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Relembre Glória: entrevistas da jornalista estão disponíveis em especial da Globoplay

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Ao longo de cinco décadas, Gloria Maria marcou a história da televisão brasileira, com reportagens marcantes, entrevistas exclusivas e viagens por centenas de países. No dia da morte da jornalista, na última quinta-feira (2), todos os telejornais da TV Globo e da GloboNews relembraram momentos importantes da sua trajetória.

O pioneirismo, o legado e o jeito único de fazer jornalismo fizeram Gloria Maria extrapolar os limites dos telejornais. A vivência adquirida em reportagens no Brasil e mundo afora pela jornalista com rodinhas nas pernas, como costumavam chamá-la por conta de sua paixão por viagens, a transformou também em uma personagem cobiçada pelos programas de entrevistas. Para realizar uma homenagem que represente um pouco da grandeza de Glória, a Rede Globo prepara uma série de homenagens à jornalista na programação da TV Globo, GloboNews, GNT, Multishow, VIVA, Globoplay, g1 e Canal Brasil.

As homenagens iniciaram já no dia do falecimento de Glória, a programação da TV Globo foi reestruturada para homenagear a jornalista. No ‘Lady Night’, foi ao ar a entrevista em que Gloria não fugiu das perguntas desconcertantes de Tatá Wernerck, o mesmo episódio foi reprisado no mesmo dia pelo Multishow e irá ao ar novamente no domingo, às 18h30.

O canal VIVA exibiu no dia 2, antes do capítulo de “Caminho das Índias”, uma edição especial da entrevista de Gloria Maria no remake do TV Mulher. No episódio, Marília Gabriela conversa com a jornalista sobre vida profissional, viagens e questões raciais.

O Canal Brasil exibiu nessa madrugada, à 0h30, a entrevista de Lázaro Ramos com Gloria Maria no programa ‘Espelho’, gravada há 10 anos, em que a jornalista fala sobre o início da carreira, família, preconceito e representatividade.

Na sexta-feira, dia 3, no horário da Sessão da Tarde, a TV Globo reexibiu duas reportagens de Gloria Maria no ‘Globo Repórter’ em viagem pela costa da China. Na atração, foi possível rever a jornalista saltando do maior bungee jump do mundo, em Macau, e se divertindo ao alimentar um urso panda em Hong Kong. E, após o ‘Jornal da Globo’, o ‘Conversa com Bial’ reprisa a entrevista concedida por Gloria Maria e exibida no aniversário da TV brasileira, dia 18 de maio de 2020. A Pedro Bial, seu amigo pessoal e com quem ancorou o ‘Fantástico’ por quase 10 anos, Gloria relembrou momentos importantes de sua carreira e falou sobre o racismo sofrido no exercício de seu ofício em uma entrevista por vídeo, feita durante a pandemia. A entrevista também será exibida pela GloboNews no próximo sábado, dia 4, às 23h.

Outras homenagens

Em sua homenagem, o GNT reapresenta hoje (3), às 22h50, o ‘Papo de Segunda’, exibido pela primeira vez em março de 2021, com a presença da jornalista como convidada. No episódio, Glória fala sobre etarismo e sapiossexualidade com Emicida, Fábio Porchat, João Vicente de Castro e Chico Bosco. Em seguida, à 0h20, no ‘Que História é Essa, Porchat?’, será possível relembrar uma experiência curiosa de Gloria Maria em uma viagem ao Himalaia.

No sábado, dia 3, a partir das 22h30, o GNT também exibe um episódio do ‘Saia Justa’ no qual a jornalista conversa com as Saias sobre autoestima, o sagrado de cada um e a informalidade do carioca. Já meia-noite, o canal reexibe a entrevista de Gloria no ‘Marília Gabriela Entrevista’. Por fim, no dia 4, às 22h30, é reprisada a conversa de Karol Conka com Glória Maria e Palloma Maremoto sobre sentir-se bem na própria pele no ‘Superbonita’.

A viagem de Gloria Maria durante o inverno congelante da Noruega, um dos países mais frios do mundo, será reexibida pela GloboNews no próximo sábado, dia 4, às 9h e no domingo, dia 5, às 17h. Neste Globo Repórter, a jornalista mostrou como é viver em um lugar onde o branco da neve domina as paisagens durante metade do ano e a luz do dia dura apenas três horas. Dormiu em um hotel de gelo, onde as temperaturas chegam a 40º negativos, mergulhou num fiorde congelante e andou de trenó em uma pista de dois quilômetros de extensão e pura adrenalina, os pequenos veículos não têm freio e podem chegar a 20 quilômetros por hora. Um clipe com momentos marcantes da carreira da jornalista também será exibido pelo Especial de Domingo da GloboNews, que vai ao ar a partir das 18h.

O g1 também prepara uma série de matérias e vídeos para homenagear e relembrar a carreira de Gloria Maria, como reportagens marcantes pelo ‘Globo Repórter’, algumas das viagens para mais de 160 países, o pioneirismo na profissão, além de uma lista com cinco momentos em que Gloria Maria foi transgressora e quebrou barreiras no jornalismo. Dentre os inúmeros grandes momentos, um resgate de matérias feita por ela em diversos estados brasileiros, os memes históricos protagonizados e a comoção da despedida, a partir de depoimentos de famosos, políticos e autoridades. O especial também reúne conteúdo em vídeo, a partir de uma seleção de playlists que trazem reportagens do ‘Fantástico’ e ‘Globo Repórter’, as homenagens dos jornalistas e a trajetória completa de Glória Maria.

No Globoplay, toda a cobertura jornalística e as homenagens da TV Globo e da Globo News à Gloria estão em destaque. No trilho “Relembre Gloria Maria”, estão disponíveis programas e reportagens marcantes dela ou com ela em atrações como ‘Programa do Jô’, ‘Lady Night’ e ‘Conversa com Bial’, assim como suas emblemáticas entrevistas com Michael Jackson, Madonna, Elton John, entre outros.

Crianças pretas têm menos acesso à primeira etapa da educação básica

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Foto: Freepik

Texto: Kelly baptista

Especialistas apontam que atualmente mais de 330 mil crianças brasileiras de 4 e 5 anos, não estão frequentando a pré-escola como deveriam. De acordo com o Relatório divulgado na última terça-feira (31), pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com o Unicef e a União dos Dirigentes Municipais de Educação, a frequência escolar se distribui de maneira desigual no país. No Nordeste, 96,7% das crianças estão na pré-escola; no Sudeste, 95%; no Sul, 93,6%; no Centro-Oeste, 89,2% e, no Norte, 88,5%.

Para Bianca Dantas, professora e responsável pelos conteúdos da plataforma e do chatbot AprendiZAP, a fase da primeira infância é fundamental para o desenvolvimento da criança. É neste momento que ela é estimulada a desenvolver suas habilidades e a sua sociabilidade, aprendendo a ter responsabilidade sobre si, sua comunidade, e sua relação com o meio ambiente. “Negligenciar o acesso à educação nos primeiros anos impede que os estudantes cheguem mais preparados para o Ensino Fundamental (a partir dos 6 anos), podendo interferir no seu processo de alfabetização e por consequência na sua permanência na escola. Quanto antes inserimos as crianças no ambiente escolar, maiores são as chances delas permanecerem e de combatermos a evasão”, afirma a professora.

Raça e renda

A pesquisa também aponta que crianças pretas, pardas e indígenas são as que possuem menos acesso à educação, 91,9% delas estavam na pré-escola, contra 93,5% das crianças brancas e amarelas. Além disso, foi visto que a condição da mãe é outro ponto determinante: entre as mães com ensino fundamental, 95,3% dos filhos frequentaram a pré-escola, esse número cai para 91,1% quando a mãe possui o ensino fundamental incompleto. 

Em relação à renda das famílias das crianças fora da pré-escola no Brasil, enquanto a taxa de frequência das crianças em situação de pobreza era de 92% em 2019, a de crianças que não estavam nesta situação era de 94,8%. Ao analisar os dados por regiões brasileiras, Sul e Norte se destacam negativamente, com as maiores desigualdades na frequência escolar, com uma diferença de 8,8% e 8,2%, respectivamente.

“Crianças pretas e pobres são, historicamente, mais vulnerabilizadas no Brasil e essa desigualdade no acesso à educação infantil privilegia alguns grupos em detrimento de outros, afinal as crianças pretas e pobres que não frequentam a pré-escola têm menos acesso a estímulos, interações, alimentação e segurança. Isso pode comprometer o desenvolvimento, impactar a progressão e a transição para as etapas de ensino sequentes, além de reproduzir desigualdades que atrasam o nosso país”, explica Maíra Souza, Oficial de Primeira Infância do UNICEF no Brasil.

Estratégias de atuação

O cenário precisa ser mudado e avaliado urgentemente, precisamos estruturar ações concretas como sociedade e governo para reduzir a evasão escolar, sabemos que a  Educação Infantil é ofertada, prioritariamente, nas redes municipais de ensino, sendo assim capacitar gestores municipais é primordial:

  • Planejar e acompanhar a expansão de vagas, observando que os grupos minorizados precisam de mais atenção para não evadirem;
  • Identificar e localizar as crianças que não estão matriculadas na pré-escola, utilizando estratégias como a Busca Ativa Escolar;
  • Ter estratégias de atuação com os cuidadores atentando-os para a importância;
  • Articular ações intersetoriais, integrando saúde, assistência social e educação para a promoção do direito à pré-escola às crianças;

Segundo o novo ministro da educação, Camilo Santana, a educação brasileira foi tratada como ‘subproduto’, “apenas uma em cada três crianças é alfabetizada na idade certa neste País, ou seja: a maioria é analfabeta dentro da própria escola, o que provoca graves repercussões na sequência da vida dessas crianças”.

*Kelly Baptista Gestora Pública, diretora executiva da Fundação 1Bi, mentora, membro da Rede de Líderes Fundação Lemann e Conselheira Fiscal do Instituto Djeanne Firmino. 

Fonte de auxílio do conteúdo:  G1 | Diário do Litoral

2023 também vai ser dela: Ludmilla estampa sua primeira capa na Vogue Brasil

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Ludmilla para a Vogue de fevereiro de 2023 — Foto: Fernando Tomaz

Desde o início de sua vida musical, Ludmilla mostrou um estilo único e inovador em suas canções e método de expressão – do vestir ao falar – e conversou sobre o assunto para a revista de moda Vogue.

“Quando vi o DVD Experience pela primeira vez, me encontrei. Era tudo o que eu queria fazer: cantar, dançar e ter aquela liberdade em cima do palco”. Sobre seu estilo pessoal, Ludmila fez questão de falar que gosta de transmitir seu estilo de forma pessoal e único.

“Sempre tive uma ligação com a moda, mas do meu jeito. Quando não tinha grana, gostava de ousar na roupa, no cabelo, no make. A moda tem muito mais a ver com a maneira como queremos nos mostrar do que com dinheiro. Depois de famosa, pude ter acesso às melhores marcas de roupas e acessórios, e hoje vejo como meu estilo mudou”, reflete.

A mãe da cantora também falou sobre o ocorrido e explicou que o “gostar da música” vem desde a infância. Silvana lembrou que, nos momentos de lazer, Lud estava sempre escutando música em seu quarto. “Quando pequena, ela era muito levada, mas sempre foi autêntica e com um espírito de liderança e uma criatividade muito grandes”, conta a mãe.

Hoje tem se realizado sendo cada vez mais ela, a Ludmilla do funk, do pop e também do pagode. Foi a primeira cantora negra da América Latina a alcançar a marca de 1 bilhão de streams no Spotify – número que atualmente ultrapassa os 2 bilhões – e acaba de ser consagrada pelo Grammy Latino com o projeto “Numanice”. E o que Lud diria à MC Beyoncé? “Continua firme garota. O mundo é seu.”

Na prática, Ludmilla estourou com o álbum de estreia, Hoje, de 2013. O segundo trabalho, A Danada Sou Eu (2016), ganhou as rádios chamando a atenção para um gênero popular que é a cara do Rio (e do Brasil), mas que ainda carrega uma boa dose de preconceito. Todo o impacto lhe rendeu, naquele ano, uma indicação ao Grammy Latino de Melhor Álbum Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa.

O maior legado que a Glória Maria deixa para as pessoas negras é: dane-se a opinião dos outros

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Foto: Reprodução

“Eu sou essa mulher louca, rebelde que não aceita viver sem liberdade”. Glória Maria nunca viveu para agradar alguém que não seja ela mesma. Falar sobre questões raciais, não era o assunto preferido dela. Não foram poucas  as vezes que ela foi criticada, inclusive, pela comunidade negra. Um exemplo foi quando durante uma entrevista em ao Glamurama, em 2020 ela disse “Eu acho tudo isso um saco. Hoje tudo é racismo, preconceito e assédio”. Concordando com ela ou não o fato, é que ela colocou luz a um fato que as pessoas brancas desconhecem: nós negros não pensamos de maneira uniforme sobre tudo. 

Durante sua participação no programa Roda Viva mais uma vez, indagada sobre as cobranças da militância negra que esperava a jornalista falasse mais sobre racismo, ela responde com firmeza: “Só de ser quem eu sou… não tem posicionamento maior do que esse”, disse ela ao explicar que foi a primeira pessoa a usar a “Lei Afonso Arinos“, no Brasil. 

Foto: Reprodução/Instagram

Padrão estético, mesmo para ela que começou há 50 anos, nunca foi uma opção. “No começo da minha carreira, eu usava o cabelo black power porque eu queria usar. Não porque ninguém me falou que era um movimento negro. Usei anos, de várias maneiras. Depois, deu, não quero mais. Porque eu faço da minha vida e do meu corpo o que eu quero, e não o que as pessoas querem que eu faça”, comentou a jornalista em entrevista ao Mano Brown.

É indescritivelmente satisfatório ter vivido na mesma época que ela viveu. Em 1977, Glória Maria foi a primeira repórter a entrar no ar ao vivo e a cores no ‘Jornal Nacional’ e desde lá ela só cresceu na TV e na vida pessoal. Namorou muito e, de acordo com ela, chegaram a ser três homens simultaneamente.  Ela  conheceu 80% do planeta e foi ela mesma o tempo todo. “A minha vida é única e intrasferível”. 

Foto: Reprodução/Instagram

A mente livre de Glória foi fundamental para que ela entrasse para história do jornalismo brasileiro. “Sou movida pela curiosidade e pelo susto. Tenho que perder a racionalidade, deixar a curiosidade e o medo me levarem. Aí faço qualquer coisa”.

Poder ir para onde quiser e falar o que quer, para quem é negro, não é sempre confortável. Por isso é lastimável que ela tenha ido tão cedo. Ainda tínhamos tanto para aprender com Glória, mas como mulheres como ela são eternas, que possamos aprender a lição de que somos livres e precisamos usar mais desse direito, assim como ela, sem medo de ser feliz. 

Show de Rihanna no Super Bowl 2023 será exibido pela RedeTV

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Foto: Apple Music

O Super Bowl 2023 e o show do intervalo com a Rihanna, 34, serão exibidos ao vivo pela RedeTV, no dia 12 de fevereiro, a partir das 20h30, no horário de Brasília, informou a emissora. Esta é a primeira vez que o show na final do maior campeonato de futebol americano dos Estados Unidos será transmitido na TV aberta brasileira. 

O show marca o retorno de Rihanna aos palcos após hiato de cinco anos e é um dos momentos mais esperados pelos fãs. Sua última aparição em show público foi em 2018, durante a apresentação no Grammy Awards, junto com o DJ Khaled

Na última terça-feira, 31 de janeiro, a atriz e cantora Sheryl Lee Ralph, 66, anunciou em seu Instagram que vai abrir o show da Rihanna no Super Bowl. “Alguém me acorde desse sonho! Nunca desista de você, baby! Cantarei Lift Every Voice and Sing no Super Bowl LVII – Vejo vocês lá”, comemorou.

O show de intervalo dura no máximo 15 minutos e é um dos eventos musicais mais aguardados no mundo, assistido por centenas de milhões de pessoas. Em 2022, o público contou com a presença dos rappers Dr. Dre, Snoop Dogg, Mary J. Blige, Kendrick Lamar e Eminem.

O Super Bowl deste ano será realizado em Phoenix, Arizona. A arena é a casa do time de futebol americano Arizona Cardinals.

O retorno da festa de Iemanjá no ano do seu centenário

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Foto: AFP

Janaína, Inaé, Mucunã, Iara, Rainha do Mar, Iemanjá com seus diversos nomes, mas com a mesma força vital, com o mesmo axé relacionado às águas. Ela controla e ao mesmo tempo é o mar. O mar também é a sua morada. O azul e o branco são suas cores. Com a mitologia dos orixás aprendemos que Iemanjá junto com seu esposo Olodumare criou o mundo e os orixás. Conhecida pela beleza, sedução, amor e maternidade (mãe dos orixás). 

Diversas cidades brasileiras em diferentes dias do ano celebram a divindade das águas. Aqui, neste texto, falarei especificamente da importância da festa que ocorre, ano após ano, em Salvador, no dia 02 de fevereiro. Em 2023, o festejo no Rio Vermelho comemora 100 anos. O bairro onde a festa acontece começa a receber devotos e foliões ainda na noite do dia primeiro de fevereiro. Entre um samba de roda e uma roda de capoeira, as pessoas se encontram para celebrar a dona das águas. Tem início aí a sociabilidade festiva, que abarca tanto o sagrado quanto o profano. A fila para visitar a casa de Iemanjá, localizada ao lado da Igreja Católica de Sant’Ana, começa também na madrugada e se estende durante todo o dia 02. É possível ver, a cada instante os grupos chegarem, são adeptos do candomblé com seus presentes, atabaques preparados para abrirem uma roda. São muitas as rodas na faixa de areia. Muitas são as embarcações que levam os devotos e seus presentes ao mar. O ápice da festa acontece de tarde, no momento em que o presente principal, feito pelos pescadores locais deixam a casa em direção ao mar. 

Após esta breve descrição, fica a pergunta quando começaram as homenagens a Iemanjá na Bahia? Em Salvador, as homenagens à Rainha do Mar tiveram início em fevereiro de 1923, na época um grupo de cerca de 25 pescadores deram a orixá oferendas e junto com os presentes um pedido: o fim da escassez na pesca e por conseguinte abundância de peixes. 

Iemanjá como todos os orixás são heranças dos nossos antepassados africanos que vieram para cá no processo de exploração colonial. No Brasil, o culto aos orixás foi modificado e é símbolo de resistência negra. O mar tem diversos sentidos, é por ele que antigos reis e rainhas africanas são transformadas em cativos, é no mar que muitos dos nossos foram quando não aguentaram a violência da travessia transatlântica, mas é também esse mar que nos sustentou provendo peixes e outros frutos. Entre o amor e a resistência Iemanjá continua sendo, ao menos em Salvador, a única divindade do panteão das religiões afro brasileiras que têm uma festa popular para si, comemorada no dia 02 de fevereiro. Em 2020, foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial de Salvador demonstrando assim a importância dessa manifestação cultural e religiosa para a construção da identidade soteropolitana. 

A saúde mental das trabalhadoras

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Foto: Freepik

Texto: Por Ivair augusto Alves dos Santos

Sofrimento psíquico é comum a todas as pessoas, mas é preciso um olhar mais atento para perceber que as mulheres adoecem mais. É preciso ter uma abordagem específica.

Após a pandemia de Covid-19, o número de casos de adoecimento mental intensificou-se. E muitas vezes usamos o senso comum para realizar interpretações generalizantes, que podem levar à formulação de estratégias equivocadas para o enfrentamento do problema.

A dra. Edith Seligman, no texto “Acidentes de Trabalho e a dimensão psíquica,” aponta esses equívocos:

– Imaginar que o adoecimento mental só ocorre em pessoas mais frágeis ou “predispostas”.

– Por causalidade, não considerando devidamente fatores do trabalho, assim os transtornos mentais teriam sua causalidade relacionados a fatores externos ao trabalho, como: na violência urbana, no trânsito, em conflitos familiares, falta de dinheiro, etc..

– Vulgarização da psicanálise, que resulta em localizar todas as causas do mal estar no passado infantil.

Todas essas situações fariam parte da cultura dominante permeada de ideologias e preconceitos que dificultam a compreensão do adoecimento. É necessário levar em conta a psicanálise, a psicopatologia do trabalho e a neurologia da ergonomia, além de estudos sobre o processo de organização do trabalho.

Analisando o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde, sobre Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho (TMRT) para o Estado de São Paulo constatamos uma predominância de mulheres. Nos últimos cinco anos, de 2017 a 2022, foram notificadas 2810 ocorrências de TMRT em todo o estado de São Paulo e as mulheres representam 68% dos casos de adoecimento mental.

O que explicaria essa predominância de mulheres nesse universo de casos notificados no Estado de S. Paulo?

O Instituto Cactus, em um trabalho denominado “Caminhos em Saúde mental”, levantou algumas hipóteses do motivos dessas mulheres terem mais casos de adoecimento mental.

  • Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o gênero implica diferentes suscetibilidades e exposições a riscos específicos para a saúde mental, por conta de diferentes processos biológicos e relações sociais. Ser mulher contempla vivências estruturalmente diferentes daquelas experimentadas pelos homens;
  • A sobrecarga de trabalho é apresentada por diversos estudos como um dos principais fatores que deixam as mulheres mais vulneráveis ao sofrimento psíquico. A baixa qualidade de emprego, somada ao trabalho doméstico, que é quase exclusivo para mulheres, traz essa sobrecarga;
  • As mulheres são duas vezes mais propensas ao suicídio e automutilação. As maiores taxas de crescimento de suicídios estão entre as mulheres;
  • A gravidez não é uma doença e trabalhar durante a gravidez não representa um risco em si. No entanto, durante a gravidez, no parto e no período pós-parto, há riscos particulares para a saúde da mulher e filho/a, que podem implicar a necessidade de uma proteção especial no local de trabalho;
  • O racismo, enquanto relação de poder e sustentação de privilégios, produz subjetividades e gera sofrimento nas mulheres negras, que também sofrem discriminação de gênero;
  • A saúde mental das mulheres pode ser impactada quando elas são vítimas de violência psicológica, física, sexual e institucional, resultado de práticas sociais e culturais machistas;
  • As mulheres procuram mais os serviços de saúde e são estereotipadas como “poliqueixosas”, mas elas, ao mesmo tempo, muitas vezes se calam diante da violência de gênero;
  • Durante a crise provocada pela pandemia de Covid-19, agravou-se o cenário por perda da renda e aumento da desigualdade de renda e de acesso a serviços.

Ao examinar o perfil sociodemográfico das notificações no Banco de dados do Sinan de pessoas com TMRT, encontramos os seguintes dados sobre as trabalhadoras: A escolaridade das trabalhadoras com TMRT, é de 43% do conjunto das mulheres que têm curso superior completo, mostrando um importante crescimento educacional dos últimos anos.

Quanto ao item raça e cor das trabalhadoras com adoecimento psíquico, 59% são mulheres brancas e 26 % são mulheres negras. Os sintomas mais comuns de TMRT encontrados são estresse pós-traumático, depressão e ansiedade.

O perfil encontrado das mulheres brancas precisa ser acrescido de uma explicação, pois na verdade a categoria ocupacional predominante, que foi notificada no Sinan está no setor financeiro, onde os cargos de gerência são ocupados majoritariamente por mulheres brancas.

As ocupações com maior incidência de adoecimento são as relacionadas ao setor bancário, profissionais de saúde, trabalhadoras da área da limpeza e profissionais da área da educação.

As mulheres negras estariam na categoria da enfermagem, que é expressiva no registro de TMRT, e que cresceu durante a pandemia da Covid-19.

Dra. Alva Helena deu um depoimento sobre o sofrimento que a pandemia da Covid-19 causou nos profissionais de saúde da linha de frente da assistência: “Não havia EPIs disponíveis, havia a orientação que não era para usar máscaras para não assustar a população, começaram a divulgar os dados de contaminação e morte desses trabalhadores e comecei a ficar absolutamente agoniada com isso tudo”, disse. Segundo o Conselho Federal de Enfermagem morreram cerca de 4.500 enfermeiros durante a pandemia.

As mulheres negras representam 53% dos profissionais de enfermagem, segundo pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) em 2017. Apesar de ter um peso relevante na categoria, elas estão concentradas em postos de nível médio, mais precarizados e com menor remuneração. Quase 60% das técnicas e auxiliares de enfermagem são negras.

Os dados do Sinan sugerem a necessidade dos serviços de saúde e de acolhimento psicológico priorizarem o atendimento às mulheres, reconhecendo a necessidade de uma abordagem que leve em conta as especificidades. No caso das mulheres negras, o racismo precisa ser reconhecido como uma prática que afeta sua subjetividade.

O isolamento causado pela pandemia da Covid-19 e a falta de serviços de qualidade para acolher essa demanda (cuidados das pessoas que adoecem) só aumentam o sofrimento e podemos afirmar que vivenciamos uma epidemia da solidão.

É preciso reconhecer a necessidade de nos preocuparmos com a saúde das trabalhadoras em momentos de instabilidade política e desemprego.

O desafio está em reorientar ações de planejamento dos Centros de Referência de Saúde do Trabalhador para que priorizem sua atenção para trabalhadoras. Um trabalho que exigirá um diálogo e parceria com os sindicatos das atividades mais afetadas: trabalhadoras do setor financeiro, profissionais de saúde e das áreas de limpeza e conservação.

Aline Wirley dispara no Spotify: artista teve aumento de 720% em streams na plataforma depois do BBB

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Foto: Reprodução

Os streams de Aline Wirley no Spotify tiveram um crescimento de 720% desde o dia 12 de janeiro, data em que foi anunciada a lista de participantes do Big Brother Brasil 2023. De acordo com a plataforma, a participação da ex-integrante do Rouge também impulsionou as buscas por sucessos do grupo no serviço de streaming.

Ragatanga (Asereje) – Versão Editada, Um Anjo Veio me Falar (Angel in my Heart) e Brilha La Luna são as faixas mais escutadas, consecutivamente, no período de 1 a 25 de janeiro.

Além de Aline, Marvvila e MC Guimê também estão crescendo na plataforma. A Pagodeira – Ao Vivo, Vendaval, País do Futebol e Plaque de 100 estão entre as cinco músicas mais escutadas, respectivamente, também neste início de ano.

Perfil dos usuários

Aline Wirley é mais escutada entre os usuários de 30 a 34 anos; Marvvilla tem um público maior entre 25 e 29 anos e Mc Guimê é o preferido pelos jovens de 18 a 24 anos. Além de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, a cantora paulista se destaca também em Fortaleza e Brasília; enquanto que a cantora carioca marca presença em Porto Alegre e Campinas. Já o rapper paulistano tem Curitiba entre as cidades que mais soltam o play nas suas canções.

“Ela quer viver a vida dele”, diz pai de Thamara sobre mãe de Will no reencontro de “Casamento às Cegas”

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O episódio de reencontro do reality “Casamento às Cegas” foi ao ar na última quarta-feira (1), no episódio, os participantes tiveram a oportunidade de falar pela primeira vez sobre os desfechos dos relacionamentos, alguns pais foram convidados para participar da lavação de roupa suja e o pai da Thamara, que segundo os internautas foi o “craque do jogo”, falou algumas verdades para dona Maura, mãe de Will.

“Se deixou levar pela mãe dele sim! Ela tem um poder sobre ele, sim. Ela quer viver a vida dele. (…) Filho é o seguinte, você diz o caminho certo e o errado. Eles vão decidir. Se, por ventura, eles quebrarem a cara, a senhora tem que estar de braços abertos para recebe-lo de volta. Não interferir na decisão deles.” soltou Wanderlei

Dona Maura, mãe do participante Will tornou a dizer que não interferiu na decisão de Will, mas que sentiu que o filho não amava a Verônica

“Eu senti isso, ele não falou isso pra mim. Mas a decisão dele falar “não” não fui eu quem induzi o William.”, explicou Maura

Durante toda a conversa, a participante Verônica, que soltou no início que não está mais solteira e que conheceu um “Pretão de respeito” concordou com os pontos expostos por Wanderlei, e confrontou Maura, dizendo que a ex-sogra a tratou com grosseria e foi asquerosa durante o experimento.

https://twitter.com/tjpc33/status/1620892833787043840?s=20&t=bq_EPCFUeVL1uevJ8wCyOw

“Como dizia minha mãe, cada um dá o que tem. E apesar de Dona Maura ter sido extremamente grossa e asquerosa comigo, eu quero agradecer. Porque isso me deu um livramento, eu ia tomar a pior decisão da minha vida ali, porque isso ia me ferrar pra caramba e isso tá bem claro, bem óbvio”

Os participantes Robert e Flávia revelaram não estarem mais juntos. Robert precisou contar o motivo e em prantos confirmou um boato que já rolava nas redes sociais há algumas semanas, ele estava conversando com outras mulheres em aplicativos de relacionamento e Flávia flagrou quando ele recebeu uma mensagem marcando date.

Flávia alegou que Robert a traiu duas vezes, já que ainda no experimento ambos excluíram juntos os aplicativos de relacionamento, logo, já casado, Robert instalou de novo para manter conversa com outras pessoas.

“Eu me senti duplamente traída, o app foi desinstalando do seu celular na minha presença morando juntos, assim como eu desinstalei os meus. A conversa aconteceu 3 semanas atrás em um período que a gente já tava casado há um tempo (…) você falou pra mim que também flertou presencialmente em alguns pagodes que você foi em São Paulo” explicou Flávia.

A participante se mostrou empática com o ex, que estava aos prantos durante todo episódio e se mostrando disponível para novas conversas e um possível retorno a vida de Flávia. Em suas redes sociais Flávia fez um vídeo falando sobre perdão e desrespeito.

“Perdoado ele já está. Não confundam perdão com permissividade. É possível perdoar alguém e seguir com a vida. Se ele mudou, bom pra ele e para os próximos relacionamentos 🙏🏾” publicou a enfermeira.

Já Thamara e Alisson estão muito bem casados! O casal revelou que continuaram juntos e não pouparam sorrisos e demonstração de afeto durante o reencontro. Nas redes sociais, o casal que para não dar spoiler, escondeu bem a relação, soltou diversos vídeos e fotos juntos de uma vez logo após a transmissão do programa.

“Mas agora acabou a espera, acabou a angústia e o suspense. Muito obrigado(a) por todo mundo que torceu por nós e por todo carinho que nos deram aqui! Thamalisson vive ! Feliz ano novo e bem vindos a nossa vida real ❤️”

Dan Ferreira estreia carreira na música

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Foto: Wendy Andrade / Divulgação

Nesta quinta-feira (2), o ator Dan Ferreira fez sua estreia na música com o lançamento do single “Saturno”. Aos 31 anos, o ator e cantor deve lançar seu primeiro álbum ILÁ ainda em fevereiro, trazendo o rap como gênero principal, além de sonoridades como samba, ixejá, samba reggae, afrobeat e r&b.

O single lançado hoje é de composição do artista. “SATURNO surge da necessidade de cuidarmos de nós, do nosso Ori, de nossas cabeças, para assumirmos plenamente o compromisso ancestral de prosperar com responsabilidade, por quem veio antes e por quem ainda virá. Chega com a coragem e esperança pelo nascimento do meu primeiro filho. Enxergar o universo interior pelo desejo de sabedoria, para que as armadilhas do caminho não nos façam perecer. Uma vontade de ser maior, cuidar de mim para cuidar de nós, curar e deixar legado”, ressalta Dan.

Dan Ferreira reúne trabalhos de destaque no cinema e TV (novela “Amor de Mãe”, em 2019 e o filme “Pixinguinha, Um Homem Carinho”, em 2021), vive um momento especial, sem dúvida. Ele também poderá ser visto nos cinemas, onde irá interpretar o cantor Gilberto Gil, na juventude, no longa “Meu Nome é Gal”, que tem previsão de estreia para 2023.

Noivo da atriz e cantora Jéssica Ellen, os dois tiveram seu primeiro filho, Máli Dayó, em dezembro do ano passado.

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