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Destaque em ‘Vai Na Fé’, Duda é um símbolo da representatividade negra para as crianças

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Foto: Divulgação / TV Globo.

Por Ivair Augusto Alves dos Santos

As crianças negras se espelham nas imagens e no comportamento dos artistas, cantores, músicos, atores e atrizes que invadem nossas casas, muitas vezes sem serem convidados, de maneira intrometida passam a moldar o comportamento de nossos filhos. No elenco da novela ‘Vai na Fé’, há uma menina que é uma atriz magnifica, segura e que transmite muita verdade.

Testemunha das dores, problemas e luta a família, muito ligada ao pai, praticante de boxe. Ela passa uma rebeldia e inquietação das crianças inteligentes. Maria Eduarda, a Duda (Manu Estevão) é a filha caçula de Sol (Sheron Menezzes) e Carlão (Che Moais). Duda é uma revelação. O que dignifica o seu personagem é a forma como a mãe, avó e irmã se relacionam. Não podemos deixar de notar o cabelo, ao natural, belo e como uma coroa de uma princesa.

Duda em ‘Vai Na Fé’. Foto: Reprodução / TV Globo.

O diálogo em que Duda participa é sempre com perguntas bem colocadas, certeiras sobre o quotidiano da família. Ela participa das decisões, dos dramas e incertezas da vida. A companhia de um cachorro, em uma casa, é o sonho de toda criança, mas agora com a vida em apartamentos, torna-se muito mais difícil. Duda mora em uma casa e pode compartilhar e acolher o seu cãozinho, que foi presente de seu pai.

Uma criança negra tem pouca , ou quase nenhuma possibilidade de se ver na TV. Normalmente é uma entre muitas crianças. Uma menina negra ajuda na formação do imaginário de milhares de crianças. Pode não parecer, mas elas estão olhando e vão procurar imitá-la no seu jeito de falar, comportar-se, vestir-se, cuidar do seu cabelo, sua frequência na escola e sua religiosidade.

A religiosidade na novela ‘Vai na Fé’ tem um traço admirável e louvável: a leveza. Não há espaço para exageros, campanhas de dízimo, condenações de comportamentos, teologia da prosperidade, nem discursos de ódio. As religiões se respeitam. Parece o óbvio, mas em tempos de polarização, acompanhar o testemunho cristão pela solidariedade, sobriedade e esperança, nos anima a assistir a TV sem preconceitos e sonhar com existência de uma sociedade plural, em que as crianças são atores respeitados na sua vontade, integridade e na sua capacidade de sonhar.

Rihanna pode se tornar a 5ª mulher negra da história a conquistar o Oscar de ‘Melhor Canção Original’

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Foto: Reuters.

Rihanna está indicada ao Oscar 2023 de ‘Melhor Canção Original’ pelo sucesso ‘Lift Me Up’, trilha sonora do filme ‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’. Com apresentação musical confirmada no palco da premiação, a artista barbadiana pode se tornar a 5ª mulher negra da história a conquistar o troféu mais importante do cinema dentro da categoria musical.

Até o momento, apenas 4 mulheres negras ganharam o Oscar de ‘Melhor Canção Original’. A primeira foi Irene Cara por “Flashdance…What a Feeling”, em 1983. Depois dela, veio Melissa Etheridge, em 2016, por “I Need to Wake Up”, que ela escreveu para o documentário “Uma Verdade Inconveniente”.

H.E.R. no Oscar 2021. Foto: Getty Images.

Em 2021, H.E.R. e Tiara Thomas venceram o Oscar pela música ‘Fight For You’, trilha sonora do filme ‘Judas E O Messias Negro’. Ao longo do tempo, outros nomes como Beyoncé, Cynthia Erivo e SZA também já foram indicadas ao título, mas nunca chegaram a ganhar a estatueta.

Com ‘Lift Me Up’, Rihanna pode fazer história no palco da premiação. A cantora Tems também compôs a faixa tema em conjunto com a dona do império Fenty, e portanto, pode se tornar a 6ª mulher negra com o título. O Oscar 2023 acontece no dia 12 de março.

“Encontro de talentos, respeito e muito afeto”, cineasta Renata Martins celebra estreia do especial “Falas” na TV Globo

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Foto: Reprodução

No dia 6 de março estreia, na TV Globo, o especial “Falas” que em 2023 apresenta a antologia “Histórias Impossíveis”. Escrito por três mulheres negras, o especial que contempla o ‘Falas Femininas’, ‘Falas da Terra’, ‘Falas de Orgulho’, ‘Falas da Vida’ e ‘Falas Negras’, neste ano, trará histórias de ficção protagonizadas por mulheres.

Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza são as responsáveis pela autoria das histórias que veremos na televisão. Ao lado de um time de colaboradores, elas dão o tom ao especial que tocará em questões sensíveis relacionadas a gênero, sexualidade, raça e idade, baseadas nos medos femininos. 

Jaqueline Souza, Grace Passô e Renata Martins – Foto: Globo/Daniela Toviansky

E para começar o ano, na próxima segunda-feira, veremos o “Falas Femininas” que vai ao ar na semana em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher e traz a história intitulada “Mancha”, um episódio de ficção que contará a história de Mayara (Luellem de Castro) e Laura (Isabel Teixeira). Mayara trabalha para Laura como empregada doméstica e está em seu último dia de trabalho. Ela, que passou no vestibular e decidiu investir em seu estudo, acredita que Laura, mãe solo de uma bebê, é uma patroa “diferente”. Até que Laura pede que ela desista dos estudos. Sem sucesso, pede um último favor: a limpeza de uma mancha na janela de vidro da sala, que muda o curso da história de ambas.

Os demais episódios serão exibidos ao longo do ano em datas que remetam às causas e lutas sociais abordadas na obra: Dia dos Povos Indígenas, Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, Dia Nacional das Pessoas Idosas e Dia da Consciência Negra.

Grace Passô conta que “Histórias Impossíveis” mostrará “Um Brasil real, do tamanho da surrealidade que é ser mulher brasileira”. Jaqueline Souza dá pistas sobre o que podemos esperar do especial “Falas”. “O público pode esperar o inesperado. Há muita coisa nova, talentos imensos que se juntaram para contar histórias que vão bagunçar a gente por dentro, e depois nos abraçar”, revela.

Ao Mundo Negro, a cineasta Renata Martins contou em entrevista sobre como foi dividir a autoria das histórias do projeto com outras duas mulheres negras e falou sobre suas expectativas quanto à recepção do projeto pelo público negro.

“Histórias impossíveis” estará dentro do especial Falas Femininas? Como essas histórias estarão divididas e o que elas retratam?

Histórias (Im)possíveis, é uma antologia de gênero em cinco episódios que será exibida ao longo do ano dentro do projeto Falas. Teremos “Falas Femininas”, em Março, “Falas da Terra”, em Abril, “Falas do Orgulho” em Julho, “Falas da vida”, em Outubro e “Falas Negras”, em Novembro. Os episódios são autocontidos, eles começam e terminam no mesmo dia e todas as histórias são protagonizadas por mulheres de várias etnias, identidade de gênero, classe social e idade. A cada episódio uma história diferente, cuja premissa é o medo das personagens e como elas lidam com ele, ou não, ao longo da narrativa.

Temos visto a Globo anunciar o episódio “Mancha”, que será exibido no dia 6 de março, e que mostra a personagem de Luellem de Castro caindo de uma sacada. Como levar ao entendimento do público a complexidade da relação entre patroas e empregadas domésticas no Brasil?

‘Mancha’ é o primeiro episódio da série e ele abre a temporada de discussões sobre temas urgentes em nossa sociedade. É sempre bom lembrar que é uma série ficcional de gênero e isso nos permite falar sobre as várias camadas que a temática pede. Não à toa, esse episódio foi escolhido por nós para ser o abre-alas do especial. É através dele que pretendemos estabelecer um contrato com o público sobre as leis que regem a nossa narrativa e também por ser uma das relações mais perversas que herdamos dos tempos coloniais.

A relação de trabalho entre Laura (Isabel Teixeira) e Mayara (Luellem de Castro) é uma das mais complexas em nossa sociedade. Elas são mulheres de classe social e melaninas diferentes, que vivem no mesmo espaço onde há uma relação clássica de micro poder. De um lado, uma mulher madura, progressista, sensível, mas que não quer abrir mão de seus privilégios. Do outro, uma jovem universitária, no seu último dia de trabalho, que se demitiu e decidiu alçar novos voos. Tudo parecia caminhar bem, mas esse caminho foi interrompido por um capricho de Laura e a tensão veio. É a partir dessa tensão que começa a discussão sobre relações de poder, não apenas sobre a da patroa com a empregada doméstica, mas das relações que interseccionam raça, classe e gênero na sociedade.

Qual mensagem o projeto quer passar esse ano contando “Histórias impossíveis”? Em especial a história da personagem Mayara?

Eu acho que a maior mensagem é que o tecido que separa o real do irreal é muito fino e que muitas de nós, mulheres, em especial mulheres negras, vivemos situações reais, mas que parecem impossíveis aos olhos da sociedade e mesmo assim encontramos formas de ressignificar a nossa própria existência. A personagem Mayara é a continuidade das mulheres que vieram antes. Ela é a voz das que não puderam falar em algum momento de suas vidas. Ela é o olhar fresco para o futuro, com seus desejos, medos e desafios. A Mayara somos nós.

Como foi a experiência de dividir o processo de escrita dos roteiros do projeto com Grace Passô e Jaqueline Souza?

Jaqueline Souza e Grace Passô são parceiras criativas muito especiais. Eu já desenvolvia trabalhos de criação com Jaque e tive a honra de ter a Grace como protagonista de meu curta-metragem “Sem Asas”. Foram três meses de desenvolvimento na conceitualização da série, escrita das sinopses e do piloto. Nos encontrávamos todos os dias via Zoom e assim nasceu a série. O nosso encontro nesse projeto foi muito poderoso, inspirador e muito reflexivo, pois as discussões nos moviam internamente… não só como autoras, mas como mulheres negras que vivem e observam a sociedade.

Mas é muito importante ressaltar a segunda fase do desenvolvimento da série, com a abertura da sala de roteiro e a entrada das roteiristas Thais Fujinaga, Hela Santana, Graciela Guarani, Renata Tupinambá e da pesquisadora Jaqueline Neves, que seguiu conosco ao longo do projeto. Um encontro de talentos, respeito e muito afeto.

Como vê a recepção de seu trabalho pela comunidade negra?

Eu espero que o meu trabalho chegue na comunidade negra com a potência e respeito que foi desenvolvido. Sou uma cineasta, autora negra e que me sinto muito orgulhosa por utilizar meu talento e minha arte para ampliar a nossa voz no território nacional. Quero também, que ele chegue em toda sociedade, pois sei que há discussões e reflexões que precisam ser compartilhadas com todo mundo e acho que a tv aberta é o melhor lugar para isso acontecer.

Agostinho Neto um herói desconhecido pelos brasileiros

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Foto: Reprodução

Por Ivair Augusto Alves dos Santos

África gloriosa
África das seculares injustiças
acumuladas neste peito efervescente e impaciente
onde choram os milhões de soldados
que não ganharam as batalhas
e se lamentam os solitários que não fizeram a harmonia numa luta unida
(Agostinho Neto
)

O poeta Agostinho Neto no Brasil, durante muitos anos na minha juventude, era declamado em saraus no velho clube Coimbra, na Av. São João, quase em frente a um dos cinemas mais amados de São Paulo: Cinerama.

Mas quando ouvíamos o intelectual e genial Hamilton Cardoso declamar poesias angolanas, a platéia vibrava e batia palmas, isso nos anos da década de 1970. Era maravilhoso ver aqueles homens negros discursando e criticando a democracia racial, e no meio as poesias de Agostinho Neto.

Desde cedo, Agostinho Neto, ao interpretar a história de luta de libertação de Angola, enunciaria num poema dedicado a todas as mães angolanas: “Minha Mãe, tu ensinaste a esperar, mas a vida matou em mim essa mística esperança, eu já não espero, sou aquele por quem se espera. A esperança somos nós, Mãe”

No início da década de 1980, conheci e vivi em Angola e me aproximei do pensamento político e revolucionário de Agostinho Neto. É impressionante como suas ideias panafricanistas tiveram um impacto em toda África, ao definir que a luta contra o Apartheid na África do Sul era fundamental para libertar todo o continente do colonialismo.

Agostinho Neto dizia: “Não podemos considerar o nosso país verdadeiramente livre se outros povos do continente se encontram ainda sob o jugo colonial”. Esta convicção levou Angola a ter um papel chave na luta para o fim do regime racista do Apartheid na África do Sul e para as Independências do Zimbabué e da Namíbia.

Agostinho Neto declarou: “Angola é e será, por vontade própria, trincheira firme da revolução em África”.

E o envolvimento de Angola em guerra durante décadas foi uma das demonstrações mais vivas do ideal panafricanista. A figura de Agostinho Neto ultrapassa o simples nacionalismo angolano, tinha uma visão abrangente a todos os povos oprimidos do mundo. Como homem, poeta e político com qualidades indiscutíveis, o Presidente António Agostinho Neto é um filho de África e um cidadão do mundo.

Precisamos colocar essa liderança africana entre os grandes homens do século XX, e incorporá-lo nos estudo sobre África, como pretendemos com a Lei 10.639 de 2003. Conhecer Angola e sua luta pela independência deve fazer parte dos currículos de nossas escolas no Brasil. Para além da cultura angolana que faz parte da formação do ser brasileiro, é fundamental entender o colonialismo português e a vitoriosa luta dos angolanos.

Cotas para brancos no Ilê Aiyê? Tema gera divergências em bloco tradicional baiano

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Foto: Andre Frutuoso/Divulgação

O Mundo Negro errou em publicar a matéria com a chamada “Bloco Ilê Aiyê desiste de flexibilizar a presença de pessoas brancas no aniversário de 50 anos no Carnaval 2024“, na manhã desta sexta-feira (3). A informação havia sido confirmada pela coluna do Marrom no jornal Correio, mas o presidente Antônio Carlos Vovô disse em nota que houve um erro de interpretação. “Em respeito à luta e a tradição do Ilê, nestes 50 anos, ainda não é chegada a hora dessa abertura”.

Em entrevista no poscast Bahiacast em fevereiro, Vovô já havia dito que pensou nessa possibilidade. “Acho que o Ilê vai ser o primeiro bloco cotista. Não sei como é que vai ser”, brincou. O apresentador responde com outra brincadeira: “Vai ser sucesso, notícia mundial. ‘Ilê coloca cotas para brancos'”. Em seguida, o presidente do bloco afirma que as pessoas brancas só querem estar no Ilê durante o Carnaval. “Passa Quarta-feira de Cinzas volta tudo ao normal, cada um pro seu lado”.

O bloco Ilê Aiyê publicou uma nota de esclarecimento no Instagram, afirmando que nunca havia oficializado a entrada de pessoas brancas. “Ao levar a imagem e a ideologia do bloco Ilê Aiyê para o mundo nos últimos 49 anos, o presidente da entidade Antônio Carlos Vovô tem plena certeza do quanto a história e a luta do Ilê Aiyê revolucionaram e vem revolucionando a mentalidade de pretos e brancos do Brasil e de fora dele. Dessa consciência e vivência surgiu a reflexão sobre um dia atender os inúmeros pedidos de brancos que gostariam de desfilar no Ilê Aiyê, e esse é o pano de fundo para as últimas declarações dadas por Vovô para o podcast Bahiacast e para a Coluna de Marrom”, iniciam o texto.

“O bloco Ilê Aiyê esclarece que ao considerar tal possibilidade – que veio à tona sobretudo com a intenção de levantar a reflexão sobre um enaltecimento do bloco muitas vezes restrito ao período do Carnaval – o presidente Antônio Carlos Vovô em nenhum momento afirmou ser essa uma decisão oficial do bloco”, ressalta a organização. E completa: “Em 2024, o Ilê Aiyê completa 50 anos de trajetória e, mais do que nunca, esse será o momento de honrar suas conquistas”.

Para encerrar, o bloco esclarece sua posição oficial em relação às pessoas brancas. “Serão sempre bem-vindos nas festas, shows e ensaios do bloco. Mas o desfile do Mais Belo dos Belos no Carnaval de Salvador tem a sua beleza no agrupamento festivo e exaltação de pessoas de pele preta e assim permanecerá sendo”.

“O nosso valor não está em atender as expectativas dos outros”, diz Spartakus ao rebater críticas sobre sua música

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Foto: Reprodução / Redes Sociais.

O apresentador e cantor Spartakus Santiago, 28, utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira (3) para rebater as críticas relacionadas à sua música. A partir do momento que lançou o single ‘Mission’, em novembro do ano passado, o influenciador passou a receber uma série de ataques na internet. “Desde que comecei esse ato de coragem de ser a versão mais confiante de mim mesmo eu já levei muita pedrada, mas também recebi muitas mensagens lindas de pessoas incríveis“, disse Spartakus. “Recebi uma mensagem de um seguidor me perguntando porque ao invés de focar nas pessoas que criticam meu trabalho, eu não presto atenção em todo o apoio que eu recebo. Refleti e notei que ele estava certo.

Através de um novo vídeo no Youtube, o influenciador explicou sua relação com a música, disse que, de alguma forma, sempre se sentiu ligado à arte, e incentivou as pessoas a lutarem pelos sonhos, mesmo em meio às críticas. “Você tem todo o direito de ser feliz, de ir em busca do que você quer, de realizar seus sonhos”, destacou ele. “Para realizar seus sonhos você não precisa da aprovação de ninguém, você só precisa fazer e acreditar. Muita gente vai te criticar, muita gente vai te detonar, vai te ridicularizar, vai debochar, mas a vida sempre foi assim para pessoas como nós“.

“Eu olho pro Twitter e vejo meu ensino médio. Vejo pessoas fazendo bullying comigo como sempre foi e isso nunca me impediu de ir em busca do que eu quero”, destacou Spartakus, que também agradeceu o apoio dos seguidores e fãs. “Gratidão a vocês que me permitem ser eu mesmo, que entendem que o nosso valor não está em atender as expectativas dos outros mas em mostrar a todos que nós devemos ter a liberdade de fazer o que a gente quer. Que todo mundo seja livre pra se posicionar, pra criar, pra cantar, pra dançar, pra se expressar como quiser“.

“Faço questão de mostrar de onde nós viemos”, ressalta Ingrid Silva sobre a importância de mostrar referências negras para a filha

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Foto: Rodolfo Sanches

Capa da edição de março da revista Crescer, a bailarina Ingrid Silva conversou sobre como tem vivenciado os desafios da maternidade, a carreira e sua luta contra o racismo. Ela posou para fotos ao lado da filha, Laura, de 2 anos, e falou durante entrevista sobre a importância das referências “faço questão de sempre mostrar de onde nós, pais, viemos, e quem somos”, disse.

Foto: Rodolfo Sanches / Capa revista Crescer – Edição Março/2023

Ingrid contou que têm bonecas pretas em casa e revelou que “muita coisa seria diferente” se ela tivesse tido bocas negras durante a infância. “Em casa, temos bonecas pretas, por exemplo. Se eu tivesse tido oportunidade de brincar de vestir uma dessas, muita coisa teria sido diferente. A gente não se enxerga sendo parte do mundo em vários espaços. Ela já está experimentando elementos para ter consciência de quem é. Isso é maravilhoso!” 

Em dezembro de 2022, Ingrid Silva lançou o livro “A bailarina que pintava suas sapatilhas”, livro infantil que narra a história de Ingrid e traz a história de quando ela pintava suas. sapatilhas para que tivessem a mesma cor que seu tom de pele. “Quis fazer esta conexão com as crianças, porque elas são o reflexo do que a gente quer como futuro. Quanto mais informação tiverem, melhor, afinal, todo mundo merece ser respeitado”, contou ela.

Ingrid Silva falou sobre seu ativismo contra o racismo. “Honestamente, foi só quando cheguei à companhia de dança onde os bailarinos são negros e nos Estados Unidos – e a questão racial é mais evidente – que me dei conta de quem eu sou. E pensei: como mulher preta, onde me encontro nessa sociedade, nesse mundo? Decidi fazer transição capilar – alisava desde os 5 anos –, pintar minhas sapatilhas e criei movimentos para dar voz e apoiar causas contra o racismo”, disse.

“Sou cocriadora do Blacks in Ballet, que funciona como uma biblioteca digital que traz conteúdos sobre bailarinos negros. E, recentemente, cofundei o Dancers and Motherhood, que atua como uma rede de apoio para mães bailarinas, que se sentem encorajadas a terem filhos e a continuar suas carreiras”, contou Ingrid sobre os projetos sociais que tem criado.

Testamento de Pelé diz que ele pode ter mais uma filha herdeira

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Foto: Reprodução/Instagram

Pelé, o Rei do Futebol, deixou escrito em seu testamento que pode ter outra herdeira além de sua viúva Márcia Aoki, de seis filhos e de dois netos.

Segundo a Folha de São Paulo, em setembro de 2022, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), despachou uma carta precatória de intimação para que o ex-jogador fizesse um teste de paternidade.

O processo está sendo movido por Maria do Socorro Azevedo, representada pela Defensoria Pública. A ação corre sob segredo de Justiça em Itaquera (SP).

Os advogados do Pelé não recorreram à intimação e informaram que o teste de DNA é natural em uma ação de paternidade, mas o rei não chegou a fazer o teste. Ele morreu em dezembro do ano passado, vítima de um câncer.

De acordo com o jornal, os filhos do ex-jogador foram aconselhados a realizar o teste para confirmar, ou não, a paternidade. Além disso, ser contra o processo poderia dificultar a resolução do inventário.

A fortuna do Rei Pelé, ainda não especificada pela Justiça, mas já estimada em cerca de US$ 15 milhões (R$ 78 milhões de reais). Caso o resultado de DNA seja positivo, a criança deverá receber parte de seus bens.

Com informações da Folha de São Paulo*

Café da manhã reúne ministras e lideranças femininas para celebrar ampliação do programa Ela Pode

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Foto: Reprodução/ Linkedin

Na última quarta-feira (1), o Instituto RME, braço social da Rede Mulher Empreendedora, reuniu as ministras Margareth Meneses, Anielle Franco, Cida Gonçalves, Esther Dweck, Ana Moser, além da primeira dama Janja da Silva e outras lideranças femininas para anunciar a ampliação do programa Ela Pode.

O anúncio foi feito em parceria com o Google, que através do Google.org fará um aporte de mais de R$ 5 milhões para que o Instituto RME possa viabilizar mais uma edição do projeto Ela Pode, que oferece treinamento para mulheres em diferentes áreas.

A iniciativa faz parte dos esforços doCresça Com Google Para Mulheres e, nesta edição, deve beneficiar cerca de cinco mil mulheres com a oportunidade de frequentar cursos de alfabetização digital, habilidades financeiras, marketing digital e gestão de custos. Mais de 800 participantes terão acesso a um financiamento de pouco mais de R$ 2.500 para investimento no próprio negócio.

As participantes do Ela Pode são treinadas nas áreas de liderança e comunicação, negociação e vendas, finanças pessoais e empresariais, marca pessoal, networking, gerenciamento de tempo, autoconscientização, inovação e digitalização.

Beyoncé é homenageada no congresso dos EUA: “um ícone, uma lenda”

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Foto: Reprodução

O deputado da Califórnia, nos EUA, Robert Garcia, fez um discurso durante sessão no plenário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos para homenagear a estrela da música, Beyoncé. “Quero celebrar ninguém menos que eu acredito ser a rainha do pop e do R&B: Beyoncé Knowles Carter”, disse o parlamentar.

Se referindo às comemorações do Mês da História Negra, celebrado em fevereiro nos EUA e ao mês da Mulher, em razão do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, Garcia reforçou a importância da artista para as duas datas.

“Senhor Presidente, eu me levanto hoje para comemorar o fim do Mês da História Negra e o início do Mês da História da Mulher, homenageando uma pessoa que representa ambos tão bem. Ela é um ícone, ela é uma lenda, e ela é agora e para sempre o momento. Quero celebrar ninguém menos que quem eu acredito ser a rainha indiscutível do pop e do R&B: Beyoncé Knowles Carter. Agora, algumas semanas atrás, essa garota de pele morena de H-town ganhou seu 32º Grammy, dando a ela o maior número de vitórias no Grammy de todos os tempos. Mas Beyoncé é muito mais do que uma artista e uma cantora. Ela é uma criadora e uma artista”, disse em seu discurso.

Afirmando que Beyoncé é um “modelo para milhões”, o deputado lembrou as pautas que a cantora defende. “Ela lutou pelo direito de voto, pelo feminismo, por mulheres e meninas, pela minha comunidade – a comunidade LGBTQ+. Para minha geração e outras, ela simplesmente é a maior de todos os tempos. Sua história é história”, reforçou.

Robert Garcia levou um enorme cartaz com a foto utilizada na divulgação de Homecoming e o colocou ao seu lado durante o discurso.

Para o portal EW, Robert Garcia contou o motivo de sua homenagem à diva pop. “As pessoas celebram a excelência americana o tempo todo no Congresso”, disse. “Existe a excelência americana por professores, pela comunidade médica, por oficiais eleitos, por pessoas que serviram nosso país com honra nas forças armadas. Todos são heróis americanos. Beyoncé, à sua maneira, também é uma heroína americana.”

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