A acidificação capilar é um cuidado fundamental, mas ainda pouco explorado nos cronogramas de quem tem cabelo crespo ou cacheado. Trata-se de um tratamento que regula o pH dos fios, fechando as cutículas e ajudando a manter a saúde da fibra capilar. Isso é especialmente importante para cabelos que passam por químicas, colorações ou que naturalmente têm uma estrutura mais porosa, como os fios crespos.
Muita gente confunde acidificação com hidratação, mas os efeitos são diferentes e complementares. Enquanto a hidratação repõe água e nutrientes, a acidificação age como um “selante natural”, equilibrando o pH dos fios e preservando os benefícios dos outros tratamentos. O resultado são cabelos com mais resistência, retenção de hidratação e brilho natural.
A frequência ideal da acidificação depende do estado do seu cabelo. Para fios muito danificados ou porosos, recomenda-se uma vez a cada 15 dias. Já para manutenções regulares, uma vez por mês costuma ser suficiente. O importante é sempre observar como os fios respondem.
O processo deve ser feito após o shampoo e antes da máscara de hidratação ou nutrição. Com o cabelo limpo, aplique o acidificante nos fios, deixe agir pelo tempo indicado no produto (geralmente de 5 a 10 minutos), enxágue e prossiga com o tratamento escolhido. O objetivo é preparar o fio para receber melhor os ativos e manter a cutícula protegida.
Entre as opções disponíveis no mercado, a Máscara Condicionante de Equilíbrio do pH Amend Essencial, o Acidificante Infusão 2.0 Widi Care e a Máscara Acidificante Densidade Lola From Rio são excelentes escolhas. Para quem prefere soluções caseiras, uma mistura de água com vinagre de maçã (proporção de 1 parte de vinagre para 4 de água) também funciona bem, sempre com cuidado para não exagerar na acidez. O segredo está no equilíbrio: acidificar é respeitar a estrutura do fio e garantir que ele fique forte, saudável e com toda a sua beleza natural.
O hub de inovação da comunidade negra, o Movimento Black Money (MBM) , acaba de abrir as inscrições para a 4ª edição do MBM Inovahack, uma maratona de inovação social e tecnológica que acontecerá entre os dias 19 e 21 de junho de 2025, na cidade de São Paulo. Com o tema “Periferias em Foco: Inovação para Transformação”, o evento convida indivíduos, a partir de 16 anos, para participar de uma jornada imersiva de +54 horas de criação, colaboração e impacto.
Voltado especialmente para pessoas negras, periféricas e grupos sub-representados no ecossistema de inovação, o Inovahack oferece uma oportunidade concreta de colocar ideias no mundo, com o suporte de mentores experientes e empresas parceiras. As inscrições podem ser feitas até o dia 12 de junho ou até o preenchimento total das vagas pelo site da MBM.
“Queremos mostrar que os maiores desafios sociais do país também podem ser os maiores berços de inovação. As periferias não só têm potencial como já são protagonistas de soluções que transformam realidades”, afirma Nina Silva, fundadora do Movimento Black Money.
Os Hackathons são eventos de curta duração, para a colaboração rápida e intensa a fim de criar algo novo em um curto espaço de tempo, onde empreendedores, programadores, designers, cientistas de dados e outros profissionais de tecnologia trabalham em conjunto para desenvolver soluções para um problema específico ou para um projeto inovador.
Desde sua primeira edição, o MBM Inovahack se consolidou como um espaço de protagonismo negro e periférico dentro do universo da inovação e tecnologia. Nas últimas edições, o evento já mobilizou mais de 2.700 inscritos, com 84% de participantes negros e 70% de mulheres. Os melhores projetos recebem capital semente (premiação) e bolsas de formação para fortalecer o caminho rumo ao empreendedorismo e à empregabilidade tecnológica.
A 4ª edição conta com apoio institucional do SEBRAE, BNDES, Caixa Econômica e AMBEV, reforçando seu posicionamento como uma iniciativa de alto impacto social, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU — como igualdade racial e de gênero, educação de qualidade e inclusão produtiva.
Formação, networking e premiações
Durante os três dias de evento, os participantes terão acesso a workshops práticos sobre modelagem de negócios, inovação, inteligência artificial, além de mentorias individuais com especialistas de mercado. Ao final, as equipes apresentam seus projetos a uma banca avaliadora, que premiará os projetos melhores posicionados com mais de R$ 20 mil em dinheiro, bolsas de inglês e possível acesso a programas de incubação e aceleração.
Para ampliar ainda mais o impacto, o MBM incentiva os participantes a realizarem uma das trilhas formativas gratuitas da plataforma educacional voltada para a formação em tecnologia, a Afreektech, com conteúdos em Ciência de Dados, Inteligência Artificial, Transformação Digital, Marketing Digital e Vendas B2B.
Foto: Samaria Passos/Agência de Notícias das Favelas
Nesta sexta-feira (6), data em que se comemora o Dia da Pessoa Trancista, profissionais da área têm um motivo a mais para celebrar: a inclusão oficial da atividade na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), sob o código 5161-65. A medida, aprovada ontem (5), marca um avanço histórico não só pela profissionalização, mas também para a valorização de um saber ancestral, exercido majoritariamente por mulheres negras.
Além da nomenclatura “trancista”, a CBO reconhece também os termos “artesão capilar”, “profissional das tranças” e “trançadeiro capilar”. A formalização dá visibilidade a uma atividade que já movimenta bilhões de reais no país, impulsionada pela valorização da estética afro e da identidade negra.
O reconhecimento também representa inclusão no mercado formal: permite acesso a cursos profissionalizantes, emissão de nota fiscal, contribuição ao INSS por meio do MEI e abertura de negócios próprios.
“O mais urgente é o reconhecimento do valor cultural, histórico e identitário das tranças. O nosso saber não veio de uma sala de aula tradicional, ele vem de gerações, da oralidade, da vivência nas periferias, da ancestralidade africana que resiste em cada fio trançado”, afirma Denise Melo, trancista e ativista pela regulamentação da profissão, em entrevista ao jornal A Tarde.
Ela destaca que o avanço precisa ser acompanhado de políticas públicas. “É necessário investir em formação, acesso a políticas públicas, espaços de visibilidade e incentivo ao empreendedorismo negro, porque muitas de nós começamos com pouco ou nenhum apoio, apenas com coragem, talento e força de vontade.”
Ireuda Silva (Republicanos), vereadora de Salvador (BA), foi uma das articuladores pela inserção da ocupação na CBO, junto ao Ministério do Trabalho. “Ela foi até Brasília, conversou diretamente com o Ministro do Trabalho [Luiz Marinho] e defendeu com firmeza a regulamentação da nossa profissão. Isso foi um divisor de águas. Ver uma mulher preta em posição de poder nos representando e abrindo caminhos foi extremamente inspirador”, conta Denise.
Se você sonha em empreender na área de alimentos ou quer dar um passo além na produção caseira, uma oportunidade especial está no radar: a FUNAFRO Brasil promove, nos dias 23, 24 e 25 de junho, uma oficina online que ensina tudo o que você precisa saber para começar a vender, com segurança, qualidade e estratégia.
Ministrada pela especialista Flávia Nunes, a “Oficina de Boas Práticas de Fabricação e Comercialização de Alimentos” acontece às 19h, e traz orientações práticas para quem deseja regularizar a produção, melhorar seus processos e alavancar as vendas.
Voltado especialmente para pequenos empreendedores, o curso oferece conteúdos essenciais para quem quer empreender com responsabilidade, garantir a segurança alimentar dos produtos e gerar renda de forma estruturada.
Com mais de 16 anos de experiência, Flávia Nunes é fundadora da Aptidão Treinamento e Gestão de Alimentos, tecnóloga em alimentos pela IFRS e mestre em ciência e tecnologia em alimentos pela UFRGS.
O que os alunos irão aprender:
Como estar em conformidade com as normas e regulamentações sanitárias vigentes, garantindo que os alimentos sejam produzidos e comercializados de forma segura para os consumidores.
Prevenção de doenças ao adotar boas práticas de higiene e manipulação de alimentos, minimizando o risco de contaminação e doenças que são transmitidas por alimentos, protegendo a saúde de seus clientes e a reputação de seus negócios.
Técnicas que garantem a qualidade dos alimentos, desde a seleção dos ingredientes até o armazenamento e a distribuição, resultando em produtos mais saborosos, frescos e atraentes.
As inscrições ficam abertas na plataforma Sympla até o dia 23 e as vagas são limitadas. Acesse aqui!
Fotos: Marc Piasecki/FilmMagic e Mario Anzuoni/Reuters
O sonho virou realidade! Ryan Coogler confirmou a escalação de Denzel Washington para o filme ‘Pantera Negra 3’, durante participação no podcast 7PM in Brooklyn, que foi ao ar nesta quinta (5).
“Denzel é da família neste momento… Tenho tentado trabalhar com ele desde o primeiro dia”, revelou Coogler ao apresentador Carmelo Anthony. “Acho que ele é o maior ator vivo e, em termos do que ele significa para a nossa cultura, esqueça. Tenho conversado com ele sobre isso há muito tempo.”
O envolvimento de Washington no projeto já tinha sido mencionado por ele próprio em novembro de 2024, quando, durante o programa Australian Today, afirmou que Coogler estava escrevendo um papel especialmente para ele em ‘Pantera Negra 3’. Na época, o diretor não se posicionou a respeito, mas agora confirmou a notícia com entusiasmo.
“Fiquei surpreso quando ele mencionou isso, mas não é como se não fosse verdade”, brincou Coogler. Segundo Denzel, o novo filme da Marvel será um dos seus últimos trabalhos no cinema: Depois disso [Pantera Negra], farei o filme Othello. Depois disso, farei depois King Lear. Depois disso, vou me aposentar”, disse o ator à Variety.
Sobre sua escolha dos projetos na reta final da carreira, Washington foi direto: “Para mim, o que importa são os cineastas. Principalmente neste momento da minha carreira, só me interessa trabalhar com os melhores. Não sei quantos filmes mais farei. Provavelmente não serão tantos. Quero fazer coisas que ainda não fiz.”
Antes de estrear no MCU, Denzel ainda será visto em ‘Highest 2 Lowest’, novo filme dirigido por Spike Lee, que estreia nos cinemas dos Estados Unidos no dia 22 de agosto.
Durante o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+, celebrado em junho, a Sephora reforça que beleza é liberdade ao anunciar a campanha “Lugar de Orgulho” e convida todos a uma reflexão sobre a importância da promoção de espaços de acolhimento, respeito, segurança e liberdade para todas as pessoas.
Entre as ações de celebração, pela primeira vez, rede de beleza será co-patrocinadora da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, que será realizada no dia 22 de junho na Avenida Paulista. Durante a celebração, Pedro Sampaio irá comandar o trio elétrico da marca, e Glow Recipe, Benefit, Fran by Franciny Ehlke e Jean Paul Gaultier terão ativações especiais para reforçar a conexão entre beleza e representatividade. Lojas selecionadas e estação de metrô também receberão ativação gratuita voltada para pessoas da comunidade.
“Como líder da área de Diversidade, Equidade e Inclusão, e membro da comunidade, entendo profundamente o poder de termos acesso a um espaço onde podemos ser quem realmente somos. E é esse compromisso que queremos reforçar: quando falamos em “lugar”, não nos referimos apenas a um espaço físico, mas a um território simbólico de pertencimento, fala e acolhimento. Já “orgulho” é muito mais do que um sentimento — é uma bandeira de resistência, visibilidade e afirmação que a comunidade LGBTQIAPN+ carrega com coragem todos os dias. Nosso papel é garantir que esse orgulho tenha cada vez mais espaço”, disse Marcele Gianmarino, Gerente de DE&I da Sephora Brasil.
Os números mostram que o compromisso da empresa também se destacam internamente. Segunda a Diversitrack, plataforma da consultoria Diversitera que apoia o mapeamento da diversidade nas organizações, atualmente, 27% dos colaboradores da Sephora Brasil se identificam como LGBTQIAPN+, e 25% dessas pessoas estão em cargos de liderança. Os dados ainda revelam que 3% da equipe é composta por pessoas trans.
“Um de nossos maiores propósitos, globalmente falando, é tornar a Sephora referência em diversidade, equidade e inclusão. Para isso, entendemos a responsabilidade e a urgência de, dentro de casa, termos um ambiente onde as pessoas se sintam respeitadas, acolhidas, valorizadas e com a certeza de que terão oportunidades de crescimento. A cada novo censo, ficamos orgulhosos de ver que estamos no caminho certo – e o caminho também merece e precisa ser celebrado”, comenta Marcele.
Sephora confirmada na Parada do Orgulho LGBT+
“Eu vibro demais com a existência da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, que representa um lugar poderoso de celebração e resistência para a comunidade. Me sinto honrado e animado por participar pela primeira vez em 2025, sabendo da importância desse evento que reúne milhões de pessoas todos os anos”, comenta Pedro Sampaio.
O evento, programado para dia 22 de junho, domingo, a partir das 10h na Avenida Paulista, expressa o compromisso com o debate urgente de refletir sobre a realidade das pessoas LGBT+ idosas do Brasil.
De acordo com estimativas do IBGE, em 2025 o Brasil terá mais de 31 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e, apesar de vivermos a “década do envelhecimento saudável nas Américas”, segundo a Assembleia Geral das Nações Unidas, na prática, a população LGBT+ idosa ainda enfrenta exclusão, abandono, invisibilidade e escassez de políticas públicas que garantam uma velhice digna, segura e respeitosa.
No mercado de trabalho, o desafio geracional também é uma questão a ser cada vez mais discutida. Empresas como a Sephora já possuem quatro gerações convivendo entre si, e cabe às organizações promover espaços de troca e diálogo sobre o tema a fim de estreitar laços e gerar reflexões, afinal, os jovens de hoje são as pessoas maduras de amanhã, e todas elas têm o direito de envelhecer com dignidade.
“Para abordar essas questões, no âmbito global, contamos com uma pessoa dedicada exclusivamente a ações voltadas para as temáticas geracionais. Aqui no Brasil, atendendo a uma demanda expressa pelos nossos colaboradores, lançamos nosso primeiro grupo de afinidade geracional. Essa iniciativa reforça nosso compromisso em promover a diversidade geracional de maneira abrangente e contínua, tanto em nível global quanto local”, afirma Marcele.
Lugar de Orgulho na Feira da Diversidade 2025
A Sephora também estará presente na Feira da Diversidade, que acontece no dia 19 de junho, no Memorial da América Latina, com iniciativas voltadas ao fortalecimento da empregabilidade de grupos minorizados.
Em parceria com o Linkedin, a rede de beleza irá promover talks silenciosos para pequenos grupos, com orientações práticas para deixar o perfil mais atrativo para quem busca ingressar ou se reposicionar no mercado de trabalho, além de disponibilizar um espaço exclusivo e acolhedor para que os participantes possam tirar a foto ideal para seus perfis profissionais na rede social.
Serviços de maquiagem gratuitos
Por fim, como parte do compromisso com a criação de experiências acolhedoras e inclusivas, a Sephora também realizará uma ativação especial na estação de metrô República, localizada na linha amarela. Intitulado de Lugar de Orgulho, a rede vai oferecer serviços gratuitos de maquiagem das 8h às 15h, com atendimento de remoção de maquiagem após esse horário, das 16h às 20h, garantindo segurança e conforto para quem precisar retornar para suas residências com o rosto limpo. Esta ação será feita em parceria com Benefit, Fran by Franciny Ehlke e Glow Recipe.
As lojas Sephora localizadas nos Shoppings Eldorado, Pátio Paulista e Pátio Higienópolis também terão ambientação especial e os mesmos serviços da estação de metrô pensados para acolher e celebrar a diversidade de cada cliente. “Essa é apenas uma de várias ações feitas ao longo do ano que reforçam nosso compromisso com a escuta ativa e a criação de espaços seguros e acolhedores que ampliam a visibilidade da comunidade LGBTQIAPN+ e promovem uma experiência de marca que vai além da beleza”, comenta.
Segundo os dados do Atlas da Violência divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em maio deste ano, o total de registros de violência contra pessoas LGBTQIAPN+ no Brasil cresceu 1.227% nos últimos 10 anos. Eram 1.157 em 2014, saltando para 15.360 em 2023.
“Sabemos que muitas pessoas ainda não têm o privilégio de poder ser quem gostariam o tempo todo, e foi justamente por isso que criamos este projeto global que chega em sua segunda edição – para poder proporcionar um espaço onde a comunidade possa se sentir reconhecida, acolhida e livre para existir em sua plenitude”, finaliza Marcele.
Camilla de Lucas, influenciadora e vice-campeã do BBB 21, revelou que mesmo tendo alcançado a estabilidade financeira e acumulado uma fortuna milionária, optou por permanecer no mesmo apartamento em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ), pelo medo da escassez.
“Eu já tinha mais de R$ 5 milhões de reais e mesmo assim continuava morando no meu apartamento de R$ 1.400”, disse em entrevista ao programa “Só Até Aqui”, apresentado pelo ator Dan Mendes no YouTube.
O episódio foi gravado em formato descontraído, com um passeio de carro pelas ruas do Rio de Janeiro. Na conversa, Camilla relatou que só deixou a região onde cresceu após sentir segurança financeira para adquirir um imóvel próprio na Zona Oeste da capital fluminense. Hoje ela vive em uma linda mansão no bairro do Recreio dos Bandeirantes.
Camilla de Lucas e Dan Mendes (Foto: Divulgação)
“Graças a Deus e a muito trabalho, consegui fazer um pé de meia muito bem feito. Eu realmente acho que não aparento o quanto eu tenho de dinheiro, porque não preciso. Tenho medo de ser aquela pessoa que ostenta, comprar muita coisa e ficar pobre de novo”, afirmou.
Dan relembrou, durante a conversa, uma entrevista da atriz Taís Araújo ao jornal O Globo, na qual ela falava sobre o medo da escassez financeira. Camilla reagiu: “Estamos falando de um outro lugar de dinheiro, meu amor, do dinheiro de Taís Araújo, se ela tem medo da escassez, por que eu não vou ter?”.
Com um estilo de vida que evita excessos, Camilla afirma que viaja de cinco a seis vezes por ano e realiza campanhas publicitárias com marcas internacionais, como a Fenty Beauty, de Rihanna — com quem teve a oportunidade de se encontrar em duas ocasiões.
Segundo a influenciadora, o segredo da sua tranquilidade financeira está na organização. “Hoje estou com a minha vida tranquila, e qual é a minha estratégia, pra eu viver bem até os meus 70 anos? O padrão de vida que estou vivendo hoje funciona, e fará eu me manter até lá”, declarou.
O apresentador Dan Mendes ainda destacou sobre a instabilidade da carreira de influenciador digital. “Eles acham que a torneira vai ficar aberta e a gente não tem essa segurança”, afirmou.
Após o Leo Lins ser condenado a 8 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por discurso de ódio e discriminação durante um show, em 2022, o humorista Helio de La Peña, saiu em defesa do colega de profissão, durante sua entrevista ao Estudio i, na GloboNews, nesta quarta-feira (4).
“Uma discussão que vem acontecendo bastante é o limite do humor, e eu até brinco no meu show falando que o limite do humor é quanto o humorista tem de grana para pagar um bom advogado”, diz Peña, um dos criadores do programa “Casseta & Planeta, Urgente!” (1992 – 2010), e integrante do coletivo de comediantes“Risadas Pretas Importam”.
“Eu acho que talvez o stand-up seja uma arte muito nova no Brasil e as pessoas acabam não compreendendo que aquele sujeito que tá ali, por mais que ele esteja de cara limpa, ele tá fazendo um personagem, um personagem onde ele vai falar, muitas vezes faz piadas ácidas, às vezes piadas de humor negro, enfim, piadas que alguns grupos se sintam ofendidos, mas a intenção do cara é fazer rir. E no caso ali, você vê que tem uma plateia enorme que ele atinge esse objetivo, ele consegue fazer rir”, argumenta.
“As pessoas que se sentem ofendidas, elas têm todo o direito de se manifestar contra, e no caso, até de processar. O que eu acho que não faz sentido é o Estado servir de babá para adultos para dizer, ‘olha, isso você pode ouvir, isso você não pode’. É aí que eu acho que a coisa não acontece”, explica o humorista.
La Penã também afirma a Justiça é muita rápida para condenar um humorista, mas recordou o caso de uma mulher branca, nutricionista e ex-jogadora de vôlei, que chicoteou um motoboy negro na rua, indiciada pela Polícia Civil pelos crimes de lesão corporal, injúria e perseguição, mas segue em liberdade.
“Como é fácil, rápido e imediato você condenar um humorista que está fazendo um trabalho num palco e como é mais complicado você condenar uma pessoa que de fato praticou uma atitude de fato racista e, como no caso, que eu costumo mostrar da Sandra Mathias [Correia de Sá], que foi aquela mulher que chicoteou um motoboy negro na porta do seu prédio de São Conrado (RJ), e que não teve toda essa gritaria como está tendo em relação a uma piada, a um espetáculo de humor”, diz.
“Eu não tô querendo dizer aqui se eu gosto ou se eu não gosto da piada. O que eu acho é que não devem existir apenas as piadas que eu gosto, as piadas que me agradem. Eu acho que tem público para tudo, tem gente de todo jeito, e se você absorve uma determinada mensagem e você pratica um certo ato a partir daquilo, você tem que ser julgado e condenado por aquilo. Agora você tem que praticar alguma coisa. Quando você está fazendo apenas um espetáculo, você tá lá em cima de um palco, você não está fazendo absolutamente nada”, completa.
“Como dizia Millôr Fernandes, ‘um humorista nunca atira para matar’. Esse é o meu ponto de vista”, finalizou ao citar um desenhista que ficou famoso por suas colunas de humor gráfico em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil.
Aprender inglês pode ser um sonho realizado e de graça! Estão abertas as inscrições para o Mover Hello, programa exclusivo e gratuito de capacitação em inglês voltado para pessoas negras que querem ocupar novos espaços, crescer na carreira e abrir portas no Brasil e no mundo. A iniciativa é do MOVER (Movimento pela Equidade Racial), que está oferecendo 15 mil bolsas integrais em parceria com a EF (Education First). As inscrições ficam abertas até o dia 24 de junho, neste link.
As bolsas são para um curso de inglês 100% online, com duração de seis meses e foco no inglês geral, técnico e de negócios — ferramentas fundamentais para quem quer se destacar no mercado de trabalho, seja dentro ou fora do país. Você pode estudar de onde estiver, no seu ritmo, com uma formação pensada para aumentar suas oportunidades.
Ao todo, neste ano, o MOVER vai distribuir 34 mil bolsas afirmativas para cursos de inglês, contemplando tanto profissionais que atuam nas mais de 50 empresas associadas ao Movimento quanto o público em geral.
“Eu já perdi muitas oportunidades profissionais por conta de falta na fluência no inglês. O que me motivou a me engajar ainda mais no programa foi a fala de uma RH para uma posição que ia me impulsionar em 5 anos da minha vida profissional, dizendo que eu tinha todas as competências, mas que ainda me faltava o inglês”, conta Daniel Costa de Souza, ex-participante.
Fernando Soares, gerente de projetos no MOVER, destaca o impacto positivo dos resultados obtidos nos últimos anos e reforça a expectativa de que o programa de 2025 contribua para impulsionar ainda mais profissionais negros rumo a novas oportunidades.
“O Mover Hello nasceu para democratizar o acesso ao inglês, hoje uma competência essencial no mercado de trabalho. O que mais me emociona é ver pessoas que antes enxergavam o inglês como algo distante, inacessível, agora colhendo resultados concretos. Com apenas 20 minutos de dedicação por dia, elas estão rompendo barreiras, conquistando certificados e se sentindo capazes. Isso mostra que, com acesso e apoio, o protagonismo floresce. Com a quarta edição, queremos ampliar ainda mais esses resultados e acelerar a carreira de profissionais negros”, afirma Soares.
Cada um dos participantes recebe um plano de estudos personalizado, que remete ao seu nível de proficiência e suas necessidades individuais, sendo mais de 16 níveis de fluência.
“Temos muito orgulho do legado que construímos junto ao MOVER com o Hello, que nos últimos anos entrega alto impacto e que traz resultados práticos relacionados a crescimento profissional, confiança e autonomia de milhares de profissionais negros de todo país”, afirma Eduardo Santos, Vice-presidente sênior e Diretor geral na América Latina da EF e presidente do conselho do MOVER.
Na edição de 2024, o programa contou com uma expressiva participação feminina: as mulheres representaram 62,5% dos participantes provenientes da sociedade civil. Elas também se destacaram no desempenho — 55% dos alunos com melhor performance são mulheres — reforçando a tendência de forte engajamento feminino ao longo do programa. Entre os participantes de maior destaque, chama atenção o tempo médio de estudo: 6.818 minutos (equivalente a 114 horas), além de um padrão consistente de dedicação, com início precoce e envolvimento contínuo por várias semanas.
Essas horas de dedicação representam mais do que compromisso – indicam progresso concreto, segundo a EF. Em média, os participantes de maior destaque evoluem um nível completo no QCER (Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas), avançando do nível A1 (iniciante) para o A2 (elementar). Isso significa que, ao final do programa, os participantes passam a dominar os fundamentos do inglês e já são capazes de se comunicar em situações simples e cotidianas. Esse avanço contribui diretamente para a redução das barreiras impostas pelo idioma, ampliando o acesso a oportunidades educacionais e profissionais – e, consequentemente, aumentando a preparação destes para o mercado de trabalho e novas possibilidades de desenvolvimento.
A comoção popular em torno da prisão e posterior soltura dePoze do Rodo não é apenas sobre um artista, sua figura pública ou sua inocência ou culpa. É, sobretudo, sobre o Brasil que se levanta quando a favela é atacada, e sobre o outro Brasil — aquele das elites, das instituições, do olhar viciado — que insiste em não ver, não ouvir e não aprender com aquilo que a periferia tem sido capaz de produzir: cultura, resistência, identidade e potência.
A prisão de Poze ativou algo que não pode ser ignorado: a mobilização de uma comunidade que se reconhece nele. Um Brasil negro, jovem, pobre e periférico que se vê diariamente atravessado por abordagens policiais, decisões judiciais e manchetes que criminalizam seus corpos antes mesmo que qualquer julgamento aconteça. Não é novidade para quem vive a realidade da favela que a justiça tarda — e quando chega, muitas vezes pesa de forma desigual.
Mas o que Poze representa vai além do indivíduo. Sua trajetória é símbolo de uma geração que encontrou nas redes, na música, no funk, na rua, caminhos de afirmação e sobrevivência. A sua liberdade, celebrada com fervor nos becos e vielas, mostra que a favela tem voz, tem força, tem articulação. Mostra que ela se reconhece como sujeito coletivo, capaz de disputar narrativas e de exigir respeito.
O que está em jogo, portanto, não é simplesmente a figura do artista, mas a cegueira persistente de um Brasil que há mais de 500 anos construiu muros — e não pontes — entre si. Um país que não se pergunta o suficiente sobre o que a sua desigualdade histórica gerou em termos de cultura, criatividade e resiliência.
A favela brasileira é, ao mesmo tempo, ferida e resposta. Lugar de violência e de sonho, de ausência do Estado e de abundância de solidariedade. É ali que nasce o novo Brasil, o Brasil que canta, dança, debate, cria soluções. Mas esse Brasil continua sendo visto apenas pela lente da criminalização, da excepcionalidade, do susto que a mídia sente quando milhares vão às ruas por um funkeiro.
Talvez o incômodo de alguns diante da mobilização pela liberdade de Poze seja, no fundo, medo do poder que a favela tem quando se reconhece e se organiza. Porque essa potência revela a falência de uma nação que insiste em não integrar, não investir, não dialogar.
É hora de perguntar: o que esse Brasil periférico tem a ensinar ao país que o ignora? O que ele mostra sobre os fracassos das políticas públicas, sobre a seletividade da justiça, sobre a urgência de uma escuta real e de um reconhecimento concreto?
Poze do Rodo, com todos os seus acertos e contradições, é também espelho. E o reflexo que ele devolve é o de um país que ainda não se decidiu se quer conviver com a favela ou continuar tentando apagá-la. Mas uma coisa é certa: a favela não será mais espectadora. Ela é autora. Ela é voz. Ela é Brasil.