Home Blog Page 5

O pacto da branquitude e a condescendência seletiva de Dani Calabresa

0
Foto: João Cotta / TV Globo e Reprodução/Redes Sociais

Texto: Luciano Ramos

O caso do humorista Léo Lins, recentemente condenado por racismo, reacendeu um debate necessário sobre os limites da liberdade de expressão, especialmente quando se trata de “humor” que humilha e violenta pessoas negras. Em meio à repercussão do caso, chamou atenção o posicionamento de Dani Calabresa, humorista respeitada no Brasil. Apesar de afirmar ser contra o racismo, Dani se posicionou contrária à prisão do colega, alegando ser a favor da liberdade no humor. Essa postura revela mais do que uma opinião pessoal: escancara o pacto da branquitude e a forma como ele opera, mesmo em ambientes progressistas ou artísticos.

Dizer-se contra o racismo, mas se opor às consequências jurídicas que esse crime pode (e deve) acarretar, é uma forma de neutralizar sua gravidade. É como declarar apoio à causa sem querer pagar o preço de romper com os privilégios e confortos que a branquitude oferece. Quando uma mulher branca, influente e bem relacionada como Dani Calabresa afirma que não concorda com a prisão de um humorista condenado por racismo, ela colabora para a manutenção da impunidade histórica de pessoas brancas que desumanizam pessoas negras sob o disfarce da piada.

O pacto da branquitude, como definido por Cida Bento, é justamente isso: um acordo não dito entre pessoas brancas para proteger uns aos outros, mesmo diante de atos racistas explícitos. Ele se manifesta na solidariedade seletiva, na relativização da dor negra e, muitas vezes, no desconforto em ver um semelhante sendo responsabilizado. Dani não silenciou — e talvez isso seja ainda mais preocupante. Ela falou e, mesmo assim, escolheu proteger a liberdade de um colega em detrimento da justiça para com aqueles que foram alvos de seu discurso racista.

O que está em jogo não é apenas a liberdade de um humorista. É a liberdade das pessoas negras de existirem sem serem alvos constantes de piadas desumanizantes. É a liberdade de uma sociedade de dizer, com firmeza, que o racismo não será tolerado — nem nas ruas, nem nos palcos, nem nas telas. Responsabilizar legalmente quem comete racismo é um passo civilizatório. Minimizar isso sob o argumento da “liberdade artística” é um retrocesso.

A fala de Dani Calabresa se soma a uma longa tradição de condescendência branca, onde a crítica ao racismo é feita de forma genérica, mas a solidariedade concreta recai sobre o agressor. É o que chamamos de antirracismo performático: aquele que se pronuncia apenas até o ponto em que não compromete os laços de classe, de grupo ou de cor.

Dani perdeu a oportunidade de usar sua visibilidade para um rompimento real com o pacto da branquitude. Preferiu o meio-termo confortável. Mas o racismo não é um tema para concessões. Ele mata, fere, marginaliza — e rir disso não pode mais ser aceitável.

É tempo de escolher de que lado estamos: do lado da justiça ou do lado da conveniência.

Projeto aprovado na Câmara prevê imagens de mulheres negras em novas cédulas do real

0
Foto: Ascom/Câmara dos Deputados

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que determina que, nas novas emissões de cédulas e moedas, o Banco Central priorize homenagens a personalidades femininas e negras que tenham se destacado na luta pela emancipação das mulheres e no combate ao racismo.

O texto altera a Lei 4.595/64, que rege a política monetária do país, e estabelece que a escolha das homenageadas seja feita em consulta às comissões de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial e de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara – ou órgãos que as substituam no futuro.

O projeto aprovado é um substitutivo da deputada Benedita da Silva (PT-RJ) ao PL 5.434/16, de autoria do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). A proposta original previa que a seleção das personalidades fosse feita por meio de consulta popular, com urnas eletrônicas espalhadas pelo país: “Em mais de 30 anos de circulação do real, a única imagem de mulher que figura nas notas atuais é a abstrata ideia da República, sempre representada por uma mulher, em vários países do mundo”, afirmou Benedita da Silva. “Por essa razão, a ideia do projeto é muito oportuna e necessária”, completou.

A relatora justificou a mudança no texto original: “Acreditamos que estamos propondo uma iniciativa mais simples e fácil de ser implementada do que a consulta pública, formulada pelo projeto original, que exigia uma espécie de ‘plebiscito’ para coletar as ideias da população”.

Próximos passos
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, precisará ser aprovada pelo plenário da Câmara e pelo Senado.

Com informações da Agência Senado

Aos 10 anos, Bless faz estreia no cinema e deixa Bruno Gagliasso emocionado: ‘Quase chorando’

0
Foto: Reprodução/Instagram

Aos 10 anos, Bless já pode dizer que entrou para o mundo do cinema, e com direito a um filme cheio de significado. O filho de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank fará sua estreia nas telas em Makunaima XXI, produção da Globo Filmes que reconta a história do clássico Macunaíma, de Mário de Andrade. E, pelo jeito, o menino já nasceu pronto para as câmeras.

“Estou muito nervoso, mas ao mesmo tempo ansioso. Porque estou com um filme do meu pai, vou estar representando ele, é muito especial”, confessou Bless, em sua primeira entrevista concedida para o portal Gshow durante a gravação de sua participação no filme. E completou, rindo: “Mas meu pai está mais nervoso que eu!”, revelou. O convite para o filme veio dos diretores Felipe M. Bragança e Zahỳ Tentehar, que propuseram algo “simbólico” com o menino. Bruno não hesitou: “Tenho certeza que ele vai querer, até porque ele é exibido”, brincou.

Foto: Gshow

Orgulhoso do filho, o ator confessou estar emocionado pelo filho: “Estou quase chorando aqui antes de vê-lo em cena. Hoje estou só como pai, admirador, parceiro”, disse Gagliasso, que também é coprodutor do longa. Bless ainda soltou um spoiler sobre como será sua atuação: “Meu personagem não tem fala, mas representa tudo que tem no filme”. O garoto contou ainda que já está na escola de teatro: “Estou fazendo tablado e venho me articulando, coisas de teatro”, explicou.

Bruno, que sempre conversa com os filhos sobre carreira, apoia o interesse do menino: “O Bless é impressionante o que ele desenha, o que ele escuta de música, cinéfilo, saindo daqui a gente vai comemorar no cinema. Primeira vez dele fazendo cinema, vamos comemorar assistindo filme. Isso é lindo”, celebrou.

O filme

Makunaima XXI é uma releitura moderna da obra de Mário de Andrade, com um enredo que mistura mito, amor e uma jornada pelo Brasil em meio a crises climáticas e pandemias. Bruno Gagliasso interpreta uma das versões do personagem-título, ao lado de atores como Itallo Makuusi, Mario Jorgi e Gaby Amarantos.

Gisele de Paula faz história como primeira mulher negra à frente da expografia da Bienal de São Paulo

0
Foto: Eduardo Ganneto/Bienal de São Paulo

A arquiteta carioca Gisele de Paula foi anunciada como a responsável pelo projeto arquitetônico e expositivo da 36ª Bienal de São Paulo, que acontece entre os dias 6 de setembro a 11 de janeiro de 2026, no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, marcando um feito inédito na história do evento: ela é a primeira mulher negra a assinar a expografia da mostra, após 36 edições da maior exposição de arte contemporânea da América Latina.

Radicada recentemente em São Paulo, Gisele desenvolverá o projeto em parceria com Tiago Guimarães, propondo uma reflexão sobre humanidade, natureza e escuta. A proposta busca reposicionar vozes historicamente silenciadas no circuito das artes. “Guiado pelas embocaduras, zonas de encontro entre águas e mundos, o projeto evoca os saberes ribeirinhos, quilombolas e indígenas, propondo múltiplas formas de navegar no espaço expositivo”, explicou a arquiteta.

Sua participação na Bienal é destacada como um marco simbólico e político, celebrando a arquitetura pensada por uma mulher negra, brasileira e comprometida com práticas ancestrais e narrativas coletivas. “Como o próprio rio, a expografia flui, fabula e se transforma. Ao invés de impor, conduz e transborda”, afirmou Gisele. No início de 2025, o camaronês, radicado em Berlim, na Alemanha, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung foi anunciado como curador geral da 36ª Bienal de São Paulo.

A mostra tem entrada gratuita e reunirá cerca de 120 participantes e é organizada pela Fundação Bienal de São Paulo.

“Sempre tem um Heleninha no samba”, cena de Vale Tudo gera debates sobre brancos ricos em espaços culturais negros

0

A disputa de atenção na roda de samba é algo que faz parte da diversão para quem curte uma boa música, dança e cervejinha gelada para se divertir. Em ‘Vale Tudo’, em um desses momentos de confraternização da comunidade, uma cena dividiu opiniões. Enquanto Raquel (Taís Araújo), está em uma roda de samba dançando e cantando com seus amigos, perto de Ivan (Renato Góes) seu ex-namorado, e aguardando Otávio (Breno da Matta), o atual interesse romântico, Heleninha (Paolla Oliveira), aparece e não contente em estar no mesmo ambiente da “rival”, ela entra no espaço que a chef está dançando. Raquel tenta trazer leveza ao clima perguntando se a artista plástica sabe dançar. Segura de si , Heleninha responde: “Quando eu quero, eu sou destaque”.

A cena do capítulo da novela Vale Tudo, exibido na noite de segunda-feira (16) pela TV Globo, relembrou uma discussão sobre a presença de mulheres brancas em espaços tradicionalmente negros, como o samba. gerou críticas de internautas, que viram na fala um reflexo de um problema real: a ocupação de protagonismo por pessoas brancas em ambientes de cultura negra.

Nas redes sociais, usuários compararam a situação a acontecimentos reais em rodas de samba tradicionais, onde mulheres brancas frequentemente são vistas entrando nas rodas mesmo que não tenham samba no pé. “Sempre tem uma Heleninha nos sambas e pagodes pelo BR”, escreveu um internauta.

O debate não é novo. Durante o Carnaval de 2023, o mestre em antropologia, Mauro Baracho publicou no site Mundo Negro o artigo “Sem samba no pé, mas com privilégio na pele: mulheres brancas musas do Carnaval 2023”, no qual critica a “confiança” de mulheres brancas que assumem papéis de destaque nas escolas de samba sem a técnica necessária. “Espanta-me a confiança de assumir tamanha responsabilidade sem ter a competência necessária. Talvez esta seja uma das principais características da branquitude: a confiança incompetente. Diante disso, resta saber o que mais falta embranquecer na cultura afrobrasileira que cada dia vai tendo menos afro e mais “Brazil”.”, escreveu.

Já em março de 2025, a colunista do Mundo Negro, Priscilla Arantes reforçou a disparidade entre os lugares ocupados por mulheres negras e brancas no comando do Carnaval, no artigo “Mulheres negras sambam para que mulheres brancas lucrem”, apontando que, apesar de o Carnaval ser uma celebração de raiz negra, as estruturas de poder ainda privilegiam figuras brancas. “As mulheres negras, principais protagonistas na preservação das tradições que dão forma ao carnaval, continuam sub-representadas nos espaços de decisão e poder econômico”, afirmou.

Dr. Gilmar Francisco é um dos participantes de “Chef de Alto Nível”, novo reality gastronômico da Globo

0
Foto: Arquivo Pessoal e Globo/Beto Roma

A Globo divulgou nesta segunda-feira (16) o teaser de “Chef de Alto Nível”, novo reality culinário que estreia no dia 15 de julho, e já tem um rosto que chama a atenção da comunidade negra: o Dr. Gilmar Francisco. Outros chefs negros também aparecem no teaser do reality show, mas a Globo ainda não anunciou oficialmente o nome de todos os participantes.

O programa reunirá 24 participantes, divididos em três grupos: cozinheiros profissionais, cozinheiros amadores e criadores de conteúdo da internet. Eles vão disputar o prêmio de R$ 500 mil e uma mentoria exclusiva com três chefs renomados: Alex Atala, Jefferson Rueda e Renata Vanzetto.

Nutrólogo conhecido na internet, Dr. Gilmar apresentava o programa “Nossas Recebidos”, em seu canal do YouTube, ao lado da esposa Dra. Liana Tito Francisco, onde recebiam personalidades negras em casa e conduziam entrevistas enquanto preparavam refeições para os convidados.

Sob o comando de Ana Maria Braga, o programa será exibido sempre às terças e quintas-feiras, após ‘Vale Tudo’, com disputas de tirar o fôlego envolvendo talentos de todo Brasil que sonham com o lugar mais alto do pódio.

Para conquistar o título de “Chef de Alto Nível”, os cozinheiros vão ter que provar que são capazes de entregar os melhores pratos sob as mais diferentes circunstâncias. O caminho rumo ao prêmio começa com a fase das seletivas, que marca os três primeiros episódios.

Divididos em três categorias, oito participantes de cada grupo encaram um desafio em cada cozinha, com a eliminação de um deles a cada prova. Com os pratos avaliados pelos chefs Alex Atala, Jefferson Rueda e Renata Vanzetto, os 15 melhores cozinheiros dessa fase – cinco de cada grupo – passam à disputa de grupos, que mistura competidores das três categorias, com a chance de serem escolhidos para compor, então, o time dos chefs mentores e vestirem o sonhado dólmã e os aventais dos grupos.

Basília Rodrigues deixa a CNN Brasil após cinco anos; jornalista estava à frente do programa “O Grande Debate”

0
Foto: Reprodução/CNN Brasil

A emissora CNN Brasil promoveu mudanças em seu quadro de apresentadores e na grade de programação. A jornalista Basília Rodrigues, que estava à frente do programa O Grande Debate, deixou a equipe da CNN após cinco anos. Julliana Lopes deve substituir Basília, conforme decisão interna da empresa. O objetivo das descontinuações seria promover “ajustes pontuais na estrutura organizacional, para tornar a operação ainda mais eficiente, sustentável e alinhada com os desafios e oportunidades do setor.

A jornalista chegou à CNN em 2020, após passagem de doze anos na cobertura política da rádio CBN, do Grupo Globo. Em sua trajetória profissional, também atuou como editora-chefe da revista Evoke e repórter em veículos como Metrópoles e Gazeta do Povo. Formada em jornalismo, possui pós-graduação em história, sociedade e cidadania.

A troca no comando do programa ocorre paralelamente ao anúncio do encerramento de outras atrações da emissora. Entre os programas que saem do ar estão O PontoGPS CNNCNN Entrevistas e CNN Eleições: 2026 Já Começou. Em entrevista concedida para o portal ‘Na Telinha’, no final de 2024, Basília falou sobre seu trabalho na CNN: “Durante este tempo, em 2021, também criei o CNN Dois Lados, que basicamente é um quadro de debates quase sempre com dois políticos. Entro na programação da noite com O Grande Debate, que evidencia um aspecto muito importante da minha carreira que é a mediação, algo que eu desenvolvi aqui”, afirmou.

Em comunicado, a CNN Brasil justificou as mudanças como parte de “ajustes pontuais na estrutura organizacional”, visando maior eficiência e sustentabilidade da operação. A empresa afirmou que manterá os investimentos programados para o segundo semestre, sem especificar quais projetos serão priorizados.

“Exercício físico muda vidas”: PH Côrtes celebra primeira medalha em corrida e lembra que fugia de aulas de educação física

0
Foto: Reprodução

O influenciador PH Côrtes publicou um vídeo na última segunda-feira (16) celebrando a primeira vez em que participou de uma corrida e conquistou a primeira medalha de sua vida após percorrer 5 km em 29 minutos sem parar. Durante seu relato, PH lembrou que na época de escola não gostava das aulas de educação física e comemorou como isso mudou na vida adulta: “sempre vi esse lugar da prática de exercícios físicos como um lugar que não pertencia”, contou ele que além de frequentar rotineiramente a academia, também faz acompanhamento nutricional.

“Eu participei da minha primeira corrida e ganhei a primeira medalha da minha vida. Fiz 5 km em 29 minutos sem parar e eu estou muito feliz com isso”, celebrou. “Começou a vir um filme na mente porque ao contrário de muitos, eu nunca gostei de educação física. Eu sempre vi esse lugar da prática de exercícios físicos como um lugar que não pertencia. Eu lembro que nas aulas de educação física eu só queria ficar sentado no banco conversando e torcia para não ser escolhido para nada porque educação física é algo que faz eu me sentir exposto, me sentir vulnerável por ter uma coordenação motora toda ruim, todo estabanado, até que quatro anos atrás eu tomei a decisão que ia mudar minha vida, ia começar a fazer musculação. Eu sempre falo que isso mudou minha vida porque mudou minha postura, mudou meu condicionamento físico, mudou esteticamente meu físico, mas principalmente a minha confiança”, destacou PH ao lembrar como a prática de atividade física tem lhe proporcionado bem-estar geral.

PH compartilhou uma imagem de quatro anos, quando começou os treinamentos, comparando com seu porte físico atual.

O influenciador também reforçou a necessidade de compreender os processos da atividade física ao recordar quando começou a treinar na academia e com o tempo percebeu que preferia correr na rua ou em parques. Emocionado, ele afirmou que continua praticando atividade física, fazendo musculação e reforçou a importância de dar o primeiro passo para uma vida mais saudável: “Exercício físico muda vidas, mano. E eu não acreditava nisso quando comecei a fazer. E não aderi isso para minha vida de um modo superficial, com fins estéticos, que a gente tem, eu não vou ser hipócrita, a gente tem motivos estéticos. Mas quando você entende que não se trata só de corpo, mas se trata principalmente, de mente, velho. Isso muda tudo. Tô feliz”, finalizou.

PH Cortes revelou que após um ano de treinos, iniciou o acompanhamento nutricional com profissional especializado, aliando a rotina de exercícios físicos a uma alimentação saudável.

‘Kasa Branca’ e ‘Cidade de Deus – A Luta Não Para’ estão entre os finalistas do Prêmio Grande Otelo 2025

0
Fotos: Divulgação

A Academia Brasileira de Cinema divulgou nesta segunda-feira (16) os finalistas do Prêmio Grande Otelo 2025, e produções com protagonismo negro se destacam entre os indicados às principais categorias. O filme “Kasa Branca”, dirigido por Luciano Vidigal, concorre como Melhor Filme de Ficção, enquanto “O Dia Que Te Conheci”, de André Novais Oliveira, está entre os finalistas de Melhor Filme de Comédia.

Nas categorias de Melhor Atriz de Longa-Metragem se destacam Grace Passô por seu papel em “O Dia Que Te Conheci” e Dira Paes por “Pasárgada”, ao lado da vencedora do Globo de Ouro, Fernanda Torres, por “Ainda Estou Aqui”. Linn da Quebrada também se destacou por papel no filme “Vitória” e foi indicada ao prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante.

Entre os finalistas de séries brasileiras, a produção “Cidade de Deus – A Luta Não Para”, sequência do clássico de cinema, disputa o prêmio de Melhor Série de Ficção e também tem indicação na categoria Melhor Atriz, com Roberta Rodrigues, intérprete da personagem Berenice. “Os Quatro da Candelária” e a quinta temporada de “Impuros”, também disputam como Melhor Série.

A cerimônia está confirmada para 30 de julho, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo para todo o país pelo Youtube da Academia e pelo Canal Brasil.

Votado por profissionais de diferentes áreas do audiovisual, o Prêmio Grande Otelo distribuirá 30 troféus. São 29 categorias avaliadas por um júri formado por associados da Academia Brasileira de Cinema, além do Grande Otelo de Melhor Filme pelo Júri Popular, escolhido em votação aberta ao público no site da Academia.

O prêmio conta com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da RioFilme, e tem os resultados apurados e auditados pela PwC Brasil. A votação entre os sócios da Academia acontece no segundo turno, entre 23 e 30 de junho. Já o público poderá escolher seu filme favorito, entre os longas finalistas de ficção (drama e comédia) e documentário, entre os dias 1º e 29 de julho.

Veja a lista de indicações com protagonismo negro:

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO

AINDA ESTOU AQUI, de Walter Salles. Produção: Maria Carlota Bruno por VideoFilmes e Rodrigo Teixeira por RT Features

BABY, de Marcelo Caetano. Produção: Ivan Melo por Cup Filmes, Marcelo Caetano por Desbun Filmes e Beto Tibiriçá por Plateau Produções

KASA BRANCA, de Luciano Vidigal. Produção: Bárbara Defanti por Sobretudo Produção Audiovisual, Gisele Camara por Tacacá Filmes, Roberto Berliner, Sabrina Garcia e Leo Ribeiro por TvZero, Luciano Vidigal por Dualto Produções e Cavi Borges por Cavideo.

MALU, de Pedro Freire. Produção: Tatiana Leite por Bubbles Project e Sabrina Garcia, Leo Ribeiro e Roberto Berliner por TvZero

MOTEL DESTINO, de Karim Aïnouz. Produção: Janaína Bernardes e Karim Aïnouz por Cinema Inflamável, André Novis, Caio Gullane e Fabiano Gullane por Gullane

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA *

(* os filmes de comédia concorrem somente ao Voto Popular)

CÂNCER COM ASCENDENTE EM VIRGEM, de Rosane Svartman. Produção: Clélia Bessa por Raccord Produções

ESTÔMAGO 2 – O PODEROSO CHEF, de Marcos Jorge. Produção: Claudia da Natividade por Citizencrane Produções Cinematográficas

KASA BRANCA, de Luciano Vidigal. Produção: Bárbara Defanti por Sobretudo Produção Audiovisual, Gisele Camara por Tacacá Filmes, Roberto Berliner, Sabrina Garcia e Leo Ribeiro por TvZero, Luciano Vidigal por Dualto Produções e Cavi Borges por Cavideo.

O AUTO DA COMPADECIDA 2, de Flávia Lacerda e Guel Arraes. Produção: Pedro Buarque de Hollanda por Conspiração, Sandro Rodrigues e Edson Pimentel por H2O Produções e Guel Arraes por Guel Produtora

O DIA QUE TE CONHECI, de André Novais Oliveira. Produção: Thiago Macêdo Correia, André Novais Oliveira, Maurilio Martins e Gabriel Martins por Filmes de Plástico Produções Audiovisuais

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO

3 OBÁS DE XANGÔ, de Sérgio Machado. Produção: Diogo Dahl por Coqueirão Pictures

ASSEXYBILIDADE, de Daniel Gonçalves. Produção: Daniel Gonçalves por SeuFilme e Roberto Berliner por TvZero

FERNANDA YOUNG – FOGE-ME AO CONTROLE, de Susanna Lira. Produção: Susanna Lira e Tito Gomes por Modo Operante Produções

LUIZ MELODIA – NO CORAÇÃO DO BRASIL, de Alessandra Dorgan. Produção: Deborah Osborn por bigBonsai, Daniel Gaggini e Felipe Briso por Muk Produções

MILTON BITUCA NASCIMENTO, de Flavia Moraes. Produção: Ricardo Aidar e Larissa Prado por Canal Azul, Augusto Nascimento por Nascimento Música, Caio Gullane e Fabiano Gullane por Gullane

OTHELO, O GRANDE, de Lucas H. Rossi dos Santos. Produção: Ailton Franco Jr. por Franco Filmes e Lucas H. Rossi dos Santos por Baraúna Produções

MELHOR LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO

ABÁ E SUA BANDA, de Humberto Avelar. Produção: Silvia Fraiha e Alexandre Carvalho por Fraiha Produções

ARCA DE NOÉ, de Sérgio Machado e Aloís Di Leo. Produção: Caio Gullane, Fabiano Gullane por Gullane, Maria Carlota Bruno e Walter Salles por Video Filmes

O SONHO DE CLARICE, de Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho. Produção: Fernando Gutiérrez e Vivian de Campos Palmeira Gutiérrez por Fantom Filmes e Produções Artísticas

PLACA MÃE, de Igor Bastos. Produção: Igor Bastos e Lazaro Camilo por Flash Minas

TECA E TUTI: UMA NOITE NA BIBLIOTECA, de Eduardo Perdido, Tiago Mal e Diego M. Doimo. Produção: Tiago Marcondes Alves de Lima, Eduardo Ribeiro Bassi e Diego M. Doimo por Rocambole Produções Audiovisuais

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL

CHICO BENTO E A GOIABEIRA MARAVIOSA, de Fernando Fraiha. Produção: Bianca Villar, Fernando Fraiha, Karen Castanho, Daniel Rezende por Biônica Filmes, Marcio Fraccaroli por Paris Entretenimento e Marcos Saraiva por Mauricio de Sousa Produções

PRINCESA ADORMECIDA, de Claudio Boeckel. Produção: Rodrigo Montenegro e Mara Lobão por Panorâmica Filmes

TUDO POR UM POP STAR 2, de Marco Antonio de Carvalho. Produção: Rodrigo Montenegro e Mara Lobão por Panorâmica Filmes

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM

ALESSANDRA DORGAN por Luiz Melodia – No Coração do Brasil

DIRA PAES por Pasárgada

JOÃO CÂNDIDO ZACHARIAS por A Herança

LUCAS H. ROSSI DOS SANTOS por Othelo, O Grande

PEDRO FREIRE por Malu

MELHOR ATRIZ DE LONGA-METRAGEM

ANDREA BELTRÃO como Marta por Avenida Beira-Mar

DIRA PAES como Irene por Pasárgada

FERNANDA TORRES como Eunice Paiva por Ainda Estou Aqui

GRACE PASSÔ como Luisa por O Dia Que Te Conheci

YARA DE NOVAES como Malu por Malu

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE DE LONGA-METRAGEM

BÁRBARA LUZ como Nalu por Ainda Estou Aqui

CAROL DUARTE como Joana por Malu

JULIANA CARNEIRO DA CUNHA como Dona Lili por Malu 

LINN DA QUEBRADA como Bibiana por Vitória 

VALENTINA HERSZAGE como Veroca por Ainda Estou Aqui

MELHOR ATOR COADJUVANTE DE LONGA-METRAGEM

ANTONIO PITANGA como Ermitão por Oeste Outra Vez

ÁTILA BEE como Tibira por Malu

BABU SANTANA como Durval por Oeste Outra Vez 

HUMBERTO CARRÃO como Félix por Ainda Estou Aqui 

RICARDO TEODORO como Ronaldo por Baby

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

ANDRÉ NOVAIS OLIVEIRA por O Dia Que Te Conheci

ÉRICO RASSI por Oeste Outra Vez

LUCIANO VIDIGAL por Kasa Branca

MARCELO CAETANO e GABRIEL DOMINGUES por Baby

PEDRO FREIRE por Malu

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE FICÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, PARA TV ABERTA, TV PAGA OU STREAMING

CIDADE DE DEUS: A LUTA NÃO PARA – 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Aly Muritiba. Roteiro: Sérgio Machado, Renata Di Carmo, Armando Praça, Estevão Ribeiro, Rodrigo Felha e Aly Muritiba. Produção: O2 Filmes – Andrea Barata Ribeiro e Fernando Meirelles. Canal Exibidor: HBO e MAX

IMPUROS – 5ª TEMPORADA – Direção Geral: René Sampaio e Tomás Portella. Roteiro: Tomás Portella, Thiago Brito, Thiago Ortman, Clara Meirelles e Álvaro Mamute. Produção: Fogo Cerrado – Juliana Funaro e Leme Filmes – Rômulo Marinho. Canal Exibidor: Star +

OS OUTROS – 2ª TEMPORADA – Direção Geral: Luisa Lima. Roteiro: Lucas Paraizo. Produção: Globoplay – Luciana Monteiro. Canal Exibidor: Globoplay

OS QUATRO DA CANDELÁRIA – 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Luis Lomenha. Roteiro: Renata Di Carmo, Luh Maza, João Ademir, Luis Lomenha, Dodô Azevedo. Produção: Kromaki – Rodrigo Letier. Canal Exibidor: Netflix

SENNA – TEMPORADA ÚNICA – Direção Geral: Vicente Amorim. Roteiro: Vicente Amorim, Patrícia Andrade, Luiz Bolognesi, Fernando Coimbra, Gustavo Bragança, Álvaro Campos, Alvaro Mamute e Rafael Spínola. Produção: Gullane – Caio Gullane e Fabiano Gullane. Canal Exibidor: Netflix

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE DOCUMENTÁRIO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, PARA TV ABERTA, TV PAGA OU STREAMING

BATEAU MOUCHE – O NAUFRÁGIO DA JUSTIÇA – TEMPORADA ÚNICA – Direção Geral: Tatiana Issa e Guto Barra. Roteiro: Guto Barra e Renata Amato. Produção: Producing Partners – Guto Barra e Tatiana Issa. Canal Exibidor: MAX e HBO

FALAS NEGRAS – 4ª TEMPORADA – Direção Geral: Antonia Prado. Roteiro: Clayton Nascimento e Mariana Jaspe. Produção: TV Globo – Ana Luisa Miranda. Canal Exibidor: TV Globo

MANÍACO DO PARQUE – A HISTÓRIA NÃO CONTADA – 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Thaís Nunes. Roteiro: Thaís Nunes. Produção: Santa Rita Filmes – Marcelo Braga. Canal Exibidor: Amazon Prime

ROMÁRIO – O CARA – 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Bruno Maia. Roteiro: Victor Hugo Fiuza, Bruno Maia e Emilio Domingos. Produção: Fell The Match – Bruno Maia e Kromaki – Rodrigo Letier. Canal Exibidor: MAX

VIVA O CINEMA! UMA HISTÓRIA DA MOSTRA DE SÃO PAULO – TEMPORADA ÚNICA – Direção Geral: Gustavo Rosa de Moura e Marina Person. Roteiro: André Bomfim e Larissa Kurata. Produção: Mira Filmes – Gustavo Rosa de Moura. Canal Exibidor: HBO e MAX

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE ANIMAÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, PARA TV ABERTA, TV PAGA OU STREAMING

ASTRONAUTA – 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Roger Keesse. Roteiro: Roger Keesse. Produção: Mauricio de Sousa Produções – Marcos Saraiva e Mauricio de Sousa. Canal Exibidor: HBO e MAX

COSMO, O COSMONAUTA – 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Guilherme Fiuza Zenha e Eduardo Damasceno. Roteiro: Sarah Passos, Eduardo Damasceno, Luís Felipe Garrocho e Guilherme Fiuza Zenha. Produção: Immagini Animation – Luiz Fernando de Alencar, Giordano Becheleni e Solo Filmes – Guilherme Fiuza Zenha. Canal Exibidor: Cartoonito

GILDO – 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Cesar Cabral. Roteiro: Cesar Cabral, Silvana Rando, Leandro Maciel, Ìndigo Ayer, Marcos Takeda e Thomas Larson. Produção: Coala Filmes – Anália Tahara e Stephanie Saito. Canal Exibidor: TV Brasil

IRMÃO DO JOREL – 5ª TEMPORADA – Direção Geral: Juliano Enrico. Roteiro: Arnaldo Branco, David Benincá, Daniel Furlan, Elena Altheman, Juliano Enrico, Lucas Pelegrineti, Nigel Goodman, Raul Chequer, Valentina Castelo Branco e Zé Brandão. Produção: Copa Studio – Zé Brandão, Felipe Tavares e Rodrigo Soldado. Canal Exibidor: Max e Cartoon Network Latin America

LINO – MEU PAI É FERA – 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Rafael Ribas. Roteiro: Rafael Ribas. Produção: Start Desenhos Animados – Marcelo Mazzetti Siqueira e Rafael Ribas. Canal Exibidor: Disney +

O SHOW DA LUNA! – 8ª TEMPORADA – Direção Geral: Celia Catunda e Kiko Mistrorigo. Roteiro: Rita Catunda, Marcela Catunda, Eduardo Melo, Julio Caio e Camille Helms. Produção: Pinguim Content – Celia Catunda, Kiko Mistrorigo e Ricardo Rozzino. Canal Exibidor: Discovery Kids

VOVÓ TATÁ- 1ª TEMPORADA – Direção Geral: Pedro Poscidônio. Roteiro: Pricilla Silva da Costa, Eduardo José de Andrade Branco e Estevão da Matta Ribeiro. Produção: Raccord Produções – Clélia Bessa e Globo. Canal Exibidor: Gloobinho e Globoplay

MELHOR ATRIZ SÉRIE DE FICÇÃO PARA TV ABERTA, TV PAGA OU STREAMING

ADRIANA ESTEVES como Cibele por Os Outros

ALICE WEGMANN como Raíssa por Rensga Hits

ANDRÉIA HORTA como Jerusa por Cidade de Deus: a Luta não Para

LETÍCIA COLIN como Raquel por Os Outros

ROBERTA RODRIGUES como Berenice por Cidade de Deus: a Luta não Para

MELHOR ATOR SÉRIE DE FICÇÃO PARA TV ABERTA, TV PAGA OU STREAMING

ANDREI MARQUES como Jesus por Os Quatro da Candelária 

EDUARDO STERBLITCH como Sérgio por Os Outros 

GABRIEL LEONE como Pedro Dom por Dom

GABRIEL LEONE como Senna por Senna

MATHEUS NACHTERGAELE como Quincas por Chabadabadá

MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO

E SEU CORPO É BELO, direção Yuri Costa

HELENA DE GUARATIBA, direção Karen Black

O LADO DE FORA FICA AQUI DENTRO, direção Larissa Barbosa

QUANDO AQUI, direção André Novais Oliveira

ZAGÊRO, direção Victor Di Marco e Márcio Picoli

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO

A NOITE DAS GARRAFADAS, direção Elder Gomes Barbosa

EU FUI ASSISTENTE DO EDUARDO COUTINHO, direção Allan Ribeiro

MAR DE DENTRO, direção Lia Letícia

VENTO DOURADO, direção André Hayato Saito

VOCÊ, direção Elisa Bessa

VOLLÚPYA, direção Éri Sarmet e Jocimar Dias Jr.

MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO

A MENINA E O POTE, direção Valentina Homem e Tati Bond

EU E O BOI, O BOI E EU, direção Jane Carmen Oliveira 

EU SOU UM PASTOR ALEMÃO, direção Angelo Defanti 

HOJE EU SÓ VOLTO AMANHÃ, direção Diego Lacerda 

MENINO MONSTRO, direção Guilherme Alvernaz

RECEITA DE VÓ, direção Carlon Hardt

POSSO CONTAR NOS DEDOS, direção Victória Kaminski

KABUKI, direção Tiago Minamisawa

Erika Hilton reconhece que usou “tom errado” ao aconselhar Oruam após morte de jovem negro no RJ

0
Fotos: Reprodução/Instagram

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) disse, neste domingo (15), que errou ao comentar uma publicação do rapper Oruam. A parlamentar usou as redes sociais para se retratar, após a repercussão negativa da sua resposta ao artista, que pedia orientações sobre como reagir à morte de Herus Guimarães Mendes da Conceição, 23, jovem negro morto pela Polícia Militar em uma festa junina no Morro Santo Amaro (RJ), no início de junho.

A declaração inicial de Hilton sugeria que o rapper fizesse “revolução com o pé no chão”. Em sua retratação, a parlamentar disse que seu objetivo foi abrir um canal de diálogo com o rapper, que participou de um protesto na comunidade após a morte do jovem. “Eu, como uma deputada ciente dos movimentos que tentam criminalizar todos que vivem nas favelas, sugeri que Oruam fosse conhecer quem já faz um trabalho territorial em defesa das vidas negras e das periferias”, escreveu.

Hilton admitiu que não tinha conhecimento completo sobre o histórico do artista naquele momento e que, em nenhum momento, sua interação teve o propósito de “apoiar, endossar, legitimar ou inocentá-lo de qualquer posição ou comportamento que ele venha a ter”.

A deputada ressaltou ainda o impacto que Oruam exerce sobre a juventude, mesmo com as suas contradições. “Se recusarmos o diálogo ao nos depararmos com toda contradição, estaremos eternamente imóveis, enquanto a extrema-direita ocupa todos os espaços com ódio, mentira e bala”, disse.

No vídeo, Hilton também fez referência ao seu histórico de atuação junto a fãs de artistas pop, mencionando a experiência de diálogo com fandoms. “Seguirei fazendo política com coragem, com responsabilidade e com os olhos voltados pro povo real, e não pros algoritmos do Twitter. Então vamos parar com esse freak show, com esse circo, com essa tentativa frustrada, porque não vai dar certo, e me fritar por causa de um tom errado que eu usei.”

Relembre o caso

A polêmica começou após a deputada responder, no X, a uma publicação de Oruam sobre a morte de Herus. O rapper havia perguntado “o que fazer?” diante da violência policial que resultou na morte do jovem Herus Guimarães Mendes da Conceição e deixou outros cinco baleados, no dia 7 de junho. Hilton sugeriu que ele se aproximasse de organizações comunitárias que atuam em defesa de moradores de favelas e contra a violência do Estado.

Entre as indicações feitas pela parlamentar estavam o Instituto de Defesa da População Negra (DPN), o coletivo Entidade Maré e a ativista e filósofa antirracista Katiuscia Ribeiro. Ela também citou o grupo Mães de Manguinhos, que reúne familiares de vítimas da violência policial. “Não existe saída individual pra problemas que são estruturais”, escreveu Hilton na ocasião.

error: Content is protected !!