Home Blog Page 61

Uma das principais inspirações de Pharrell, Erykah Badu e Tyler, the Creator, morre Roy Ayers, “Padrino do Neo-soul”

0
Foto: Getty Images

O mundo da música perdeu um de seus pilares mais influentes. Roy Ayers, o vibrafonista, compositor e produtor conhecido como o “Padrinho do Neo Soul”, faleceu na última terça-feira (4), aos 84 anos, em Nova York, nos Estados Unidos “após uma longa doença”, segundo comunicado publicado em sua página oficial no Facebook na quarta-feira (5). O músico influenciou nomes como Pharrell Williams, Erykah Badu, Tyler, the Creator e D’Angelo.

Ayers alcançou maior reconhecimento na década de 1970, após compor a trilha sonora do filme Coffy (1973), estrelado por Pam Grier. Na mesma época, ele formou o grupo Roy Ayers Ubiquity, que se tornou um fenômeno no jazz fusion e no soul. Álbuns como Mystic Voyage (1975) e Everybody Loves the Sunshine (1976) consolidaram seu lugar na história da música. A faixa-título deste último, em especial, tornou-se um hino atemporal, sampleado por artistas como Dr. Dre, Mary J. Blige e Common, e regravado por D’Angelo, Jamie Cullum e Robert Glasper.

Sua influência transcendeu gerações e gêneros. Nomes como Pharrell Williams, Erykah Badu e Tyler, the Creator citaram Ayers como uma de suas maiores inspirações. Pharrell, em entrevistas, já declarou que o trabalho de Ayers foi fundamental para sua formação musical, enquanto Erykah Badu o chamou de “uma força criativa que moldou o neo-soul”. Tyler, the Creator também já mencionou que o som de Ayers foi crucial para sua experimentação musical.

Nascido em Los Angeles em 1940, Ayers cresceu em um ambiente musical. Filho de uma pianista e um trombonista, ele começou a tocar vibrafone aos cinco anos, presenteado com um par de baquetas pelo lendário Lionel Hampton. Sua carreira profissional decolou na década de 1960, quando acompanhou o saxofonista Curtis Amy e integrou o The Jack Wilson Quartet. Seu primeiro álbum solo, West Coast Vibes, foi lançado em 1963. Ayers continuou ativo nas décadas seguintes, lançando sucessos como No Stranger to Love (1980) e colaborando com artistas como Eric Benet. Mesmo no século 21, ele manteve sua relevância, trabalhando com produtores e artistas contemporâneos.

Roy Ayers deixa sua esposa, Argerie, e seus dois filhos, Mtume e Ayana Ayers. Sua morte encerra uma trajetória brilhante, mas seu legado musical permanecerá vivo através das inúmeras gerações que ele inspirou.

Exposição “Hip Hop das Manas” celebra protagonismo feminino no movimento no Museu da Cultura Hip Hop RS

0

O Museu da Cultura Hip Hop do Rio Grande do Sul, o primeiro da América Latina, inaugura neste sábado (8) a exposição “Hip Hop das Manas”, que celebra a importância da voz feminina na história do movimento. A mostra reúne 120 itens doados por mulheres gaúchas, destacando a trajetória de MCs, DJs, b-girls, produtoras e artistas visuais do Rio Grande do Sul. A entrada é gratuita e pode ser visitada de terça a sábado, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

A exposição chega em um momento crucial para reforçar a narrativa das mulheres no hip hop, um movimento historicamente marcado por um cenário predominantemente masculino e pelo machismo. Aretha Ramos, coordenadora do museu, explica que a iniciativa busca resgatar e valorizar o protagonismo feminino no hip hop. “Nós enfrentamos muitos desafios, como a falta de segurança nos espaços culturais, o combate a estereótipos de gênero e a escassez de financiamento para projetos liderados por mulheres. Mesmo assim, continuamos a escrever nossas histórias, inovando e criando redes de apoio entre nós”, afirma.

Aretha, que também é idealizadora da Batalha do Mercado e atua na Associação da Cultura Hip Hop de Esteio, destaca que a luta das mulheres no hip hop não é apenas por espaço, mas por respeito e oportunidades equivalentes às dos homens. “Assim como Cindy Campbell foi essencial para o nascimento do movimento, as mulheres do Rio Grande do Sul seguem sendo pilares fundamentais para sua evolução, garantindo que o hip hop continue sendo um espaço inclusivo, democrático e representativo de todas as vozes”, conclui.

A exposição “Hip Hop das Manas” é mais do que uma celebração do passado; é um chamado para o futuro. Ao destacar a contribuição das mulheres, o museu reforça a necessidade de um hip hop mais plural e transformador, onde a presença feminina seja não apenas reconhecida, mas também valorizada como essencial para a continuidade e o fortalecimento do movimento.

Alicia Keys vira Barbie em nova coleção que celebra mulheres na música

0
Fotos: Reprodução/Instagram

Em homenagem ao Mês da História das Mulheres nos Estados Unidos, Alicia Keys acaba de ganhar a sua própria Barbie. A marca lançou a linha “Carreira do Ano e Modelo a Seguir 2025”, que homenageia mulheres na indústria musical. A cantora foi escolhida junto com Ann Mincieli, engenheira de gravação e mixagem da artista. As novas bonecas celebram dois papéis distintos no setor: artista musical e gerente de turnê.

A equipe da Barbie fez parceria com a cantora e vencedora do Grammy, além de Mincieli e sua iniciativa She Is The Music, que busca ampliar o espaço das mulheres na indústria fonográfica.

“O conjunto de Carreira do Ano da Barbie deste ano reconhece as realizações de mulheres na música, ao mesmo tempo em que destaca carreiras na indústria que podem não ser tão conhecidas quanto a de um artista musical”, afirmou Krista Berger, vice-presidente sênior da Barbie e chefe global de bonecas da Mattel, em um comunicado divulgado recentemente.

O lançamento ocorre em um momento estratégico, já que 9 de março também se comemora o Dia Nacional da Barbie. “Reconhecendo que apenas 22% dos artistas nas paradas musicais são mulheres, a boneca Barbie Musical Artist celebra as mulheres que deixam seus corações no palco ao se apresentarem e cantarem suas próprias músicas em todos os gêneros”, completa a nota.

No início deste ano, a Barbie também prestou homenagem à lenda do R&B e atriz Aaliyah, com um modelo na série Music Collector.

Louis Vuitton estreia no mundo da maquiagem com Pat McGrath

0
Foto: IPSY

A Louis Vuitton anunciou nesta quarta-feira (5) sua grande estreia no mercado de maquiagem e a beauty artist Pat McGrath assumirá o posto de diretora criativa de cosméticos da maison. A nova linha, batizada de La Beauté Louis Vuitton, chega no segundo semestre de 2025 e promete elevar a maquiagem de luxo a um novo patamar.

“O universo da beleza é muito mais do que apenas os produtos, e o que estamos criando desbloqueará um novo nível em beleza de luxo”, revelou a maquiadora britânica para a Vogue Brasil, que vem desenvolvendo a novidade há quatro anos. Parceira criativa da marca há mais de duas décadas, Pat McGrath assinou algumas das produções mais icônicas dos desfiles da grife. Agora, sua expertise ganha ainda mais espaço dentro da LV.

Pat McGrath adianta que a linha chega com fórmulas inovadoras e embalagens impecáveis, desenvolvidas com um olhar quase artesanal, combinando o DNA sofisticado da Louis Vuitton com tecnologia de ponta. Entre os produtos de estreia, estarão 55 batons, 10 lip balms e sombras incríveis. E, claro, a maison não poderia deixar sua expertise em couro de fora: a linha contará também com pequenos objetos feitos do material, como cases para batons e mini baús.

Além já ter contribuido para outras marcas como Dolce&Gabbana, Giorgio Armani e Gucci Beauty, a maquiadora revolucionou a indústria com sua própria label, a Pat McGrath Labs, lançada em 2015 e aclamada por suas texturas luxuosas e inovações de formulação. Seu último grande lançamento, a máscara Skin Fetish: Glass 001 Artistry Mask, nasceu da “pele de porcelana” que ela criou para a apresentação couture verão 2024 da Maison Margiela – um dos desfiles mais icônicos de sua carreira.

Para dar vida à nova linha da Louis Vuitton, Pat teve acesso total aos arquivos da grife. “A maison sempre inspirou os looks únicos que criamos para as passarelas: desde sombras com formatos aerodinâmicos até lábios vermelhos intensos, momentos de maquiagem psicodélica ou de ficção científica. Sempre procurei nos arquivos da LV por pistas que inspirassem as produções de beleza – e não será diferente nesta coleção. Esperem autenticidade pura, no estilo Louis Vuitton!”, disse a beauty artist.

E não para por aí. “Criei grandes looks de beleza nos backstages da Louis Vuitton nas últimas duas décadas, e esses momentos me trouxeram até aqui. Trabalhei e dei consultoria para muitas marcas no passado – inclusive a minha – e sinto que é muito natural para mim liderar a visão de maquiagem na Louis Vuitton. Esperem fórmulas requintadas, detalhes meticulosos nas embalagens e uma atenção impecável aos detalhes”, finaliza McGrath, que, vale lembrar, foi a primeira e única maquiadora a receber o título de ‘Dame’ em 2021 pela Rainha Elizabeth II.

Essa não é a primeira incursão da maison no universo da beleza. Nos anos 1920, a Louis Vuitton já criava estojos de pó compacto, escovas e espelhos, além de nécessaires chiquérrimas para transportar perfumes e cosméticos. Décadas depois, em 2016, a marca lançou sua linha de fragrâncias, que rapidamente conquistou o mundo sob a assinatura do perfumista Jacques Cavallier-Belletrud.

‘Mil e Um’: aclamado filme com Teyana Taylor ganha data de estreia na Netflix 

0
Foto: Aaron Ricketts/Focus Features

O filme ‘Mil e Um’, estrelado pela atriz Teyana Taylor, estreia no catálogo da Netflix no dia 14 de março. O longa, que estreou há dois anos nos Estados Unidos, acompanha a dramática história de Inez de La Paz (Teyana), que acabou de sair da prisão. Enquanto tenta colocar seu negócio como cabeleireira para funcionar, ela toma a desesperada e ousada decisão de “sequestrar” seu filho de seis anos de um lar adotivo, confiante de que ele estará melhor sob seus cuidados.

Com a atuação de Teyana aclamada pela crítica, o longa venceu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Sundance em 2023. “Quando me aposentei e fiz essa caminhada de fé, estava recebendo muitos nãos. Meses depois, recebi esta ligação. Eles sabiam que eu era do Harlem, mas não sabiam se eu tinha talento para atuar”, contou Teyana para a NME na época, ao revelar como recebeu o convite, após se aposentar da carreira musical. 

Foto: Focus Features

“Quando chegou à minha mesa, eu sabia que estava lutando por isso. O roteiro representava muitas das mulheres da minha vida, [incluindo] minha mãe era solteira. O Harlem não foi apenas uma grande parte disso, mas também representou a resiliência que vi em mim mesma. Eu queria estar nesta história de amor. Eu sabia que era isso. Eu provavelmente teria recusado esse papel se ainda estivesse cantando”, completou.

Teyana relata ainda que o filme deve ser visto como um lembrete de celebração das lutas de mulheres negras. “Aconselho as pessoas a valorizarem mais as mulheres negras. Que divulguem as coisas pelas quais as mães e as mulheres, em geral, passam – especialmente as mulheres negras, que são as menos protegidas vistas e ouvidas. Além disso, precisamos sentir que não há problema em não nos sentirmos fortes 24 horas por dia, 7 dias por semana. Somos mulheres fortes, mas 90% disso não é por escolha”, finalizou. 

Veja o trailer:

Inclusão é o que se espera da COP 30

0
Foto: Pra Todo Amanhã

Texto: Rachel Maia

Todo e qualquer debate só é válido quando há inclusão, e esse é um ponto pelo qual tenho insistido. Participando de um seminário sobre inclusão racial que aconteceu em São Paulo, percebi que nenhum de nós está disposto a retroceder ou simplesmente invalidar toda a nossa trajetória de luta e resiliência. Passaremos por mais essa!

As últimas notícias sobre a gestão do presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, não são nada animadoras. No entanto, o Brasil pode ser referência em diversidade e inclusão, indo na contramão das atitudes do presidente americano (que também retirou o país do Acordo de Paris) e se posicionando ativamente para mostrar que diversidade e sustentabilidade correspondem a uma economia saudável.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) é uma oportunidade de suma importância para que o Brasil, que já é referência em biodiversidade, avance nas questões de sustentabilidade. Como mostra o Índice de Performance Ambiental (EPI), criado pela Universidade de Yale, nos EUA, o Brasil se encontra na 48° posição no ranking de sustentabilidade do EPI, ficando atrás de países como Costa Rica e Venezuela, que estão entre os 180 países avaliados. 

Esse assunto é nosso 

Promover a inclusão de pessoas negras e indígenas na tomada de decisão é algo necessário para que a evolução seja uma realidade possível para todos os brasileiros. O engajamento para que pessoas locais participem ativamente da COP 30, que acontecerá em Belém do Pará em novembro, teve início já na COP 29, em 2024, e foi fundamental para medidas governamentais. 

As urgentes demandas climáticas, que acomete principalmente pessoas que estão às margens da sociedade e que fazem parte do quadro de racismo ambiental (sem acesso a água potável, saneamento básico e garantia de estruturas seguras para moradia e sobrevivência), precisam estar inseridas neste movimento de maneira estratégica, pois essas populações vivenciam diariamente as mazelas da escassez, e ainda assim, seguem perseverantes.   

Essas pessoas precisam ser incluídas continuamente no processo de resoluções, por tudo o que representam para a sociedade e para natureza. Para isso, é necessário estabelecer metas que ultrapassem as ações momentâneas e o entusiasmo de eventos dessa magnitude, que colocam o Brasil em destaque e, consequentemente, os brasileiros em evidência. 

Não podemos ignorar o fato de que estamos na lista dos países que mais poluem o meio ambiente e que a falta de recursos financeiros para quem está na base nos impede de avançar com mais agilidade e precisão. Já sabemos que a separação de classes foi um erro. O que precisamos agora é estabelecer maneiras para que a COP 30 seja mais do que um evento, seja um movimento efetivo para mapear todos os desafios e solucioná-los de forma concreta.

Estudo encontra ingredientes cancerígenos em produtos capilares sintéticos populares entre mulheres negras

0

Um estudo publicado pela *Consumer Reports* revelou a presença de ingredientes potencialmente cancerígenos em 10 produtos capilares sintéticos utilizados em tranças, extensões e outros penteados populares entre mulheres negras. Entre as marcas analisadas estão Magic Fingers, Sensationnel e Shake-N-Go, amplamente consumidas no mercado de beleza. Além disso, chumbo, substância associada a sérios problemas de saúde e desenvolvimento, foi detectado em nove dos 10 produtos testados.

De acordo com o relatório, um pacote de cabelo trançado continha níveis de chumbo que excediam em mais de 600% o limite máximo permitido pelo estado da Califórnia, considerado o padrão mais rigoroso dos Estados Unidos. A *Consumer Reports* destacou que não há regulamentação federal para limites de chumbo em cabelos sintéticos trançados, o que aumenta os riscos à saúde dos consumidores.

O cabelo sintético é amplamente utilizado em penteados protetores, como tranças, *locs* e *twists*, que podem permanecer por semanas, protegendo o cabelo natural de danos causados por quebra, exposição ao clima ou uso frequente de calor. No entanto, essa prática também significa maior exposição a substâncias químicas presentes nos produtos.

A *Consumer Reports* analisou cabelos trançados de 10 empresas, muitas das quais utilizam fibras sintéticas de Kanekalon, material produzido pela marca japonesa Kaneka. A Kaneka afirmou à *Consumer Reports* que fabrica apenas as fibras, mas não os produtos finais, que são tingidos e modelados por outras empresas. A empresa também disse que precisaria de mais informações para avaliar adequadamente as alegações do estudo.

**Benzeno e cloreto de metileno entre os químicos encontrados**

O estudo identificou a presença de benzeno, substância reconhecidamente cancerígena, em produtos das marcas Sensationnel e Magic Fingers. O benzeno está associado ao desenvolvimento de leucemia mieloide aguda, segundo a *American Cancer Society*. Além disso, foi detectado cloreto de metileno, químico que, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), pode causar câncer de fígado e pulmão após exposição crônica. A Food and Drug Administration (FDA) proíbe o uso de cloreto de metileno em cosméticos.

Alexa Friedman, cientista sênior do *Environmental Working Group* (EWG), organização de pesquisa e defesa da saúde, enfatizou que “não há nível seguro de exposição ao chumbo ou ao benzeno”. Ela alertou que a exposição a esses químicos deve ser evitada, pois estão associados a efeitos graves à saúde, como deficiências de desenvolvimento em crianças e problemas reprodutivos em adultos.

**Reações das marcas e questionamentos sobre a metodologia**

As marcas Magic Fingers e Sensationnel contestaram a metodologia utilizada pela *Consumer Reports*, afirmando que os testes não representavam o uso real dos produtos pelos consumidores. A Magic Fingers destacou que seus produtos atendem às expectativas de moda e desempenho, enquanto a Sensationnel afirmou apoiar “inequivocamente a segurança” de seus itens. A Shake-N-Go não se manifestou sobre o estudo. A *Consumer Reports* testou 10 produtos de tranças artificiais, totalizando 20 amostras, que foram codificadas e enviadas a um laboratório para análise de metais pesados. A organização ressaltou a necessidade de maior regulamentação e transparência na indústria de produtos capilares.

**Contexto de riscos à saúde de mulheres negras**

O estudo da *Consumer Reports* se soma a uma série de preocupações sobre a segurança de produtos de beleza voltados para mulheres negras. Em 2022, fabricantes de relaxantes químicos capilares foram alvo de uma ação coletiva movida por centenas de pessoas que alegaram que os produtos causaram câncer uterino. Pesquisas recentes também apontam taxas elevadas de câncer, infertilidade e outras doenças entre mulheres que utilizam relaxantes químicos, frequentemente comercializados para o público negro.Friedman, do EWG, destacou uma “tendência alarmante” de produtos tóxicos direcionados a mulheres negras. A organização testou mais de 4.000 produtos e descobriu que a maioria era pelo menos moderadamente perigosa à saúde. O EWG mantém um banco de dados, o *Skin Deep*, onde consumidores podem verificar a segurança de produtos de beleza.“Todos merecem acesso a produtos seguros”, afirmou Friedman. “Os fabricantes devem priorizar a segurança dos consumidores.”

Com informações da NBC News

Carnaval Negro, Jurados Brancos: Desfiles enaltecem cultura negra, mas ausência de jurados diversos expõe desigualdade no Carnaval

0
Imagem: Cabines de Jurados, Carnaval Carioca – Foto: Reprodução/Internet

Os desfiles das escolas de samba deste ano trouxeram à tona não apenas a riqueza cultural da herança africana, sobretudo no Rio de Janeiro, onde 8 das 12 escolas de samba do Grupo Especial levaram para a Sapucaí temáticas centradas na herança africana, como também reacenderam o debate sobre a falta de diversidade entre os jurados que avaliam as agremiações.

Uma imagem do desfile da Mangueira, no dia 2 de março, que mostra a comissão de frente da escola, composta por dançarinos negros e que dizia “O carnaval”, dividida por outra imagem com os dizeres “Os jurados”, mostrando que quem avalia e dá notas aos desfiles eram, na maioria, pessoas brancas, chamou a atenção nas redes sociais. A disparidade entre quem desfila e quem julga levantou questionamentos sobre a representatividade nos espaços de decisão do Carnaval.

Luana Genot, CEO do Instituto ID_BR, e responsável por publicar a imagem, destacou a contradição em uma publicação no Instagram: “Ainda Estou Aqui… esperando e torcendo para que o nosso Carnaval seja mais inclusivo em todas as suas alas!”, escreveu na legenda. A publicitária reforçou que o Carnaval brasileiro é uma festa profundamente negra, indígena e periférica, mas os jurados que decidem os resultados nem sempre refletem essa diversidade. “Representatividade importa… tanto que torcemos por Ainda Estou Aqui. Torcemos para ver o Brasil representado entre os filmes vencedores do Oscar, uma premiação que, historicamente, privilegia narrativas estrangeiras”, afirmou, em referência ao filme “Ainda Estou Aqui” estrelado por Fernanda Torres e que venceu o Oscar na categoria de ‘Melhor Filme Internacional’.

O desfile da Mangueira, especificamente, abordou a herança Bantu e foi marcado por alegorias que remetem às comunidades do Rio, como as pipas, brinquedos comuns nas favelas cariocas, e pela energia dos “crias” dançando passinho. A escola, que já abordou temas como a luta contra o racismo e a importância de figuras históricas negras, reforçou mais uma vez seu compromisso com narrativas que celebram a resistência e a ancestralidade africana.

Para Genot, a falta de representatividade nos cargos de decisão do Carnaval reflete um problema estrutural da sociedade brasileira. “Enquanto isso não for resolvido, o Brasil continuará impedindo a si mesmo de crescer e tirar nota 10 para além da avenida”, concluiu..

Jay-Z move ação após mulher supostamente confessar mentira sobre agressão sexual

0
Foto: Gilbert Flores/Variety

O rapper e empresário Jay-Z, cujo nome verdadeiro é Shawn Carter, entrou com uma nova ação judicial nesta segunda-feira (3) contra Jane Doe, do Alabama, e seus advogados, Tony Buzbee e David Fortney, por difamação e acusação maliciosa. A ação, obtida pela revista Rolling Stone, alega que Doe e sua equipe jurídica conspiraram para extorquir o artista com uma acusação “completamente fabricada” de agressão sexual.

A controvérsia começou em outubro de 2024, quando Doe entrou com um processo alegando que Jay-Z e o produtor Sean Combs a estupraram em uma festa pós-MTV Video Music Awards em 2000, quando ela tinha 13 anos. Em dezembro do mesmo ano, ela revisou a queixa e nomeou Carter como o segundo agressor. No entanto, após inconsistências em seu relato e uma suposta retratação, Doe retirou voluntariamente o processo no mês passado.

No novo processo, Jay-Z afirma que representantes dele entraram em contato com Doe, que teria admitido ter inventado a acusação contra ele. Segundo o documento, ela teria dito que se sentiu pressionada por seus advogados a manter a história durante uma entrevista à NBC News em meados de dezembro. A entrevista, que manteve o anonimato de Doe, expôs discrepâncias em seu relato, como a alegação de que conheceu o músico Benji Madden na festa, quando ele estava em turnê em outro estado na época.

O processo também cita questões de saúde mental de Doe, alegando que ela foi acusada de agressão em segundo grau menos de 90 dias antes de enviar a carta de demanda a Jay-Z. Além disso, o documento afirma que Buzbee e Fortney agiram com “malícia” ao disseminar as acusações falsas, buscando maximizar danos à reputação do rapper e forçá-lo a um acordo financeiro.

Tony Buzbee, advogado de Doe, negou as alegações em declarações à imprensa e em suas redes sociais. Ele afirmou que Doe mantém suas acusações e que a retirada do processo foi motivada por problemas de saúde. “Ela não se retratou. Ela não o fará”, disse Buzbee em uma publicação no Instagram. Ele também acusou os investigadores de Jay-Z de assediar e intimidar Doe para que ela mudasse sua versão dos fatos.

Jay-Z, por sua vez, descreveu o impacto emocional e financeiro das acusações. Em uma declaração juramentada, ele afirmou que sua empresa, Roc Nation, perdeu contratos no valor de US$ 20 milhões por ano após as alegações públicas. O rapper também criticou o timing do processo, sugerindo que Buzbee o moveu propositalmente na véspera da estreia do filme de sua filha, Mufasa: O Rei Leão, para gerar cobertura negativa da mídia.

O novo processo, movido em um tribunal federal no Alabama, busca danos reais e punitivos por difamação, abuso de processo e conspiração civil. Enquanto isso, um juiz na Califórnia avalia se rejeita ou não uma ação separada de Jay-Z contra Buzbee por extorsão, dependendo da apresentação de novas evidências.

(Com informações da Rolling Stone)

“Dia do Descanso Para Mulheres Negras”: movimentos criam uma data de folga como um ato de resistência nos EUA

0
Foto: Freepik

Já pensou em como seria importante as mulheres negras terem um verdadeiro dia de descanso? Nos Estados Unidos, o que começou como o “Dia de Folga da Garota Negra”, em outubro do ano passado, agora tem oficialmente o “Dia do Descanso Para Mulheres Negras”, que será celebrado no feriado de 10 de março, em referência também ao “Dia de Harriet Tubman”, uma figura histórica que lutou contra a escravidão. 

Movimentos de mulheres negras, como o 25BWB, têm destacado a importância de haver um dia para descansar, priorizar a paz, sem trabalhar, sem televisão ligada, alegria, autocuidado, e auto reflexão, como um ato de resistência. 

As mulheres negras têm cada vez mais discutido a importância do descanso que faz bem ao corpo e a alma, para tirar um pouco do peso do mundo nas costas e pausar uma sociedade tão intensa e acelerada. 

Essas são algumas recomendações para esta data especial: 

Planeje com antecedência: informe seu chefe, colegas, clientes e entes queridos sobre sua intenção de celebrar o Dia do Descanso para Mulheres Negras. Sempre que possível, delegue tarefas ou reagende compromissos.

Desconecte-se para se reconectar: silencie notificações, faça uma pausa nas redes sociais e permita-se estar inacessível por um tempo.

Dedique-se ao que lhe traz alegria: seja dormir um pouco mais, ler um livro querido, dançar ao som da sua playlist favorita, encontrar amigos ou simplesmente aproveitar o silêncio. O que quer que escolha, faça disso um momento sagrado.

error: Content is protected !!