Cantora recebeu prêmio de de ‘Melhor Álbum de MPB’ na última quinta-feira (17).
A multiartista Liniker fez história, na noite desta quinta-feira (17), ao ganhar o Grammy Latino de ‘Melhor Álbum de Música Popular Brasileira’, e se tornar a primeira artista trans do Brasil a conquistar o prêmio. A cantora de 27 anos recebeu a estatueta pelo disco “Indigo Borboleta Anil” e se emocionou ao discursar em espanhol para a plateia, em Las Vegas.
“Eu sou Liniker, sou uma cantora e compositora e atriz brasileira. Hoje, algo histórico acontece na história do meu país. É a primeira vez que uma artista transgênero ganha um Grammy”, disse ela, emocionada. Liniker concorria com artistas como Caetano Veloso, Marisa Monte e Ney Matogrosso.
Nas redes sociais, a artista celebrou a conquista. “Que gigante, importante e significativo o espaço que o disco dos meus sonhos alcançou. Esse prêmio é resultado de muita dedicação, trabalho e um time maravilhoso que construíram tudo isso comigo”, disse.
Na mesma noite, a cantora Ludmilla venceu na categoria “Melhor Álbum de Samba/Pagode”, pelo trabalho “Numanice #2”.
A economia digital também é negra. Discutir para onde queremos ir em um mundo onde se discute metaverso nem é mais novidade, é uma das propostas do “Festival Afrofuturismo – Por uma abolição econômica“ que acontece entre os dias 18 e 19 de novembro, em Salvador. O evento vai discutir o protagonismo afrodescendente e sua contribuição para a economia criativa, plataformas digitais, universo das criptomoedas e novas tecnologias como caminho para a inclusão tecnológica.
“O tema ‘Abolição Econômica’ tem a ver com uma análise sobre a necessidade de uma reparação econômica histórica para comunidade afrobrasileira, tendo em vista que a gente passou por mais de três séculos de escravidão e não tivemos a oportunidade de exercer nossos direitos econômicos”, disse Paulo Rogério, cofundador da Vale do Dendê e um dos idealizadores do Festival, em entrevista exclusiva para o Mundo Negro.
Promovido pela Vale do Dendê, o festival irá movimentar a capital baiana hoje e amanhã (19), em formato híbrido para ampliar o público. Desta forma, interessados em tecnologia no mundo inteiro terão acesso a atrações culturais e musicais, feira de empreendedores, palestras e atividades interativas com muita realidade virtual e aumentada, seguindo as trilhas subdivididas em temas como Inovação e tecnologia, Criatividade e negócios, Literatura e SCI-FI, Arquitetura e Urbanismo, Cinema e Games, Moda e Cosplay, Música e Podcast, Sustentabilidade e ESG.
Leia a entrevista completa:
O que significa o termo abolição econômica?
O tema “Abolição Econômica” tem a ver com uma análise sobre a necessidade de uma reparação econômica histórica para comunidade afrobrasileira, tendo em vista que a gente passou por mais de três séculos de escravidão e não tivemos a oportunidade de exercer nossos direitos econômicos, são direitos importantes, direitos humanos inclusive, para poder ter liberdade para empreender, para criar, para executar projetos e sonhos. A gente tá provocando esse ano com esse tema, para dar destaque a essa questão, novos ciclos econômicos estão surgindo. Novos ciclos econômicos estão surgindo com as criptomoedas, com a economia digital, com a economia do conhecimento, para que um dia a gente possa acelerar a inclusão das pessoas descendentes dentro da economia digital.
O evento antes era chamado de ocupação afrofuturista e agora é um festival. O que mudou?
A gente começou esse evento que tinha como objetivo realmente ocupar espaços públicos com inovação e tecnologia, mas a gente decidiu desde o ano passado virar um festival calendarizado, um festival com objetivo de atrair pessoas do mundo todo para Salvador para discutir o tema do futurismo, que é um tema bem delimitado e felizmente pelos grandes centros de inovação do mundo, são poucas pessoas que estão discutindo o futuro e a gente tem proposto abrir a discussão para a comunidade negra, para todas as pessoas que queiram discutir esse novo mundo que tá surgindo agora. No ano passado a gente fez um evento juntando Cabo Verde, Angola, Moçambique, Portugal e Brasil. Esse ano estamos recebendo já palestrantes de Gana, da Nigéria, Estados Unidos, com vídeos também, pela participação virtual da África do Sul e do Panamá. Tentar juntar toda a diáspora africana em torno desse tema tão importante.
Como você vê o desenvolvimento dos afroempreendedores agora com um presidente mais alinhado com pautas progressistas?
Esse novo ciclo político que o Brasil vai entrar em 2023 pode abrir novas portas para estimular o empreendedorismo negro, empreendedorismo periférico, a gente tá bem otimista com essas possibilidades, apesar de saber que para isso acontecer vamos precisar de representação real, de pessoas negras dentro dos Ministérios para que a gente tenha realmente a representação dentro de todos esses órgãos, mas a gente entende que é um grande possibilidade sobretudo para discutir linha de financiamento, linha de apoio e incentivo para o pequeno empreendedor, microempreendedor e pro nanoempreendedor.
Geralmente se pensa no Sudeste quando falamos de tecnologia. Quais projetos em Salvador você destacou, no quesito tecnologia e criatividade que o Brasil deveria estar de olho?
Quando se pensa em tecnologia e inovação quase sempre se fala do sudeste, justamente porque o sudeste foi protagonista do último ciclo econômico que nós vivemos no Brasil. O último grande ciclo foi o da indústria. Esse ciclo já está em sua fase final, pelo menos um protagonismo único, onde está sendo substituído pela economia do conhecimento, pela economia criativa e também pela economia verde. Nesse sentido, norte e nordeste se posiciona como grandes novas vetores desse desenvolvimento econômico do Brasil, podemos estabelecer uma nova geopolítica nacional porque a gente tem agora as áreas que são mais verdes no Brasil, são mais potencialmente sustentáveis que podem trabalhar com tema de contabilidade, economia verde, estão no norte e no nordeste. Então a gente vê que a longo prazo, a gente pode até mudar essa centralidade econômica brasileira, se a gente conseguir dar visibilidade a essas novas cenas econômicas que estão surgindo aqui no norte e nordeste. E aqui tem muita coisa acontecendo, na criatividade aqui na Bahia com empresas importantes na área de moda, de gastronomia, na área do audiovisual.
Quais na sua opinião são os maiores destaques do Festival esse ano?
Os destaques desse ano eu diria que são: a presença do Kamil Olufowobi, que é o criador do prêmio MIPAD Global, que é o maior prêmio global de reconhecimento da centralidade africana e da conexão dos afrodescendentes no mundo. Ele criou esse prêmio e tem gente conectada em todo planeta, da Índia, China, Paquistão, Brasil, Estados Unidos, Angola, Gana. Então é muito forte esse prêmio. Ele é o representante, primeira vez aqui no Brasil chegando em Salvador. A gente tem também a presença do Aaron Mitchell, que foi diretor global de RH da Netflix, criou toda a política de inclusão na Netflix globalmente e o Aaron é realmente um nome muito forte na questão de inclusão. Ele foi responsável pela política de financiamento da Netflix de bancos negros nos Estados Unidos. Por fim, Juliana Vicente, a diretora do filme “Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo” da Netflix e também estará no painel.
Confira a programação completa
O Festival Afrofuturismo Ano IV está especial e vai acontecer em cinco espaços do Centro Histórico de Salvador!
Confira a programação em cada local:
*Programação sujeita a alteração sem aviso prévio.
Casa Vale do Dendê
Rua das Laranjeiras, nº 2 – Terreiro de Jesus (Pelourinho)
18/11/2022
10h: Workshop: Adote um(a) Explorer – Programa de Aceleração de Carreira para Jovens de Baixa Renda . Ministrante: Andressa Tairine (O que Aprendi na Engenharia – empresa acelerada pela Vale do Dendê). Lotação: 40 pessoas.
11h: Mesa: Como gerar mais impacto social (de verdade!) com a tecnologia? Palestrantes: Danilo Lima (Trace Academy); Reginaldo Lima (Invest Favela). Lotação: 40 pessoas.
14h: Workshop: Blockchain para Mulheres. Ministrante: Glória Tellez (Especialista – Blockchain pela Universidade de Nova York). Lotação: 40 pessoas.
19/11/2022
10h: DemoDay Incubação de Produtoras de Áudio da Vale do Dendê. Atividade para convidados, com transmissão online no canal do YouTube da Vale do Dendê.
15h: Painel de experiências Internacionais de inovação e inclusão econômica. Palestrantes: Rodrigo Faustino (Cofundador da Ebony English); Carol Silva (Talento Total Eua/Colombia); Melina López (Product & Inclusion Marketing Manager na Google). Transmissão online no canal do YouTube da Vale do Dendê. Lotação: 40 pessoas.
Teatro Gregório de Mattos
Praça Castro Alves, s/n
18/11/2022
09h – Abertura oficial do Festival Afrofuturismo Ano IV. Apresentação: Luana Assiz (Jornalista). Convidados: Sebrae, Qintess, Acelen, Prefeitura de Salvador (Secretaria de Cultura e Turismo), Banco do Nordeste, Ideia3, Agogô e Vale do Dendê. Lotação: 150 pessoas.
11h – Palestra Magna: O Mundo em 2050: Seremos Wakanda ou Blade Runner? Palestrantes: Bárbara Carine (escritora, empresária e produtora de conteúdo) e Grazi Mendes (professora, executiva e ativista). Lotação: 150 pessoas.
14h – Mesa: “Afro – Futurism: imagining an afro-centric world through the power of technology and identity”. Palestrantes: Nana Baffour (CEO Qintess) e Alexander Smalls (chef de cozinha internacional). Mediador: Eliezer Silveira Filho (CEO Roost).
15h30 – Mesa: Dados Importam: como os algoritmos impactarão cada vez mais nossa vida. Palestrantes: Lucas Reis (CEO Zygon); Nina da Hora (pesquisadora em tecnologia); Alana Cardoso (Qintess); Carlos Sales (New Creator IBM). Mediador: Luter Filho (Co-Fundador, CMO/CCO em LinKapital). Lotação: 150 pessoas.
17h – Mesa: Code or Die: Como o Brasil pode formar mais pessoas para áreas de tecnologia? Palestrantes: Celso Kleber de Souza (Qintess); Andressa Tairine (OQAE); Prof. Igor Miranda (UFRB). Mediação: Tata Ribeiro (Aimó Tech). Lotação: 150 pessoas.
18h30 –Caminhada percursiva com grupo Os Negões, da estátua de Zumbi (Praça da Sé) até a Casa Vale do Dendê.
19/11/2022
8h30: Mesa: Web 3: como podemos incluir a população negra neste cenário? e Lançamento da NFT “Pega Visão”. Palestrantes: Aaron Mitchel (Ex-diretor Global de RH – Netflix); Javonté Anyabwelé (VP Carnival Cruise); Tata Ribeiro e Daniel Neiva (Aimó Tech). Mediação: Paulo Rogério Nunes (Cofundador Vale do Dendê). Lotação: 150 pessoas.
10h – Mesa: Diversidade e Mídia. Palestrantes: Sandra Regina Boccia (Diretora do Segmento de Negócios- Editora Globo) e Juliana Vicente (cineasta e diretora do documentário “Racionais: Das ruas de São Paulo para o mundo” da Netflix). Mediação: Sara Barbosa (atriz/apresentadora). Lotação: 150 pessoas.
11h: Mesa: Como conectar a Diáspora Africana com a Internet? Palestrantes: Kamil Olufowobi (CEO MIPAD Global) e Bayinna Black (Executiva de Mídia). Apresentação: Paulo Rogério Nunes (Cofundador Vale do Dendê). Lotação: 150 pessoas.
Palacete Tira Chapéu
Rua Chile esquina com Rua Tira Chapéu, Centro
Exposição: A exposição ESTÚDIO ÁFRICA – COLEÇÕES ATLÂNTICAS apresenta 10 portraits de personagens brasileiros de Salvador e senegaleses de Dakar, em fundos decorativos que recriam cenas de cidades negras e simulam o deslocamento dos retratados. A Coleção Salvador, 2017 e Coleção Dakar, 2018 inspiram-se na história e nas práticas da fotografia na África Ocidental e realiza uma experiência que mescla antropologia estética e artes visuais para produzir uma arte diaspórica afro-brasileira. Uma terceira Coleção Mali – Bahia, com a participação luxuosa e presencial da fotógrafa malinesa Fatoumata Diabaté, está em processo de realização. Idealização e Curadoria: Goli Guerreiro Fotografias: Arlete Soares + Eder Muniz + Goli Guerreiro
18/11/2022
10h –Preto Pode Talk – Arte & Entretenimento é Caminho para Ascenção Econômica. Convidados: Dayane Oliveira /As Minas Content e André Cosca / KALIFA XXI.
16h – Mesa: Mulheres pretas e o mundo digital: como usar as mídias e tecnologias a nosso favor?. Palestrantes: Carla Akotirene (escritora e intelectual); Samira Soares (Doutoranda em Literatura – UFBA e produtora de conteúdo) e Ashley Malia (jornalista e influenciadora digital). Mediação: Sara Barbosa (atriz/apresentadora). Lotação: 60 lugares.
19/11/2022
10h –Preto Pode Talk – Afro Empreender é Poder a Solução Econômica. Convidados: Com Cinara Santos e Mario Nelson de Carvalho / Economista e Empreendedor.
16h – Mesa: Novas narrativas para a mídia e tecnologia brasileira. Palestrantes: Letícia Frias (AsMinas Content); Tiago Rodriguez (Agência Ayóubà); Lula Rodrigues (Escola 42). Lotação: 60 pessoas.
Galeria Pierre Verger – Acervo permanente do acervo da Casa do Benin. Peças coletadas por Pierre Verger em expedições aa Benin em 1980.
Galeria Lina Bo Bardi – Exposição temporária “Onde as cobras (não) dormem: Imagem e Re-territorios” em parceria com o grupo de pesquisa Balaio Fantasma do IHAC-UFBA. A exposição faz parte da ocupação Fantasmagorias Dahomeanas.
Visitação: terça a sábado, 10h às 17h. Gratuito.
18/11/2022
15h-16:30h – Roda de conversa: Uma nova era na diplomacia cultural? O museu na berlinda com Emi Koide (África nas Artes – CAHL – UFRB)/ Vilma Santos e José Eduardo (Acervo Laje) / Rebeca Carapiá (Irê arte, praia e pesquisa -SSA-BA). Lotação: 60 pessoas.
19/11/2022
14h-16h – James Codjo Awononnou (multiartista beninense) apresenta a cultura Vodoun a partir de peças do Acervo da Casa do Benin. Mediação: Beatriz Gonzalez (PPGDAN-UFBA) e Paola Barreto (IHAC-UFBA). Lotação: 60 pessoas.
Para participar do Festival Afrofuturismo basta acessar este link e garantir seu ingresso!
* OS PONTOS DE CREDENCIAMENTO SÃO O TEATRO GREGÓRIO DE MATTOS E CASA VALE DO DENDÊ. TODOS OS EVENTOS DEVERÃO SER ACESSADOS MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CRACHÁ E RESPEITANDO A LOTAÇÃO DOS ESPAÇOS, CONFORME INDICADOS NA PROGRAMAÇÃO.
** AO SE INCREVER NO FESTIVAL AFROFUTURISMO, VOCÊ AUTORIZA O USO DA SUA IMAGEM ATRAVÉS DE FOTOGRAFIA E FILMAGEM PARA FINS PROMOCIONAIS DA VALE DO DENDÊ E SEUS PARCEIROS.
A celebração do Dia Nacional da Consciência Negra deste ano vai ganhar um ar mais leve. E vai ter dose dupla. Dia 19 de novembro, o Centro Cultural do Grajaú recebe o escrete do humor preto – Helio de La Peña, Paloma Santos, Niny Magalhães e Gui Preto. Dia 20, será a vez do Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes acolher Niny Magalhães, Zete Brito, Paloma Santos e Helio de La Peña. O coletivo de comediantes Risadas Pretas Importam preparou um fim de semana histórico para São Paulo. Dois shows na periferia da cidade.
É o humor preto brasileiro promovido pela Secretaria de Cultura de São Paulo, com total apoio da secretária, Aline Torres. Serão oferecidos gratuitamente à população paulistana.
Risadas Pretas Importam ou Black Laughs Matter, no idioma de Eddie Murphy e Wanda Sykes, é um show de humor que dialoga inclusive com a reparação cômica! Uma forma memorável de celebrarmos esta data tão marcante, ocupando palcos com um grande, belo e popular sorriso negro.
Comediantes de ponta da cena do stand up brasileiro se apresentam no palco, trazendo um humor temperado pelo afrofuturismo. A plateia vai rir com os negros! Cinco artistas, cinco sotaques, cada um trazendo suas vivências, mostrando a riqueza da diversidade da cultura humorística dos pretos para gente de todas as cores.
Durante 1 hora de 10 minutos, Helio de La Peña, Niny Magalhães, Gui Preto, Paloma Santos e Zete Brito se revezarão em dois espetáculos, com performances de 10 a 12 minutos, cada um trazendo sua verve e personalidade. O DJ Jé Versátil, experiente no rolê do suingue nas apresentações da comédia preta, assina a trilha sonora de abertura e encerramento, além de criar as vinhetas de transição entre os shows.
CURADORIA e DIREÇÃO
Helio de La Peña passou a circular no universo do humor de cara limpa em 2018. Desde então vem participando de shows pelo Brasil ao lado da nova geração. Carioca da Vila da Penha, 63 anos, casado, três filhos, formado em engenharia pela UFRJ. Humorista de águas abertas e, o mais importante, botafoguense. Um dos criadores do programa “Casseta & Planeta, Urgente!” (Tv Globo), no ar de 1992 a 2010, onde atuou e escreveu. Em seu show fala de política sem preconceito, batendo em todo mundo, expõe as contradições de ser o único preto em ambientes sofisticados, assim como traz a vivência de quem cresceu no subúrbio do Rio de Janeiro.
Segundo o ator, um dos pilares desse elenco é : “Diversidade acima de tudo, humor pra cima de todos”.
Seja em origem, em gênero, em classe social ou em faixa etária, tendo como denominador comum o talento e a experiência na comédia stand up. Pensando nisso, ele vai reunir comediantes homens e comediantes mulheres, todos pretos e que abordam os mais variados assuntos, inclusive tirando sarro do racismo.
Nesta quinta-feira (17) foram revelados os vencedores do Hollywood Music in Media Awards 2022, premiação que celebra as músicas de destaque no cinema e televisão. Dentre vencedores, Rihanna saiu vitoriosa por ‘Lift Me Up’, trilha sonora de ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’.
A música, com letra forte e instrumentais potentes, venceu o prêmio de ‘Melhor Canção Original de um Longa-Metragem’. O Hollywood Music in Media Awards abre o período de premiações, e anualmente, apresenta as músicas que se tornam favoritas ao Oscar. Este ano, ‘Lift Me Up’ já aparece como grande destaque e com forte possibilidade de vencer o prêmio mais cobiçado do mundo da música.
Foto: Getty Images.
De acordo com informações repassadas para a imprensa, o registro funciona como uma homenagem à vida e ao legado deixado pelo ator Chadwick Boseman. “Depois de falar com Ryan e ouvir sua direção para o filme e a música, eu queria escrever algo que retratasse um abraço caloroso de todas as pessoas que perdi na minha vida. Tentei imaginar como seria se eu pudesse cantar para eles agora e expressar o quanto sinto falta deles”, disse Tems, responsável pela composição da música, juntamente com Ludwig Göransson, a própria Riri e o diretor Ryan Coogler.
A cantora Willow Smith é a atração surpresa confirmada pelo festival Lollapalooza de 2023. Ela se apresentará no dia 26 de março (domingo), no mesmo dia que Drake, L7NNON, Rashid, Tuyo, Black Pantera e Larissa Luz, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Ícone da geração Z, Willow Smith está construindo um caminho sólido para se consolidar como rock star. Prova disso é o seu recém-lançado disco (o quinto de sua carreira), <COPINGMECHANISM>, no qual ela se distancia cada vez mais do que era esperado pelo mercado e se apodera do pop punk.
“Eu amo diferentes tipos de música, não gosto de me encaixar em um rótulo”, ela declarou recentemente à revista Glamour do Reino Unido. “Fui treinada para ser uma cantora de R&B, então fui nessa direção. Mas eu sempre tive uma grande afinidade com o rock”, ela complementou.
Confira a programação do Lollapalooza Brasil 2023 dividida por dias:
24 de março, sexta-feira
Billie Eilish, Lil Nas X, Kali Uchis, Claptone, Gorgon City, Conan Gray, Rise Against, Dominic Fike, Polo & Pan, John Summit, Pedro Sampaio, ANAVITÓRIA, Modest Mouse, Black Alien, Nora En Pure, Suki Waterhouse, Hot Milk, Devochka, Planta & Raiz, Madds, Öwnboss, Gab Ferreira, BABY, Aline Rocha, Aliados, Brisa Flow, Curol
25 de março, sábado
blink-182, Tame Impala, Jane’s Addiction, The 1975, Jamie XX, Fred Again.., Melanie Martinez, Wallows, Sofi Tukker, Yungblud, LUDMILLA, Purple Disco Machine, Filipe Ret, Pitty, Mochakk, Liu, Gilsons, Tássia Reis, Carol Biazin, Eli Iwasa, Medulla, D-Nox, Mulamba, Ana Frango Elétrico, Binaryh, Melanie Ribbe, Valentina Luz
26 de março, domingo
Drake, Rosalía, Armin van Buuren, Alison Wonderland, Tove Lo, Aurora, L7NNON, Omar Apollo, WILLOW, Cigarettes After Sex, Rashid, Os Paralamas do Sucesso, 100 Gecs, Dubdogz x KVSH, Tuyo, O Grilo, Black Pantera, Rooftime, Santti, Larissa Luz, Carola, Deekpaz, Camilla Brunetta, Number Teddie, Carol Seubert
A compra dos ingressos podem ser feitas no site (https://lollapalooza.sales.ticketsforfun.com.br) ou na bilheteria oficial.
“Hoje era pra ser um dia de felicidade, um dia de festa em comemoração ao aniversário do meu filho Miguel Otávio”, escreveu a mãe Mirtes Renata no Instagram nesta quinta-feira (17).
“Enquanto a criminosa Sarí Corte Real está solta e no início deste mês teve o privilégio de comemorar o aniversário da sua filha, eu choro por não ter o meu filho colo”, diz ao criticar a morosidade do judiciário pernambucano.
“Hoje, SE meu filho estivesse VIVO, ele completaria 8 anos de idade, seria uma criança linda como sempre foi, hoje estaria mais ainda, me dando muito orgulho, me trazendo tanta felicidade por sua existência”, lamenta. “Mas infelizmente a realidade é outra, saudade, dor, revolta por não tê-lo aqui”, completa.
Para encerrar a publicação, Mirtes se declara para Miguel e clama por justiça: “Mãe te ama filho e vou lutar pra que a justiça seja feita. TJ-PE (Tribunal da Justiça de Pernambuco) e MPPE (Ministério Público de Pernambuco) eu e todo mundo quer #justiçapormiguel”.
Em julho deste ano, A Justiça de Pernambuco negou o pedido de prisão de Sarí Corte Real, condenada a 8 anos e 6 meses de prisão por abandono de incapaz, que resultou na morte do menino Miguel Otávio de Santana, de cinco anos de idade, após ele cair do nono andar do prédio onde sua mãe, Mirtes Santana, trabalhava como empregada doméstica.
Dirigido por Lázaro Ramos, o espetáculo “Namíbia, Não!” comemora 10 anos com temporada especial em São Paulo na Semana da Consciência Negra e trazendo um pouco da história de André e Antônio, que o autor da obra, Aldri Anunciação – que também atua na peça – fez questão de celebrar.
O texto narra a história dos advogados André e Antônio. Eles são surpreendidos por uma Medida Provisória do governo que obriga os cidadãos com características de ascendência africana a regressarem aos seus países de origem.
Todos devem ser capturados e devolvidos à África, sob o pretexto de “corrigir” o erro da escravização. Sua narrativa se desenrola em torno de uma realidade distópica em um Brasil do futuro.
O Mundo Negro entrevistou Aldri sobre o o teatro negro e sua grandiosa obra, assim como a transformação de “Namibia! Não” para diversas mídias.
Após 10 anos, como é ver o ‘Nabíbia, Não!’ mais uma vez nos palcos e sendo celebrado artísticas de forma tão potente?
Tem dois lados da moeda para essa pergunta, vejo de forma triste por ainda ser um assunto muito atual no Brasil, pelo racismo ainda ser muito doloroso, ainda muito atual, mesmo depois de dez anos. Apesar disso, tem a felicidade do exercício estético, o exercício poético. Existe essa dualidade, uma tristeza pela escrita e uma alegria por exercer a profissão ao lado de colegas depois de tantos anos.
A obra ‘Nabídia Não!’ é considerada por muitos como uma das principais do ‘teatro negro’, como você compreende essa relação?
Uma das grandes importâncias do teatro é incomodar, fazer incômodo.
Aproveita e fala um pouco sobre a conexão entre a arte teatral retratada no livro e o ativismo negro atual?
Essa conexão é direta, uma comédia ou tragédia… que atualiza muito esses discursos, principalmente quando é o teatro que atualiza isso, então a relação entre a história do livro e o ativismo negro atual é direto porque os personagens respiram atualidade
Sobre o ‘Nabíbia, Não!’ ser uma diáspora vivida pelo povo africano no Brasil escravocrata e a relação do Brasil atual: você enxerga uma relação direta nisso, mesmo que o livro tenha autoria anterior?
A medida provisória do livro é uma grande metáfora da explosão dos dias de hoje, do sistema de saúde e do sistema de terras que alguns não podem ter no Brasil, além de diversos outros assuntos que tem conexão entre a história e o movimento atual de hoje. Todo o movimento de exclusão, de saída, está dentro do medida provisória
Sobre o filme medida provisória, atuado por Taís Araújo e dirigido por Lázaro Ramos, ele fala que, sentimentalmnente teve uma alegria muito forte:
Sentimentalmente é muito forte porque devemos falar nossa história, das perspectivas que está fora e sobretudo do ponto de vista de quem está dentro. Sentimentalmente é como se eu estivesse conseguido respirar, muito feliz quando vejo a história em livro, no teatro e no cinema.
Rita Oliveira - Head de Diversidade, Equidade & Inclusão da TWDC Brasil
Rita Oliveira, formada em Marketing e profissional da Disney Brasil há dez anos, sendo que há um ano e meio está na posição que ocupa atualmente, falou sobre a prioridade da área de diversidade da marca.
Especializada em Diversidade & Inclusão, a executiva explica um pouco mais da importância do Coletivo T’Challa, especialmente criado para lidar com a representatividade negra na Disney, e como o conteúdo da Disney e, principalmente da Marvel, vem emocionando e dando orgulho a ela.
Para Rita, as produções da Marvel vêm conseguindo retratar o tema sem estereótipos desde muito tempo, sendo que ela se encantou, particularmente, pela série Falcão e o Soldado Invernal, lançada em 2021, com exclusividade no Disney+.
“Eu acho que a Marvel realmente vem fazendo um movimento muito importante em termos de representatividade. A gente vê as produções mais recentes abordando de forma muito clara e objetiva, sem estereótipos, o que é representatividade e, não só dentro da pauta racial, mas também em outros recortes de diversidade como o LGBTQIA+ e o de pessoas com deficiência, então eu me vejo sim muito representada.” Disse ela no site da empresa.
Rita explicou que a área era centrada e prioridade dentro dos filmes da Marvel e Disney: “Hoje, essa área é estratégica e prioritária para a empresa. O objetivo é que tenhamos diversidade, equidade e inclusão no centro de todos os nossos negócios. Então, tudo aqui passa por iniciativas, programas, planos de ação e metas de diversidade.”
O coletivo tem um papel fundamental nisso, porque verificamos que a pauta racial é uma prioridade e sendo assim o Coletivo T’Challa acaba apoiando as outras áreas da companhia em temas relacionados à equidade racial.
Esse grupo foi treinado e passou por uma jornada de aprendizado com a nossa consultoria, o ID_BR (Instituto Identidades do Brasil), justamente para capacitá-los a atuar de forma mais pró-ativa ao dar esse suporte às áreas.
Além do coletivo, ela explica o sentimento de ter uma maior representação nos filmes que sempre acompanhou: “Eu tenho dois momentos. O primeiro, que acho que é unânime para toda comunidade negra, é o filme Pantera Negra e toda representatividade trazida por ele.
Ver um local como Wakanda, ser representado daquela forma, como um país super avançado, inteligente e autônomo, é muito importante para todas as pessoas negras do mundo inteiro.
A comunidade negra estava acostumada a ser representada de forma estereotipada, como uma população de menor nível intelectual, de poucas capacidades, de pouca tecnologia, então Wakanda representa uma possibilidade real de futuro para as pessoas da comunidade.” Disse.
Estamos há poucos dias da Copa do Mundo e uma das novidades da transmissão desse ano, é que Jojo Todynho vai fazer parte do time da Central da Copa, da TV Globo. Em entrevista ao g1, a cantora disse que pretende acabar com a ideia de que futebol é “coisa de homem”.
“Tenho recebido mensagens também de gente dizendo que nunca acompanhou futebol, mas vai passar a ver porque ‘a risada vai ser garantida’. O meme está pronto, e a mulherada também, para quebrar essa história de que futebol é só para homem”, disse a funkeira.
Jojo disse que entende que o seu papel no programa é mais voltado ao entretenimento e ao humor do que exatamente falar sobre futebol, mas que ama o esporte e está preparada para aprender com os colegas de programa, Alex Escobar e o jogador Fred.
“Eu estou para aprender com eles. Os meus amigos, que jogam futebol, falaram para eu ficar tranquila que vão me dar feedback, vão me explicar o que é impedimento, a hora do gol contra, quando é um pênalti, uma falta. Ninguém nasce sabendo”, diz.
Para Jojo, o momento da Copa do Mundo é de alegria e união, e não deve haver espaço para discórdias, como as que ela lembra que aconteceram quando ela foi anunciada na atração global. “Estão me julgando sem o programa ter começado, sem saber da dinâmica, nem eu sei direito o que vou fazer”, disse Jojo.
“É bacana quando as pessoas têm paciência de ensinar. Copa do Mundo é um momento em que toda a nação se reúne, momento família, não é um momento para atacar alguém. É pra gente se unir para que esse hexa venha para a gente”, completou.
O encontro celebra os 30 anos da Red de Mujeres Afrolatinoamericanas, Afrocaribeñas y de la Diáspora
Durante os dias 18 e 20 de novembro, acontece o encontro de 30 anos da Red de Mujeres Afrolatinoamericanas, Afrocaribeñas y de la Diáspora. O evento reunirá mais de 150 ativistas negras, de dezenas de países que compõem a Red, na Costa do Sauípe, município de Mata de São João (BA).
O encontro será realizado com o objetivo de refletir e fortalecer a trajetória organizacional e política da Red, além de estabelecer estratégias para ampliar a incidência de mulheres negras e afrodescendentes durante os próximos 10 anos.
A Red de Mujeres Afrolatinoamericanas, Afrocaribeñas y de la Diáspora é um espaço de articulação e empoderamento de mulheres afro-latino-americanas, afro-caribenhas e da diáspora, para a construção e reconhecimento de sociedades democráticas, equitativas, justas, multiculturais, livres de racismo, discriminação racial, sexismo e exclusão, e promoção da interculturalidade.
A organização nasceu durante o Primeiro Encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas realizado na República Dominicana em 1992. No mesmo encontro, o 25 de Julho foi instituído como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
Desde 2018 o Brasil passou a ser considerado uma sub-região da Red de Mujeres Afrolatinoamericanas, Afrocaribeñas y de la Diáspora, saindo da região Cone Sul, e passando a ter sua própria coordenação sub-regional, ocupada por Valdecir Nascimento, idealizadora e fundadora do Odara – Instituto da Mulher Negra, ativista que também esteve presente em 1992, na criação da Red e instituição do 25 de Julho.