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Miss Santa Catarina 2025, Pietra Travassos,sofre ataques racistas após sua coroação

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Pietra Travassos, de 18 anos, natural de Siderópolis, foi coroada Miss Santa Catarina 2025 na noite de 17 de outubro, em Criciúma. A jovem, que já havia sido eleita Miss Siderópolis, representou o município na disputa estadual, destacando-se entre 15 candidatas. O evento contou com a presença de ex-misses e profissionais renomados do cenário da moda e beleza, como Anelise Lalau, Miss Brasil 2009, e Fernanda Rosso, Miss Santa Catarina 2019.

Após a coroação, Pietra tornou-se alvo de ataques racistas nas redes sociais. Comentários como “aqui no posto BR tem 4 loiras melhores” e “Miss Bahia né? De Santa Catarina que não é” foram direcionados à vencedora, evidenciando a persistência de estereótipos raciais e a resistência à presença negra em espaços de destaque.

De acordo com o Censo Demográfico 2022 do IBGE, a população preta em Santa Catarina representa 4,07%, enquanto 76,3% se declara branca. Esses dados refletem a baixa representatividade negra no estado, contexto em que a participação de Pietra no concurso estadual se torna um marco simbólico de resistência e afirmação da identidade negra.

O episódio recebeu ampla cobertura da mídia nacional e regional, destacando a ocorrência de racismo em um contexto público e de visibilidade. Organizações de defesa dos direitos humanos ressaltam a importância de políticas públicas que promovam a inclusão e a valorização da diversidade, além da necessidade de educação antirracista para combater práticas discriminatórias em diversos espaços sociais.

“Não sei se está como queria”, diz Bella Campos ao revelar novo visual

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Bella Campos se despediu da personagem Maria de Fátima, de Vale Tudo, com os cabelos curtos que marcaram a novela. No último episódio exibido, a atriz já apareceu com fios longos, sinalizando o início de sua transição para um novo visual.

Nesta terça-feira (21), Bella compartilhou detalhes da mudança com os seguidores, explicando que aplicou extensões para alongar os cabelos. Sobre o resultado, a atriz comentou: “Esse vídeo é para vocês não criarem muita expectativa desse novo visual aqui, que eu estava fazendo uma cena, para fazer aquela transição assim ‘tchan, olha o meu novo cabelo’. Só que eu não sei se está dando certo, como eu queria”.

A atriz detalhou que inicialmente desejava adotar um corte com franjinha, mas desistiu por não conseguir mantê-lo no dia a dia. “Aí, botei o mega, só que eu tenho muito cabelo, então o mega ficou uma coisa rala, e o meu cabelo ficou volumoso, então eu tô parecendo… não sei o quê”, relatou.

Bella já havia divulgado fotos e vídeos mostrando a transição do cabelo curto para o novo visual, registrando o procedimento de forma transparente e compartilhando a transformação com os fãs nas redes sociais.

Mapa do Racismo na Escola: plataforma recebe denúncias de famílias em iniciativa de enfrentamento à discriminação

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O Mapa do Racismo na Escola, um projeto inédito no Brasil, está colhendo relatos de famílias e estudantes que enfrentaram racismo no ambiente escolar. Desenvolvida pela Ser Antirracista, a plataforma pública permite visualizar, por cidade, histórias de dor, resistência e transformação, reunidas em áudios geolocalizados. A iniciativa busca dar visibilidade aos casos de racismo, impulsionar denúncias e fortalecer a cultura de enfrentamento à discriminação nas escolas.

O racismo escolar é uma realidade persistente, muitas vezes invisibilizado, silenciado ou naturalizado. Ao dar voz a vítimas e testemunhas, o Mapa pretende não só incentivar denúncias imediatas, como também, a médio prazo, gerar segurança para que famílias e estudantes se posicionem, e, a longo prazo, pressionar instituições e autoridades a implementar políticas concretas de combate ao racismo no sistema educacional.

Como funciona a plataforma

  • Famílias ou estudantes preenchem um formulário com perguntas padronizadas e um termo de autorização.
  • O relato é gravado em chamada de vídeo e convertido em áudio, podendo ser feito pelo próprio estudante ou por familiares.
  • Nome do depoente e cidade são divulgados, mas identidade da criança e da escola são preservadas para garantir anonimato e segurança.
  • Dados como raça/autodeclaração, contexto, tipo de violência, autor e consequências do caso serão públicos e organizados em mapa interativo.
  • A governança é realizada pelo Instituto Ser Quilombo e Ser Antirracista, que validam os relatos antes da publicação.

Como participar

Todas as famílias estão convidadas a dar seus depoimentos. Basta preencher o formulário neste link e agendar data e horário para gravar o relato. Como agradecimento, os participantes recebem acesso gratuito a materiais educacionais produzidos pela Ser Antirracista:

  • Curso Ser Criança Negra: fortalece a autoestima de crianças negras.
  • Curso Meu Filho Sofreu Racismo: orienta famílias sobre como responder às violências nas escolas.
  • Guia das Conversas sobre Racismo: auxilia famílias a conversar sobre racismo com crianças.

O lançamento público da plataforma será em 20 de novembro, em Itatiba (SP), cidade onde foi registrada a primeira denúncia do Mapa. A expectativa é que a iniciativa gere uma onda de visibilidade e mobilização social imediata, encoraje denúncias no médio prazo e pressione gestores e autoridades a implementar políticas efetivas contra o racismo escolar no longo prazo.

“Dar voz a quem sofre racismo na escola é um primeiro passo — mas não basta: precisamos que cada depoimento gere transformação real na vida das crianças e na cultura das instituições”, afirma Paula Batista, diretora da Ser Antirracista.

Mapa do Racismo na Escola

Redes sociais: @serantirracista

Link para dar seu depoimento: https://form.jotform.com/serantirracista/mapa-do-racismo-na-escola

Lançamento público do Mapa: 20/11/2025

Inscrições para o Columbia Women’s Leadership Network 2026 são prorrogadas até 29 de outubro

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O programa que forma e conecta mulheres líderes comprometidas com o impacto social e a transformação do Brasil ganha mais alguns dias para receber novas inscrições.

As inscrições para o Columbia Women’s Leadership Network (CWLN) 2026 foram prorrogadas até o dia 29 de outubro. Realizado pelo Columbia Global Center Rio de Janeiro, em parceria com a Fundação Lemann e a República.org, o programa fortalece a presença feminina em espaços de decisão e impulsiona uma rede de mulheres que lideram com propósito e visão de futuro.

Uma jornada de liderança e propósito com duração de um ano

Com duração de um ano, o CWLN combina formação acadêmica de excelência, desenvolvimento pessoal e conexões entre líderes de diferentes setores e regiões do Brasil. O programa é estruturado em seis módulos, sendo cinco realizados no Brasil — entre Rio de Janeiro e São Paulo — e um módulo internacional na Columbia University, em Nova York, com duração de uma semana.

Durante essa jornada, as participantes têm a oportunidade de aprofundar conhecimentos em liderança colaborativa, políticas públicas, inovação social e propósito de carreira, além de integrar uma rede global de mulheres comprometidas com o impacto positivo.

Perfil das Líderes e a Força da Rede Intersetorial

O CWLN é direcionado a profissionais de nível médio-sênior que se identifiquem como mulher, tenham no mínimo três anos de experiência em posições de gestão (no setor público, privado ou terceiro setor) e graduação completa. A seleção garante um mix de alunas que atuam na gestão pública, no setor privado e no terceiro setor, vindas de diversas regiões do país. O programa tem um forte compromisso com a pluralidade de perfis e trajetórias. Ao longo dos anos, o programa já beneficiou mais de 200 mulheres, estabelecendo uma rede poderosa de líderes dedicadas à transformação social.

Com a prorrogação até 29 de outubro, esta é uma oportunidade crucial para as mulheres líderes interessadas. O programa oferece bolsas cobrindo custos de anuidade, alimentação durante os módulos e, em alguns casos, despesas como passagens e hospedagem para o módulo em Nova York. A iniciativa busca candidatas reconhecidas em seus territórios por suas trajetórias relevantes. Para se candidatar e ter acesso ao edital completo e formulário, confira abaixo:

Como participar

As interessadas devem realizar a inscrição até o dia 29 de outubro de 2025 pelo site:

https://globalcenters.columbia.edu/rio/what-we-do/womens-leadership-network-program

Empreendedores negros batem recorde de renda no Brasil, mas ainda ganham 35% menos que brancos

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Os empreendedores negros no Brasil alcançaram, em 2024, o maior valor histórico de renda domiciliar per capita desde o início da série em 2012. Segundo estudo do Sebrae, com base em dados da PNAD Contínua Anual, o rendimento médio dos donos de negócios negros cresceu mais do que o dos brancos em quase todas as faixas de renda.

Mesmo com o avanço, a desigualdade ainda é evidente. A renda média total dos empreendedores negros continua 35,7% inferior à dos empresários brancos. Enquanto os negros registraram média de R$ 2.700,98, os brancos atingiram R$ 4.202,56, também o maior valor da série histórica.

O levantamento revela ainda que, à medida que a renda aumenta, a presença de empreendedores negros diminui. Eles representam 81,1% dos beneficiados pelo Bolsa Família e 72,9% entre quem ganha até meio salário mínimo. Já na faixa acima de três salários mínimos, a participação cai para 28,2%.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, é fundamental que o país intensifique os investimentos em políticas de inclusão e fortalecimento do empreendedorismo negro, reconhecendo que a população negra representa a maior parcela empreendedora do Brasil.

Atualmente, os empreendedores pretos e pardos somam mais de 16 milhões de donos de negócios no país, um crescimento de 28,3% na última década. Entre os brancos, o número é de cerca de 14 milhões, com aumento de 18,4% no mesmo período.

Após o fim de Vale Tudo, Taís Araújo estreia na série de terror ‘Reencarne’

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Após o encerramento da série Vale Tudo, exibida recentemente pela Globo, Taís Araújo se viu diante de novas oportunidades de interpretar personagens fora dos estereótipos tradicionais. A atriz enfrentou debates públicos sobre representatividade e espaço para atrizes negras, em meio a críticas à perda de protagonismo da personagem Raquel na trama, e seu próximo projeto, Reencarne, surge como um movimento de renovação na carreira.

Taís Araújo protagoniza a série de terror Reencarne, que estreia no Globoplay em 23 de outubro. Na produção, a atriz interpreta a delegada Bárbara Lopes, responsável por investigar uma série de assassinatos misteriosos em uma cidade do interior de Goiás e que, ao longo da trama, passa a vivenciar experiências sobrenaturais. A série tem nove episódios disponíveis de uma só vez e combina suspense, drama existencial e elementos clássicos do terror em um cenário do cerrado brasileiro.

A diversidade da equipe de roteiristas é outro ponto de destaque da produção. Segundo Taís, o roteiro foi escrito por Juan Jullian, Elísio Lopes Jr., Igor Verde e Amanda Jordão: “São três homens pretos escrevendo e uma mulher. Achei que o resultado poderia ser muito original, por serem pessoas com essas origens.” A atriz ressaltou a importância da presença de roteiristas negros na criação de histórias, evidenciando a pluralidade cultural e criativa que eles trazem à trama.

Ao comentar sobre a escolha do projeto, Taís afirmou: “Não sou espectadora de terror, mas fazer foi um exercício muito interessante. Quando fui convidada, pensei: ‘Eu odeio terror, mas o que falta fazer mais? É isso. Vou passear por outros gêneros’.” Ela destacou ainda a originalidade do roteiro: “Quando peguei o roteiro, achei tão genial, porque tinha muita originalidade ali, essa coisa de passar pelo Centro-Oeste, a música sertaneja, um terror quente, suado, brasileiro.”

A personagem de Taís também apresenta protagonismo diferenciado. “Ninguém nunca me deu uma personagem que tivesse que segurar uma arma. Apesar de ter todos esses anos de carreira, ainda tem uma infinidade de coisas para fazer. Isso aqui nunca me foi oferecido.” Bárbara Lopes atua como figura central da narrativa, enfrentando dilemas complexos e quebrando estereótipos de papéis femininos em produções de suspense e terror.

Paralelamente, a série acompanha outros personagens, como o médico Feliciano (Enrique Diaz), que ultrapassa limites para salvar a esposa Cássia (Simone Spoladore), e o policial Túlio (Welket Bungué), que lida com culpa e mistérios do passado ao reencontrar Sandra (Julia Dalavia), jovem que afirma ser a reencarnação de seu parceiro falecido. Esses elementos reforçam o clima de tensão e instigam o público ao longo dos episódios.

O câncer demama é mais agressivo em mulheres negras, e falamos pouco sobre isso

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O câncer de mama é a doença oncológica mais comum entre mulheres no Brasil, mas não afeta todos da mesma forma. Embora mulheres brancas apresentem mais casos absolutos — 101,3 por 100 mil contra 59,7 por 100 mil entre negras e pardas —, o diagnóstico em estágio avançado e a mortalidade são significativamente maiores entre mulheres negras. Entre 2000 e 2020, a taxa de óbitos entre elas cresceu 3,83 vezes, refletindo desigualdades históricas, socioeconômicas e de acesso à saúde.

Um dos principais fatores biológicos é a incidência mais alta do câncer de mama triplo negativo (TNBC), considerado mais agressivo e resistente a tratamentos convencionais. Estudos mostram que 20% das mulheres negras diagnosticadas apresentam TNBC, enquanto entre brancas esse percentual é de 10%. Esse tipo de tumor não responde à terapia hormonal nem à quimioterapia convencional, o que exige atenção redobrada à detecção precoce e acompanhamento médico.

A história de Grazi Mendes, executiva de tecnologia premiada na PowerList 2024, evidencia a urgência desse cuidado. Diagnosticada com TNBC metastático aos 44 anos, ela compartilha:

“Oi, eu sou a Grazi Mendes e estou aqui para te contar que em 2024 eu fui diagnosticada com câncer de mama agressivo, triplo negativo, em estágio 3 e eu tinha apenas 44 anos. Apareceu muito cedo para um diagnóstico assim e eu tinha apenas um sintoma. Foi passando creme no corpo, eu senti uma das mamas mais rígida do que a outra e fui buscar ajuda. Hoje o câncer se espalhou, é metastático, ainda sem cura pela medicina, mas eu tô aqui porque talvez isso salve alguém. A gente prioriza tudo, menos a gente. Priorize-se, faça seus exames, não adie, não minimize sintomas. Toque-se, questione, insista. Hoje eu vivo um dia de cada vez, mas se eu puder evitar que você passe por isso, então valeu a pena contar essa história. Outubro Rosa não é sobre cor, é sobre vida, a sua, a nossa.”

Fatores sociais e históricos também aumentam a vulnerabilidade. Mulheres negras enfrentam menor escolaridade, maior carga de trabalho doméstico, menos acesso a exames de rotina, transporte mais difícil e desigualdade econômica. Essas barreiras dificultam o diagnóstico precoce, tornando a doença mais letal. Além disso, experiências de discriminação no sistema de saúde podem comprometer a confiança nos profissionais, prejudicando a adesão ao tratamento.

O cuidado com o próprio corpo, portanto, é fundamental. O autoexame das mamas, associado a consultas regulares e exames clínicos, é uma ferramenta importante de prevenção. Olhar com atenção para si mesma, priorizar exames e buscar ajuda diante de qualquer sinal é um ato de amor próprio e de resistência. Como lembra Grazi Mendes, “Toque-se, questione, insista. Outubro Rosa não é sobre cor, é sobre vida, a sua, a nossa.”

Barbara Reis celebra aniversário e 15 anos de carreira com estreia da novela ‘Três Graças’: “Muito simbólico para mim”

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A atriz Barbara Reis tem muito a comemorar nesta segunda-feira, 20 de outubro. Além de completar 36 anos, ela celebra os 15 anos de carreira retornando à televisão com a estreia de ‘Três Graças’, nova novela das nove da Globo, na qual integra o elenco.

“Comemorar 15 anos de carreira e estrear ‘Três Graças’ é uma coincidência muito simbólica pra mim. São anos de aprendizado, de amadurecimento e, ao mesmo tempo, de curiosidade viva pelo novo”, afirma a atriz em entrevista ao Mundo Negro

A atriz conquistou o novo papel após o seu sucesso na novela ‘Terra e Paixão’ (2023). “Me dá a sensação de continuidade, mas também de renovação. É como se cada personagem abrisse uma nova janela dentro de mim. Estou em um momento de celebração, mas também de muito reconhecimento interno: olhar pra trás com gratidão e pra frente com entusiasmo”, destaca nesta nova fase da carreira. 

Foto: Gabi Andrade/Divulgação

Na trama, Barbara interpreta Lena, uma mulher bem-sucedida, rica e casada, mas que enfrenta a dor de não conseguir realizar o sonho da maternidade. Já na vida pessoal, a atriz optou por ainda não ter filhos, o que a faz pensar sobre como, em ambos os casos, as mulheres ainda são vistas sob as expectativas das outras pessoas.

“Interpretar a Lena é um processo muito delicado. Ela carrega o desejo profundo de ser mãe, enquanto eu, por outro lado, escolhi congelar meus óvulos justamente para ter mais liberdade nesse tempo. Essa diferença entre nós me fez refletir muito sobre as várias formas de viver a feminilidade e o cuidado. Mesmo partindo de lugares distintos, há uma conexão: ambas lidam com escolhas e expectativas da sociedade, do corpo, da vida. Foi um exercício de empatia e escuta. Viver a dor e a esperança da Lena me tocou profundamente”, compartilha.

Barbara também mudou o visual para viver Lena na novela e adotou um novo corte de cabelo, que impactou também sua relação consigo mesma. “Eu amei o pixie cut! Ele trouxe uma sensação de leveza, liberdade e autenticidade. Os cachos curtos revelaram uma parte de mim mais natural, mais prática e até mais ousada. Visualmente, o corte transformou a Lena, mas, pessoalmente, também transformou a Bárbara. No dia a dia, é muito mais fácil de cuidar e me fez olhar pro espelho com um carinho novo, entendendo que beleza também é sobre conforto e verdade.”

Foto: Gabi Andrade/Divulgação

Além da novela, Barbara estreou como produtora executiva da peça ‘Limítrofe’, atualmente em cartaz no Rio de Janeiro, no teatro Dulcina, e que tem o marido, Rapahel Najan, no elenco e como um dos idealizadores do projeto. E em novembro, ela estreia a turnê da peça ‘Ruth e Léa’ em São Paulo, onde interpreta a atriz Ruth de Souza.

Diante da rotina artística intensa, fora das câmeras e dos palcos, a atriz tem se dedicado à cerâmica que entrou na sua vida de forma intuitiva. “Eu buscava uma atividade que me trouxesse presença, um tempo diferente do ritmo intenso da televisão. Trabalhar com o barro é um exercício de paciência e de entrega ,não há controle, há convivência com o imprevisto. Essa prática tem me ajudado a equilibrar o fazer artístico: enquanto na atuação eu me expresso através da emoção e da palavra, na cerâmica eu me expresso pelo toque, pelo silêncio. É um refúgio criativo e afetivo que me faz muito bem”, explica.

Com estreia prevista para 2026 nos cinemas, Barbara ainda fará sua estreia na comédia com o filme ‘Agentes Muito Especiais’, dirigido por Pedro Antonio e desenvolvido a partir de uma ideia original de Paulo Gustavo.

Diretor da Fundação Obama participa da 3ª edição do Aquilomba e destaca importância de lideranças negras: “Inspiração é importante”

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A terceira edição do Aquilomba, promovida pela Rede de Líderes da Fundação Lemann, foi realizada recentemente com o objetivo de fortalecer trajetórias de impacto social e ampliar a presença de pessoas negras em espaços de decisão e poder. A iniciativa, que acontece desde 2023, busca criar conexões e fortalecer a representatividade racial na liderança no Brasil.

Durante o evento, Michael Strautmanis, diretor de Assuntos Corporativos da Obama Foundation, compartilhou experiências sobre liderança e ressaltou a afinidade entre a visão da fundação norte-americana e a da Fundação Lemann. “Quando o presidente Obama estava lançando a Fundação, ele disse que achava que teria mais impacto como ex-presidente do que naquele momento, como presidente dos Estados Unidos. Foi estranho porque ele era uma das pessoas mais poderosas do mundo”, contou Strautmanis.

Ele destacou que, para a Fundação, é essencial que líderes inspirem e conheçam as histórias das comunidades para que ninguém seja deixado para trás. “Quando vocês estão aqui, vocês inspiram. Mais gente pode decidir mandar um currículo para aquele trabalho ou montar uma nova organização. E o mundo fica um pouquinho melhor. Por isso a inspiração é muito importante”, afirmou.

Foto: Divulgação

Strautmanis também alertou sobre os riscos de não considerar visões plurais. “A polarização está sendo inflamada por aqueles que não querem ver que o futuro é algo que eles próprios podem criar. Na Fundação Obama, a gente quer contar histórias e dar ferramentas para a mudança”, disse.

Na abertura do Aquilomba, Felipe Proto, vice-presidente de Novos Negócios da Fundação Lemann, ressaltou a importância da representatividade racial na rede. Atualmente, pessoas negras e indígenas representam cerca de 33% dos mais de 780 membros, com meta de crescimento acelerado até 2031.

Cosme Bispo, gerente da Rede de Líderes, destacou a relevância das conexões entre os membros. “Conexão nasce de confiança, que é a base para tudo aquilo que a gente constrói em um ambiente de liderança e da Rede de Líderes. Confiança nasce das relações e, dentro desse espaço, se dá pelo compromisso com o Brasil. Todos e todas aqui demonstraram o seu compromisso com o país”, disse.

Durante o encontro, os participantes receberam o livro “Carreiras Negras: Estratégias Para Construir Presença, Poder e Permanência”, de Eliezer Leal, membro da Rede de Líderes, e Talita Matos.

Debates da Rede de Líderes

Antes da apresentação da Obama Foundation, foram promovidos espaços para discussões entre os membros da Rede de Líderes. A mesa “Lideranças negras na política pública” abordou os desafios e conquistas na formulação e implementação de políticas públicas, debatendo sobre representatividade, barreiras estruturais e estratégias de influência para tornar o Estado brasileiro cada vez mais inclusivo e comprometido com a equidade racial. A mediadora da conversa foi Camila Godinho, Secretária de Planejamento, Orçamento e Transformação Digital de Nossa Senhora do Socorro (SE). Participaram também Soraya Brandão, servidora pública e líder da equipe de Desenvolvimento de Altas Lideranças na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), e Giovanni Harvey, que ocupou dois cargos de liderança na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República.

O debate “Liderança e bem-viver” abordou a tensão crescente entre as exigências de ascensão profissional e militância e a necessidade urgente de autocuidado, redefinindo o conceito ancestral de bem-viver. Arthur Lima, dentista, pesquisador e fundador da AfroSaúde, e Marcio Black, diretor do Instituto Beja, conduziram a conversa. A mesa foi mediada por Denise Silva, psicóloga e consultora em desenvolvimento organizacional e equidade racial.

Também foi realizada uma conversa sobre internacionalização da liderança negra, com foco nas estratégias de acesso a experiências internacionais e na transformação de barreiras estruturais (como idioma e rede de contatos) em estratégias de fortalecimento coletivo de lideranças negras. A condução do debate foi feita por Adriana Alves, consultora em gestão de pessoas; Márcia Batista, executiva internacional de RH; e Mayra Casttro, fundadora do InvestAmazônia, com mediação de Michael Cerqueira, gerente na Fundação Lemann.

Por fim, a mesa “Captação de recursos para organizações negras” buscou discutir os desafios enfrentados pelas organizações na obtenção de financiamento e apoio institucional, explorando caminhos de autonomia e redistribuição de recursos. André Barrence, Diretor do Google for Startups na América Latina, e Selma Moreira, ex-vice-presidente de Responsabilidade Corporativa e Filantropia da J.P. Morgan e conselheira de organizações do terceiro setor como o IDIS, puxaram a discussão. A mediação foi de Geovana Borges, vice-presidente de Relações Corporativas e Institucionais da CUFA (Central Única das Favelas).

“O Brasil é mais avançado em relação ao tratamento de cabelos naturais”, diz Ludiana Braz, brasileira expert em cabelos crespos, que abriu um salão em Paris

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 Ludiana Braz, uma hairstylist com raízes no subúrbio carioca, transformou sua paixão pela beleza em uma carreira internacional, consolidando-se como uma referência incontestável em cabelos crespos e cacheados. Sua trajetória, que a levou dos estúdios da Rede Globo a Paris, não apenas aprimorou sua técnica, mas também a posicionou como uma voz influente na valorização da beleza natural e no empoderamento de mulheres negras.

A história de Ludiana é um testemunho vibrante de resiliência e de um desejo inabalável de compreender e cuidar dos cabelos crespos. Desde a infância, quando seu próprio cabelo era alisado, ela mergulhou na busca por conhecimento para desvendar os segredos dos fios naturais. Essa jornada pessoal a conduziu à formalização como cabeleireira e, aos 20 anos, à prestigiada Rede Globo. Lá, na oficina de caracterização de personagens, ela imergiu em um ambiente técnico e grandioso, aprendendo a criar visuais completos, dominando visagismo, história da arte e antropologia capilar. Essa base sólida a preparou para lidar com a diversidade de texturas e estilos, sempre com um foco aguçado na personalização e na arte de construir narrativas através dos cabelos.

Após anos na televisão brasileira, Ludiana buscou uma dimensão mais internacional para sua carreira, mudando-se para a França. Sua chegada a Paris revelou uma lacuna surpreendente no mercado de beleza europeu: a falta de especialização em cabelos crespos e cacheados. “Eu cheguei na França sem saber se tinha ou não uma grande procura por cabeleireiros”, relata Ludiana. Ela percebeu que, enquanto o Brasil já era uma referência global em produtos e técnicas para cabelos naturais, a França ainda vivia um cenário que ela descreve como “o Brasil 20 anos atrás”, com forte incentivo ao alisamento e poucas opções para quem desejava manter a textura natural. Essa lacuna no mercado impulsionou Ludiana a dedicar seu trabalho ao atendimento de mulheres com cabelos naturais, oferecendo um serviço atento, personalizado e profundamente empático. “Eu comecei a ganhar uma grande clientela por fazer o básico, que na minha cabeça era muito natural atender as pessoas assim”, revela, sublinhando que esse nível de atenção era, surpreendentemente, uma raridade no cenário europeu.

A Relação com Taís Araújo e o Mundo da Moda

Ludiana Braz já trabalhava com grandes nomes da televisão brasileira, incluindo Taís Araújo, antes mesmo de sua mudança para a Europa. A parceria se intensificou em Paris, onde Ludiana se tornou a hairstylist de confiança de Taís em eventos de prestígio como a Fashion Week de Paris (Le Défilé de L’Oréal) e o Festival de Cannes. Ela explica que “é difícil para um artista chegar num país estranho e que ele não fala a língua e fazer com um cabeleireiro de um salão que ele acha na rua, não dá certo”, ressaltando a importância de profissionais com experiência em TV e desfiles. Essa colaboração não apenas evidencia a expertise singular de Ludiana, mas também ressalta a importância de profissionais que compreendem as nuances e a estética dos cabelos crespos em um cenário global. A escolha do visual é sempre um processo colaborativo e estratégico, alinhado às diretrizes de grandes marcas e produções, assegurando que o cabelo complemente perfeitamente a imagem e a mensagem desejada.

Tendências e a Liberdade dos Cabelos Crespos

Ludiana observa uma crescente inovação nos estilos de cabelo entre mulheres negras, com o uso de apliques e wigs deixando de ser um tabu e se tornando uma ferramenta de expressão e praticidade. Para ela, que já utilizava esses recursos extensivamente na televisão para criar personagens, essa tendência representa liberdade. Para Ludiana, o cerne da questão reside na felicidade e na autoestima da mulher, e ela é categórica: não existem regras rígidas sobre alisar ou não, ou cortar de um jeito específico. A solução, segundo a hairstylist, é sempre buscar o que faz a cliente se sentir bem, seja com seu cabelo natural, com apliques para volume ou comprimento, ou com wigs para versatilidade. “Não tem que nada, você tem que fazer o que você vai ficar feliz”, afirma Ludiana, defendendo a autonomia plena da mulher sobre seu próprio cabelo.

Brasil x Europa: Diferenças no Cuidado Capilar

Uma das observações mais marcantes de Ludiana é a diferença no tratamento e na percepção dos cabelos crespos entre Brasil e Europa. “O Brasil está muito avançado em relação ao tratamento de cabelos naturais, de realmente cuidar, hidratar, ter cremes de pentear que facilitam o seu dia a dia”, pontua Ludiana. Ela observa que as brasileiras desfrutam de uma liberdade notável para mudar, experimentar e exibir seus cabelos naturais. Na França, por outro lado, ainda persiste uma dificuldade palpável em encontrar salões especializados e produtos adequados, o que leva muitas mulheres negras a optarem por tranças ou perucas devido à escassez de opções e conhecimento sobre como cuidar de seus cabelos naturais. “Eu recebo essa queixa no salão com muita frequência”, confessa Ludiana, destacando a alegria de suas clientes brasileiras em Paris ao encontrar uma profissional que entende e celebra a beleza de seus cabelos crespos, ressaltando o papel do Brasil como referência global nesse segmento.

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