“Espero que a eleição seja concluída com uma vitória de Lula”, diz Angela Davis para Mano Brown

A filósofa e escritora Angela Davis declara apoio ao candidato a Lula (PT), candidato à Presidência da República, no segundo turno da eleição deste domingo (28). Durante a entrevista ao Mano Brown no podcast Mano a Mano, ela falou sobre a percepção política como ativista. O episódio bônus em formato de vídeo foi publicado hoje no Spotify.

“Espero que a eleição seja concluída com uma vitória decisiva de Lula. E acrescento que há bastante tempo, muitas pessoas nos Estados Unidos e em outros países, olharam para o Brasil como esperança para o nosso futuro”, afirma a filósofa. 

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Como ativista, Angela também reforçou a importância de lutar pelo direito das mulheres e como Marielle [Franco] se tornou esse símbolo no mundo. “É tão importante defender os direitos reprodutivos das mulheres. É tão importante incluir a justiça reprodutiva em nossa luta em prol da justiça racial. Eu amo o legado de Marielle Franco, e acho que em todas as partes do mundo, as pessoas admiram esse legado. Esse legado envolve reunir lutas contra o racismo, em prol da justiça de gênero e da justiça reprodutiva. Lutas para salvar o planeta. Lutas em prol das pessoas trabalhadoras”.

Com o novo livro em pré-venda no Brasil “O sentido da liberdade“, pela editora Boitempo, Davis também falou sobre as novas concepções que ela foi aprendendo ao longo da vida. “Houve momentos em que pensei que sabia o que a liberdade realmente significa. Mas então, novas dimensões da liberdade surgiram. A princípio, pensávamos que a liberdade, era a liberdade para o homem negro. Passamos a reconhecer que tínhamos que reivindicar também a liberdade das mulheres negras”. 

“Então precisamos pensar para além do masculino e feminino e pensar sobre pessoas dissidentes de gêneros e pessoas trans. E tivemos que pensar em pessoas em diferentes orientações sexuais, e fora dessa concepção, pessoas com deficiência, por exemplo. E os nossos não humanos, co-habitantes dessa terra. Então acredito estar descrevendo uma jornada, em que a nossa noção de liberdade se torna cada vez mais ampla, expansiva e complexa”. 

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