mas o seu melhor não era o mesmo que em 2016. E ela nos ensinou isso, que devemos nos respeitar e respeitar o nosso momento.

Andra Day

A cantora e atriz, foi figurinha carimbada durante toda a última temporada de premiações, devido sua interpretação de Billie Holiday no filme do diretor Lee Daniels ”The United States VS Billie Holiday”. Logo em seu primeiro papel no cinema, a artista emplacou um Globo de Ouro de Melhor Atriz e foi indicada ao Oscar na mesma categoria. Entretanto o que muita gente não sabe, é que a voz de hits motivacionais como ”Rise Up”, também passou por dificuldades. Andra Day, revelou esse ano que já foi viciada em sexo e pornografia. Ela conta inclusive, que isso fez com que desse a sua personagem um tom sensual, mas não sexualizado. “Eu não queria nenhum elemento de sexualização. Eu tinha saído de algo em minha própria vida – lidar com o vício em pornografia, o vício em sexo. Estou sendo muito, muito franca com você porque não sou a única a ter passado por isso. Mas eu sabia que queria muito que tudo isso fosse embora”. -completou. Atualmente, a artista de 36 anos diz estar em momento muito mais saudável onde consegue desfrutar melhor o sucesso de sua carreira. Outra grande atriz que também enfrentou o mesmo problema, foi Jada Pinkett Smith. Casada com Will Smith desde 1997, com quem tem dois filhos, a artista revelou o fato durante o seu programa ”Red Table Talk” em 2019. “No passado, fui viciada em pornografia, mas não estava em nenhuma relação, graças a Deus…posso dizer que era um vício horrível.” Quando questionada por sua própria filha, sobre o que desencadeou o vício, Jada disse que sentia um grande vazio, e que achava que isso poderia preencher. Mas não era bem assim que funcionava. O vício em sexo e pornografia afeta diretamente a saúde mental, atrapalha a vida profissional e as relações interpessoais. Não se sinta envergonhado em procurar um psicólogo, ou ajuda de lugares como Instituto Delete (RJ), D.A.S.A (SP)ou INPA em Brasília.

Imagem: Vogue Magazine

Naomi Osaka

Com apenas 23 anos de idade, Naomi Osaka é uma das maiores estrelas do tênis nos últimos anos. Por isso, a decisão da atleta em abandonar o torneio de Rolland Garros causou espanto entre o público e os realizadores. No entanto, Naomi explicou que fez isso pelo bem de sua saúde mental. Antes disso, ela já havia dito que não daria entrevistas durante o campeonato -e foi multada em 15 mil dólares. Acontece que as entrevistas depois dos jogos, como estamos acostumados a ver, seguem um roteiro um tanto quanto desconfortável. O atleta, cansado, deve responder a perguntas sobre o seu desempenho em um momento onde se quer conseguem raciocinar, e tudo o que for dito naquele momento de vulnerabilidade será distorcido e usado contra eles em questões de minutos. Em artigo para a revista Time, Osaka escreveu: “Está OK não estar bem e OK não falar sobre isso” e continuou pedindo por mais respeito e privacidade a saúde mental dos atletas. Outros esportistas como Usain Bolt, Serena Williams, Lewis Hamilton e Michael Phelps se posicionaram a favor da jovem. Com isso, podemos repensar o quanto de pressão não colocamos em cima dos outros e quanto isso pode ser prejudicial, mas também, podemos refletir sobre o quanto de pressão tem sido colocado em cima de nós e talvez seja a hora de começar a mudar isso. Se você sente que está em uma situação desgastante na vida profissional (como foi o caso aqui), ou até mesmo acadêmica, amorosa e etc, não excite em dizer o como se sente.

Conseguimos entender que a vida dos famosos também não é perfeita, não é mesmo? Mas assim como eles estão conseguindo passar por esses momentos difíceis, também é possível para você. Se não tiver com quem falar, ligue para o 188, Centro de Valorização da Vida.

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