A cantora e atriz Ludmilla anunciou que fará parte do elenco da franquia de ‘Velozes e Furiosos 10’. Além de atuar, Lud deve fazer parte da trilha sonora do longa. Ela compartilhou um vídeo em seu Instagram que mostra sua participação no filme protagonizado por Vin Diesel e escreveu na legenda: “A Vilã agora é atriz de Hollywood! Além da trilha, também fiz uma participação no #VelozesEFuriozos10, a partir de 18 de maio em todos os cinemas. Vejo vocês lá! @thefastsaga“
Com estreia prevista para o dia 18 de maio deste ano, o novo filme terá cenas que retratam o Brasil, mais especificamente o Rio de Janeiro, mas que foram gravadas em estúdio, e que contarão com a participação de Ludmilla. A cantora será uma das garotas que dão início aos rachas, como pode ser visto no vídeo compartilhado por ela nas redes.
Já o anúncio sobre sua participação na trilha de ‘Velozes e Furiosos 10’ aconteceu na última quinta-feira (20), no intervalo do “Latin American Music Awards”, quando a lista de músicos envolvidos na soundtrack foi revelada. Nas redes sociais, ela também havia comemorado a novidade e comentou nos stories: “Gravei uma música do filme com pessoas incríveis e ainda tem mais novidade”.
Esse será o penúltimo filme da franquia e trará de volta atores como Tyrese Gibson, Chris “Ludacris” Bridges, Sung Kang, Charlize Theron, Nathalie Emmanuel, Jason Statham, John Cena e Helen Mirren.
Neste sábado (22), a atriz Keke Palmer foi homenageada no evento de gala do Centro LGBT Los Angeles e falou abertamente sobre sua sexualidade. Palmer disse se sentir “um pouco de tudo” em relação ao seu gênero e sexualidade.
Em uma noite de gala e comemoração, Keke Palmer recebeu o prêmio Vanguard Award no evento anual do Centro LGBT de Los Angeles. Em seu discurso aproveitou para falar sobre sua sexualidade de forma aberta. A protagonista de Nope disse que se sente “um pouco de tudo” e nunca conseguiu se definir como mulher ou homem.
“Estou muito grata por estar aqui hoje para ser abraçada por uma comunidade pela qual sempre me senti aceita e parte dela. Eu sempre fui minha própria pessoa. Sexualidade e identidade para mim sempre foram confusão. Você sabe, é, ‘Eu nunca me senti correto o suficiente. Nunca me senti gay o suficiente. E nunca me senti mulher o suficiente. Nunca me senti homem o suficiente. Sabe, sempre me senti um pouco de tudo”, desabafou a atriz.
Palmer explicou que para ela isso vem pela forma que ela age no mundo e também a forma como a sociedade a vê. “Muitas vezes, eu lidero com masculinidade. E como mulher, sempre fui recebida com tanto desdém, entende o que quero dizer? Acho que muito disso veio de quem eu pensei que tinha que ser para obter respeito, admiração e amor. E eu sempre quis muito ser como meu pai… querer ser levada a sério e não diminuída por ser uma mulher.”
A atriz se emocionou em seu discurso e foi retribuída pelas palavras com palmas e apoio dos que estavam presentes. “Estou realmente muito grata por ser vista nesta sala porque sei que estou cercada por pessoas que sabem, sem dúvida, como é decidir ser quem você é em um mundo que diz para você ser tudo, menos você mesmo”, disse Palmer.
Todos os dias acordamos sonhando com as promessas do futuro com muita esperança e otimismo. Vibramos com cada passo que damos, e festejamos com as pequenas conquistas, mas nem sempre podemos celebrar.
No dia 21 de março o presidente Lula assinou o decreto 11.443, que estabeleceu cota para pessoas negras em, no mínimo, 30% dos cargos comissionados e de confiança no governo federal. Um ato administrativo que só foi possível em um governo sensível às demandas da população negra.
Foi um ato comemorado e que nos encheu de esperanças e alegria em poder imaginar que há setores do governo que desde a sua fundação nunca tiveram negros ocupando cargos de confiança, comissionados. Uma história difícil de engolir, de suportar, recheado de injustiças e racismo.
“Apesar de ocupar o posto de segunda maior nação negra do planeta (depois da Nigéria), o Brasil não acertou as contas com o passado de 350 anos de escravidão. Apesar de todos os esforços e avanços, este país ainda tem uma imensa dívida histórica e resgatar” afirmou Lula em discurso após assinar o decreto.
Para além da importância simbólica, o gesto poderá repercutir nos governos estaduais e quem sabe imitarem a coragem do presidente Lula Os ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Igualdade Racial (MIR) devem estabelecer metas intermediárias para cada grupo dos níveis de CCE e FCE estipulados pelo decreto.
“Daremos esse passo inédito que entrará para a história. Negros e negras na ponta e no topo da implementação de políticas públicas no governo federal, um novo horizonte para uma nova página desta gestão” afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em discurso emocionado ao anunciar a medida.
O evento aconteceu no dia simbólico: o Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial e a celebração de 20 anos da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Diante da emoção que tomou conta das pessoas durante a cerimônia, agora distanciado no tempo podemos avaliar a importância e o que falta para sua implementação.
Incialmente para o decreto ser levado a sério é preciso que os ministérios e as estatais passem por um letramento racial para entender a profundidade da medida. Sem um trabalho de convencimento, dificilmente se conseguirá combater o racismo estrutural que existe no governo.
É preciso que se faça cada etapa de forma transparente e pública, de forma periódica se informe sobre a importância do tema diversidade e inclusão com divulgação de dados quantitativos e qualitativos sobre os processos adotados e resultados conseguidos, inclusive se informando sobre as lacunas e resistências.
Um caminho que precisa ser tomado por cada ministério e estatal é o estabelecimento de programas de apoio a negros que irão participar dos concursos que serão realizados em instituições que há muitos anos não se realizam. Um exemplo a seguir é o Programa de Ação Afirmativa do Itamaraty. É preciso ter uma postura pró ativa na busca dos talentos que ingressarão nas carreiras públicas.
Algumas empresas privadas como o Banco Itaú, Magazine Luiza, Ambev, Embraer e outras tem realizado ações no campo da diversidade e inclusão, dos quais o governo poderia estabelecer um diálogo para aproveitar as boas iniciativas.
É bom registra que em 2002 o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso publicou o decreto 4228 com os mesmos objetivos e que por falta de monitoramento caiu no esquecimento e os resultados não foram expressivos. Sendo ignorado pelas estatais e pela maioria dos ministérios. É preciso aprender com erros do passado.
E por último o governo brasileiro poderia estabelecer um tratado de cooperação com a África do Sul, que também tem realizado há alguns anos programas de ações afirmativas.
“Acaba pelo amor de Deus!” é o meme que representa a maioria dos brasileiros neste momento. O último paredão doBBB 23, que resultou na eliminação da Larissa no último domingo, alcançou apenas 22 milhões de votos, se tornando o paredão com a menor participação do público.
Antes, a menor quantidade de votos havia sido no primeiro paredão do reality show, com a eliminação da Marília, que contabilizou 32 milhões de votos. A primeira eliminação de Fred Nicácio foi a que mais engajou o público, resultando em 222 milhões de votos.
O influencer Dantas publicou no Twitter a comparação na quantidade de votos no paredão final das últimas quatro edições do programa. O BBB 20 obteve 236 milhões de votos. Já na edição 21, que resultou na eliminação do economista Gil do Vigor, foram 514 milhões de votos. No ano passado, foram 278 milhões. Uma diferença muito grande em relação a este ano, com apenas 22 milhões.
ComAline Wirley, Bruna Griphao e Amanda Meirelles como finalistas do reality show, os índices de audiência também têm sido bem negativos. O último paredão registrou apenas 12 pontos. No final de semana, o Globoplay anunciou o acesso gratuito na plataforma para assistir todas as câmeas do pay-per-view.
Na semana passada (19), um dia após a eliminação daDomitila Barros, o BBB 23 registrou a segunda pior audiência na história do programa com 10,8 pontos, ficando atrás apenas do BBB 14, que registrou 10 pontos.
As “desérticas” são as finalistas que disputam o grande prêmio no valor de R$2,88 milhões. A grande final será na noite desta terça-feira (25).
O músico Jon Batiste, 36, vencedor do Grammy “Álbum do Ano“, em 2022, vem ao Brasil para realizar shows entre os dias 19 e 21 de maio, em São Paulo e Rio de Janeiro.
Em entrevista à coluna Mônica Bergamo da Folha de São Paulo neste final de semana, o pianista disse que pediram para ele tocar com a Anitta. “Você conhece esse nome?”, perguntou à jornalista. Questionado se ele gostaria de se apresentar com a funkeira, Batiste revelou o seu desejo: “O que eu queria mesmo era tocar com a Lia de Itamaracá”.
A cantora pernambucana, de 79 anos, respondeu o artista com muita alegria na manhã desta segunda-feira (24), no Instagram. “Ai mamãe… Também não vejo a hora desse encontro acontecer @jonbatiste. Estou aguardando ansiosamente por esse dia”.
Jon Batiste será uma das grandes atrações da primeira edição do C6 Fest, que será realizado entre os dias 19 e 21 de maio no Parque Ibirapuera, em São Paulo (com um pequeno braço simultâneo no Vivo Rio). Samara Joy, que venceu o Grammy Latino de Artista Revelação neste ano, em disputa com Anitta, também irá se apresentar no evento.
Porém, diversos fãs do cantor estão o defendendo destes ataques. “Brasileiros vindo atacar Jon porque ele conhece Lia de Itamaracá e não sabe quem é Anitta. É o mesmo que obrigar MC Pipokinha a conhecer Louis Armstrong, Miles Davis, Nina Simone. Só parem, estão passando vergonha”, destaca um internauta.
Ministra também falou sobre a criação de um programa para proteger atletas negros de discriminação racial na Europa
Neste domingo (23), a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reforçou o combate ao racismo contra brasileiros na Europa em colaboração com autoridades portuguesas. Um dos assuntos abordados pela ministra foi a criação de um programa para proteger atletas brasileiros de racismo sofrido dentro e fora do campo.
Em uma comitiva com o presidente Lula à Portugal, a ministra Anielle Franco participou da 13ª Cimeira Luso-Brasileira, que não acontecia há seis anos, e fechou um apoio com o país para o enfrentamento ao racismo e xenofobia sofrida por brasileiros.
Em uma reunião com a ministra de Assuntos Parlamentares de Portugal, Ana Catarina Mendes, um dos motivos levantados para o apoio é o relatório anual de 2021 da “Igualdade e Não Discriminação Racial e Étnica”, da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), de Portugal.
Segundo o estudo, os brasileiros são um dos que mais sofrem racismo em Portugal. Dos motivos apresentados no documento, 39,2% é por causa da nacionalidade, 17% pela cor da pele e 16,9% pela origem etnico-racial.
Anielle Franco também pretende replicar algumas praticas que dão certo no país vizinho para o Brasil, como o observatório de racismo e discriminação mantido por pesquisadores da Universidade de Lisboa. “Foi muito importante ouvir da própria ministra que o Brasil está ainda mais avançado do que Portugal no letramento racial, ainda que saibamos que a gente precisa evoluir muito”, disse a ministra após a reunião.
A reunião também contou com a presença do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e da ministra da Cultura, Margareth Menezes. “Foi uma reunião bastante produtiva, onde fizemos propostas essenciais, primordiais. Acolhemos também as demandas dos brasileiros e brasileiras que aqui vivem”, comentou Anielle.
Também foi levantada na reunião a criação de um programa para combater o racismo no mundo dos esportes sofridos por atletas brasileiros em terras europeias. Segundo relatátorios do “Discriminação Racial no Futebol”, realizada por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, a maioria dos casos acontecem no futebol. Em 2021, houve o registro de 158 casos de racismo.
“Contudo, o ano de 2021, mesmo tendo ocorrido sem a presença do público em boa parte dele, bastou o retorno dos torcedores aos eventos esportivos para evidenciarmos como um ano que igualou o número recorde de discriminação e preconceito no esporte brasileiro, que foi 2019, com 158 registros. Em relação ao ano anterior, 2020 foi um aumento de 97,5%”, comentou um dos pesquisadores do relatório.
Um dos casos mais recorrentes é o do jogador do Real Madrid, o brasileiro Vini Jr. Nos últimos meses o atleta vem sofrendo ataques racistas no campo, fora dos jogos e na internet.
O programa de combate ao racismo por atletas terá o apoio do Ministério dos Esportes e também será debatido na Espanha, próximo destino da comitiva do presidente.
Pouco mais de um ano depois de compartilhar os registros de seu pedido de casamento, a ginasta olímpica Simone Biles postou, no último sábado (22), as fotos oficiais da união com o jogador da NFL Jonathan Owens. “Eu aceito 🤍 oficialmente owens 🤍”, celebrou a jovem de 26 anos na legenda do Instagram.
As fotos compartilhadas pela atleta mostram o casal em um clima romântico, chegando em um prédio que parece ser um tribunal. Em um dos registros os dois parecem estar na presença de um celebrante. Uma semana antes dos registros da cerimônia, os dois compartilharam a foto da certidão do casamento.
Owens também compartilhou os registros do casamento em seu Instagram com a legenda “Minha pessoa, para sempre”. Nos comentários, Biles, que agora assume o sobrenome de Owens respondeu “eu te amo, marido”.
A ginasta e o jogador de futebol americano anunciaram o noivado nas redes sociais no dia 15 de março de 2022. “Não posso esperar para passar a eternidade com você. Você é tudo o que eu sonhei e mais. Vamos nos casar NOIVO!”, compartilhou ela na época. Na ocasião, Owens também celebrou o noivado nas redes sociais “acordei esta manhã com uma noiva”.
Os dois estão juntos desde março de 2020, quando se conheceram através de um aplicativo de namoro, no início da pandemia do Coronavírus. O relacionamento veio a público em agosto daquele ano.
A cantora e empresária Preta Gil, 48, revelou em vídeo publicado neste domingo (23) no Instagram, que vai entrar em nova fase no tratamento contra o câncer no intestino. “Os meus médicos resolveram que eu não vou mais fazer quimioterapia, que eu vou partir direto agora para radioterapia. Então eu começo daqui uma semana. Essa semana agora será de exames preparatórios”, conta.
“Eu tô muito muito confiante, cheia de fé, muita força pra lutar, pra vencer essa batalha”, diz animada com o novo processo do tratamento.
Preta também revelou que passou a última semana se recuperando em casa e melhorou muito o estado de saúde. “Faz toda diferença, porque a casa da gente é a casa da gente. Comer comidinha de casa, tá perto da família, dos amigos, que estão agarradinhos em mim, foi fundamental pra que eu tivesse essa melhora”, conta.
Animada, a cantora agradeceu o carinho e preocupação de fãs e amigos. “Conto com vocês sempre nas orações, na torcida, emanando energias positivas pra mim, que chegam viu gente. Chegam tudo até mim. Chega o amor, as orações, e isso faz muita diferença nesse processo de cura que eu estou vivendo”.
“Obrigada mais uma vez por todas as mensagens de amor e carinho, e vamos pra cima porque não tenho outra opção a não ser lutar. E isso eu sei fazer muito bem, então vou continuar lutando”, finaliza.
Sara Silva Raimundo, cofundadora e COO da legaltech Unicainstância, faleceu na última sexta-feira (21), durante uma viagem à Nova Orleans, Louisiana, Estados Unidos, aos 32 anos.
“Sara estava sozinha a caminho do evento Brazil at Silicon Valley, para o qual foi convidada a participar como ouvinte, quando sentiu dores no peito durante o voo. Ela recebeu os primeiros socorros ainda no voo, sendo encaminhada após um pouso de emergência ao hospital mais próximo, onde, infelizmente, não resistiu e veio a falecer”, detalha a publicação do amigo e sócio Gilmar Bueno Jr.
Agora, amigos e familiares lutam para arrecadar o valor necessário para trazer o corpo de volta ao Brasil o mais rápido possível. “Até o momento, temos como gastos: (i) US$ 21.490,00 (aprox. R$ 112.000,00) para os serviços funerários (preparo do corpo e translado); (ii) R$ 2.560,00 de taxa do Cemitério Jardim da Saudade, de Paciência, no Rio de Janeiro/RJ; (iii) aprox. US$ 15.000,00 (aprox. R$ 76.000,00). para arcar com os trâmites burocráticos da situação (além de um representante da família com sua presença lá, hospedagem e alimentação, ainda sem estimativas de custo)”, explica na publicação.
A irmã Tamires Silva Raimundo disponibilizou a chave pix para receber a doação: tamires.sr456@gmail.com. “Qualquer valor é bem-vindo”, ressalta.
Junto com o Gilmar, Sara fundou a Unicainstância, que ajuda consumidores com indenizações por cobranças indevidas em contas de luz, água e afins. “Mulher, negra, periférica, órfã de mãe, empreendedora, sonhadora, determinada e resiliente, Sara inspirou todos a sua volta”, diz publicação de Gilmar.
O cabelo é certamente um elemento muito importante para valorização da estética negra. É através dos múltiplos penteados que expressamos nossa identidade e também é a partir do encontro que promovemos com a finalidade de ‘arrumar nossos cabelos’ que nos aproximamos enquanto pessoas negras, compartilhamos nossas histórias e dividimos um momento tão importante de identificação.
O uso do pente quente é bastante conhecido por muitas mulheres negras. Quem não se lembra de ver uma tia, uma avó ou de ter passado um pente de metal pelos cabelos com objetivo de conquistar o aspecto alisado? O pente quente também conhecido como pente de pressão ou pente alisador, costumava ser aquecido em fogão comum e também em tomada. “Pente Quente” é o nome do livro da escritora e cartunista norte-americana Ebony Flowers, que traz uma coleção de histórias em quadrinhos sobre o cabelo de mulheres negras.
Foto: Reprodução/”Pente Quente – Ebony Flowers”
Para o Mundo Negro, a autora contou sobre as experiências pessoais que a inspiraram para escrever “Pente quente” e destacou que escreveu o livro “para mulheres negras”.
Como as experiências compartilhadas das mulheres negras sobre pentear o cabelo inspiraram você a escrever o livro?
Para mim – para meus amigos e minha família – o cabelo é um aspecto tão importante de nossa vida. O cabelo negro é sobre passar tempo juntos. O cabelo é expressão e intimidade. O cabelo também é cultura pop. O cabelo é história compartilhada e pessoal. O cabelo negro, tanto na América como em todo o mundo, está entrelaçado com o legado da supremacia branca, classe, desigualdade e capitalismo. Ao escolher criar histórias sobre cabelo negro, eu sabia que também estaria abordando tantos outros aspectos da vida negra. O texto é o cabelo – minhas histórias apresentam tranças, fazer um relaxamento, enrolar nosso cabelo e usar perucas – e a textura é o que também me importo em discutir – laços familiares, perda da inocência, racismo cotidiano perpetuado pela ignorância.
Foto: Reprodução/”Pente Quente – Ebony Flowers”
O cabelo é um elemento de identidade muito importante na cultura negra. Qual é a importância de falar sobre isso em “Pente Quente”?
Eu escrevi “Pente Quente” para mulheres negras. Dito isso, espero que qualquer pessoa curiosa sobre cabelos negros, cultura e quadrinhos o leia. Se “Pente Quente” permitir que um público amplo compreenda melhor alguns dos aspectos mais íntimos da cultura do cabelo negro, ficarei feliz.
Para alguns leitores, talvez “Pente Quente” seja uma janela para aspectos da vida negra. Para outros, “Pente Quente” refletirá diretamente memórias e jornadas pessoais de cabelo. É difícil para mim separar minha experiência como mulher negra e minhas várias narrativas sendo uma mulher negra nos Estados Unidos, de minha experiência com o cabelo.
Por exemplo, muitas mulheres negras com cabelos crespos têm experiências compartilhadas que envolvem certos marcadores culturais percebidos, como o primeiro relaxamento, o primeiro tecido ou o “big chop”. É claro que a história individual e a tomada de decisão pessoal são impactadas por realidades sociais maiores. O racismo e o sexismo desempenham um papel significativo na moldagem das histórias em “Pente Quente” em uma experiência compartilhada. Eu acredito que se qualquer mulher negra com cabelo crespo fizesse quadrinhos sobre suas experiências – seja como ficção ou não-ficção criativa – muitas de nós acabaríamos com histórias que encapsulam um espectro compartilhado de emoções que lidam com encontros racistas e misóginos. Essas histórias também ressoariam com muitas pessoas cujas diferenças visíveis e decisões cotidianas são facilmente marginalizadas.
Para pessoas que não têm experiência pessoal direta com alguns dos temas do meu livro, “Pente Quente” será uma oportunidade para elas olharem, ouvirem e testemunharem. Eles terão a chance de ver pessoas negras em nosso cotidiano, apenas tentando viver nossas vidas.
Livros, é claro, têm feito isso há algum tempo. Autores como Octavia Butler, James Baldwin, Zora Neale Hurston e Toni Morrison lançaram as bases para futuros escritores criarem histórias sobre pessoas negras e para pessoas negras – sem ter que se desculpar ou racionalizar a existência dessas narrativas. Com “Pente Quente”, eu estou desenhando novos capítulos da narrativa cotidiana de nosso povo através de quadrinhos. Eu faço histórias, que acontecem de serem quadrinhos, sobre pessoas e vidas negras sem ter que explicar sua existência para leitores não negros.
Foto: Reprodução/”Pente Quente – Ebony Flowers”
Por que você escolheu as histórias em quadrinhos como estilo literário para contar a história?
Eu adoro fazer histórias em quadrinhos. É meu processo e meio preferido de contar histórias.