“Our Kind of People” da Fox, um novo drama centrado na rica e poderosa elite negra em Oak Bluffs em Martha’s Vineyard, para demonstrar os conflitos de uma sociedade que promete sempre uma
Reparations é o primeiro episodic da nova série da FOX, Our Kind of People. Baseada parcialmente no livro de Lawrence Otis Graham, Our Kind of People: Inside America’s Black Upper Class, esta é a história de uma mãe, de uma filha e de uma tia que, juntas, procuram vingar o legado de uma mãe, avó e irmã falecida.
Num cativante e excêntrico burburinho de festas, casas luxuosas, barcos e moda, Angela Vaughn (YayaDaCosta), Nikki Vaughn (Alana Bright) e Patricia Williams, mais conhecida por Aunt Piggy (Debbi Morgan), viajam por uma estrada com destino incerto, ao levar para o seio de uma elite afro-americana o negócio de família de cuidados naturais para cabelos.
No entanto, um free pass de acesso a esta sociedade exclusiva aparenta ser difícil de conseguir. No meio de intrigas familiares, dramas a
dolescentes e passados por desenterrar, as três mulheres terão de se apoiar umas nas outras, mais do que nunca.
A atriz Taís Araújo vai comandar mais uma temporada do programa “Superbonita“, da GNT, que vai comemorar 20 anos de história. A estreia da nova temporada será no dia 30 de setembro, às 22h30. O programa vai fazer um balanço dessa trajetória e discutir a evolução da relação das mulheres com seu corpo, aparência e autoestima nas últimas duas décadas.
“Muitos nomes importantes passaram pelo ‘Superbonita’, que é uma das atrações mais consagradas de nossa grade. Vamos homenagear esse legado fazendo um convite para o público olhar para esse caminho e conversar sobre para onde estamos indo, com conversas sinceras sobre quem já fomos e quem somos agora“, conta Mariana Koehler, diretora de conteúdo artístico do GNT e VIVA.
A nova leva de inéditos conta com a presença de especialistas e convidadas especiais que já participaram do “Superbonita”. Nomes como Grazi Massafera, Preta Gil, Cleo Pires, Fernanda Torres, Andreia Beltrão, Zezé Motta, Karol Conka, Luana Xavier, Ana Furtado, Sheron Menezes, Fernanda Rodrigues, Maria Beltrão e Fátima Bernardes têm a oportunidade de rever e comentar suas participações na atração. Vídeos de vinte, quinze e cinco anos atrás servem de ponto de partida para esse divertido react.
Nos bate-papos, Taís debate com as artistas sobre as novas tendências da indústria da beleza e como a busca pelo padrão perfeito deu lugar a busca por mais autoconhecimento, saúde e autocuidado. Transição capilar, enfrentamento da gordofobia, maternidade, maturidade, tecnologia e criação de produtos para todos os tipos de peles também são pautas presentes nos episódios.
Além de mostrar dicas de autocuidado de especialistas da beleza, o programa apresenta novidades no cenário, que é marcado por uma grande espiral decorada com fotos que ilustram essa história. Quadros como Já Era e Já É, Tutorial 2020/2022 e Miga Sua Lôka também revisitam e atualizam tendências de beleza e comportamento de uma maneira leve e bem humorada. Com direção de Mayara Aguiar, os episódios são exibidos às quintas, às 22h30.
Programa irá selecionar 40 profissionais negros que gerem equipes no setor público para desenvolver competências de Liderança, Gestão de Pessoas e em Diversidade, Equidade e Inclusão
Com foco em ampliar e consolidar a participação de líderes negros em posições de poder e influência no setor público, o Vetor Brasil está lançando um programa inédito e inovador: Ubuntu – fortalecendo potências no setor público. Com inscrições abertas até o dia 08 de outubro, o programa irá selecionar 40 profissionais públicos negros, em todo o Brasil, para participar de mais de 100 horas de formação on-line, com foco em conteúdos de Liderança, Gestão de Pessoas e em Diversidade, Equidade e Inclusão, além de mentorias individuais.
O Ubuntu, cujo nome remete à filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, tem como foco fortalecer a questão de representatividade, equidade e coletividade dentro do setor público e entre os próprios profissionais. O público-alvo do programa são pessoas negras que estão atuando no executivo do setor público, nas suas primeiras experiências em posições de liderança e que já trabalham gerindo equipes. O início do programa está previsto para o mês de novembro de 2021 e ele tem expectativa de duração de 12 meses.
“Pessoas negras representam mais da metade da população brasileira e sofrem desproporcionalmente com várias vulnerabilidade sociais: por exemplo, 73% das pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza no Brasil são negras. Para quebrar esse ciclo de desigualdades, precisamos fortalecer a representatividade e protagonismo de lideranças pretas e pardas no setor público, potencializando a representação dos interesses e necessidades da população negra na formulação e execução de políticas públicas.”, afirma Marcela Tullii, coordenadora do programa Ubuntu, do Vetor Brasil.
Idealizado pelo Vetor Brasil – organização que atrai, pré-seleciona e desenvolve pessoas para com a missão de criar uma rede de profissionais engajada e diversa para potencializar o setor público, o Ubuntu também conta com a parceria da República.org, Fundação Tide Setubal e Porticus. Esse projeto também com outras iniciativas já desenvolvidas pelas organizações parceiras como a campanha “Onde estão os negros do serviço público”, criada em 2020 e que deu luz à falta de representatividade racialna gestão pública.
Nos últimos 20 anos, aumentou a participação de negros no setor público – mas ainda há um longo caminho pela frente
De acordo com os dados do estudo exploratório “Cor ou Raça dos Servidores Civis Ativos do Executivo Federal (1999-2020)”, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), nos últimos 20 anos houve um aumento dos servidores públicos negros – pessoas que se autodeclaram pardas e pretas. Em 2000, os novos servidores eram 76,5% brancos e 17% negros. Já em 2019, foram registrados 57% brancos e 38% negros.
Mesmo com um número crescente, ainda existem desigualdades no serviço público e os negros continuam sendo a minoria. O estudo do IPEA também destacou que, embora a presença tenha aumentado, ela diminui à medida que o servidor ascende na carreira. Dessa forma, mesmo com avanços na equidade em cargos de início de carreira, é urgente garantir que também ocorra um aumento na representatividade dos cargos de gestão e tomada de decisão.
“Olhando os dados do IPEA, identificamos que há uma diminuição da representatividade negra conforme subimos na hierarquia do setor público. O programa Ubuntu busca colaborar para reverter essa tendência, desenvolvendo lideranças negras para que elas tenham trajetórias de protagonismo. Isso é importante porque garante representatividade negra nos espaços onde são tomadas decisões mais importantes e com impacto de grande escala no serviço público e na vida das pessoas.”, complementa Marcela, do Vetor Brasil.
A importância de representatividade na gestão pública
Para a formulação de políticas públicas efetivas, é necessário construir um governo representativo e com mais equidade de raça e gênero, para atender a toda população, principalmente grupos desprivilegiados. Esse conceito, denominado de “burocracia representativa”, pauta a atuação do Vetor Brasil em diversidade e em seus programas de forma geral, como demonstrado em seu Relatório de Diversidade lançado em 2019. O Programa Ubuntu surge como mais uma ferramenta para tornar essa filosofia uma realidade dentro dos governos brasileiros.
Os negros são profissionais que têm menos acesso à oportunidade de formação voltada para gestão de pessoas e mobilização de lideranças, sendo essencial apoiá-los com ferramentas para que eles possam se desenvolver e alcançar posições ainda maiores. O investimento em formar profissionais negros nestas competências traz impactos para as carreiras de cada um e também de forma sistêmica para o governo brasileiro é o que comenta Marcela, coordenadora do programa. “Competências socioemocionais são essenciais dentro do governo, especialmente em posições de gestão. Dessa forma, queremos não apenas aumentar as oportunidades de profissionais negros se desenvolverem como líderes públicos, mas também com isso apoiar uma mudança de cultura dentro do setor público, dando cada vez mais centralidade para diversidade e representatividade.”
SERVIÇO:
Programa Ubuntu – fortalecendo potências no setor público
Período de inscrições: Até o dia 08/10
Público-alvo: profissionais negros que estão atuando em cargos de gestão de equipes em secretarias do poder executivo de governos de todo o Brasil
Período do programa: entre novembro de 2021 e novembro de 2022 (formação on-line)
Acaba de sair a lista de indicados para o Grammy Latino 2021 e a lista de brasileiros e negros presentes como indicados esse ano está linda! Vamos conferir?
Emicida concorre com a parceria feita com Ivete Sangalo, na categoria Melhor Canção em Língua Portuguesa, com “Mulheres Não Têm que Chorar”.
Na categoria Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, aparece Luedji Luna, com o disco Bom Mesmo é Estar Debaixo D’Água e Zé Manoel, com Do Meu Coração Nu.
A banda Tuyo aparece na lista de indicados na categoria Melhor Album de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa pelo disco Chegamos Sozinhos em Casa vol. I.
Na categoria Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa, aparecem Baiana System, com o álbum OxeAxeExu e Marcelo D2, com o álbum Assim Tocamos Meus Tambores.
Já na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode, concorre Martinho da Vila, com o álbum Rio: Só Vendo a Vista; Paulinho da Viola, com o álbum Sempre Se Pode Sonhar; e Nei Lopes, com o álbum Nei Lopes, projeto Coisa Fina e Guga Stroeter no Pagode Black Tie.
A cerimônia de premiação do Grammy Latino acontece no próximo dia 18 de novembro.
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Nesta antologia de contos curtos, surge de forma intencional olhares aquilombados com diversas facetas, luminosidades, reminiscências e sinais. “São escritoras(e) e narradores (a) pretos (as), que têm influência e buscam o merecido protagonismo”, destaca o organizador Plinio Camillo, que além de escritor, é ator, roteirista, palestrante, diretor teatral, educador social e tem uma vivência também longa, diversa e resistente no movimento negro, em áreas diversas.
O objetivo do coletivo é proporcionar aos leitores “uma experiência narrativa preta que tem uma gama de olhares negros e diversificados”. Camillo ressalta que falta aos pretos brasileiros a ocupação destes lugares, de ‘influência e protagonismo’, daí a importância deste projeto literário inteiramente dedicado às narrativas negras, às suas vivências e saberes pretos. “Ainda não temos esses lugares, não temos nada além de vontade”, diz. E esta vontade foi, segundo Camillo, impulsionada pelo “esquisito tempo pandêmico”, que impôs certas urgências aos projetos engavetados.
A força da coletividade, do quilombo, que fundamenta o livro, escrito coletivamente por 18 autores, fez com que a ideia conquistasse ainda mais ânimo e, por isso, a intenção agora é trabalhar o financiamento coletivo e buscar apoio para que o livro seja publicado ainda este ano.
A meta é arrecadar vinte e cinco R$25 mil reais para que seja possível imprimir 300 exemplares desta primeira edição da coletânea negra de contos curtos. O livro físico será publicado pela Editora Aldeia de Palavras, da escritora Cristiane Sobral.
Para além das questões práticas que envolvem o projeto, há muitas inspirações orientando este ‘PRETOS EM CONTOS – Volume 2’, entre as quais Camillo cita personalidades pretas de tempos e profissões diversas como Antonieta de Barros, Carlos de Assumpção, Carolina de Jesus, Conceição Evaristo, Cuti, Esmeralda Ribeiro, Esperança Garcia, Júlio Emílio Brás, Machado de Assis, Maria Firmina dos Reis, Miriam Alves, Oliveira Silveira e muitas outras pretas e pretos que ousaram a escrever.
Os autores participantes da antologia “PRETOS EM CONTOS – Volume 2” são Cristiane Sobral, Neide Lopes, Débora M. Andrade, Denise Nascimento, Diogo Nogue, Gabriel Messias, Ifé Rosa OADQ, Ivan Reis, Kátia Moraes, Luana Levy, Maza Dia Mpungo, Negro Du, Plínio Camillo, Shirley Maia, Suedi Fernandes, Thiago Pedroso e Vinicius Henrique.
Para contribuir com o financiamento coletivo, acesse: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/pretos-em-contos
Em entrevista publicada pela revista New York, a maior ginasta da história do esporte, Simone Biles, revelou que deveria ter desistido da carreira antes das Olimpíadas de Tóquio. Ela acredita que não deveria ter seguido com a carreira durante as denúncias do caso de abuso sexual cometido pelo ex-médico da equipe de ginástica dos EUA, Larry Nassar, por conta do impacto que isso teve sobre ela.
“Eu deveria ter saído muito antes de Tóquio, quando Larry Nassar esteve na mídia por dois anos, isso foi demais”, disse Biles. “Mas eu não ia deixá-lo pegar algo pelo que trabalhei desde os seis anos de idade”, ela continuou. “Eu não ia deixá-lo tirar essa alegria de mim. Então eu superei isso enquanto minha mente e meu corpo me permitiam”, disse Simone.
Simone denunciou os abusos que sofreu de Nassar pela primeira vez em uma carta que ela compartilhou no Twitter em 2018. “Minha perspectiva nunca mudou tão rapidamente de querer estar no pódio para poder ir para casa, sozinha, sem muletas”, explicou ela.
Há algumas semanas, Simone e outras atletas da equipe americana de ginástica falaram no Comitê Jurídico do Senado Americano sobre os abusos cometidos por Nassar. Na ocasião, a atleta, muito emocionada, destacou as responsabilidades do Comitê Olímpico e outras autoridadades que já sabiam do caso. “Para ser clara, culpo Larry Nassar e também culpo todo um sistema que permitiu e perpetrou seus abusos. A ginástica dos Estados Unidos e o Comitê Olímpico e Paraolímpico sabiam que fui abusada pelo médico oficial da equipe muito antes de eu saber do conhecimento deles”.
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Em um perfil do ator publicado na revista GQ, Will Smith falou sobre a percepção que o público tem de seu casamento com Jada Pinkett Smith, especialmente após o programa Red Table Talk, que foi ao ar em julho de 2020, quando Jada admitiu ter um envolvimento amoroso com o cantor de R&B August Alsina.
“Um espectador poderia ter saído com a impressão de que Jada era a única envolvida em outros relacionamentos sexuais, quando não era esse o caso”, diz a publicação.
O ator relatou que Jada nunca acreditou no casamento convencional, e que foi criada em uma família onde existiam membros com relacionamentos não-convencionais. “Então ela cresceu de uma maneira muito diferente de como eu cresci. Houve discussões intermináveis significativas sobre o que é perfeição relacional? Qual é a maneira perfeita de interagir como casal? E para grande parte do nosso relacionamento, a monogamia foi o que escolhemos, não pensando na monogamia como a única perfeição relacional”, disse Smith.
Ele também reiterou que ele e Jada haviam “dado confiança e liberdade um ao outro”, com o entendimento de que “cada um tem que encontrar seu próprio caminho” para a felicidade . “E o casamento para nós não pode ser uma prisão”, acrescentou. Embora Will não tenha divulgado os termos exatos de seu relacionamento com Jada, ele disse que o que eles fazem pode não funcionar para ninguém. “Mas as experiências de que as liberdades que demos um ao outro e o apoio incondicional, para mim, são a mais alta definição de amor”.
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Após mais de 25 anos de acusações e um julgamento no tribunal federal de Nova York que durou sete semanas, o cantor de R&B R. Kelly foi considerado culpado de acusações que incluem exploração sexual de uma criança, suborno, extorsão e tráfico sexual envolvendo cinco vítimas.
Kelly agora irá enfrentar uma possível sentença de 10 anos de prisão.
Houve quatorze atos subjacentes associados à acusação de extorsão. O júri concluiu que o governo provou doze desses atos, envolvendo cinco vítimas: a cantora Aaliyah, bem como mulheres chamadas Stephanie, Jerhonda Pace, Jane e Stephanie. Três atos associados a uma suposta vítima chamada Sonja não foram provados. (A maioria das supostas vítimas usava seus primeiros nomes ou pseudônimos.) O governo precisava de provas de apenas dois dos atos de extorsão para uma acusação de culpado.
Promotores federais no Distrito Leste de Nova York provaram com sucesso a um júri de sete homens e cinco mulheres que Kelly havia sido o chefe de uma empresa criminosa, cujo objetivo era atrair meninas, meninos e mulheres para o cantor de R&B para sua satisfação sexual.
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No final dos anos 90 e início de 2000, a comunidade científica ficava em alvoroço e não era para menos, foi realizada a reconstrução do crânio da primeira mulher das Américas, encontrada na Gruta Vermelha IV, na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerias em 1975, a qual, foi nomeada como Luzia, uma mulher negra. A descoberta é considera inestimável para a história da humanidade e dos povos das Américas.
No entanto, o local em que Luzia foi encontrada corre sérios riscos de desaparecer, uma grande multinacional do conglomerado da cerveja, a Heineken, está construindo uma cervejaria no local e ao que parece, segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade) que embargou a obra dias atrás, se fábrica for concretizada, trará danos irreversíveis para o conjunto de grutas, cavernas e lençol freático do sítio arqueológico onde Luzia foi encontrada. A justificativa da Heineken e governo do estado de Minas Gerais, é que a nova fábrica criará centenas de empregos à população local.
Mas, a pergunta que fica: não há outro local para a empresa construir sua fábrica? O lucro justifica colocar em risco a memória de um povo? E as consequências irreparáveis ao local? A fábrica pode ser construída em outro lugar que não coloque em risco um patrimônio nacional e da humanidade. A história já nos mostrou que empresas chegam, delapidam tudo e depois vão embora e o que fica para nós, só escombros. Não sou desfavorável que a empresa construa a fábrica, mas não nos arredores de um santuário e de um espaço tão importante às pessoas negras.
Recentemente, tivemos no Brasil um precedente, o caso do Sítio Arqueológico “Cais do Valongo”, quando as obras do “VLT” foram interrompidas. Penso que a empresa Holandesa Heineken e o atual governo de Minas, precisam olhar com muito cuidado, a final, a “força da grana que ergue e destrói coisas belas”, não pode imperar. Uma pergunta que fica para refletirmos, se o fóssil encontrado na Lapa Vermelha fosse de um europeu, a Heineken construiria a fábrica lá? Estamos diante de mais um apagamento da história e da memória da população negra.
Edson Carlos Ribeiro, de 42 anos, foi morto no último sábado (25) por Pedro Lacerda, após impedi-lo de entrar em um camarote sem a pulseira que dava passe-livre ao espaço. Crime ocorreu no Parque de Exposições de Divinópolis (MG).
Segundo testemunhas, Pedro Lacerda teria ficado irritado com Edson por não liberar o acesso, e acertou um golpe no segurança, que caiu inconsciente. Pedro usava um soco-inglês e tentou fugir do local. Equipes do Corpo de Bombeiros e o SAMU chegaram a atender Edson, mas ele não resistiu.
O organizador da festa, Rafael Oliveira Rodrigues, disse em depoimento que ao questionar o assassino sobre o motivo da agressão ele respondeu: “Fiz porque quis”. Rafael informou ainda que Pedro é conhecido por “causar problemas” nas festas da região. Antes de matar Edson, Lacerda já tinha sido advertido pelo segurança por ter urinado em local impróprio.
Pedro Lacerda foi preso em flagrante por lesão corporal seguida de morte. Ele já tem passagens na polícia por dirigir embriagado. O crime será investigado pela Polícia Civil de Divinópolis.