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Best Skin Ever, da Sephora Collection, chega com 30 tons e fórmula com 86% de ingredientes de skincare

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Foto: divulgação

Por muito tempo, a experiência de usar maquiagem foi, para mulheres negras, uma arte de adaptação. Misturar tons, inventar soluções e ajustar expectativas virou rotina. Mas o que acontece quando o acerto vem de primeira? Quando a fórmula respeita sua pele em tom, textura e tratamento? A Best Skin Ever, novo lançamento da Sephora Collection, responde com mais do que promessas. Responde com experiência de uma marca conhecida globalmente por unir beleza e representatividade. 

Com 30 tonalidades distribuídas em cinco intensidades, incluindo faixas como medium tan e deep que dialogam com a diversidade da pele brasileira, a base une performance, cuidado e praticidade no mesmo frasco. E quem prova isso com propriedade é Angélica Silva, maquiadora e criadora de beleza, que testou a novidade e detalhou a experiência. “Uma camada e pronto”, disse. “Ela oferece uma média cobertura que você ainda consegue construir em menos de um minuto. É prática, confortável, com acabamento super natural. Parece que eu não tô de base. Só que estou.”

O diferencial não se limita à cobertura. A fórmula reúne 86% de ingredientes de skincare, incluindo ácido hialurônico e extrato de algas, com atuação em hidratação, firmeza e suavidade da pele ao longo do tempo. Ou seja, não é só sobre maquiar, é sobre cuidar. “O que torna essa linha muito interessante é a junção de maquiagem com skincare. É aquela coisa que você passa e sente: não só estou cobrindo, estou tratando. E isso faz diferença”, afirma Angélica. No combo com o corretivo da mesma linha, disponível em 20 tons, o resultado ganha precisão. “Parece que eu nunca tive olheira na minha vida. Era isso que eu precisava.”

A durabilidade é outro ponto de atenção, com até 16 horas de uso confortável, sem craquelar e sem pesar. O preço sugerido é de R$ 149. O pincel da linha tem encaixe anatômico e contribui para aplicação rápida e uniforme, reforçando a proposta de uma rotina objetiva com aparência de pele real.

Para completar o look, a Sephora Collection apresenta os batons Rouge Is Not My Name, com curadoria de cores do nude ao vermelho vibrante e diferentes acabamentos, desenhados para dialogar com vários tons de pele.

Em São Paulo, a Sephora montou um pop-up no Shopping Eldorado, aberto até 5 de outubro, para testagem assistida, escolha de subtom e distribuição de brindes. A ativação busca reduzir barreiras comuns a quem costuma precisar misturar bases para chegar ao tom ideal, ao oferecer atendimento especializado e contato direto com a fórmula.

Cida Bento, autora do livro O Pacto da Branquitude, é premiada na Powerlist 2025 na categoria ‘Trajetória Transformadora’

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Foto: Salvador Summit Speakers

A Powerlist Mundo Negro – Mulheres Negras Mudam Histórias chega à sua quarta edição reconhecendo mulheres negras de destaque em diversos setores da sociedade. Entre as premiadas deste ano, Cida Bento, autora do livro O Pacto da Branquitude, se destaca como uma das grandes referências da premiação, sendo reconhecida na categoria Trajetória Transformadora, escolhida pelo Júri Técnico da Powerlist.

Cida Bento é pesquisadora, escritora e psicóloga, com uma carreira marcada pelo compromisso em compreender e denunciar as estruturas do racismo no Brasil. Seu livro O Pacto da Branquitude se consolidou como uma obra de referência ao analisar a branquitude como um sistema que perpetua privilégios e desigualdades raciais, oferecendo uma contribuição significativa para os estudos sobre raça e para a reflexão pública sobre discriminação estrutural.

O prêmio na categoria Trajetória Transformadora reconhece mulheres que, por meio de sua trajetória, criaram impacto social consistente e inspirador. A escolha de Cida Bento pelo Júri Técnico reforça o reconhecimento da sua relevância e legado, evidenciando a importância de seu trabalho tanto no campo acadêmico quanto no social.

O Júri Técnico da Powerlist é formado por lideranças de destaque em diferentes setores estratégicos, incluindo economia, comunicação e inovação. Ele atua avaliando impacto, consistência de carreira, relevância pública e inovação, garantindo que as vencedoras sejam escolhidas com base em critérios sólidos e transparentes. Entre os nomes que compõem o comitê estão executivas, fundadoras de instituições, jornalistas e especialistas em diversidade, cuja experiência confere legitimidade ao processo de seleção.

Em 2025, a premiação conta com o apoio institucional de Natura e Grupo L’Oréal, reforçando ainda mais sua relevância cultural e social.

A cerimônia oficial da Powerlist 2025 está marcada para o dia 17 de outubro, na Casa Manioca, em São Paulo, momento em que serão celebradas todas as premiadas, consolidando o evento como referência nacional no reconhecimento de mulheres negras que mudam histórias.

Exclusivo: Belize Pombal é a convidada de Maju Coutinho no episódio deste domingo do quadro “Negritudes”, no ‘Fantástico’

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Crédito: Globo/Lethicia Amâncio

Neste domingo, 5 de outubro, o ‘Fantástico’ exibe o terceiro episódio da temporada do quadro “Negritudes”, com a atriz Belize Pombal como convidada. Em entrevista com Maju Coutinho, Belize compartilha sua trajetória artística, desde os primeiros passos no teatro aos 11 anos, até sua formação na Escola de Artes Dramáticas da USP, em São Paulo. Crescida em uma família de oito mulheres, ela destaca a importância da educação e do acesso às melhores oportunidades para se desenvolver profissionalmente.

Reconhecida por seu talento, Belize Pombal vem conquistando destaque na televisão brasileira. Além de seu papel atual na novela ‘Vale Tudo’, interpretando Consuelo, a atriz participou de séries de sucesso como ‘Justiça 2’ e ‘Sessão de Terapia’, no Globoplay, e da primeira fase da novela ‘Renascer’. Seu trabalho tem sido celebrado por retratar personagens complexos e inspiradores, contribuindo para a representatividade negra na dramaturgia nacional.

Durante a entrevista, Belize também reflete sobre a família que interpreta na trama de horário nobre. Ela ressalta que mostrar uma família preta com amor, diálogo e desafios humaniza as histórias na televisão e reforça a importância da representatividade. A atriz aproveita para compartilhar conselhos às jovens artistas: buscar o melhor em sua formação, sem medo, e se permitir sonhar grande.

O ‘Fantástico’ deste domingo começa logo após o ‘Domingão com Huck’, trazendo uma oportunidade para o público conhecer mais sobre a trajetória e a visão de uma das atrizes negras mais promissoras da televisão brasileira.

Projeto de pesquisa internacional, liderado pela Dra. Aza Njeri, foi contemplado por um dos maiores editais de pesquisa Brasil–França

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Foto: divulgação

O projeto “COMO REPARAR? Reconstituir, Restituir, Recontar, Escrever e Representar (imagens, textos, corpos) entre o passado colonial e o tempo presente”, coordenado por Aza Njeri e Ana Kiffer, foi contemplado em 2024 pelo Edital nº 08/2024 do Programa CAPES/COFECUB Brasil–França, uma das iniciativas mais prestigiadas e tradicionais de cooperação acadêmica internacional entre Brasil e França. A proposta é o único projeto selecionado da PUC-Rio entre os 36 aprovados em todo o país.

Ser contemplada junto com minha equipe com o Edital CAPES/COFECUB com um projeto internacional feito por mulheres que pautam reparação, contra colonização, cultura e arte mostra não apenas a excelente produção de pesquisa de ponta que fazemos, mas também um novo lugar de debate de temas que interferem diretamente nas humanidades negras”, afirma Aza Njeri. “Afinal, temos muita produção crítica de qualidade para pautar o debate a nível mundo.”

O projeto reúne pesquisadoras brasileiras da PUC-Rio — Aza Njeri (coordenadora), Ana Kiffer, Mariana Patrício Fernandes e Flavia Trocoli (UFRJ), Luciana Sacramento Moreno Gonçalves (UNEB) — e pesquisadoras francesas, coordenadas por Tiphaine Samoyault (EHESS), com participação de Anne Lafont (EHESS) e Zahia Rahmani (INHA). A equipe propõe uma abordagem interdisciplinar sobre reparação histórica, memória da escravidão, restituição de patrimônios e produção de novos arquivos sobre o passado colonial, a partir do pensamento do filósofo Édouard Glissant, centrando o debate em diálogos entre o Brasil e a França.

Entre as ações previstas estão a criação de arquivos digitais, publicações bilíngues, núcleos interdisciplinares de debate e mobilidade internacional de pesquisadores. Mais do que uma pesquisa teórica, a iniciativa se inscreve em um movimento concreto de transformação social e acadêmica, alinhada à Lei 10.639/2003, reforçando o compromisso da PUC-Rio com a produção de conhecimento crítico e inovador sobre as humanidades negras.

“Desculpe pela dor que causei a tantos”, Diddy se pronuncia em carta ao juiz, um dia antes da audiência

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Foto: reprodução

Sean “Diddy” Combs, empresário e artista globalmente conhecido, se vê novamente no centro das atenções da mídia internacional devido a acusações de violência doméstica contra sua ex-namorada, Cassie Ventura. Às vésperas de sua audiência, o rapper enviou uma carta ao juiz Arun Subramanian, na qual assume total responsabilidade por suas ações e expressa arrependimento profundo pelos danos causados. O documento, carregado de sinceridade, oferece um raro vislumbre de seu reconhecimento público dos erros e das consequências pessoais que enfrenta.

“Desculpe pela dor que causei a tantos”, escreve Diddy, no que se tornou a frase mais emblemática da carta. Ele detalha o impacto de seus atos, afirmando: “A cena e as imagens de mim agredindo Cassie passam repetidamente na minha cabeça diariamente. Eu literalmente perdi a cabeça. Eu estava completamente errado por colocar minhas mãos na mulher que eu amava.” Ao admitir a violência doméstica, Combs não apenas pede desculpas, mas também coloca em palavras o peso da responsabilidade que carregará para sempre.

Nos trechos seguintes, Diddy descreve como seu tempo na prisão o obrigou a confrontar a própria vida: “Minha dor se tornou minha professora. Minha tristeza foi minha motivadora. Tenho que admitir que minha queda estava enraizada no meu egoísmo.” Ele relata os desafios físicos e emocionais enfrentados enquanto estava encarcerado, descrevendo condições duras, celas superlotadas e risco constante de violência, destacando que essa experiência foi transformadora, mas não é usada como justificativa para suas ações.

O artista também expressa a dor de se afastar de sua família, incluindo sua mãe, de 84 anos, que esteve presente no julgamento apesar de problemas de saúde: “Parte meu coração que eu me coloquei nessa situação e, pela primeira vez, não posso estar lá para minha mãe quando ela mais precisa de mim.” Além disso, lamenta as oportunidades perdidas com suas filhas e a perda de liberdade de estar presente em momentos importantes de suas vidas. Diddy reforça que não se importa mais com fama ou dinheiro: a prioridade agora é a família e a reconstrução pessoal.

Ele ainda se compromete com mudanças significativas, afirmando que está sóbrio pela primeira vez em 25 anos e buscando se tornar uma pessoa melhor: “Se me permitir voltar para casa, para minha família, prometo que não o decepcionarei e o deixarei orgulhoso.” Diddy propõe transformar sua história em um exemplo para outros, mostrando que é possível aprender com erros graves e buscar redenção.

A audiência de Sean “Diddy” Combs está marcada para amanhã de manhã, às 10h, no horário do leste dos Estados Unidos. Os promotores pedem que o juiz imponha uma sentença de 11 anos de prisão, enquanto Diddy solicita algo próximo a 14 meses, já considerando os mais de 12 meses que cumpriu. O desfecho poderá definir não apenas a extensão de sua punição, mas também o peso de seu pedido de desculpas e a possibilidade de sua reconstrução pessoal diante da lei.

Kassiane Thayná: a jovem que conquistou a web com rotina na lavoura e criou sua própria marca de café

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Foto: Reprodução/Instagram

Todos os dias, ainda de madrugada, Kassiane Thayná pega a estrada de terra até chegar à lavoura de café em Patrocínio (MG). Com um celular simples, a jovem negra cafeicultora encontrou também uma nova forma de trabalho: registrar sua rotina e compartilhar com seus seguidores. Rapidamente ela conquistou o público com sua autenticidade e recentemente, após cerca de três anos produzindo conteúdos, celebrou os mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, além de alcançar 1,5 milhão no TikTok.

Kassiane passou de uma menina da roça desacreditada a referência no agronegócio e no empreendedorismo feminino. Nos vídeos que ultrapassam milhões de visualizações, ela mostra desde momentos engraçados até reflexões sobre a vida na roça, sempre com simplicidade e o humor mineiro que a acompanha.

Apaixonada pelo café, Kassiane transformou sua experiência na lavoura em negócio, criando a sua própria marca que leva o seu nome, com três linhas: gourmet, tradicional e em grãos, todas 100% arábica. O sucesso é tamanho que os produtos frequentemente esgotam no site https://kassianethayna.com.br/.

Apesar do crescimento, a rotina no campo continua intensa. Ela mesma faz todas as etapas do cultivo, contratando ajuda apenas no plantio. Para dar conta da produção e das redes, chega mais cedo à plantação, a 15 km de casa, e reserva o restante do tempo para empreender e produzir conteúdo.

O livro de superação

Recentemente, Kassiane também lançou o livro “A Menina da Roça Que Quebrou a Internet — Uma História Real de Superação, Café e Empreendedorismo”, no qual compartilha os bastidores de sua trajetória.

Na obra, ela relata que enfrentou bullying por ter visão monocular, como superou preconceitos por ser mulher, negra, do interior e de origem humilde, e como usou essas raízes para florescer. O livro mistura fé, empreendedorismo, aprendizados práticos e inspiração. (Acesse aqui)

Neta e filha de trabalhadores rurais, Kassiane cresceu entre pés de café e histórias de resistência. Hoje, seus pais já não trabalham mais na lavoura — a mãe se tornou dona de casa e o pai deixou o campo após um acidente. Com o sucesso nas redes, a jovem sonha em garantir mais conforto à família.

Cultne é reconhecida como manifestação da cultura brasileira pelo Senado

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Foto: Zô Guimarães/UOL

A Cultne, maior acervo audiovisual sobre a cultura negra na América Latina, foi reconhecida na terça-feira (30) como manifestação da cultura brasileira pela Comissão de Educação e Cultura do Senado. O projeto de lei segue agora para sanção presidencial.

Criada no Rio de Janeiro, a organização sem fins lucrativos, fundada por Dom Filó, é dedicada à memória e à história da população negra. Além de reunir um vasto acervo audiovisual, a instituição também disponibiliza conteúdos em uma plataforma de streaming, ampliando o acesso do público à produção cultural negra.

O projeto (PL 2.345/2023), de autoria da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados e recebeu parecer favorável do senador Humberto Costa (PT-PE) na Comissão do Senado. O texto prevê apoio a programas e recursos que garantam a preservação, manutenção e difusão do acervo, fortalecendo o fomento à cultura negra e o acesso a diferentes camadas sociais.

Para Humberto Costa, a Cultne cumpre um papel estratégico na valorização da herança cultural afro-brasileira. “Essa atuação contribui para o combate a todas as formas racismo, à invisibilidade cultural e à desigualdade social”, afirmou.

Segundo ele, a instituição também fortalece políticas públicas, programas de inclusão social e iniciativas que ampliam a circulação de obras de artistas negros. “A Cultne não apenas preserva e celebra a riqueza da cultura afro-brasileira, mas também atua como instrumento de empoderamento social e afirmação da cidadania”, destacou.

Acesse aqui: https://acervo.cultne.tv/

Jorge Aragão: 50 anos de poesia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

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Foto: ©POSSATO

Por: Rodrigo França

Há noites em que a cidade parece se curvar diante de um artista. No Theatro Municipal, o Rio de Janeiro se vestiu de memória e futuro para receber Jorge Aragão. Não era apenas um concerto, era uma travessia por cinco décadas de palavras que viraram canções, de versos que se tornaram bandeiras, de melodias que nos ensinaram a resistir.

Aragão entrou em cena como quem ocupa um território que sempre lhe pertenceu. Sua presença não é feita de gestos grandiloquentes, mas de uma sofisticação rara, de um pensar profundo que carrega no corpo a inteligência de quem sabe: cada samba é também uma leitura do Brasil. Ele não apenas escreve, ele decifra, revela, nomeia aquilo que muitos insistem em ocultar; nosso povo ama.

Foto: ©POSSATO

Naquela noite, não se aplaudiu somente um repertório. A plateia saudou a vida de um poeta que fez da caneta uma arma delicada, capaz de ferir a indiferença e ao mesmo tempo acariciar a alma. Canções como Malandro, Vou Festejar e Identidade soaram como documentos vivos de um tempo, lembrando que Jorge Aragão é guardião de uma herança e construtor de caminhos novos.

Convidados se revezaram no palco — Zeca Pagodinho, Liniker, Péricles, Xande de Pilares, Alcione, Raphael Logam — mas a grandeza da noite estava no fio invisível que unia todos, a história que nascia da voz do próprio Aragão. E quando suas filhas surgiram para abraçá-lo, ficou claro que a celebração era também íntima, familiar, uma partilha de afetos diante de um país inteiro.

Foto: ©POSSATO

A história do samba não pode ser contada sem ele. E, ao ocupar um palco marcado pela tradição erudita-hegemônica, Jorge Aragão mostrou que sua poesia não conhece fronteiras. O mestre trouxe a música erudita negra brasileira; o samba, com filosofia, elegância e consciência. É um Brasil que insiste em existir apesar de tudo.

Naquela noite, não vimos apenas um show. Assistimos a um marco histórico. E saímos dali com a certeza de que Jorge Aragão não canta apenas para nós, mas por nós.

Milton Nascimento é diagnosticado com demência, revela filho

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Foto: Divulgação

Augusto Nascimento, filho de Milton Nascimento, revelou que o pai foi diagnosticado com demência por corpos de Lewy, um dos tipos mais comuns da doença, em entrevista à revista Piauí publicada nesta quinta-feira (2). Segundo Augusto, ele percebeu que Milton apresentava dificuldade para lembrar acontecimentos recentes, olhares fixos e repetição rápida de histórias, o que gerou apreensão na família.

Preocupado, Augusto procurou o clínico geral Weverton Siqueira, que acompanha o cantor há dez anos. Em abril, Milton foi submetido a uma série de testes neurológicos. O médico, preocupado com os resultados, solicitou exames complementares.

O filho contou que decidiu fazer uma viagem de motorhome pelos Estados Unidos com Milton para aproveitar o momento. O médico comentou que, se fossem viajar, aquele era o momento certo. Milton falou para todos “como se tivesse sido a melhor coisa da vida dele”, disse Augusto na entrevista.

A demência por corpos de Lewy provoca a morte das células nervosas do cérebro, com sintomas semelhantes aos do Alzheimer e também alterações motoras parecidas com as do Parkinson. Milton já havia recebido anteriormente um diagnóstico relacionado à doença.

O cantor se aposentou dos palcos em 2022 após a turnê ‘A Última Sessão de Música’, que percorreu o Brasil com apresentações finais. Mesmo afastado dos palcos, Milton continuou ativo na música, gravando participações em álbuns, incluindo um disco com Esperanza Spalding.

‘Malês’, filme de Antonio Pitanga sobre o levante contra a escravidão no Brasil, estreia hoje nos cinemas

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Foto: Vantoem Pereira Jr.

Com direção e atuação de Antonio Pitanga, o filme ‘Malês’, estreia nesta quinta-feira (2) nos cinemas do Brasil. O longa transporta o público para a Salvador de 1835, palco da Revolta dos Malês, quando africanos muçulmanos organizaram o maior levante contra a escravidão no Brasil.

De acordo com a sinopse, a produção apresenta as difíceis condições de vida de homens e mulheres negros no século XIX. A revolta, que aconteceu no final do Ramadã, reuniu africanos escravizados e libertos em um levante histórico que, apesar da repressão violenta, permanece como símbolo da luta pela liberdade e pela dignidade da população negra.

A narrativa começa no Reino de Oyó, em 1830, quando Dassalu (Rocco Pitanga) e Abayome (Samira Carvalho) têm o casamento interrompido por uma invasão. Capturados e separados, os dois são levados ao Brasil pelo tráfico atlântico. Em Salvador, Dassalu é vendido para a cruel fazendeira Mamãe A (Patrícia Pillar) e encontra no líder Ahuna (Rodrigo de Odé) forças para resistir e tentar reencontrar sua noiva.

Antonio Pitanga interpreta Pacífico Licutan, liderança real do movimento que reforçava a união de diferentes tribos e religiões contra a escravidão. Outros personagens históricos também estão presentes, como Sabina (Camila Pitanga), Manoel Calafate (Bukassa Kabengele), Vitório Sule (Heraldo de Deus) e Luís Sanim (Thiago Justino). O elenco traz ainda Wilson Rabelo, Edvana Carvalho e Indira Nascimento em papéis que revelam diferentes visões da resistência e da vida negra naquele período.

“Mostrar a crueldade e a violência da maneira que esses negros foram tratados é necessário. Não era uma violência gratuita, era parte do contexto e da narrativa que “Malês” está contando. A gente teve que ter cuidado, eu e a roteirista Manuela Dias, para mostrarmos a real situação dos anos do século XIX. São cenas necessárias de serem mostradas, não como um veículo de venda, de aproveitamento, de promoção. O filme é exatamente uma proposta narrativa de você descortinar e dar luz à escuridão, e revelar a realidade vivida no século XIX”, afirmou Antonio Pitanga.

Filmado em Salvador, Cachoeira (BA) e Maricá (RJ), o longa tem produção de Flávio Ramos Tambellini, fotografia de Pedro Farkas e produção associada de Cacá Diegues e Lázaro Ramos. A realização é da Tambellini Filmes, em parceria com Obá Cacauê Produções, Gangazumba Produções, RioFilme e Globo Filmes.

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