Home Blog Page 851

Nick Minaj e Letitia Wright: Como o racismo influenciou negros norte-americanos a temerem as vacinas

0

Com a pandemia do Coronavírus, ficou ainda mais evidente para o mundo que existe uma grande quantidade de pessoas que não confiam na vacinação. Conhecidos como “antivacina” ou “anti-vax”, esse movimento, porém, não é recente. A hesitação e relutância para vacinação teve início no século XVIII, quando foi desenvolvida a primeira vacina. Essa desconfiança se intensificou nos últimos anos em decorrência das fake News cada vez mais recorrentes, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar o movimento antivacina como um dos 10 maiores riscos para a saúde mundial, em 2019. 

Especialmente nos Estados Unidos, onde a vacinação normalmente não é gratuita, a população desconfia da vacina conta a COVID-19 por diversos motivos, principalmente devido a rapidez em que foi desenvolvida e em decorrência de teorias da conspiração sobre efeitos colaterais e efetividade das vacinas. Todavia, quando falamos da população negra, a desconfiança na vacinação tem uma origem um pouco diferente.

Não é surpresa para ninguém que um dos grandes pilares da escravidão era o uso de pessoas negras como cobaias para experimentos científicos. Homens e mulheres negros eram constantemente submetidos a procedimentos perigosos, muitos destes que vieram a se tornar alguns exames que fazemos hoje, como é o exemplo do instrumento espéculo, utilizando em exames ginecológicos. O espéculo foi inventado em meados de 1845 pelo cirurgião James Marion Sims para fazer cirurgias sem anestesia em suas escravas, como forma de estudo da anatomia feminina. Não surpreendentemente, esses experimentos macabros são conhecidos como a base da ginecologia moderna.  Mas, afinal, o que isso tem a ver com as vacinas?

Esses experimentos feitos na época da escravidão normalizaram uma visão de que pessoas negras são mais “fortes” quando, na verdade, só sofremos mais abuso durante a história. Isso acarretou em uma série de eventos, pós-abolição da escravidão, onde negros ainda eram usados como cobaias, mas de forma mais velada. E é aí que chegamos no ponto da vacina, e no experimento de Tuskegee. 

O “Estudo” de Tuskegee foi um experimento promovido pelo próprio serviço de saúde dos Estados Unidos, entre 1932 e 1979, para testar o desenvolvimento da sífilis em homens negros em Tuskegee, no Alabama. O experimento envolveu 600 homens negros, inicialmente: 399 desses homens tinham sífilis, 201 não tinham. Os participantes da pesquisa foram informados que estavam sendo tratados para bad blood (sangue ruim), expressão da época que se referia à sífilis, anemia, mal estar e etc. Porém, o que eles não sabiam é que, na verdade, não estavam recebendo tratamento algum, e sim fazendo parte dessa pesquisa. Os “pesquisadores” visitavam as cobaias constantemente para verificar o andamento da doença e, em cada visita, ofereciam a eles refeições, exames grátis e um tipo de plano funerário. Na época, com a pouca informação sobre a doença, os pacientes não percebiam que não estavam sendo tratados e sim utilizados como cobaias. 

Ou seja, o experimento consistiu em permitir que centenas de homens negros morressem de sífilis apenas para serem observados por “pesquisadores” enquanto morriam da doença. Para piorar, em 1943 foi descoberto que a penicilina era efetiva para tratar a sífilis. Intencionalmente, nenhum desses homens recebeu tratamento, foi permitido que eles morressem para que fosse observada a forma como a sífilis consumia um indivíduo negro. E, ainda, nenhum desses homens sabia que estavam, na verdade, participando da pesquisa, intitulada: “Tuskegee Study of Untreated Syphilis in the Negro Male” (O estudo da sífilis não tratada no homem negro em Tuskegee). Mais de 100 pessoas morreram em decorrência desse “estudo”, além de centenas de homens, mulheres e crianças negras que contraíram a doença uns dos outros e sofreram os efeitos físicos e mentais. 

Aí, você se pergunta: “Mas por que esse experimento foi feito apenas em pessoas negras?”. Bom, acho que já sabemos a resposta. 

Eventualmente, em 1970, a verdadeira história dessa pesquisa absurda saiu na mídia americana. Após a descoberta, as vítimas que sobreviveram e suas famílias entraram com um processo, que culminou no governo americano pagando mais de 10 milhões de dólares às famílias, além de tratamento médico vitalício e auxílio funerário e um pedido de desculpas do presidente Bill Clinton em 1997.

Porém, como voltar a confiar em um sistema de saúde que deliberadamente causou a morte e sofrimento de centenas de pessoas negras, sem que elas soubessem? É por isso que boa parte da população negra estadunidense não está se vacinando conta a COVID-19, especialmente os mais velhos. Falta confiança, e, infelizmente, essa desconfiança está baseada na história. Partindo desse ponto de vista, a hesitação em alguns afro-americanos em tomar a vacina não se torna justificável, mas é possível compreender esse medo. Eles acreditam no vírus, mas como confiar em uma vacina gratuita oferecida pelo governo depois de um acontecimento como esse na história? 

Por isso, muitos negros tem optado por fazer extensivas pesquisas sobre a vacina antes de tomar. É o caso da Nicki Minaj, da SZA e da atriz Letitia Wright, que compartilharam suas desconfianças nas redes sociais. Obviamente, isso não justifica. Especialmente por elas serem pessoas famosas e da mídia, é de uma grande irresponsabilidade que elas reforcem esse tipo de pensamento, já que possuem grandes audiências, formadas por pessoas negras, inclusive, o que pode reforçar o receio de se vacinar. Além de ser fácil ver que as declarações das três vem acompanhada de algum tipo de fake news também, como é o caso do exemplo dado por Nicki Minaj, do amigo de seu primo ter ficado impotente depois de tomar a vacina, e no caso de SZA, de seu amigo ter ficado cego e paraplégico por causa da vacina da gripe suína. Bem parecido com as fake news de WhatsApp que recebemos por aqui. 

O ponto é: é parte da responsabilidade do governo americano entender que essa hesitação não entra em toda a bagunça das fake news que o restante dos estadunidenses, majoritariamente brancos, acreditam. É responsabilidade do governo, também, entender e conversar com esses cidadãos para que eles se sintam seguros em se vacinar. Afinal, não é culpa deles que experimentos racistas e antiéticos, para dizer o mínimo, eram realizados por órgãos oficiais do governo. A única forma de reinstaurar a confiança dos afro-americanos na vacina, é fazendo-os entender que os tempos mudaram e, agora, existe segurança para que negros sejam vacinados e tratados contra doenças, e não expostos à elas propositalmente. O foco precisa ser sempre este: as vacinas são seguras, e precisamos delas. Não só a da COVID-19, como todas as outras. A esperança é de que todos compreendam isso o mais breve possível. 

Escrito por: Thais Moreira

Já pensou em economizar juntando pontos nas compras do dia a dia?

0
Imagem: RawPixel

Uma prática muito comum na gringa é o uso de pontos ou os cupons para conseguir desconto em lojas e produtos de supermercado e farmácia. É um benefício que pode diminuir seu orçamento de forma significativa quando você tem o hábito de comprar sempre no mesmo local. 

Essa prática se modernizou e ao invés de guardar aquele monte de cupom na bolsa, estilo Rochelle, hoje você gerencia esses pontos pelo celular. 

Um sistema interessante para quem gosta de economizar  juntando pontos é Stix. Pão de Açúcar, Droga Raia, Extra e Drogasil são as empresas parceiras desse programa de pontos que você pode baixar gratuitamente pelo celular.   

O sistema é bem simples: você se cadastra na Stix e começa a juntar pontos stix  nas compras do dia a dia e troca por produtos e descontos nas compras do supermercado, da farmácia e demais parceiros. Os pontos stix também podem ser enviados sem taxa para alguém da sua família e amigos. Além disso, os stix só expiram 1 vez por ano e, na hora da troca, você sabe quanto o ponto vale: 100 stix = 1 real. 

O aplicativo da Stix tem um catálogo de produtos que muda todo mês. Setembro é Mês Stix e está cheio ofertas especiais com até 80% de desconto em várias categorias: beleza, bebê, casa, bebidas, alimentos e saúde. 

Juntar stix fazendo compras no supermercado Extra ou Pão de Açúcar ou comprando medicamentos na Droga Raia ou Drogasil é uma forma de economizar com zero burocracia e direto do seu celular. 

Outra vantagem é o desconto em outros parceiros Stix. Por exemplo, com 4.000 stix você consegue trocar por um vale compra de R$ 80 para comprar na Slow Beauty, uma das maiores lojas cosméticos orgânicos do Brasil, que tem produtinhos com óleo de coco para o cabelo. So para dar uma ideia da economia: você troca 4000 stix, que equivale a 40 reais, por um vale de 80 reais pra gastar no parceiro. 

Para começar juntar pontos stix é só baixar o aplicativo, que é gratuito, e  se cadastrar na próxima compra, em uma das lojas parceiras, informando o seu CPF. Você não precisa fornecer nenhuma informação do banco e nem ter cartão de crédito. 

Outras informações pelo site: https://www.soustix.com.br ou baixe o app Stix. (https://campanha.soustix.com.br/redirect/app) 

Receita de refogado de boldo: Comidas do mato, folhas para comer

0

Comer as folhas de vários alimentos é um hábito muito comum em vários povos de etnias Áfricas.

Nutritivas, saborosas, as vezes inusitadas ao nosso paladar, elas cada vez mais tem ganho às mesas, principalmente entre as pessoas que buscam resgatar a culinária ancestral africana.

Em Angola Jimbwa significa comida da terra. É a verdura que mais usamos nas comidas típicas deste país africano.

No Brasil as folhas de muitos alimentos são descartadas, não temos hábito de utilizar folhas de mandioca, batatas, rabanetes e muitos outros alimentos. Até o boldo vira iguaria saborosa!

Comer folhas de boldo é algo que nos causa estranhamento, porém preparado de forma adequada, se torna um acompanhamento perfeito para refeições do dia a dia.

Em meu canal no YouTube https://youtu.be/o6GjxLkEtHk apresento a série: Comidas do Mato, com receitas de refogados a partir de folhas de mandioca, cenoura, boldo é muito mais.

O boldo é uma planta medicinal muito usada como remédio caseiro, especialmente para o fígado devido às suas propriedades digestivas e hepáticas. Além disso, também possui propriedades diuréticas, anti-inflamatórias e antioxidantes, que podem ajudar no tratamento e prevenção de outros problemas, como gastrite, aterosclerose e câncer.
As duas espécies de boldo mais utilizadas são o boldo do Chile,(Peumus boldus Molina), que pode ser encontrado em lojas de produtos naturais na forma de folhas secas, em sachês para chás ou em cápsulas; e o boldo africano (Plectranthus barbatus) que é amplamente cultivado e encontrado em jardins.

  1. Estimular o funcionamento do fígado
    A boldina, um antioxidante presente especialmente no boldo do Chile, e a forscolina e a barbatusina, presentes no boldo brasileiro, estimulam a produção da bile pela vesícula biliar, ajudando o fígado a trabalhar melhor. 
    Além disso, os antioxidantes da planta atuam como protetores do fígado em casos de esteatose hepática, que é o excesso de gordura no fígado, prevenindo sintomas como dor de cabeça, náuseas e mal estar.
  2. Ajudar na perda de peso
    Os flavonoides glicosilados, um dos componentes do boldo do Chile, são os responsáveis pela ação diurética desta planta, ajudando a diminuir o excesso de líquido  corporal, sendo uma boa opção para os tratamentos de perda de peso.
  3. Auxiliar no tratamento de problemas da vesícula
    O boldo estimula a produção e liberação de bile, um composto que ajuda na digestão dos alimentos, pela vesícula biliar. Por isso, esta planta pode auxiliar no tratamento de problemas da vesícula biliar. Além disso, o boldo ajuda a normalizar o funcionamento da vesícula biliar.  
  4. Melhorar a digestão
    O boldo do Chile e o boldo brasileiro ajudam a melhorar a digestão e a diminuir os gases, principalmente quando tomado na forma de chá antes ou logo após as refeições. Além disso, a boldina melhora a ação da bile que é liberada pelo fígado no intestino, auxiliando na digestão de gorduras e no alívio da má digestão.
  5. Auxiliar no tratamento da gastrite 
    Os alcaloides presentes nos dois tipos de boldo ajudam a equilibrar os ácidos do estômago, podendo ser muito útil para auxiliar no tratamento da gastrite. Além disso, as propriedades adstringentes do boldo reduzem a acidez do estômago, auxiliando também no tratamento da azia. 
  6. Aliviar os sintomas da intolerância alimentar
    O boldo tem propriedades digestivas, anti-inflamatórias e anti-espasmódicas que podem ajudar a aliviar os sintomas de algumas intolerâncias alimentares como má digestão, cólicas intestinais e produção excessiva de gases. 
  7. Melhorar o funcionamento do intestino
    A boldina, um alcaloide presente no boldo do Chile, age como relaxante regulando o funcionamento do intestino, o que  pode ser útil para tratar a prisão de ventre. Além disso, o boldo reduz a produção de gases intestinais e auxilia no tratamento de vermes e infecções intestinais.
  8. Eliminar fungos e bactérias
    O boldo pode auxiliar a eliminar bactérias como:
    • Streptococcus pyogenes que causa infecção de garganta ou erisipela, por exemplo;
    • Staphylococcus aureus que causam infecções pulmonares, de pele e ósseas.
    Além disso, o óleo essencial do boldo do Chile tem atividade antifúngica principalmente para o fungo Candida sp que pode causar micose de pele. No entanto, o boldo não deve substituir nenhum antibiótico e só deve ser usado sob orientação de um médico.  

A receita de hoje Traz o boldo refogado servido com camarões.

Ingredientes

20 folhas de boldo
1 xícara de camarão fresco
4 colheres de azeite de dendê
2 colheres de sopa de cebola picada cubos
2 unidades de dente de alho picados
1 pimenta de cheiro cortada em rodelas finas
Cominho a gosto
Sal a gosto

Preparo:

Ferva as folhas de boldo em bastante agua ( até que cubra) por 10 minutos.
Escorra as folhas e pique-as em tirinhas.
Tempere os camarões com sal e frite os no dendê.
Quando os camarões estiverem fritos, adicione cebola e alho, em seguida as folhas de boldo picadas, tempere com cominho e sal.

Sirva acompanhado de carnes, legumes, ensopados.
Pode também utilizar como recheio de omelete, torta, misturar a massa de macarrão, fica maravilhoso!

Altamente nutritivas use folhas das verduras e até dos legumes em sua alimentação!

São formas de aproveitar os alimentos de forma integral e ainda ter uma alimentação mais variada e nutritiva que promove à saúde!

Literatura e racismo: conheça 5 editoras pretas com livros incríveis para jovens e crianças

0

Muito se foi falado sobre o lançamento do livro das ‘Companhia das letras’, intitulado “Abecê da Liberdade”, que mostrou a “diversão e acolhimento” que crianças viviam dentro do navio negreiro. Irônico, não?! 

Diversos influencers e estudiosos falaram sobre o assunto é tentaram explicar o que parecia ser óbvio. A escravidão não deve, em nenhuma hipótese, ser romantizada. 

Entre elas, o fotógrafo Roger Cipó que resolveu elencar  uma série de editoras pretas e confiáveis para fortalecer a leitura das crianças e adolescentes do país. 

“Não vou demorar para falar de como esse episódio é perverso e escancara o desprezo que os autores e a companhia [das Letras] tem pela história das pessoas negras. O desprezo se vê na forma com que tratam essa narrativa, mas também na história do grupo, basta observar os detalhes, e por isso que a notinha de desculpas, não é honesta. 

E por isso, precisa ser reconhecida como uma companhia racista.” Explicou ele. 

Vamos apoiar e consumir de editoras e negras? 

Editoras Ananse e Malê: 

@editorananse e @editoramale

Ananse publicou “Por qualquer meio necessário” com escritos de Malcolm X e “Mulherismo Africana”.

A Malê já publicou pessoas como Conceição Evaristo e Eliana Alves Cruz.

Livraria Eleyé (@livrariaeleye), da Editora ‘Reaja ou Será Morta’ (@reajaouseramorta).

A Nandyala (@nandyalalivrariaeditora), que já publicou “Pichon” a biografia do Professor Carlos Moore e tem títulos bem importantes.

O Marcus Garvey (@cicloformacaomarcusgarvey), tem “Procure por Mim na Tempestade”, com escritos de Marcus Garvey. Editoras Pretas e autônomas, produzindo coisa nossa. 

E por fim, a pioneira @mazzaedicoes que está 40 anos no mercado trazendo a cultura afro-brasileira em forma de páginas.

30 anos da explosão do pagode: Ritmo continua sendo o mais querido do Brasil

0
Foi nos anos 90 que grupos como Raça Negra, Katinguelê e fSó Pra Contrariar estouraram no mercado e, mesmo após 30 anos desse “boom pagodeiro”, o ritmo ainda continua sendo um dos queridinhos dos brasileiros. E dentro desse cenário, novos grupos também se destacam, resgatando o estilo e as músicas românticas.


Um levantamento realizado pelo Spotify revelou o aumento na busca por músicas antigas do gênero, ao mesmo passo que ele tomou conta das lives nos últimos meses.


Prova disso foi o sucesso que o ritmo fez com as lives em um 2020 e tomando conta do cenário musical. Todo esse cenário se refletiu na indústria e nos números. A banda Akatu, por exemplo, já conquistou mais de 60 milhões de visualizações no Youtube e mais de 400 mil ouvintes mensais no Spotify. 
Desde o início da pandemia e a paralisação dos shows, o público vem buscando n a música relembrar e viver coisas boas e a tecnologia é um facilitador para isso. Segundo o Spotify, maior serviço de streaming por assinatura do mundo, a busca por canções antigas aumentou 54% em abril de 2020 e também foi possível sentir o aumento de playlists com esse recorte. 
“Nossos shows são uma mistura, cantamos nossas músicas autorais, mas os grandes sucessos do pagode e do samba não podem faltar no repertório para animar a galera”, explicou Ângelo, vocalista da banda Akatu. 

Janine Rodrigues, criadora de startup educacional, leva discussões sobre bullying e racismo para as salas de aula

0
Foto: Amanda Rod

A Piraporiando, empresa de Janine, é uma Edtech-Edutainment focada na criação de conteúdos e experiências educacionais antirracistas, antibullying e voltada à diversidade – temas importantes e urgentes tratados sem preconceitos e com muito afeto.

Tudo começou com uma grande paixão da carioca Janine Rodrigues (39), fundadora da Piraporiando, educadora: escrever e publicar um livro. Por conta disso, a Piraporiando começou como editora de livros infantojuvenis em 2013, mas foi em 2015 que se estabeleceu juridicamente, após o lançamento do livro ‘No Reino de Pirapora’. Com seis livros publicados, Janine abriu sua própria editora para ter controle total sobre suas obras. 

Assim que seu livro foi publicado, Janine percebeu que tinha em mãos uma missão a ser cumprida com a ajuda do livro: tratar da educação antirracista e inclusiva no Brasil. “Livros que tratam sobre preconceito ou temas como racismo, bullying, homofobia ou educação sexual são muito mais importantes do que a gente imagina”, afirma ela.

De acordo com a sua visão e olhar curioso para a sociedade, uma criança pode até participar de um simples jogo, mas se ninguém está dividindo a bola e chutando para essa criança, ela não se sente pertencente. “E uma criança que não se encaixa, que não se vê nos espaços da sociedade, se veste de tristeza”, constata ela.

Antes de fundar a Piraporiando, Janine tinha carreira promissora na área de gestão ambiental numa grande consultoria na área de sustentabilidade. A paixão e sonho de se tornar escritora falou mais alto e ela decidiu, além de ser escritora, empreender. 

Com recursos próprios, Janine pediu demissão e se dedicou a construir a Piraporiando. Hoje, a startup já publicou seis livros de temática inclusiva. As histórias dão origem a conteúdos e experiências educacionais para famílias e professores. As ações  já impactaram mais de 122 mil pessoas. Seus livros estão em 12 países da Europa e América Latina. 

“Muitas instituições que não tinham nenhum trabalho de diversidade, começaram a se interessar pelo assunto por conta dos meus livros”, declara Janine.

Em 2018, a Piraporiando recebeu o Prêmio Criança da Fundação Abrinq, que homenageia iniciativas que contribuem para assegurar os direitos das crianças e dos adolescentes. No ano seguinte, a empresa foi eleita uma das edtechs de maior impacto no cenário da educação pela pesquisa Liga Insights. 

Em 2021, a edtech foi destaque no levantamento inédito realizado pela ACE Córtex, braço de inovação corporativa da ACE Startups, na lista de  mais de 300 startups no país dedicadas exclusivamente ao ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança).

O livro ‘No Reino de Pirapora’, que aborda o bullying na infância, abriu portas para que Janine visitasse escolas e cooperasse em projetos de incentivo à leitura, oportunidades que estavam totalmente alinhadas às suas ideias. 

A história foi idealizada quando ela ainda era uma menina e trata sobre bullying.”Tive uma amiga da escola que sofria de uma doença rara que a impedia de tomar sol. Ela não podia brincar na hora do recreio, era caçoada e ficava agressiva.” Janine, então, pediu à mãe uma festa de aniversário à noite para a colega participar. “Foi inesquecível a felicidade da minha amiga só por estar ali, vivendo algo novo. Percebi a importância desse registro”, relembra Janine.

A Piraporiando acredita na transversalidade das artes. Em 2017 o livro ‘’ As duas bonecas azuis’’ deu origem a peça de mesmo nome. A peça foi premiada no Festival de Teatro infantil do Tijuca Tênis Clube no Rio de Janeiro. 

No final de 2017 a Piraporiando produziu o curta experimental de animação ‘’ O filho do Vento’’. Em 2021, todas as histórias que Janine escreveu se tornarão peças de teatro. Atualmente todos os livros da Piraporiando possuem peça teatral com elenco infantil. 

O curso online ‘Educação para a Diversidade’ voltado para educadores e demais interessados em educação com mais afeto e menos preconceito já capacitou mais de 600 educadores. 

O conteúdo educacional focado em diversidade licenciado pela Piraporiando para escolas e sistemas de ensino, tem conquistado também empresas que se preocupam com as temáticas da diversidade em suas instituições. 

“Quando penso no legado da Piraporiando, penso em equidade. Ou seja, que crianças, jovens, de qualquer cor ou lugar, tenham as mesmas oportunidades, mesmo eles sendo pessoas diferentes, e que possam se reconhecer enquanto agentes potentes de transformação. Não podemos disputar oportunidades de maneira desigual e desleal e as crianças entendem isso muito bem”, finaliza Janine Rodrigues.

Parem de romantizar a violência do sistema escravista

0

Por Débora Simões

No último sábado, dia 11 de setembro, a Companhia das Letras ­­­­− importante grupo editorial brasileiro com mais de 30 anos de atuação no mercado − publicou em suas redes sociais um pedido de desculpas e anunciou a retirada de circulação do livro infantil Abecê da liberdade. A proposta da obra é contar a trajetória do abolicionista negro Luiz Gama. O texto e a ilustração que foram alvo de críticas mostram Gama ainda criança brincando no navio negreiro. “​​​​​​​​Eu, a Getulina e as outras crianças estávamos tristes no começo, mas depois fomos conversando, daí passamos a brincar de pega-pega, esconde-esconde, escravos de Jó (o que era engraçado, porque nós éramos escravos de verdade), e até pulamos corda, ou melhor, corrente”. Preciso admitir que só de imaginar crianças negras lendo esse livro me dá um nó da garganta. Uma dor na alma. Ao mesmo tempo que o meu corpo dá sinal de revolta, lembro-me da frase: “O racismo é uma ferida que ainda sangra”, da escritora e artista Grada Kilomba

Como se pareciam, de fato, os navios negreiros. Foto: Infoescola.

Cresci na década de noventa, num lar com poucos livros, meu imaginário de pessoa negra foi construído por meio dos livros didáticos. Lembro-me das gravuras clássicas dos negros escravizados, amarrados uns aos outros. Achava estranho porque aquelas pessoas tinham a mesma pele que eu, que minha mãe, minha avó, meus irmãos, meus tios, aqueles de quem de algum modo eu era parte e eles de mim. Nasci negra, mas desconhecia. Eu não sabia quem eu era. Fui descobrir (e minhas percepções nunca mais foram as mesmas) muitos anos depois, porém isso já é um assunto para outro texto.

O mercado editoral já não é o mesmo dos anos noventa, a própria historiografia sobre a escravidão também não. Há mais obras literárias infantojuvenis com diversidade racial. E também por isso, diante das transformações (que, não podemos esquecer, foram conquistadas pelo Movimento Negro), o livro que conta com texto de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta e foi ilustrado por Edu Oliveira, deve ser criticado.

Vamos pensar juntos sobre a violência do sistema escravista que vigorou na Idade Moderna. Os navios negreiros, também chamados de “tumbeiros”, superlotados com africanos, fizeram inúmeras viagens transatlânticas. Foram aproximadamente 11 milhões de africanos escravizados. O Brasil tem um destaque vergonhoso nesse sistema, foi o país que mais importou mão de obra escrava, cerca de 5 milhões. Quase sozinha nossa nação (antes mesmo de ser uma, viramos independentes em 1822) era responsável por quase metade de todo o comércio de africanos. Dos escravizados trazidos para o Brasil, cerca de 1 milhão morreram antes de chegarem aos portos. Guardamos outro título lamentável: fomos a última nação americana a abolir a escravidão. A maioria dos números aqui apresentados está disponível no site Slave Voyages.

Na condição de escravizados, os negros foram desumanizados. Com pouca água, comida escassa, calor excessivo, castigos físicos e mentais, proliferação de doenças, rebeliões, muitos africanos não chegavam vivos ao fim de viagem que durava em torno de 2 meses. No século XIX o tempo da travessia atlântica diminuiu quase pela metade por causa das novas tecnologias de transporte, mas a taxa de mortalidade continuou elevada, pois muitas pessoas que eram trazidas pelos navios eram lançadas ao mar, já que o comércio de escravos tinha se tornado ilegal com a Lei Eusébio de Queirós (em 1850), e os traficantes de pessoas precisavam, portanto, evitar que seus navios fossem apreendidos com pessoas escravizadas. Cerca de 12% a 13% das pessoas embarcadas não sobreviveram à viagem. Aqueles que morriam não eram retirados imediatamente do navio, os corpos começavam a se decompor, juntando-se a outros odores, de fezes, urina e sangue.

A sociedade que defendeu (alguns ainda defendem) o mito da democracia racial, o paraíso das raças onde brancos, negros e indígenas vivem cordialmente vê, hoje, escritores brancos tratarem essa desumanização violenta de forma lúdica. Mostram uma criança negra que supostamente diante de todos os horrores aqui descritos esquece de sua condição e dos seus pares e num toque de mágica começa a brincar se reunindo com outras crianças felizes

Convido você, logo quando terminar aqui, a iniciar uma nova leitura. Dessa vez a emocionante e dolorosa narrativa de uma criança africana escravizada na viagem para o Brasil, presente no livro Um defeito de cor de Ana Maria Gonçalves. 

BLACK ID: “A gente é ancestral de quem estar por vir”, diz a apresentadora Xan Ravelli

0
Foto: Divulgação.

Por Rodolfo Gomes, em parceria com Victória Gianlourenço

Filha de dois pretos, Dona Filó – nascida no interior de SP – e Seu Edgard – nascido no interior de MG -, Xan Ravelli nasceu e cresceu em São Caetano do Sul, cidade na qual reside ainda hoje. Xan nasceu Alexandra. O nome artístico vem de família e as pessoas que ela mais ama a chamam assim. Apaixonada por música e por tudo que envolve o povo preto, cresceu ouvindo Gilberto Gil, Giovana, Nina Simone (pianista como ela), Racionais MCs. Esses foram alguns entre tantos que contribuíram com a construção da sua identidade.  “Para mim, as maiores genialidades da nossa música são pretas”, contou.

Assim como eu, a Xan acordava ouvindo o barulho da máquina de costura de sua mãe, e é incrível o quanto essa memória é afetiva pra gente. Às vezes, me lembro até do cheiro do óleo de máquina que ficava no ar.  Conversar com a Xan me fez entender e perceber muitas das atitudes da minha mãe, que assim como ela, é uma mulher preta, feminista, empreendedora e que sempre acreditou em cada um dos sonhos de seus filhos.

Dona Filó sempre trabalhou para fora, costurando e tricotando, enquanto Xan brincava no chão de sua oficina. “Pra mim o barulho da máquina da minha mãe era o melhor som do mundo. Acordava e ia dormir com esse barulho”.

Já seu Edgard trabalhava fora o dia inteiro, e o tempo que tinha dedicava aos filhos. A sua maior lembrança da infância é sobre ele chegando do trabalho e colocando-a no banco do passageiro, para guardar o carro na garagem. Apaixonado por leitura e pela história do povo negro, foi ele quem sempre contava a história dos grandes heróis do povo negro, como Besouro, Zumbi, Fela Kuti, entre outros. 

Ser negro sempre foi um motivo de muito orgulho dentro de sua casa. Sua mãe reforçava positivamente seu cabelo afro, e sempre a incentivou a deixar o cabelo natural. Seu cabelo e sua cor sempre foram motivos de elogios dentro de casa. Contudo, o letramento em relação ao racismo estrutural e suas nuances veio um pouco mais tarde. “Eu não entendia o racismo na escola, achava que o problema era sempre comigo, e acabava sofrendo muito em silêncio”, desabafa.

Apaixonada por música e pessoas, Xan cursou magistério e formou-se em musicoterapia com pós-graduação em comportamento psicodiagnóstico. Durante sua carreira, trabalhou com crianças que sofreram abuso sexual e em situação de abandono.  Com o nascimento de sua primeira filha, Jade, optou por mudar de ares, e seguir juntamente com seu esposo Paulo, no segmento de consultoria de bares e restaurantes. 

Juntos, ampliaram a empresa, trabalhando com eventos, mas como uma ávida consumidora de tecnologia e redes sociais, uma noite conversando com Paulo sobre a falta de representatividade negra, veio a ideia de criar uma página no Facebook e um canal no Youtube, onde ela pudesse ser mais uma cara preta para inspirar outras pessoas, além de explorar os temas que tanto amava. Foi assim que nasceu o Soul Vaidosa, um canal com quase 70 mil inscritos que fez Xan perceber o quanto a história de muitas mulheres pretas eram também a sua história.

Dos 6 aos 14 anos, seu sonho era ser astronauta, mas quando percebeu que mexia muito com física acabou desistindo dessa ideia e começou a tocar piano clássico. Mas Dona Filó que sempre disse que era preciso ficar atento aos sinais dos filhos quando pequenos, achou um vídeo seu com 5 anos nas bodas de ouro dos avós apresentando a festa em frente a filmadora.

E não é que Dona Filó estava certa? 

Hoje, Xan é uma das maiores apresentadoras negras do Brasil. À frente do Trace Trends, uma parceria entre Trace Brasil, Multishow e Globoplay, ela dá um show de competência, simpatia e conteúdo, no programa semanal sobre cultura brasileira e afrourbana. “A Trace foi um presente pra mim, tem sido uma trajetória muito incrível com uma equipe muito maravilhosa”, contou.

Quanto recebeu a ligação, com o convite para apresentar o Trace Trends, Xan revela que caiu no chão, ajoelhou e chorou. Afinal, há pouco tempo ela havia sentido uma vontade enorme de fazer televisão, porém era um sonho a longo prazo e não para agora. “Deus leva mais a sério todos os meus planos e sonhos do que eu mesma”, confessou.

Ela nos conta que existem ainda muitos projetos vindo. Além do programa semanal, e de fazer parte do Projeto Vozes Negras, tem dado foco para o seu canal no Youtube, onde tem pensado em projetos que abordem temas como maternidade e família. “Quero trazer esses temas para o lugar de naturalidade, normalidade. Hoje mais que nunca sabemos que temos um corpo político e que nossa beleza é guerreada, conquistada.”

Toda essa vaidade vem desde a infância, sua mãe sempre foi uma mulher muito linda e vaidosa, ela deixava experimentar os saltos, perfumes e roupas, incentivando sua vaidade. Para ela, era muito natural gostar de cabelo, maquiagem, unha, roupa, e isso atuou no reforço da sua autoestima, além de ser um assunto sobre o qual Xan ama falar.

Além do reforço da beleza negra, junto com a maternidade veio a vontade de lutar por representatividade. “Eu nasci de novo junto com meus filhos, entendi a importância da nossa voz, se nós não gritarmos ninguém vai gritar por nós”, disse.

Por isso, Xan que muitas vezes é uma pessoa que gosta de se recolher e refletir sobre muitas questões em silêncio, optou por lutar ao invés de fugir, trabalhando em seus filhos todas as questões de letramento de inclusão e racismo estrutural

“Eu sempre gostei muito de apresentar os trabalhos de escola, de falar, explanar. Mas também gosto do silêncio, de me voltar para mim, de meditar e principalmente de autoconhecimento”. Conta.

E junto com o autoconhecimento, nasceu também a Oficina Amarela, um projeto de 2021 que se traduz numa escola de desenvolvimento pessoal a partir da inteligência emocional. Atendem grupos de mulheres, online e de forma gratuita. E já impactou a vida de mais de 200 mulheres do começo do ano até aqui. 

Para ela, existem muitos jeitos de militar, todos tem seu papel, e precisamos ter consciência disso para continuar evoluindo. “A gente é ancestral de quem estar por vir. E cada um tem seu papel”, finalizou.

Lil Nas X lança ‘Montero’, primeiro disco de sua carreira com direito a clipe sexy de “Thats What I Want”

0
Foto: Reprodução.

A espera acabou! Depois de uma longa expectativa, o rapper Lil Nas X brindou seu público com o lançamento de ‘Montero’, o primeiro disco de sua carreira. O disco foi liberado nas plataformas digitais na madrugada desta sexta-feira (17) e e viralizou nas redes sociais, ficando nos trending topics do Twitter.

O trabalho traz 14 músicas e uma vinheta e conta com participações de peso, como Doja Cat, Elton John, Meghan Thee Stalion e Jack Harlow, no hit Industry Baby.

Junto com o lançamento do disco, Nas X liberou o clipe de ‘Thats What I Want’. No clipe, ele vive um jogador de futebol americano que se apaixona por um colega de seu time. A produção não economiza em cenas bem sensuais e quentes. O vídeo tem a participação de Billy Porter como o pastor que celebra a cerimônia de casamento de Nas X, que está na igreja vestido de noiva e sozinho, em prantos.

Confira o clipe:

Ouça o álbum:

Psicóloga alerta para exposição de crianças talentosas a comentários de haters nas redes sociais

0
Foto: iStock.

Você percebe que seu pequeno é talentoso e as pessoas aconselham que essa habilidade seja desenvolvida. E, de repente, seu filho está em muitos cursos, workshops, oficinas e isso com apenas 4, 5 anos. Além disso, a exposição na mídia e nas redes sociais o transformaram em uma mini celebridade. Será que tantas atividades são encaradas com prazer? Mesmo pensando em garantir um bom futuro, seria esse o melhor caminho para garantir boas oportunidades? E essa fama precoce, como deve ser administrada?

Essas perguntas, com certeza, são questionamentos frequentes de pais de crianças com talentos para a arte, esporte e cultura. E, muitos acabam vítimas de comentários maldosos dos famosos haters que não poupam nem mesmo os pequenos.

Um bom exemplo foi o que aconteceu recentemente com Elisa de Freitas, de apenas 4 anos, apelidada carinhosamente de “Minnie”. Com a conquista da medalha de prata pela skatista Rayssa Leal, a “fadinha”, nos jogos olímpicos de Tóquio, a pequena Elisa ganhou os holofotes como uma promessa para o esporte. A menina chama atenção pelo desempenho de suas manobras. Elisa foi notícia em jornais, portais, rádios e tvs e conquistou seguidores nas redes sociais. Mas, além de admiradores e incentivadores, a menina também foi vítima de comentários racistas e de crítica aos pais pela exposição.

Os pais contam que Elisa começou a se interessar pelo skate aos 2 anos de idade. Aos 3, já demonstrava habilidade e coragem para fazer manobras. “Elisa ama andar de skate. É uma diversão”, garante a mãe Leidiane.

Mesmo assim, foram inúmeros os comentários de que eles não deveriam expor a filha. Críticas e até mesmo insinuações maldosas. Para a psicóloga e analista comportamental Simone Rosa é preciso que os pais fiquem atentos a algumas questões para evitar problemas emocionais para as crianças. De acordo com ela, a primeira coisa que deve ser analisada é se o sonho é realmente da criança.

“Os pais costumam projetar seus próprios sonhos nos filhos. Mas é preciso saber o limite. Essa atividade da criança tem que ser encarada de forma lúdica. Se acertar tudo bem, se falhar tudo certo também. Não colocar como algo competitivo demais, mas como uma grande diversão”.

Simone acredita que a postura dos pais de Elisa é acertada. Desenvolver o talento da criança, mas sempre respeitando o limite e deixando um tempo para as brincadeiras com outras crianças.

“O ideal é que se incentive a criança naquilo que ela tem habilidade, mas entendendo que ela tem limite e jamais ultrapassá-lo”, ressalta.

Com relação a exposição pública e as inevitáveis críticas, é preciso muita conversa e proteção.

“Como a criança ainda não atingiu a maturidade para essas questões mais adultas, ela precisa ser preservada. Mesmo assim, como é possível que isso, de alguma forma, chegue até ela, seja até mesmo através de um coleguinha, é preciso muita conversa para que nada disso atinja a sua autoestima e se transforme em um possível problema emocional”, conclui.

error: Content is protected !!