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Conta ‘@vp’ é assumida por atual vice-presidente dos EUA no Instagram e Kamala Harris ajusta perfil na rede social

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Foto: Anna Moneymaker / arquivo Getty Images

A ex-vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris realizou alterações em sua conta oficial no Instagram após o término de seu mandato, marcado pela posse de Donald Trump como 47º presidente do país na última segunda-feira (20). Harris, que ocupou o cargo de vice-presidente por quatro anos, atualizou a biografia de seu perfil, removendo o link para a conta oficial do vice-presidente (@ vp), que agora é gerenciada pela nova administração republicana e foi atualizada com a foto de JD Vance.

A transição de contas de mídias sociais é uma prática padrão em trocas de governo nos Estados Unidos. Plataformas como Facebook, Instagram e X (antigo Twitter) transferem as contas oficiais de líderes como presidente, vice-presidente e primeira-dama para os novos ocupantes do cargo, mantendo os seguidores, mas reiniciando o conteúdo postado. A nova administração, composta por Trump e pelo vice-presidente JD Vance, assumiu o controle das contas oficiais, incluindo @ potus (Presidente dos Estados Unidos) e @ vp (Vice-Presidente).

A mudança das contas oficiais nas redes gerou confusão entre os usuários. Muitos se depararam com postagens da nova administração, incluindo imagens de Trump e Vance, mesmo sem terem interagido diretamente com os novos líderes. Isso ocorreu porque os seguidores das contas oficiais dos líderes anteriores são automaticamente transferidos para os sucessores.

No caso de Harris, a bio de sua conta pessoal foi ajustada para refletir sua atual posição como cidadã privada e política, com a descrição “sempre lutando pelo povo”. Anteriormente, ela incluía um vínculo direto à página oficial da vice-presidência (@vp). Durante a cerimônia de posse no Capitólio, Kamala Harris marcou presença ao lado do ex-presidente Joe Biden, que também deixou a Casa Branca após a derrota nas eleições de 2024.

Confusão entre usuários de redes sociais

Relatos indicam que alguns usuários, que afirmam nunca ter seguido as contas durante a gestão Biden-Harris, encontraram-se inscritos automaticamente nos perfis da administração Trump. Porta-vozes da Meta, empresa que controla Facebook e Instagram, negaram irregularidades, explicando que a transição é parte de um protocolo estabelecido.

Histórico do processo

A transição de contas oficiais foi formalizada pela primeira vez em 2017, na troca de governo entre Barack Obama e Donald Trump. Desde então, as publicações das gestões anteriores são arquivadas, ficando acessíveis ao público em contas específicas que preservam os registros históricos.

Especialistas apontam que o modelo adotado visa manter a continuidade e a transparência das comunicações governamentais, ao mesmo tempo que permite aos cidadãos acompanhar o trabalho da administração atual.

Reações nas redes sociais

A troca de comando gerou debates sobre o impacto de políticas da Meta e a relação da empresa com a administração Trump. No entanto, usuários que desejarem deixar de seguir as novas contas podem fazê-lo manualmente nas plataformas. Kamala Harris segue ativa em sua conta pessoal no Instagram (@kamalaharris) e no X, enquanto Joe Biden mantém suas publicações no perfil @joebiden.

21 de janeiro – Dia de Combate à Intolerância Religiosa: a resistência e o orgulho do povo negro

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Busto de Mãe Gilda, em Itapuã (BA). Foto: Secom/Governo da Bahia

Hoje, 21 de janeiro, celebra-se o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Criado em 2007, por meio da lei 11.635, o dia é um marco para conscientizar a sociedade sobre a gravidade e a urgência das agressões motivadas por crenças religiosas. Enquanto sociedade é importante lembrarmos as vulnerabilidades enfrentadas historicamente pelos adeptos das religiões de matrizes africanas. O dia 21 de janeiro é conhecido pelo combate à intolerância religiosa em homenagem à ativista social e ialorixá Mãe Gilda de Ogum, que liderava o terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, em Salvador, na Bahia. Em 2000, a família e o terreiro de Mãe Gilda foram alvos de violência e vandalismo, que ocasionaram a morte de infarto dessa mulher negra, símbolo da luta contra o racismo religioso. 

No Brasil, o candomblé e a umbanda são as religiões mais atacadas e os crimes são realizados, principalmente por fieis ligados às igrejas evangélicas neopentecostais. De acordo com dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o número de violações motivadas por intolerância religiosa cresceu 80% entre 2022 e 2023 registrados pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos). Ainda segundo o órgão, as religiões de matriz africana seguem como as mais afetadas por esse tipo de violência, onde seus corpos, crenças e templos são atacados simbólica e/ou fisicamente. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia chamam atenção pelo número elevado de casos .

Dos diversos direitos constitucionais que ao povo negro é negado configura também a falta de expressão e liberdade de crenças e cultos, pois somos sistematicamente atacados. Assim, o movimento negro contemporâneo luta para garantia de direitos (à educação, à moradia, à comida, à vida, às crenças) já oficialmente conquistados na legislação, mas nem sempre atendidos pelo Estado. 

O candomblé já nasceu no século XIX, como resistência, lá na Bahia (a mesma de Mãe Gilda) e assim seguirá ocupando as ruas, como o Sabejé (ritual em celebração a Omolu) na Avenida Paulista organizado pelo babalorixá Rodney William do terreiro O Ilê Obá Ilê Oba Ketu Axé Omi Nlá que ocupa a mais importante via do centro da capital de São Paulo. Com os ojás na cabeça, fios de contas no pescoço, seguimos como existência potentes protegidas pelas forças dos orixás, celebrando livremente nos templos, casas e ruas.  

Vencedora do Emmy, ‘Abbott Elementary’ é renovada para 5ª temporada

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Foto: ABC

Enquanto a quarta temporada da série ‘Abbott Elementary’ está sendo exibida nos Estados Unidos, a ABC anunciou nesta terça-feira (21), a renovação para a quinta temporada. A produção é a primeira a ser confirmada na programação para a temporada 2025-26.

A renovação antecipada não é novidade para Abbott Elementary, que garantiu renovações antes das apresentações de maio em cada uma de suas três primeiras temporadas.

Recentemente, a comédia vencedora do Emmy Award, exibiu o episódio em crossover com ‘It’s Always Sunny in Philadelphia’, da FX, e atraiu 8,05 milhões de espectadores com uma semana de exibição multiplataforma, conquistando um recorde para a nova temporada da série.

‘Abbott Elementary’ retrata a realidade de uma escola pública da Filadélfia que sobrevive com poucos recursos financeiros e professores com baixos salários, porém empenhados em dar o seu melhor para educar as crianças.

Além da criadora Quinta Brunson estrelar a série, o elenco também inclui Tyler James Williams, Sheryl Lee Ralph, Janelle James, Chris Perfetti, Lisa Ann Walter e William Stanford Davis.

No Brasil, as três temporadas de ‘Abbott Elementary’ estão disponíveis no Disney+. A quarta temporada ainda não ganhou data de estreia.

“Nossa novela tá no mundo”, Duda Santos celebra destaque internacional de ‘Garota do Momento’ em matéria da Variety

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Foto: Globo/Léo Rosário

“Garota do Momento” está chamando a atenção no cenário internacional. Protagonizada por Duda Santos, a novela foi destaque em uma matéria da Variety, uma das mais conhecidas revistas internacionais de entretenimento, que ressaltou a abordagem de temas como racismo e sexismo no folhetim, escrito por Alessandra Poggi, com direção-geral de Jeferson De.

Interpretando Beatriz, Duda Santos celebrou em suas redes sociais o reconhecimento conquistado pela trama: “Nossa novela tá no mundo”, escreveu em seu Instagram. A novela, exibida no horário das 18h da Globo, reflete uma tradição de sucesso consolidada por novelas históricas e voltadas para a família, como “Chocolate com Pimenta” e “O Cravo e a Rosa”. Entretanto, “Garota do Momento” dá centralidade à história de uma protagonista negra e aborda questões de racismo e desigualdade, temas raramente explorados nesse horário de maneira tão marcante.

Durante o Content Américas, evento sediado em Miami voltado para os mercados latino e hispânico, com novelas, séries, documentários e formatos, a autora Alessandra Poggi contou à Variety como tem inserido temáticas sociais na novela: “Isso é algo que gosto de investigar no meu trabalho: quem na sociedade é feliz? Quem está prosperando? Quem não está? Em 1958, os homens traíam suas esposas constantemente; a sociedade era muito sexista e racista. Os filhos de mães divorciadas sofriam muito. Pessoas queer não conseguiam viver a verdade. Então, eu queria falar sobre essas questões, que infelizmente ainda são relevantes hoje. Eu não podia ignorar isso”, afirmou.

Na história, Duda Santos interpreta Beatriz, uma jovem marcada por desafios pessoais e por um contexto social de opressões. Ambientada em 1958, a novela revisita um período considerado próspero no país, mas expõe as dificuldades vividas por mulheres negras, trabalhadores e minorias marginalizadas.

“Garota do Momento” teve sua estreia no dia 4 de novembro de 2024 e no primeiro dia alcançou 21 pontos na Grande São Paulo, o melhor desempenho para uma novela das seis nos últimos dois anos. Na capital carioca, a trama chegou aos 25 pontos, superando as três produções anteriores transmitidas no mesmo horário.

Grupo de pesquisa da UFF lança novo site com mapeamento inédito sobre racismo religioso no Brasil

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Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O grupo de pesquisa GINGA, da Universidade Federal Fluminense (UFF), lançou nesta semana, em comemoração ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, um novo site que centraliza dados, relatórios e recursos educativos. A iniciativa surge como uma resposta à dificuldade de coletar dados sobre conflitos étnico-raciais-religiosos, uma vez que as denúncias institucionais muitas vezes são subnotificadas e carecem de detalhamento quanto ao fenômeno, ou ainda não são encontradas para consulta pública facilmente pela população. 

O site disponibiliza para consulta pública, um acervo de dados com notícias publicadas na imprensa sobre os povos de terreiro, com a possibilidade de o usuário filtrar as informações de acordo com seus interesses. O grande diferencial da plataforma é a possibilidade de baixar informações filtradas, permitindo que pesquisadores, ativistas, jornalistas, religiosos de matrizes africanas e o público possam acessar dados relevantes de forma rápida e eficiente. 

A coordenadora do GINGA-UFF, Ana Paula Miranda explica que o portal reúne o relatório para download, uma base de dados interativa e atualizações sobre casos de racismo religioso. Há também materiais educacionais e um espaço dedicado à divulgação da mobilização social. “Nosso site é uma ferramenta crucial para sensibilizar a sociedade e articular ações políticas. É mais um passo na luta contra o racismo religioso e pela valorização das religiões de matriz africana”, destaca. 

Miranda afirma também que, “basta um caso para que as instituições observem os conflitos de natureza étnico-racial-religiosa e tenhamos a efetivação de políticas públicas como uma resposta do poder público. A pesquisa busca oferecer uma visão ampliada e detalhada de como essas violações aparecem nas mídias de todo o país, indo além das fontes oficiais. As análises fornecem dados valiosos para políticas públicas, fortalecendo a luta contra a intolerância religiosa e o racismo”. 

O acervo digital do novo portal é resultado de uma pesquisa que iniciou em maio de 2021 com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), visando observar a abrangência e visibilidade dadas pela mídia a atos de preconceito e discriminação contra terreiros e seus adeptos. 

Em 2022, com o apoio do Congresso Nacional, em especial o Deputado David Miranda e a Deputada Taliria Petroni, o escopo da pesquisa foi ampliado para abranger todos os estados brasileiros, permitindo uma análise mais completa do panorama nacional. A pesquisa contribuiu para embasar as discussões na CPI da intolerância religiosa que aconteceram na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). 

Dados sobre violações contra povos de terreiro 

O GINGA-UFF está divulgando a realização de um estudo que abrange o período de 1996 a 2023 utilizando mais de 1.200 publicações digitais para mapear casos de intolerância e racismo religioso. Foram utilizadas mídias digitais que tivessem comprometimento com o conteúdo divulgado e respondessem por ele (autoria identificada, redação, assessoria de comunicação). A maioria das mídias selecionadas é resultante de sites e portais de notícias, 67,0%. Jornais online, (23,1%), blogs (4,6%), revistas online (3,5%) e rádios online (1,8%), complementam as fontes de busca. 

No volume das 1.242 publicações, foram observados 512 eventos relacionados a conflitos de natureza étnico-racial-religiosa, contra religiosos, terreiros e monumentos ou locais com referência às religiões de matriz africana e quanto a religiões de matriz africana de forma generalizada, como discursos de ódio e ofensas. 

O relatório aponta que as invasões e depredações de terreiros representam 25% dos casos mapeados, seguidas por agressões verbais (14,5%) e impedimentos de culto (9%). Em relação às lideranças religiosas, foram registradas 39 mortes violentas durante o período analisado, a maioria de homens. O impacto sobre as mulheres foi destacado, com 40,8% das vítimas sendo do gênero feminino, incluindo cinco mulheres trans. 

Outro ponto de atenção foram os conflitos escolares. O levantamento identificou 29 incidentes relacionados à aplicação da Lei 10.639/2003, que inclui a história e a cultura afro-brasileira no currículo escolar. Além disso, a pesquisa revelou que o Rio de Janeiro lidera em casos de disputas envolvendo o domínio armado.

Além de documentar as violações, o relatório apontou 558 iniciativas de mobilização social e respostas públicas, incluindo atos culturais, campanhas de conscientização e proposições legislativas. Os atos e manifestações públicas somadas representam 23,8% das ações descritas, e são os atos locais os mais expressivos (18,6%). As denúncias nas redes sociais também se destacam como forma de manifestação pública (14,4%). 

A professora Ana Paula Miranda, ressaltou que o estudo vai além de mapear as violações, oferecendo subsídios importantes para a formulação de políticas públicas, pois retrata também toda a rede de mobilização no país. “O trabalho do GINGA é uma tentativa de dar visibilidade às violações e, ao mesmo tempo, destacar a força e a resistência dos povos de terreiro. Queremos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva”. 

Acesse o novo site do GINGA: www.gingauff.com.br.

“Fazer a América branca de novo” este é o verdadeiro slogan do governo de Donald Trump 

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Foto: Getty Images

Desde que Donald Trump se lançou à presidência dos Estados Unidos com o slogan “Make America Great Again”, sempre me perguntei quando os EUA tinham se apequenado. Os EUA nunca deixaram de ser uma potência mundial, e de exercer grande influência sobre o resto do mundo. Então, por que o país precisa voltar a ser uma coisa que nunca deixou de ser?

Devemos lembrar que quem antecedeu Donald Trump foi Barak Obama, o primeiro presidente negro da história do país. A mim, este slogan sempre pareceu uma resposta aos dois mandatos de Obama. Muito estranha a ideia do país ter se apequenado sob a liderança do único presidente negro de sua controversa história.

Fora isso, Trump sempre apresentou um discurso pouco propositivo no que diz respeito à economia e às relações internacionais, focando na suposta “guerra cultural”. Basta lembrar que sua principal proposta em 2016 foi a construção de um muro para impedir a entrada de mexicanos no território norte-americano. Outro carro chefe de sua campanha foi a deportação em massa de imigrantes. Neste sentido, tornar a “America” grande seria deixá-la mais branca sem a presença de hispânicos, latinos e negros de outros países.

Agora, Trump retorna à Casa Branca depois de ter insuflado uma tentativa de golpe no dia 06/01/2021. Inclusive, entre os terroristas que invadiram o Capitólio havia supremacistas brancos. Sua posse, neste 2025, foi marcada por promessas de suprimir políticas de diversidade, e um gesto nazista de Elon Musk, que será integrante de seu novo governo.

Como sabemos, tanto Elon Musk quanto Mark Zuckerberg, já se posicionaram a favor da “liberdade de expressão” em suas plataformas, leia-se permitir discursos de ódio contra minorias. Não nos enganemos, o gesto de Musk é o que chamam de “apito de cachorro”, um sinal para os supremacistas brancos mundo afora de que eles estão representados no novo governo Trump. Resta a nós, aqui no Brasil, temer, pois o que acontece nos EUA, fatalmente acontece aqui também.

Estudante cria museu virtual para destacar cientistas negras e vence prêmio no RJ

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Foto: Instagram /iserj_faetec

Aos 19 anos, Paloma Lima Dias Lins, aluna do curso Técnico em Informática do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro (Iserj), desenvolveu um projeto inovador: um museu virtual interativo dedicado a cientistas negras. O trabalho, que utiliza algoritmos de inteligência artificial, rendeu à estudante o 1º lugar na categoria Divulgação Científica da 18ª Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro, em 2024.

Batizado de “Museu das Cientistas Pretas”, o projeto apresenta 12 pesquisadoras negras de destaque no Brasil, nos Estados Unidos e na África. A plataforma permite que os visitantes conheçam as trajetórias das cientistas por meio de narrativas virtuais. “Foi emocionante poder dar visibilidade a essas mulheres que têm contribuições tão significativas e, muitas vezes, são apagadas da história”, afirmou Paloma.

O museu foi produzido com recursos de ferramentas gratuitas de inteligência artificial, como as plataformas Artsteps, Runway e Vidnoz. As imagens dos cientistas foram transformadas em ilustrações e animadas em vídeos curtos que narram suas conquistas. A iniciativa levou cerca de cinco meses para ser concluída, sob a orientação das professoras Patrícia Felippe Amorim, do curso de Informática, e Monique Gonçalves, de Química.

“Foi um trabalho coletivo, mas Paloma se destacou por sua dedicação e curiosidade em aprender sobre cada uma das cientistas”, disse Amorim. Gonçalves destacou que a pesquisa teve como referência o livro Descolonizando saberes: mulheres negras nas ciências, da escritora Bárbara Carine, vencedora do Prêmio Jabuti em 2024.

Entre as cientistas homenageadas estão nomes como Sônia Guimarães, primeira mulher negra doutora em Física no Brasil, e Jacqueline Goes de Jesus, que liderou o primeiro sequenciamento genético do coronavírus no país. “A maior lição que tirei é que mulheres negras cientistas não recebem o devido reconhecimento, e espero que meu projeto ajude a mudar isso”, declarou Paloma.

Única aluna mulher em sua turma de Informática, a jovem também foi bolsista da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Agora, ela se prepara para disputar uma vaga no ensino superior, com opções que vão de Jornalismo a Química.

A iniciativa do museu reflete um esforço crescente para valorizar a contribuição de mulheres negras na ciência. “É um convite para repensarmos o lugar das mulheres pretas no mundo acadêmico e nas narrativas científicas”, concluiu Gonçalves.

Da Manga Rosa: Chef Lili Almeida ganha quadro de receitas em programa do GNT

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Chef Lili Almeida (Foto: Divulgação)

Reconhecida pelas frases motivacionais nas redes sociais, a chef de gastronomia baiana Lili Almeida integra o elenco da segunda temporada do programa “Da Manga Rosa”, no GNT, com um quadro de receitas inspirado na culinária do norte e nordeste brasileiro, cheio de ingredientes afrodisíacos ligados ao tema de cada episódio, muita poesia e palavras incentivadoras. 

As palavras e a culinária afrocentrada levaram a Chef Lili Almeida a ser uma das maiores influenciadoras do segmento, com mais de um milhão de seguidores no Instagram. A cozinha e as palavras são as grandes aliadas que Lili usa nesta jornada pelo autoconhecimento e por uma vida mais leve e saudável.

Com apresentação de Dadá Coelho, a série estreia nesta terça-feira, 21 de janeiro, às 21h, e integra a programação de verão do canal. O que dá mais prazer: comida ou sexo?. “Da Manga Rosa” promove o encontro entre esses dois prazeres, unindo sensualidade e receitas tipicamente brasileiras. 

Dadá Coelho (Foto: Divulgação)

Nesta temporada, em oito episódios, a serem exibidos sempre às terças-feiras, às 21h, a série fará um tour pelas Praias de Icapuí, no Ceará; Ilha do Combu e Ilha do Mosqueiro, em Belém do Pará; Salvador, Cachoeira, Arembepe e Juazeiro, na Bahia; Vinícolas do rio São Francisco, em Lagoa Grande, e Petrolina, em Pernambuco.

Nesta viagem, o Da Manga Rosa vai apresentar as misturas culinárias e culturais e ver como e o que se fala sobre sexo nos mais diferentes contextos. “De forma poética, cultural e política, Da Manga Rosa é um programa que junta gastronomia e sexualidade feminina. Queremos defender a política de que todas as pessoas podem falar sobre sexualidade de forma aberta, pois a pornografia não precisa ser um tabu”, pontua Cecília Amado, diretora do programa, que aconselha “aos homens assistirem, eles têm muito a aprender com a série”.

Dadá Coelho, com seu carisma e leveza, mas também com perguntas despudoradas e seu humor apimentado, a apresentadora irá receber convidadas especiais – a chef Dadá da Bahia, famosa por seu tempero e simpatia; as cantoras Gaby Amarantos, Luedji Luna e Majur; as atrizes Emanuelle Araújo, Juliana Alves e Hermila Guedes; e um casal bem nordestino, o pernambucano Otto e a baiana Lavínia Alves.

Líder dos direitos civis defende boicote a empresas que abandonam políticas de inclusão nos EUA

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Foto: The Creative Guru

Durante um evento em homenagem ao Dia de Martin Luther King Jr., celebrado na última segunda-feira, 20, na igreja Metropolitan AME, em Washington, o reverendo Al Sharpton convocou um boicote nacional contra empresas que estão abandonando iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). O líder dos direitos civis afirmou que tais ações representam uma tentativa de “colocar os negros de volta no fundo do ônibus”.

“Por que temos DEI? Agora temos DEI, já que vocês nos negaram alcance, vocês nos negaram justiça, vocês nos negaram inclusão. DEI foi um tratamento para a observação de intolerância racial institucionalizada na academia e nessas empresas. Agora, se vocês quiserem nos colocar de volta no fundo do ônibus, nós faremos o Dr. King-Rosa Parks com vocês”, declarou Sharpton.

Sharpton, que é fundador da National Action Network, anunciou que a organização realizará uma investigação nos próximos meses sobre empresas que estão reduzindo ou eliminando políticas de DEI: “Em 90 dias, anunciaremos as duas empresas que iremos perseguir e pediremos a todas as pessoas desta nação — negros, brancos, pardos, homossexuais, mulheres héteros, trans — que não comprem onde não são respeitados”, afirmou.

Nos últimos meses, empresas como Walmart, McDonald’s, Ford e Meta anunciaram cortes em suas iniciativas de DEI. Ao mesmo tempo, o presidente Donald Trump, que tomou posse como presidente dos Estados Unidos em uma cerimônia realizada no Capitólio na segunda-feira, assinou uma ordem executiva eliminando programas de DEI no governo federal.

Sharpton destacou que a luta pela equidade é parte essencial do legado de Martin Luther King Jr. e pediu união para enfrentar retrocessos. “Você precisa ter esquecido quem somos. Nós somos aqueles que você levou tudo e ainda estamos aqui”, declarou.

O reverendo também encorajou o apoio a empresas que mantêm seus compromissos com a inclusão, como a Costco, e prometeu que a campanha será realizada com base nos princípios de justiça e igualdade defendidos por King. “Estamos com o Dr. King”, concluiu.

Tia Má lança seu primeiro livro infantil com mensagem de amor e empoderamento para meninas negras

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Créditos: Divulgação

Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má, comemora um marco em sua carreira com o lançamento de seu primeiro livro infantil, “A Menina Que Não Sabia Que Era Bonita”, pela editora Malê. A jornalista anunciou ao público nesta segunda-feira (20).

A obra convida as leitoras a uma jornada de autodescoberta e valorização da própria beleza, especialmente direcionada a meninas negras que, como a autora, enfrentam desafios para desenvolver sua autoestima desde cedo.

“Escrevi esse livro para a Maíra que eu fui quando criança. Quero que meninas que se pareçam comigo, que se identifiquem com a minha história, descubram sua própria beleza. Demorei muito para perceber que eu era bonita, e não quero que outras meninas passem tanto tempo assim”, explica a autora.

O lançamento conta com o apoio de duas grandes personalidades, Ivete Sangalo e Tais Araújo, que assinam o prefácio da obra, reforçando a mensagem de empoderamento feminino e solidariedade. “Ainda hoje, temos pouca representatividade em muitos espaços, e é essencial reafirmarmos nossa beleza, nossa realeza. Se não reafirmamos, esquecemos”, afirma.

No Instagram, Maíra ainda mencionou a sua filha como inspiração. “Hoje, vejo minha filha de 4 anos e me inspiro nela. Ela se olha e se acha bonita do jeitinho que é, uma grande conquista de quem nunca desistiu da gente!”, comemora.

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