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Obras de autores negros para celebrar o Dia Internacional do Livro Infantil

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Crédito: Preta Ilustra

Neste Dia Internacional do Livro Infantil, comemorado em 2 de abril, o Mundo Negro selecionou uma lista de obras escritas por autores negros que contribuem para a formação social e cultura de pequenos leitores, com uma literatura mais diversa e representativa. 

A literatura infantil desempenha um papel fundamental na construção da identidade e da autoestima das crianças. Ao se verem refletidas em histórias, elas se sentem pertencentes e valorizadas, entendendo que suas vivências, traços e cultura são igualmente importantes. 

Veja a lista completa abaixo:

O menino e sua árvore

O livro de Rodrigo França narra a encantadora jornada de Sol, um menino feliz cuja bisavó é uma árvore centenária. A obra explora a importância de fortalecer as raízes afetivas para um crescimento saudável, a sabedoria dos mais velhos, o acolhimento da família e o amor que fomenta a conexão com as origens.

A menina que não sabia que era bonita

Lançado no início deste ano, o primeiro livro infantil da Tia Má convida as leitoras a uma jornada de autodescoberta e valorização da própria beleza, especialmente direcionada a meninas negras. A obra é inspirada nos desafios enfrentados pela própria autora para desenvolver sua autoestima desde cedo. 

Sinto o que sinto: um passeio pelos sentimentos 

O novo livro infantil do Lázaro Ramos, em parceria com o Mundo Bita, aborda de forma lúdica a importância de identificar e lidar com as emoções desde a infância. A história acompanha Dan, um menino negro que, ao viver situações do cotidiano, descobre que é possível sentir uma série de emoções – como raiva, alegria, orgulho e tristeza – e que aprender a reconhecê-las é essencial para lidar com elas de maneira saudável.

Meu crespo é de rainha

O clássico publicado pela renomada escritora bell hooks em 1999, apresenta diferentes penteados e cortes de cabelo crespo às meninas negras para valorização e autoestima do cabelo natural, em forma de poesia.

Chupim

No primeiro livro infantil do premiado Itamar Vieira Jr., ele convida as crianças a conhecer o campo, por intermédio do menino Julim, que é enviado pelo pai para espantar o Chupim, passarinho considerado uma praga por comer as plantações. 

Azizi, o presente precioso

Inspirado em casos reais e de muito afeto, a obra escrita por Lucimar Rosa Dias aborda o racismo estrutural brasileiro e fala sobre a possibilidade de pessoas de diferentes raças se tornarem uma família. A história narra a jornada de Azizi, um menino negro adotado por uma família branca, que encontra nas diferenças da cor a unidade da vida, do abraço e do amor.

Kakopi, kakopi! Brincando e jogando com as crianças de vinte países africanos

O livro escrito pelo moçambicano Rogério Andrade Barbosa é uma continuação de “Ndule Ndule – Assim brincam as crianças africanas” e foi criado a partir do mapa do continente africanos e dessa maneira, as crianças têm conhecimento quais são as brincadeiras mais comuns em cada país. Gadidé, Surumba-Surumba, Chakyti-Cha, Corrida de Três, Osani, A Serpente e Nngapi são algumas das brincadeiras presentes na obra. Entender e descobrir o que elas são e como se brinca, faz parte da brincadeira do livro.

História pretinha das coisas: as descobertas de Ori

Para transformar trazer referências afrocentradas para crianças negras, a professora Bárbara Carine Soares Pinheiro escreveu este livro que apresenta uma narrativa fictícia que se passa nos dias atuais. Localizada entre a cidade de Salvador, na Bahia, e a cidade histórica de Meroé, no Sudão, a história remonta a invenções e personalidades reais históricas africanas e afrodiaspóricas. 

Meu nome é Maalum

Maalum é uma menina negra brasileira que nasce e cresce em um lar rodeado de amor e de referências afrocentradas. Logo que a menina sai do seio de sua casa, ela se depara com os desafios impostos pelos discursos e práticas de uma sociedade racista: O negro é visto como diferente e fora do “padrão”. Por meio desta personagem os autores Magna Domingues e Eduardo Lurnel apresentam histórias da cultura africana que fazem parte da construção da identidade do povo brasileiro.

Dia Mundial de Conscientização do Autismo: Conheça vozes que combatem o preconceito e ampliam a representatividade

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Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (2), o Dia Mundial de Conscientização do Autismo reforça a importância da inclusão e da luta contra o preconceito. Criada pela ONU, a data também evidencia a necessidade de ampliar a representatividade de pessoas autistas, especialmente as negras, que enfrentam diagnósticos tardios e errados — como aponta um levantamento do Adapte: crianças negras com TEA têm 2,6 vezes mais chances de serem diagnosticadas erroneamente com outros transtornos antes de receberem a identificação correta.

Para além dos dados, a conscientização também passa pelo trabalho de ativistas e famílias que compartilham suas vivências. O Mundo Negro destaca cinco perfis fundamentais para entender a diversidade do espectro autista:

@humaninhostdl – A luta pela maternidade atípica

Glaucia Batista, economista e especialista em direitos humanos, criou o perfil para dar visibilidade às mães atípicas. Mãe de Thales, 10 (com Transtorno do Desenvolvimento da Linguagem), e Breno, 6 (autista), ela discute os desafios de garantir saúde e educação inclusiva. “Somos invisibilizadas, mas não caladas”, diz.

@familiaafroatipica – Instituto que acolhe outras famílias

Gabriela e Moisés Luiz, autistas e com TDAH, e o filho Benyamin, 10 (autista, surdo e com síndrome de Down) fundaram o perfil Família Afro Atípica, vivem em Sorocaba (SP) e fundaram o Instituto Ampara. O espaço oferece apoio psicológico, jurídico e social a famílias atípicas. A família também compartilha sua rotina nas redes sociais.

@heyautista – Akin Sá, ativismo e representatividade

Aos 24 anos, o estudante de Farmácia da UFPR tem diagnósticos de autismo, TDAH e altas habilidades. Homem trans, ele participa da Global Disability Summit em Berlim, que acontece nos dias 2 e 3 de abril, e integra o Instituto Vidas Negras com Deficiência Importam.

@uma.autista.diferentona – Sabrina e o diagnóstico tardio

Funcionária pública e mestranda em Educação, Sabrina Nascimento descobriu ser autista aos 37 anos, após o diagnóstico das filhas gêmeas. Seu perfil aborda autismo em adultos e os estereótipos raciais.

@lucianaviegas_ – Do diagnóstico ao ativismo institucional

Diretora do Instituto VNDI, Luciana Viegas recebeu o diagnóstico de autismo aos 25 anos, depois de identificar traços semelhantes no filho. Em publicação das Nações Unidas, a executiva destacou que “o processo de diagnóstico, tanto dela como do filho, foram marcados por incompreensões e preconceitos. Com frequência, eles tiveram suas características associadas à “agressividade e violência”’.

Cris Vianna recebe Prêmio Dandara na Alerj por personagem na série ‘Arcanjo Renegado’

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A atriz Cris Vianna recebeu, na última segunda-feira (31), o Prêmio Dandara, concedido pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para pessoas que se destacam em suas áreas e contribuem com a valorização de pessoas negras na sociedade. Recentemente, a artista celebrou 20 anos de carreira.

A honraria foi concedida à atriz por sua trajetória ao longo da carreira e também pelo impacto de sua personagem Maíra na série “Arcanjo Renegado”, do Globoplay. Na trama, ela rompe barreiras ao assumir um posto de poder, tornando-se presidente da Alerj, cargo nunca ocupado por uma pessoa negra fora da ficção, representando a força e a resiliência da mulher negra tanto na política quanto na dramaturgia. 

“Receber esse prêmio é uma honra imensa. Saber que minha arte inspira outras mulheres me emociona profundamente. A Maíra é uma personagem disruptiva, forte, determinada que chega ao poder e enfrenta desafios enormes. Arcanjo Renegado é um projeto que dá muito orgulho para todo mundo que faz parte. É uma conquista coletiva”, declarou a atriz, que recebeu o prêmio das mãos da deputada estadual Renata Souza.

Recentemente, Cris Vianna celebrou 20 anos de carreira com atuações em projetos de destaque na TV, no cinema e teatro, foi

O Prêmio Dandara foi inspirado na guerreira Dandara dos Palmares, que participou da construção do quilombo de Palmares ao lado de Zumbi e lutou contra o sistema escravocrata do século XVII. 

Baiana denuncia racismo após ser coagida a tirar roupa após ser acusada de furto por turista argentina

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Uma baiana de receptivo denunciou ter sido acusada injustamente de furto por uma turista argentina na última sexta-feira (28), em Praia do Forte, na Região Metropolitana de Salvador, na Bahia. Jucione Manuele afirma que a mulher, que não teve a identidade revelada, a constrangeu ao exigir que tirasse a roupa para provar que não havia subtraído a carteira da estrangeira.

O caso ocorreu enquanto Jucione fazia fotos com a turista e seu companheiro. Segundo a baiana, ao procurar o dinheiro para pagar o serviço, a argentina percebeu que sua carteira não estava na bolsa e passou a acusá-la de furto: “Ela falou para o marido que tinha esquecido a carteira na loja e eu fiquei com o marido dela esperando. Quando ela voltou, estava possessa. Me chamou de ‘ladrona’ e disse que eu tinha roubado ela. Disse que a carteira estava dentro da minha roupa. Eu pedi para ela se acalmar e disse que a carteira iria aparecer. Aí ela disse para eu tirar a roupa”, contou Jucione à TV Bahia.

A baiana afirma que foi coagida pela turista a entrar em uma loja de açaí e, ali, precisou se despir. “Além da roupa de baiana, que não foi suficiente para ela, eu tive que tirar o macaquinho que eu estava por baixo. Fiquei de calcinha e sutiã para ela ver que realmente não peguei a carteira dela”, afirmou. Ainda de acordo com Jucione, a argentina encontrou o objeto em uma loja onde havia estado anteriormente e reconheceu o equívoco. O marido da estrangeira teria tentado oferecer R$ 250 para que o caso não fosse levado às autoridades, proposta que a baiana recusou.

A ocorrência foi registrada na delegacia de Praia do Forte, e os envolvidos foram encaminhados para a unidade policial de Lauro de Freitas, onde um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado contra a turista por suspeita de calúnia. A Polícia Civil informou que investiga o caso, com oitivas e diligências em andamento para apuração dos fatos.

“Star Wars sempre teve a vibe de estar no espaço mais branco e elitista”, critica John Boyega

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Foto: Divulgação

Durante uma entrevista para o documentário original da Apple TV+, “Homens Negros Conquistam Hollywood” (“Number One on the Call Sheet: Black Leading Men in Hollywood”), John Boyega voltou a falar sobre a franquia de “Star Wars”, criticou a falta de diversidade na saga intergaláctica da Disney e os fãs que promoveram ataques racistas.

“Deixa eu te contar, ‘Star Wars’ sempre teve a vibe de estar no espaço mais branco e elitista. É uma franquia tão branca que uma pessoa negra existindo nela era algo. Você sempre pode dizer que é algo quando alguns fãs de ‘Star Wars’ tentam dizer: ‘Bem, nós tivemos Lando Calrissian e tivemos Samuel L. Jackson!‘ É como me dizer quantas gotas de chocolate tem na massa de biscoito. É como se eles simplesmente espalhassem isso ali, mano!”, disparou Boyega, que viveu Finn nos filmes “O Despertar da Força”, “Os Últimos Jedi” e “A Ascensão Skywalker”.

A experiência foi decepcionante ao sofrer ataques racistas e ver seu personagem perder protagonismo na franquia, mas o ator reconhece que também foi um “momento fundamental” em sua carreira. “Eles estão bem com a gente interpretando o melhor amigo, mas uma vez que tocamos em seus heróis, uma vez que lideramos, uma vez que desbravamos o caminho, é como, ‘Meu Deus, é um pouco demais! Eles estão bajulando’”, acrescentou a estrela sobre os fãs.

Essa não é a primeira vez que Boyega expõe o racismo dentro da saga. Em 2020, ele já tinha desabafado para a revista GQ, a forma como a Disney tratou personagens negros na trilogia. “O que eu diria à Disney é não trazer um personagem negro, comercializá-lo para ser muito mais importante na franquia do que ele é e então deixá-lo de lado. Não é bom. Vou dizer isso diretamente”, criticou na época.

“Homens Negros Conquistam Hollywood” está disponível na plataforma da Apple TV+.

Emicida acusa Fióti de transferir R$ 6 milhões da empresa sem autorização; irmão nega irregularidade 

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Foto: Reprodução

Após rompimento profissional de 16 anos, os irmãos Emicida e Fióti agora se enfrentam no Tribunal de Justiça de São Paulo. De acordo com o processo que o jornal Extra teve acesso, Emicida acusa Fióti de transferir R$ 6 milhões da Laboratório Fantasma para uma conta pessoal sem autorização. Os artistas fundaram a empresa juntos.

“Lamentavelmente, o requerido Leandro (nome de batismo de Emicida) foi surpreendido em janeiro de 2025 com a transferência de R$ 1.000.000,00 (um milhão) da pessoa jurídica Laboratório Fantasma Produções, em favor do requerido Evandro (nome de batismo de Fióti) sem que houvesse qualquer autorização de Leandro neste sentido, e sem qualquer razão jurídica, circunstância que o levou a cassar as procurações anteriormente concedidas ao requerente Evandro. Novo saque em igual montante foi realizado em fevereiro de 2025, também sem a expressa autorização de Leandro”, afirmam os advogados de Emicida.

A investigação interna revelou que, além desses R$ 2 milhões, outras transferências realizadas entre junho e julho de 2024 totalizaram mais R$ 4 milhões, “não restando alternativa, senão cancelar o acesso às contas do Requerente, sob pena de dilapidação do patrimônio da sociedade”, continuam o texto.

“Antes de adentrar ao mérito da presente manifestação, é importante destacar que estes fatos relacionados aos saques, além de graves, e reveladores de uma quebra de confiança, causam ao Requerido tristeza ao ver o seu irmão adotar tais medidas, sem qualquer explicação, não tendo restando outra alternativa que não adotar as medidas de cassar os poderes outorgados por procuração”, diz o processo.

Defesa de Fióti alega adiamento de lucro

A defesa de Fióti nega qualquer irregularidade e sustenta que os valores foram retirados como um adiantamento de lucros. Em e-mails anexados ao processo, o empresário argumenta que a retirada de R$ 2 milhões foi previamente acordada entre as partes e que metade do montante foi repassada a Emicida.

“A acusação de que Evandro teria ‘esvaziado’ contas da empresa é completamente infundada. As planilhas financeiras que ora se anexa, demonstram que Leandro, na condição de artista e sócio, foi beneficiário de valores significativamente superiores aos recebidos por Evandro. Constam lançamentos recorrentes e vultosos a favor de Leandro, inclusive a título de cachês, retiradas, transferências e repasses diretos. Em contraponto, Evandro recebeu valores compatíveis com sua posição de gestor, e dentro dos parâmetros acordados entre as partes. Ademais, em email corporativo de 20/01/2025, está documentada a proposta de distribuição de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) a Evandro como adiantamento de lucros, visando equalizar a disparidade histórica nas retiradas feitas exclusivamente por Leandro”, afirma o advogado de Fióti.

Os advogados de Emicida, no entanto, contestam essa versão e alegam que a diferença nos repasses é reflexo da estrutura societária da empresa, na qual o rapper é sócio majoritário, com 90% das cotas, enquanto Fióti detém os 10% restantes.

A Laboratório Fantasma também administra os direitos autorais e rendimentos da carreira de Emicida. Segundo seus advogados, o rapper manteve parte de seus ganhos na empresa para financiar sua própria carreira e a de outros artistas, como Drik Barbosa, Fióti e Rael. “havendo neste sentido um débito artístico relevante entre os Requeridos”, argumenta a defesa.

A disputa também expõe um desentendimento sobre a remuneração de Fióti na gestão da empresa. O empresário teria manifestado insatisfação com os valores recebidos antes do rompimento. O processo segue em tramitação.

Fonte: Jornal Extra

Estreia de filme com Kendrick Lamar e duo de ‘South Park’ é adiada para março de 2026

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Foto: Reprodução

A Paramount adiou o lançamento da comédia ainda sem título do rapper Kendrick Lamar e dos criadores de South Park, Matt Stone e Trey Parker. O filme, originalmente programado para estrear no feriado de 4 de julho de 2025, nos EUA, foi remarcado para 20 de março de 2026.

O adiamento ocorre enquanto Lamar se prepara para sua turnê internacional pelo The Pop Out – Ken & Friends, que começa em 19 de junho, em Los Angeles, e segue até setembro. A mudança foi anunciada às vésperas da CinemaCon, convenção anual da indústria cinematográfica que acontece esta semana em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Poucas informações sobre o filme foram divulgadas. Sabe-se que se trata de uma comédia live-action escrita pelo humorista Vernon Chatman, com roteiro que acompanha um jovem negro em um estágio como reencenador de escravos em um museu de história viva. A produção é assinada por Lamar, Stone, Parker e Dave Free, da pgLang, empresa do rapper. O projeto marca mais uma incursão de Lamar no cinema, após a trilha sonora de Pantera Negra: Wakanda Forever (2022), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

Lamar, vencedor do Prêmio Pulitzer em 2018 por DAMN., está em alta após vencer três categorias no Grammy 2024, incluindo Melhor Álbum de Rap por Mr. Morale & The Big Steppers. Seu embate público com Drake, em abril, também gerou repercussão global.

Protagonista de ‘Vale Tudo’, Taís Araujo é uma das melhores atrizes do Brasil

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Foto: Globo

A estreia do remake de Vale Tudo na última segunda-feira (31) mostrou os motivos pelos quais Taís Araújo é considerada uma das maiores atrizes da televisão brasileira. Com 30,91 pontos de audiência no Rio de Janeiro, a trama exibida pela TV Globo teve a interpretação de Taís no papel de Raquel como um dos destaques, ao lado de Bella Campos, que vive Maria de Fátima.

Multipremiada e reconhecida por sua versatilidade, Taís Araújo acumula uma trajetória que atravessa novelas, filmes, teatro e até direção. Na TV, são 13 produções, incluindo papéis marcantes como Xica da Silva (1996) – sua primeira protagonista em uma novela – e Preta, em Da Cor do Pecado (2004), personagem que uniu força dramática e representatividade negra. Também trabalhou em produções como Cheias de Charme (2011) e a comédia Cobras & Lagartos (2006), onde interpretou a ambiciosa Ellen, par romântico de Foguinho, personagem vivido por seu marido.

No teatro, Taís interpreta Camae em O Topo da Montanha, peça que produz e atua ao lado do marido, Lázaro Ramos. No cinema, soma 14 filmes, com destaques para As Filhas do Vento (2004), que lhe rendeu o Kikito de Melhor Atriz em Gramado; Medida Provisória (2022), drama distópico dirigido por Lázaro Ramos e Auto da Compadecida, que estreou em dezembro de 2024, onde interpretou Nossa Senhora. Além de atuar, Taís dirigiu o emocionante vídeo de anúncio da gravidez da bailarina Ingrid Silva, mostrando seu olhar sensível por trás das câmeras.

Nomeada Defensora dos Direitos das Mulheres Negras pela ONU Mulheres Brasil em 2017, Taís é uma voz ativa contra o racismo. Eleita duas vezes uma das 100 personalidades afrodescendentes mais influentes do mundo, também atua como HEAD de Produtos Sociais na ONG Gerando Falcões.

Emicida e Fióti travam disputa judicial após anúncio de rompimento da parceria empresarial entre os irmãos

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Foto: Reprodução/Instagram

O anúncio do fim da parceria entre Emicida e Evandro Fióti, comunicado publicamente na última sexta-feira (28), ganhou novos contornos com revelações sobre um processo judicial que expõe tensões societárias e acusações graves entre os irmãos. A separação, que encerra uma colaboração de 16 anos na Laboratório Fantasma, selo e produtora que fundaram juntos, agora avança para uma batalha legal com alegações de descumprimento contratual e disputa financeira.

As informações, divulgadas pelos portais LeoDias e Hugo Gloss, que afirmam terem tido acesso aos documentos judiciais, mostram que o conflito começou em novembro de 2024, quando Emicida solicitou o desligamento de Fióti do quadro societário da empresa. Um acordo foi firmado em dezembro para formalizar a saída, mas, segundo a ação movida por Fióti, o rapper teria descumprido os termos, bloqueando o acesso do irmão a contas bancárias e revogando sua procuração sem aviso prévio.

O processo, em segredo de Justiça, pede medidas urgentes, incluindo o bloqueio de movimentações financeiras na Laboratório Fantasma sem a assinatura de ambos e a proibição de que Emicida se apresente como único dono do negócio. Fióti também alega “risco de dano irreversível” e solicita a preservação de valores até uma prestação de contas.

Em contrapartida, a defesa de Emicida sustenta que ele sempre deteve 90% das cotas da empresa, contra 10% do irmão. O rapper não se manifestou oficialmente sobre as acusações, mas, em nota recente, afirmou que Fióti “não representa mais os interesses” de sua carreira.

O rompimento extrapolou o âmbito profissional. Nas redes sociais, os irmãos deixaram de se seguir, e internautas notaram que Dona Jacira, matriarca da família, também parou de acompanhar o perfil de Emicida. Em comunicado, Fióti agradeceu à mãe e disse que seguirá com projetos musicais e consultorias.

Caso no ‘Pesadelo na Cozinha’ reacende debate sobre gestão de pessoas em restaurantes

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Um episódio recente do programa Pesadelo na Cozinha , apresentado por Erick Jacquin, gerou polêmica nas redes sociais pela forma como um garçom foi tratado após discutir com uma cliente. O caso reacendeu um debate sobre gestão de pessoas, saúde mental e preparo de equipes em pequenos negócios do setor gastronômico.

Infelizmente, no Brasil, reality shows de gastronomia ainda insistem em validar homens estrangeiros para vender a ideia de profissionalismo, como se nossos talentos locais não fossem capazes de ensinar, com excelência, tanto técnicas culinárias quanto gestão de negócios. 

Uma das edições mais comentadas da temporada traz a história de Maria Tereza, uma mulher baiana que abriu seu restaurante na zona norte de São Paulo com foco em comida baiana — especialmente acarajé, prato que inspirou o nome do local: Dona Acarajé. 

É impossível não se emocionar com a trajetória dela. Formada em gastronomia e ex-funcionária do renomado chef Emmanuel Bassoleil, Tereza carrega traumas de ter trabalhado com o famoso chef em um hotel. Quinze anos depois de sua demissão, ela ainda se emociona ao relembrar a experiência. Apesar de Jacquin reconhecer sua habilidade na cozinha, confirmando que gostou do tempero dela, Tereza demonstra insegurança, exaustão mental e baixa autoestima, algo visível em suas lágrimas ao longo do programa.

A gastronomia é uma das áreas mais desafiadoras para o pequeno empreendedor. Além da comida, há questões financeiras, vigilância sanitária, marketing, precificação e, claro, gestão de pessoas. Quando o empreendedor não pode terceirizar parte dessas frentes, acaba sobrecarregado, o que afeta diretamente sua saúde emocional. Some-se a isso a falta de conhecimento em gestão financeira, e o prejuízo aparece mesmo com trabalho de segunda a segunda.

Durante as gravações, Tereza se mostra insegura e impaciente. Ela grita com a equipe, é sarcástica e, muitas vezes, crítica em público. A única pessoa que não perdeu o controle é Rita de Cássia, a auxiliar de cozinha. A situação atinge seu ápice quando um dos garçons, Francisco, discute com uma cliente. Com a casa cheia e apenas dois garçons, Gustavo (sobrinho de Tereza) e Francisco —, a chef decide chamar Gustavo para a cozinha, deixando Francisco sozinho no salão e também responsável pelos espetinhos. Sobrecarregado, ele se desentende com uma cliente. Em seguida, discute de forma ríspida com o próprio Jacquin, chegando a sugerir que iria passar por cima dele. Tereza, visivelmente irritada, demite Francisco aos gritos, na frente das câmeras e dos clientes. No fim do episódio, após a reforma e revisão do cardápio, Francisco retorna para pedir desculpas e desejar sucesso à ex-patroa.

A má gestão de pessoas azeda o negócio

Embora programas de TV passem por edição e não mostrem todos os bastidores, a forma como Tereza lidou com sua equipe foi o que mais repercutiu entre o público. A situação escancarou o despreparo de muitos empreendedores para lidar com pessoas e o impacto direto disso no sucesso (ou fracasso) de um restaurante.

“Em relação a uma gestão de restaurante, o gestor atento precisa entender sobre gestão de pessoas. Ele precisa atuar frente a frente, ombro a ombro, hands-on, para a formação de uma equipe. Então, isso começa no recrutamento na seleção. Se você não tem habilidade, não tem conhecimento para contratar, para fazer um processo seletivo decente, você corre o risco de afetar toda a operação do teu restaurante ”, explica Junia Mamedir, psicóloga especializada em desenvolvimento de lideranças no Outback Brasil e com MBA em Gestão de Bares e Restaurantes. “Se você não sabe contratar, se não conduz um processo seletivo decente, corre o risco de comprometer toda a operação. O sucesso do restaurante depende muito disso.”

Junia explica que a área de gastronomia tem alta rotatividade porque os gestores não sabem contratar, falham no processo seletivo ao negligenciar o perfil comportamental do candidato à vaga. “ Você precisa fazer com que esse futuro colaborador fale sobre ele, fale sobre a vida pessoal dele, sobre os conflitos dele, sobre aquilo que ele mais se identifica, sobre os maiores desafios. Tem que pedir para ele trazer exemplos de cada um. O gestor precisa saber se o candidato se identifica com atendimento, como é para ele trabalhar com alta pressão, como é para ele trabalhar numa estrutura limitada de operação e onde existe grande demanda, onde precisa de velocidade” detalha Junia que reforça que o contratante tem que “ saber exatamente o que você precisa”.

Sobre o caso do Dona Acarajé, Junia aponta a falta de treinamento como um erro grave. “Se tivesse havido um treinamento adequado, o garçom não teria direcionado aquele tipo de palavra à cliente. Ele teria seguido um protocolo, algo previamente definido.”

Tenha cuidado ao contratar amigos ou parentes 

Muitos pequenos empreendedores acabam contratando amigos ou parentes por confiança ou falta de recursos — mas essa prática pode trazer sérios problemas. “Tem uma frase que levo comigo desde que ouvi do Salim Maron, que trouxe o Outback para o Brasil: contrate o sorriso, treine a técnica. Se a pessoa não tem sorriso, nem adianta tentar ensinar técnica. Às vezes o amigo é fechado, ranzinza, e espera-se que ele vá atender bem, não vai acontecer.” Se não houver outra opção além de contratar um parente, Junia orienta: “No mínimo, o gestor precisa saber o que quer para o seu negócio. Como essa pessoa deve atender? Se você não sabe, não entende de serviço, e ainda coloca um parente sem preparo, corre o risco de tudo dar errado.”

Em tempos em que a experiência do cliente é tão valorizada, saber liderar, contratar e cuidar da equipe é tão importante quanto cozinhar bem. Para além dos holofotes da TV, os bastidores mostram que um restaurante de sucesso começa com gestão emocional, escuta ativa e formação de um time comprometido com o propósito da casa.

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