Home Blog Page 497

Discriminação racial no ambiente de trabalho escancara falhas nas políticas internas das empresas

0
Foto: People Images / Getty Images.

Os episódios de discriminação racial ainda são uma triste realidade no Brasil. Não é preciso ir muito longe, casos recentes, que ganharam destaque na mídia, reforçam os diferentes cenários de racismo. É possível citar o caso da moradora do Rio de Janeiro que agrediu dois entregadores negros, o cantor negro que teve atendimento recusado em um caixa de supermercado em São Paulo, ou ainda, a mulher negra que foi perseguida por um segurança em outro estabelecimento na cidade de Curitiba.

Historicamente, a taxa de desocupação da população de pretos e pardos é maior do que a de brancos. E essa diferença acontece não só nos níveis de desemprego, como também na renda. Segundo dados do IBGE, em 2022, a taxa de desempregos para pretos e pardos passou de 12%, enquanto brancos correspondem a apenas 9%.

Para a empresária Tábata Silva é papel das empresas, no desempenho de sua função social, contribuir com a redução da desigualdade e eliminar a discriminação dos seus processos seletivos. “As vagas afirmativas para inclusão racial nas empresas privadas são um ótimo exemplo de por onde as companhias podem começar. Mas essa não é uma responsabilidade exclusiva do RH, todos devem se engajar na luta antirracista”, afirma a especialista.  “Nas empresas é necessário ter canais seguros para que as pessoas possam fazer denúncias sem medo de represálias. Promover a diversidade racial no mercado de trabalho é papel de todos, independente do cargo, origem, raça ou crença. Uma equipe diversa é formada por pessoas de diferentes etnias, gêneros e classes sociais”, diz.

Foto: Getty Images.

O empresário Alex Araujo avalia que o problema está concentrado em pequenas e médias empresas, com no mínimo 20 mil de faturamento e máximo de 300 mil. “São locais que normalmente não possuem um RH muito bem estruturado e sofrem com a escassez de benefícios, como farmácias e supermercados, por exemplo. Na maioria dos casos, não existe um profissional dedicado a orientar colaboradores sobre os temas que acontecem no dia a dia, como casos de assédio sexual, racismo e violência”, explica.

Outros estudos mostram que o preconceito racial e as altas taxas de inatividade também são fatores decisivos para que pessoas negras decidam montar o próprio negócio. O chamado “afroempreendedorismo” tem ganhado espaço devido à necessidade desses trabalhadores. Apesar disso, ainda existe urgência para que os empreendedores e as organizações entendam o papel essencial da diversidade, igualdade e inclusão para o desenvolvimento das empresas.

Sarah Aline diz que foi eliminada do BBB 23 porque as torcidas se uniram contra ela: “sobrou para mim”

0
Foto: João Cotta/ TV Globo.

A psicóloga Sarah Aline foi a 15ª eliminada do Big Brother Brasil 23. Em entrevista para a TV Globo, a jovem de 25 anos diz que não se arrepende dos posicionamentos que adotou dentro do programa. “Não ter ido para esse paredão já me ajudaria muito”, diz Sarah o motivo de ter sido eliminada com 58,2% dos votos. “Porque, nesta altura do jogo, ou a gente ganhava prova ou ia para o paredão. Sinto que ter me livrado desse paredão me ajudaria a chegar, sim, à final”.

Em alguns momentos do jogo, Sarah foi cobrada por posicionamentos mais explícitos, frente aos acontecimentos da casa, mas agora, ela defende que não se arrepende das decisões que tomou. “Eu não me arrependo de não ter exposto mais os meus posicionamentos porque eles sempre existiram. Foi no tempo que tinha que ser, como na confusão com o Fredinho [Fred]. Eu não gosto de me antecipar nas coisas que eu tenho que falar. Mas como eu percebi que isso talvez fosse algo que o jogo exigia, eu poderia ter feito um pouco antes, óbvio, entendendo a necessidade. Eu não iria conseguir comprar briga e falar coisas que eu não entendesse a necessidade“, diz ela.

Sarah Aline. Foto: João Cotta/TV Globo.

Na visão de Sarah, ela saiu do programa porque foi ao paredão num péssimo momento. Além disso, a ex-sister observa que existiu um trabalho organizado das torcidas de Aline Wirley, Bruna Griphao, Amanda e Larissa. “Imaginei, ainda lá dentro, que a minha saída fosse porque a torcida das meninas [Aline, Amanda, Bruna e Larissa] estava muito forte como um grupo, como parceiras, e isso sobrou para mim. Vendo de fora, entendi que foi realmente isso, um espelho da relação delas, mas que também tem sido uma construção a partir de outras pessoas que foram se mostrando, ganhando apoio do público, e assim vai“, conta ela. “Não acho que a minha visão estava tão distante do que foi na realidade. Foi realmente torcida que me tirou dali. Mas, fiquei feliz que a minha porcentagem foi, obviamente, maior que a da segunda mais votada, mas não tão distante.

Agora, Sarah torce para que Domitila Barros e Ricardo cheguem até a final. “Eu não consigo fazer uma separação, independentemente de qual dos dois ganhar eu vou ficar muito feliz. A Domi tem um lugar no meu coração surreal. Eu não consigo nem a definir em palavras, ela é realmente uma pessoa incrível“, revela ela. “Eu nunca vi alguém conseguir viver intensamente tanta coisa quanto ela, e também nunca vi alguém conseguir reconhecer tanto seus erros quanto a Domi e o Ricardo – e isso é uma das coisas que eu mais admiro em qualquer pessoa que eu conheço. Por isso eu fico na dúvida. Mas acho que a trajetória da Domitila pede um pódio, né? Quero muito que o Ricardo vá para a final também, quero muito que ele ganhe. Sei que só um ganha, mas meu coração está dividido (risos)“.

“Histórias (Im)possíveis” traz protagonismo indígena e ficção especulativa em “Falas da Terra”

0
Foto: Globo

Após o Big Brother Brasil 23 desta segunda-feira (17) , estreia o segundo episódio de “Histórias Impossíveis”, projeto criado por três roteiristas negras que dá continuidade ao especial “Falas”. Neste episódio, a Globo apresenta “Falas da Terra”, em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas, com protagonismo indígena e com o objetivo de reaproximar o público da ficção especulativa.

Chamado de “Pintadas”, o episódio conta a história de Luara (Ellie Makuxi), Josy (Dandara Queiroz) e Michele (Isabela Santana) que vão para uma floresta no Mato Grosso do Sul para gravar um videoclipe de rap quando se deparam com uma natureza destruída pelo desmatamento. Dentro da floresta, elas acabam se deparando com problemas desconhecidos que vão levá-las a um encontro com a ancestralidade. 

As atrizes, Ellie Makuxi, Dandara Queiroz e Isabela Santana são indígenas e estão estreando na televisão.

Criado por Renata Martins, Grace Passô e Jaqueline Souza, o Histórias (Im)possíveis é um uma antalogia ao projeto “Falas”, com ficção e temáticas sociais contadas através da perspectiva feminina.

Em seu Instagram, Renata disse estar ansiosa pela estreia do episódio, que marca sua estreia como a chefia da sala do projeto. “Esse episódio, em específico, marca a segunda fase de desenvolvimento da série e, além de criadora e roteirista, assumo também a chefia da sala do projeto até o final. Essa experiência foi muito desafiadora e sem dúvidas marca um ponto de virada na minha trajetória profissional. Mas esse é, sem dúvidas, um capítulo à parte que compartilharei ao longo do ano”, disse a cineasta.

A criadora e cineasta disse que Falas da Terra não tem um final fechado e que a ideia é que o público se imagine nas personages. “O público está se reaproximando da narrativa especulativa e do gênero fantasia. O episódio “Pintadas” não é uma narrativa fechada e nem propõe trazer respostas prontas. O “e se” permeia todo o conceito da série, gerando dúvidas se algo realmente aconteceu ou não. Nós queremos que o público assuma o ponto de vista das protagonistas e que as histórias vividas por elas provoquem ondas de sentimentos, ora de identificação, ora antagônicos e que destes sentimentos, questionamentos e conversas, entre seus pares, surja um novo ponto de vista capaz de gerar mudança e pequenas transformações individuais e sociais”, defende a chefe de sala Renata Martins.

Recentemente, a cineasta Renata Martins concedeu uma entrevista para o Mundo Negro e falou da importância do História (Im)possíveis. “Eu acho que a maior mensagem é que o tecido que separa o real do irreal é muito fino e que muitas de nós, mulheres, em especial mulheres negras, vivemos situações reais, mas que parecem impossíveis aos olhos da sociedade e mesmo assim encontramos formas de ressignificar a nossa própria existência.”

Além do “Falas Femininas” e “Falas da Terra”, História (Im)possíveis terá mais três episódios: “Falas do Orgulho”, “Falas da Vida” e “Falas Negras”.

Agressora de entregador e testemunha do ataque devem depor nesta segunda-feira (17)

0

Sandra Mathias Correia de Sá, de 53 anos, deve depor hoje (17) na 15ª DP (Gávea). O depoimento de Sandra deveria ter sido colhido na última quarta-feira, 12, mas a defesa apresentou um atestado médico alegando que ela estava com várias lesões”. O atestado apresentado pelo advogado da agressora venceu no domingo (16).

O caso foi registrado como lesão corporal e injúria simples, mas a polícia avalia se cabe mudar para injúria racial, que teria o mesmo tratamento jurídico que o crime de racismo. 

Uma testemunha que presenciou as agressões contra os entregadores Max Ângelo dos Santos e Viviane Maria de Souza também deve comparecer à delegacia hoje para contar o que viu no domingo de Páscoa (9). O advogado de Max Ângelo contou para os jornalistas na quarta-feira, que espera que seu cliente seja chamado para depor nos próximos dias. A vítima foi ouvida no dia da agressão.

No último sábado (15), o apresentador Luciano Huck e o ator João Vicente de Castro, iniciaram uma mobilização para promover uma vaquinha com objetivo de arrecadar dinheiro para comprar uma casa própria para a família do Max Ângelo dos Santos. O valor atualizado até às 13h de hoje na plataforma Voaa era de cerca de R$ 240 mil.  

Relembre o caso

No domingo de Páscoa, 9 de abril, Sandra Mathias Correia de Sá foi flagrada agredindo entregadores em São Contado, no Rio de Janeiro. Ela usou uma coleira como chicote para acertar um dos homens e também fez ofensas racistas. O vídeo das agressões viralizou nas redes sociais.

A mulher teria ficado incomodada com os entregadores sentados descansando na porta de uma loja, próximos do local onde trabalhavam, que também fica perto da casa de Sandra. Segundo relato dos entregadores, ela estava passeando com o cachorro quando viu os entregadores perto de sua casa, olhou, cuspiu no chão e continuou andando. Na volta, a mulher foi para cima dos entregadores. 

Viviane Maria de Souza, uma das entregadoras ofendidas pela mulher, contou que Sandra chegou a morder sua perna. Max Ângelo dos Santos, o outro entregador agredido também é visto nas imagens tentando se esquivar dos ataques de Sandra Mathias. 

Segundo o entregador, essa não foi a primeira vez que Sandra Mathias Correia de Sá agrediu os entregadores. Na última terçam ela fez agressões verbais aos trabalhadores que também registraram boletim de ocorrência contra a mulher. 

A nutricionista possui mais duas passagens pela polícia, a primeira é um furto de energia em Leblon, bairro onde está a escola de vôlei que ela é dona, e a segunda é por injúria e ameaça.

Nos EUA, população negra tem mais expectativas de vida em territórios com mais médicos negros, revela estudo

0
Foto: Freepik

Nos Estados Unidos, condados com mais médicos negros, a população negra consegue viver mais, revela pesquisa publicada na última sexta-feira (14), no JAMA Network Open. A nova análise reforça a importância de aumentar a diversidade na medicina para acabar com as disparidades raciais de saúde entre os pacientes.

Mais de 1.600 condados foram analisados para a pesquisa. A equipe revelou que a expectativa de vida aumentou cerca de um mês para cada aumento de 10% em médicos negros de atendimento primário. Para os pesquisadores, os dados são significativos, já que a diferença na expectativa de vida entre americanos negros e brancos é de quase seis anos.

A expectativa de vida é mais longa, mesmo em territórios com apenas um médico negro. “Que um único médico negro em um condado possa ter um impacto na mortalidade de toda uma população é impressionante”, disse Monica Peek, médica de cuidados primários e pesquisadora de equidade em saúde da UChicago Medicine, que escreveu um editorial que acompanha o novo estudo.

“Isso valida o que as pessoas em igualdade de saúde têm dito sobre todas as maneiras pelas quais os médicos negros são importantes, mas ver o impacto no nível da população é surpreendente”, completa.

“Isso está aumentando a necessidade de uma força de trabalho médica mais diversificada”, disse Michael Dill, diretor de estudos da força de trabalho da Associação Americana de Faculdades de Medicina e um dos coautores do estudo.

Outros estudos também já haviam apontado que pacientes negros ficam mais satisfeitos com os cuidados de saúde, quando são tratados por médicos negros, são mais propensos a receber cuidados preventivos e tendem a concordar com os as recomendações médicas, como realizar exames de sangue e vacina contra a gripe.

Fonte: Stat News

Público do BBB 23 critica saída de Sarah Aline e levanta debate sobre racismo e privilégio

0
Foto: Reprodução

No último paredão do Big Brother Brasil 23, a sister Sarah Aline foi a 15ª eliminada com 58,20%. Após as últimas eliminações, todas negras, o público do BBB 23 começou a criticar a edição e especular “manipulação”. Os últimos negros que restam no programa são Alface (Ricardo), Domitila, que está no paredão, e Aline.

Mesmo com os últimos acontecimentos da casa e as duras críticas que Bruna Griphao vem sofrendo aqui fora, quem saiu foi Sarah, com 58,20%. Isso acabou gerando debates nas redes sociais sobre o programa estar “protegendo” alguns participantes. Segundo a enquete do UOL – que não possui influência direta com a votação oficial – indicava que quem seria a eliminada seria Bruna.

https://twitter.com/podeparealyty/status/1647795917888552960

Nas últimas semanas, muitas atitudes da Bruna Griphao repercutiram negativamente fora do programa. A participante já foi acusada de racismo por supostamente ter feito música para Sarah Aline, pela agressividade que tratou o Cezar Black e por xingar outros participantes negros de urubu.

Desde a eliminação de Cezar Black, que foi o 14º eliminado, muitas pessoas da comunidade negra começaram a desistir do programa e questionar o programa de manipulação. Nas postagens do nosso Instagram @sitemundonegro os seguidores estão comentando que pararam ou estão parando de assistir para evitar gatilhos e indignação.

https://www.instagram.com/reel/Cq_oZazLmFS/
Foto: reprodução

Por coincidência, desde que Fred Nicácio voltou e falou sobre um “Big Black Brasil” todos os participantes que sairam foram negros: Gabriel, Marvvila, Nicácio, Black e agora Sarah. Todos eles também eram do Quarto Fundo do Mar.

Foto: Reprodução/BBB23

Com as fortes críticas que Bruna e as meninas do Quarto Deserto vem sofrendo, o público relembrou quando Karol Conká, participante do BBB 21, sofria fortes críticas igual a Bruna e saiu com uma das piores rejeições da história do programa.

https://twitter.com/dajusilveira/status/1647799096827080704

Também relembraram do BBB 19, que a ganhadora Paula von Sperling também foi acusada de racismo e levantou o debate sobre representatividade no programa.

Falta poucos dias para o final do Big Brother Brasil 23 e Aline Wirley, Ricardo Alface e Domitila são os únicos negros que restaram no programa. Será que eles permanecem até a final?

Prima de Mc Sabrina afirma que a cantora tem esquizofrenia e pede que fãs não acreditem na declaração da família

0
Foto: Reprodução/Instagram

Após a publicação de uma nota de esclarecimento no perfil de Mc Sabrina, feita na noite de ontem (16) para informar ao público o que aconteceu com a pioneira do funk, Adaulayne, prima da cantora, foi às redes sociais para rebater as informações. A familiar afirma que Sabrina Luísa de Souza recebeu diagnóstico de esquizofrenia: “Eu sei disso não é porque alguém me disse, mas porque o médico, quando a gente foi lá no pinel com ela, a diagnosticou com esquizofrenia”, afirmou.

Adaulayne ainda pediu que o publico não acreditasse no que foi dito na nota de esclarecimento publicada no perfil de Sabrina. “Não acreditem em tudo que vocês leem, não acreditem em tudo que vocês veem no perfil dela porque é caô”, disse a prima da funkeira que também fez um apelo pedindo ajuda para outros cantores de funk.

De acordo com a nota, Sabrina Luísa de Souza “foi diagnosticada com transtorno de bipolaridade ao qual a mesma está em tratamento no SUS”, nos comentários com a publicação da nota, escrita em terceira pessoa, o público questionou o motivo de a funkeira não ter ido aos stories ou ter feito um vídeo para mostrar que estava bem, em seguida, ela apareceu nos stories afirmando que deve voltar aos palcos: “estarei voltando aí com tudo”.

A informação sobre o suposto sumiço de Mc Sabrina veio à público após a mobilização iniciada no último sábado (15), pela cantora Pocah, que publicou uma trhead no Twitter falando sobre o assunto. De acordo com Pocah, havia notícias de que a funkeira estava em “cárcere privado” e passando por uma “depressão”.

A nota emitida no perfil de Sabrina também rebate as acusações de cárcere, “Viemos por meio desta, esclarecer que as acusações caluniosas de “cárcere privado, e dopar “ a Mc Sabrina ( Sabrina Luísa de Souza ) não procedem”, e destaca que a funkeira tem realizado atividades físicas diárias: “A mesma também realiza atividades físicas diárias próximo a sua residência”.

Após a publicação do vídeo da prima da cantora, a família compartilhou nos stories um laudo médico que aponta que ela foi diagnosticada com Transtorno Afetivo Bipolar no dia 18 de novembro de 2022. O laudo ainda orienta que Mc Sabrina estava “Sem previsão de alta e sem condições para o exercício de atividades laborativas”. 

Foto: Reprodução/Instagram

Em seu Twitter, Mc Carol se solidarizou com a situação de Mc Sabrina: “sobre relacionamentos abusivos, problemas c equipe de trabalho no passado, usurpação, problemas familiares… Chega um ponto que a mente não aguenta, e é aí que nos interditam e tiram tudo o que é unicamente nosso! Desejo forças e melhoras p/ Sabrina e que ela consiga vencer”

Marsai Martin relata retirada de cisto ovariano aos 18 anos: ‘dor não é normal’; Especialista destaca cuidados ginecológicos

0
Foto: Reprodução

A atriz e produtora de apenas 18 anos, Marsai Martin deu seu relato sobre a remoção de um cisto no ovário que tinha o tamanho de uma pequena toranja: “Finalmente, aos 18 anos, decidi fazer uma cirurgia para removê-lo e aliviar a dor que estava sentindo”, contou Martin em artigo publicado na revista Women’s Health. Em suas redes sociais, ela compartilhou uma publicação em que mostra a cicatriz do procedimento cirúrgico realizado para retirada do cisto.

A estrela de Black-Ish fez um relato importante sobre como descobriu, com apenas 14 anos, que as intensas dores que sentia durante o período menstrual não eram normais. E alertou para a dificuldade de acesso ao diagnóstico, principalmente quando se trata de meninas e mulheres negras, que sofrem mais com as disparidades sociais.”Em dezembro de 2022, abri minha conta no Instagram e fui “ao vivo” para compartilhar uma experiência de saúde difícil e assustadora. Eu havia sido diagnosticada com um cisto ovariano quatro anos antes e, finalmente, aos 18 anos, decidi fazer uma cirurgia para removê-lo e aliviar a dor que estava sentindo. Na época, não consegui encontrar nenhuma informação de pessoas que estivessem passando pela mesma coisa”, revelou.

A atriz conta que resistiu em buscar ajuda médica por um bom tempo. “Antes do meu diagnóstico, eu pensava que a dor incapacitante do período e as fortes náuseas que eu sentia todos os meses durante o meu ciclo eram normais. Então, eu resisti em ir ao pronto-socorro por causa da minha dor menstrual por anos”, disse. “Mas meus sintomas pioraram muito quando fiz 14 anos. Todo mês, no primeiro dia do meu ciclo , eu sentia dores terríveis e náuseas. Isso afetou meu trabalho, minha vida social – tudo. Eu estava tão doente que não conseguia sair de casa.”, continuou ela. A retirada do cisto aconteceu no final do ano passado, quando ela fez 18 anos.

Dra. Cecília Oliveira Pereira – Ginecologista e Mastologista do Grupo Ifé Medicina/Foto: Reprodução

A ginecologista e mastologista, dra. Cecília Pereira, que explica que “Em pacientes jovens [o cisto] é um achado benigno na grande maioria dos casos, tendo, na verdade, como possível complicação, a torção ou ruptura na dependência do tamanho da lesão”.
A médica explica que a maioria das pacientes jovens é assintomática, mas é preciso prestar atenção nos sintomas. “No caso de lesões maiores, pode ocorrer dispareunia (dor na relação sexual), cólicas mais intensas no período menstrual, aumento da frequência urinária, aumento do volume menstrual, e em caso de torção, dor abdominal intensa”.

Sobre o caso específico da atriz Marsai Martin, a ginecologista explica que “Cistos de até 5cm cm quando assintomáticos, tendem a desaparecer sozinhos ou com tratamento apenas medicamentoso. No caso da Marsai Martin, devido ao tamanho, a proposta deve ser cirúrgica na maioria dos casos, pelo risco de torção”.

No caso de jovens e adolescentes, a dra. Cecília afirma que os fatores de riscos associados ao desenvolvimento de cistos ovariano “são bem variados” e incluem “histórico familiar, uso de medicamentos para estimular a ovulação, ou simplesmente o estímulo hormonal do ciclo menstrual”.

A dor intensa e a dificuldade de manter a rotina de atividades foi o alerta para que Marsai Martin buscasse auxílio médico especializado. A dra. Cecília recomenda que as mulheres mantenham uma rotina de cuidados ginecológicos em dia. “Sentir dor é algo comum, mas só pode ser considerado normal quando descartamos outras possibilidades patológicas. A mulheres devem ter sua rotina ginecológica sempre em dia, pois alguns sintomas atípicos podem levantar a suspeita médica da necessidade de investigação”, reforça a médica.

“Vai relegar minha história a um mês?”; Morgan Freeman critica “Mês da História Negra” e uso do termo “afro-americano”

0
Foto: Reprodução/Instagram

Em uma entrevista para o jornal inglês, The Times, o ator Morgan Freeman (85), fez críticas ao uso do termo “afro-americano” e ao “Mês da História Negra”, celebrado nos Estados Unidos durante todo mês de fevereiro. “O Mês da História Negra é um insulto. Você vai relegar minha história a um mês?”, teria dito o ator.

Em outro trecho da entrevista, que tinha como objetivo divulgar o filme “A Good Person”, lançado no final de março nos EUA, o ator afirmou que o uso do termo “afro-americano” é um “insulto”: “Também ‘afro-americano’ é um insulto. Não concordo com esse título. Os negros tiveram títulos diferentes desde então e não sei como essas coisas pegam tanto, mas todo mundo usa ‘afro-americano’. O que isso realmente significa? A maioria dos negros nesta parte do mundo são mestiços. E você diz África como se fosse um país quando é um continente, como a Europa.”

Morgan contou que Sidney Poitier foi uma inspiração para ele enquanto crescia. “Falei com Sidney há muito tempo. Ele disse: ‘Eu queria ser como você’.” O ator, que só começou a ganhar papéis de destaque aos 52 anos, ainda confessou que o homem que ele gostaria de ser é Denzel Washington. “Porque ele está fazendo o que eu queria fazer.”  

Freeman destacou os avanços que grupos minorados têm conquistado nas telas. “Geracionalmente, porém, acho que estamos avançando aos trancos e barrancos… LGBTQ, asiáticos, negros, brancos, casamentos inter-raciais, relacionamentos inter-raciais. Todos representados. Você vê todos eles na tela agora e isso é um grande salto.” 

As falas do ator sobre questões raciais costumam causar polêmica desde que um vídeo de 2009, editado, passou a ser usado como justificativa para deslegitimar a luta contra o racismo. Na entrevista daquele ano, o ator diz “que a questão do racismo era simplesmente pararmos de nos tratar por bancos ou negros e sim por quem somos, pessoas, cada uma com sua identidade”.

IZA, Camilla De Lucas e outras famosas mostram a beleza e a importância dos cabelos naturais

0
Foto: Ernna Cost ; Reprodução.

Nesta semana, a influenciadora Camilla de Lucas, 28, revelou o resultado de sua transformação após o período de transição capilar. A artista apareceu com um belíssimo black power, reafirmando a beleza de seus fios crespos. Assim como Camilla, a cantora IZA, 32, também faz questão de mostrar a importância e a beleza seu cabelo natural afro.

“Eu fazia relaxamento, usava aquelas coisas que todas as meninas crespas e cacheadas já usaram. Fazia isso e escova. Depois de um tempo, comecei a fazer só isso porque comecei a gostar dos cachos. E aí percebi que eu ficava me enganando”, disse IZA em entrevista ao Gshow ainda em 2019. A artista conta que durante muitos anos utilizou produtos químicos no cabelo, mas que com o passar dos anos encontrou a beleza em seus fios. “A gente escuta muita coisa, dá muito ouvido para a opinião dos outros. Quando você se ama e alguém vier dizer que o seu cabelo é ‘feio, ruim ou esquisito’, você vai falar: ‘Está louco, né, meu amor? Eu sou maravilhosa’. A gente acaba aprendendo a rebater essas coisas porque você sabe quem você é, sabe o valor que você merece, sabe que sua cotação é dólar, meu amor!”, completa a cantora.

A própria IZA defende seu cabelo crespo como um ato político. “Foi o primeiro momento de resistência e ele foi muito necessário”, ela diz. Outra celebridade que reafirma a importância do cabelo natural é Taís Araujo, 44. A atriz faz questão de classificar seus fios como um ato de orgulho. “Vivo de orgulho do meu cabelo crespo, afinal compreendi, já não retrocedo’. Cabeça erguida, queixo pra cima e nenhum passo pra atrás. Quem vem?!”, escreveu Taís numa publicação através das redes.

A falta de representatividade de cabelos naturais, em especial cabelos crespos, na TV, no cinema e na mídia, construiu uma imagem prejudicial para a auto estima de mulheres negras no Brasil. Inúmeras são as campanhas publicitárias que ainda hoje não exploram a beleza dos fios naturais. Essa falta de representatividade foi o que fez a cantora Marvvila não se sentir atraente. “Levei anos para entender que o meu cabelo era bonito. Porque, até então, desde criança até adolescente, eu fazia ‘relaxamento’ no cabelo. Ninguém achava bonito o ‘black’. Não existia isso. Eu, realmente, não me achava bonita. Quando crescia um pouquinho da minha raiz, eu ficava desesperada. ‘Preciso relaxar, preciso relaxar [o cabelo]’. Aí eu falei: ‘Cara, quero conhecer o meu cabelo'”, disse Marvvila em sua passagem pelo Big Brother Brasil.

A construção imagética de personalidades como IZA, Taís Araujo e Camila de Lucas é importante porque causa um impacto construtivo nas gerações mais jovens. Ao verem representações de beleza e aceitação de seus cabelos na mídia e nas redes sociais, as crianças e adolescentes negras podem desenvolver uma autoestima mais saudável e sentir-se orgulhosas de sua aparência natural. Isso pode ter um efeito poderoso e positivo na construção de identidade e na formação de uma imagem positiva.

error: Content is protected !!