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Autoridades alertam para disseminação de notícias falsas sobre ataques às escolas; “Combater a desinformação é urgente”

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Foto: Freepik

Após uma série de ataques ocorridos, em escolas de São Paulo e Santa Catarina, uma onda de desinformação tem tirado o sossego de pais, alunos, professores e toda comunidade escolar. Em uma publicação nas redes sociais, a Deputada Federal do Rio de Janeiro, Talíria Petrone (PSOL-RJ), explica que está acontecendo “uma enxurrada de notícias falsas e supostas imagens de atentados estão rodando a internet”.

A parlamentar faz um alerta para a importância de “combater a desinformação” para não alimentar “pânico” nesse momento. “O objetivo  dos grupos de ódio é causar pânico generalizado, portanto, ao compartilhar desinformação e até mesmo imagens e dados verdadeiros sobre os ataques, acabamos contribuindo para seu objetivo”, alerta a deputada.

Outro detalhe levantado por Talíria é o compartilhamento de conteúdos sensíveis que fazem com que familiares e vítimas revivam o trauma. “O segundo aspecto importante é a possível exposição de familiares de vítimas a conteúdo sensível, amplificando o trauma que essas pessoas já estão experimentando”, escreveu.

A deputada federal reforçou em sua publicação a necessidade de as autoridades monitorarem grupos de ódio, onde esses ataques costumam ser planejados. 

Na semana passada, o Ministério da Justiça criou um canal de denúncia com objetivo de combater os massacres e ataques a escolas. As denúncias podem ser realizadas através do site: https://www.gov.br/mj/pt-br/escolasegura

O governo federal também criou um grupo de trabalho que terá que desenvolver uma nova política nacional que incluir fortalecer o Programa Saúde na Escola, criar campanhas para desestimular atos violentos além de repasse de recursos para que as escolas realizem treinamentos para que diretores e professores estejam capacitados para mediar conflitos.

BBB 23: 4 situações em que Cezar Black provou ser entretenimento garantido no programa

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Foto: Divulgação/BBB

Os fãs dos integrantes iniciais do quarto Fundo do Mar ainda estão desolados com a eliminação de Fred Nicácio no BBB 23, na última terça (11). Mas o entretenimento do programa ainda pode ter um bom desfecho, se o Cezar Black voltar do novo paredão, que já foi formado logo após a saída do brother.

O enfermeiro está disputando o paredão contra as rivais do game, Aline Wirley e Amanda Meirelles. Devido ao favoritismo da médica na votação do público, que causou a eliminação da Marvvila na semana passada, a equipe de Black e de seus aliados, estão puxando o mutirão contra a ex-Rouge.

Sendo Amanda e Aline, as consideradas ‘plantas’ pelo público e pelos brothers da casa atualmente, selecionamos quatro situações em que Cezar Black mostrou que o entretenimento é garantido com ele no reality show. Confira:

1 – A Guerra dos Carecas

O VT da Guerra dos Carecas é um dos mais aguardados pelo público do BBB 23. “Entre tapas e beijos” com o Ricardo Alface, é diversão garantida com memes na internet. Um dia eles brincam, no outro discutem, mas sempre dentro dos bons limites para continuar convivendo no dia a dia na mesma casa. A edição está marcada com a relação dos dois, que agora estão dividindo o VIP com a líder Sarah Aline, que venceu a prova ontem (11).

https://twitter.com/kabiscoiteira/status/1646021302254292999

2 – Embate com as desérticas

O plot twist que Black causou nos últimos dias, deixou a web animada. Após uma discussão sobre prioridades de alianças com o Fundo do Mar, Black se mudou para o Deserto. Apesar de em nenhum momento, afirmar que isso significaria uma aliança com as ‘desérticas’, elas se sentiram ofendidas quando ele indicou Aline e Amanda no paredão, como castigo do Monstro. O que levou a mais momentos de micro violências por parte delas contra um homem negro. No último Jogo da Discórdia, Cezar trouxe isso à tona, se tratando especialmente em relação a Bruna, considerada a mais grossa pelos brothers da casa e pelo público que assiste o programa. Ele foi tão certeiro nas palavras, que após a dinâmica, Bruna chorou e pediu desculpas. 

3 – A pessoa mais sensível do BBB

Cezar Black é a pessoa mais sensível da casa e já ganhou até VT com momentos de muita emoção. Chora facilmente quando vê o seu cachorro Rocco, que também já está muito famoso. Chorou muito quando perdeu aliados na casa, ao ouvir uma música, em outros momentos de fragilidade. Rende boas brincadeiras na web e é muito bom ver a quebra de estereótipos em relação aos homens negros.

4 – Desfecho com a Peruca

No início do programa, Black e Tina protagonizaram uma discussão icônica em um Jogo da Discórdia porque ele queria usar a peruca da angolana emprestada em uma festa e ela disse que não. Depois de alguns dias, ele conseguiu uma Festa do Líder com o tema ‘Marinheiro’ e ganhou uma peruca para o figurino, para deixá-lo feliz novamente. 

Com a dinâmica acelerada na reta final do reality show, a eliminação será nesta quinta-feira (13) e haverá uma prova do líder na sequência.

O patrão paga bem para você correr atrás de preto?

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Foto: Rayner Simpson / Unsplash

Texto: Ricardo Corrêa

Sendo direto e objetivo: os proprietários de supermercados não querem acabar com a perseguição de negros dentro de seus espaços, caso contrário isso já teria acontecido. E podemos incluir mais um monte de estabelecimentos comerciais com a mesma dinâmica racista. Não há desculpas que caiba para negar essa proposição. Eu nem me recordo qual foi a última vez que entrei em supermercados e não tenha constatado seguranças no meu pé (se é que existiu esse dia). Às vezes aparece uns à paisana simulando organização dos produtos na prateleira. Outros são tão desavergonhados que fingem ser clientes. Eu sempre intimo “por acaso você está me seguindo?”, “está achando que eu vou roubar?”, “se continuar me seguindo, vou te denunciar!”, “o patrão paga bem para você correr atrás de preto?” depois que despejo a minha indignação os caras somem. Mesmo assim não tenho dúvidas de que ainda me vigiam, porém, de longe.

E não é somente os brancos que se colocam nesse papel racista, os seguranças negros reproduzem fielmente esse comportamento. Nenhum destes negros param para pensar que se “der ruim” são eles que responderão criminalmente. Esquecem que o peso da justiça é sempre maior para pessoas negras em comparação aos brancos. Além disso, ignoram que fora da atividade profissional, também são clientes negros e gostariam de ser tratados com respeito. Não pensam que seus familiares e amigos podem passar pela mesma situação em outros comércios.

O racismo brasileiro cravou no pensamento social a ideia de que as pessoas negras são inconfiáveis e com inclinação para cometimento de crimes. Isso alcançou o propósito racista, foram décadas de discursos, omissões e exposição de imagens nos livros de ficção e didáticos, nos programas de televisão, cinema e teatro, representando os negros de maneira negativa. Sem um trabalho intenso de reversão dessas subjetividades, continuaremos sendo o alvo não apenas nos supermercados, mas em outras dinâmicas nas relações entre negros e brancos. E nem quero entrar no mérito do racismo diretamente conectado a lógica capitalista que explora trabalhadores negros nesses espaços, refiro-me somente ao racismo que torna os clientes negros sempre suspeitos.

Pouco adianta ações antirracistas de alguns supermercados que acham que investindo em treinamentos para os funcionários tudo se resolve. Não é tão simples assim; e os empresários não são ingênuos, apenas se preocupam com a imagem do estabelecimento para não abalar os lucros. Quem não sabe que jamais se deve julgar o caráter pela cor da pele, pelos trajes que a pessoa veste? Isso é básico. Nem precisa gastar horas para dizer coisas simples. O psiquiatra e revolucionário Frantz Fanon escreveu “Em uma cultura com racismo, o racista é, então, normal” e a revolucionária Assata Shakur nos ensinou “Ninguém no mundo, ninguém na história, nunca conseguiu a liberdade apelando para o senso moral do seu opressor.” Nesse sentido, considerando que a sociedade brasileira nega o direito à existência digna das pessoas negras – há mais de quinhentos anos -, iniciativas antirracistas referente a cursos e treinamentos não têm capacidade por si só de resolver o problema enraizado na cultura. Além da sistemática perseguição, notícias de negros sendo torturados, assassinados, violentados dentro de supermercados não é incomum; recentemente uma mulher negra até ficou só de roupas íntimas como protesto para provar que não estaria roubando nada. Eu sinceramente não tenho nem ideia de como preservar a saúde mental sabendo que posso passar por situações constrangedoras.

Os empresários e donos desses estabelecimentos não tomam medidas eficazes, mas seguem sedentos pelo nosso dinheiro. Estão cientes de que os negros constituem a maioria da população brasileira. Por isso, nos últimos anos, investem em propagandas com famílias negras, homens negros, mulheres negras, jovens e crianças negras como isca para lucrar mais. Utilizam da ideia da representatividade para encher os próprios bolsos. Os negros devem rejeitar essas coisas simbólicas organicamente conectadas ao capitalismo. Vamos nos organizar e protestar radicalmente, cobrar medidas políticas de reparação e abolição dessa lógica racista dentro dos comércios. Eu trabalho na área de tecnologia e digo com conhecimento de causa que é possível implantar sistemas impossibilitando muita coisa que vemos ferindo a dignidade dos clientes negros. Enquanto não resolverem essas questões, elaboremos campanhas de boicote a esses estabelecimentos, de maneira massiva e coordenada, com todos os seguimentos engajados no combate ao racismo. Não dê dinheiro para quem não nos respeita!

Homens negros são maioria entre entregadores e motoristas de aplicativos, segundo pesquisa

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Foto: Nelson Antoine/Shutterstock

Segundo os dados do Cebrap e Amobitec, mais de 60% são negros

Em uma pesquisa inédita do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), divulgada nesta terça-feira (11), revelou que a maioria das pessoas que atuam em aplicativos como entregadores e motoristas são homens negros. 

Segundo os dados da pesquisa, 1,660 milhão de pessoas atuam em aplicativos, sendo 1.274.281 motoristas e 385.742 entregadores. Entre a grande maioria dos trabalhadores de aplicativos de entregas e transporte, como Uber, 99, Ifood e Zé Delivery, são homens negros (que autodeclaram pretos ou pardos) com a idade média entre os 30-40 anos e com o ensino médio completo.

A pesquisa identificou que 68% dos entregadores e 62% dos motoristas se declaram pretos ou pardos. Além disso, a grande maioria dos trabalhadores são homens, sendo 97% entregadores e 95% motoristas, com a média de idade entre os entregadores de 33 anos, e 39 anos para os motoristas.

Foto: Uber

O estudo também mostra que boa parte dos trabalhadores possuem o ensino médio completo (60% entre motoristas e 59% entre entregadores) e que 10%-12% ainda estuda.

Já a jornada de trabalho das duas categorias são variáveis, isso se dá pela flexibilidade de horário, a facilidade de locomoção e compromissos pessoas. Os entregadores trabalham uma média de 13h e 17h por semana, enquanto os motoristas trabalham uma média de 22h e 31h horas por semana.

“Ele [a pesquisa] aborda o campo de trabalho que se abriu a partir da oferta de aplicativos, desenvolvidos por empresas de tecnologia, para mediar atividades de transporte e logística. Trazendo novas informações, esta publicação se soma a outras pesquisas da área, que já investigam estes trabalhadores com metodologias diferentes. O intuito de ampliar o conhecimento sobre as características relacionadas ao trabalho desempenhado por motoristas e entregadores, é ajudar a pensar quais são as ações privadas e políticas públicas que podem ser desenvolvidas para produzir um mercado de trabalho justo e coerente com os anseios da sociedade”, comenta Victor Callil, coordenador de pesquisas do CEBRAP. 

Os dados foram cedidos pelos aplicativos associados à Mobitec – 99, iFood, Uber e Zé Delivery – e entrevistou 3.025 entregadores e motoristas em todo Brasil.

“Em um momento em que governo, trabalhadores e empresas se preparam para discutir maneiras de regular o trabalho em plataformas, percebemos que há na sociedade um desconhecimento muito grande sobre esse tipo de atividade e esperamos contribuir para o debate com informações precisas e abrangentes”, explica André Porto, diretor-executivo da Amobitec.

Segunda temporada da série ‘Auto Posto’ ganha data de estreia

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Foto: Divulgação/Comedy Central

Segunda temporada da série “Auto Posto” estreia na Comedy Central e Paramount+ no dia 1º de maio. Estrelado por grandes atores como Neusa Borges, Micheli Machado e Walter Breda, a comédia acompanha Nelson, dono de um tradicional posto de gasolina. No entanto, o estabelecimento fica à beira da falência após a inauguração de um concorrente ultramoderno do outro lado da rua. 

Em “Auto Posto”, a segunda temporada com a nova fiscal-chefe Joana em seu encalço e com Roberval cada vez mais perto de ficar livre da cadeia, Nelson vê o futuro de seu velho auto posto cada vez mais ameaçado. Dívidas antigas com os ex-funcionários levam a um processo que tira o posto do controle de Nelson. Depois de passar por Bernadete, Batata e Sargento Perez, o auto posto chega às mãos de quem Nelson mais temia, é batizado de “Auto Posto Amigos do Roberval” e se torna fachada de um cassino clandestino que passa a funcionar no estoque. 

A nova temporada foi escrita pela roteirista Gautier Lee, e fã da série, que vê o trabalho como um grande presente. “Foi a realização de um sonho. E além disso, eu sou muito aficionada por séries de comédia com a linguagem mockumentary como The Office, Modern Family e, a minha favorita atualmente, Abbott Elementary. Escrever uma série com essa linguagem foi uma experiência nova e incrível,” conta. A roteirista também comenta que a escrita da temporada a incentivou a criar um workplace mockumentary autoral com protagonismo trans que está em estágio de desenvolvimento.

Em entrevista para o Site Mundo Negro em janeiro, Gautier Lee também havia revelado que estreia como diretora neste ano. “Vou dirigir meu primeiro longa, ‘Pajubá‘, que foi escrito pela Hela Santana, e que se propõe a fazer um panorama da cultura e da história trans brasileira”, contou.

Movimento Black Money promove evento com o objetivo de conectar novas tecnologias à comunidade negra

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Foto: Reprodução / Black Women Talk Tech.

O Movimento Black Money, hub de inovação da comunidade negra, anunciou nesta terça-feira (11) o seu primeiro Inovahack, um evento em que os participantes formam equipes para trabalhar em projetos na área de tecnologia ou desenvolvimento de software. O formato acontece durante um curto período de tempo, geralmente variando de algumas horas a alguns dias. O encontro presencial acontecerá de 21 a 23 de abril, no Centro Empresarial Itaú Conceição em São Paulo. É possível se inscrever CLICANDO AQUI.

Cerca de 120 talentos negros serão reunidos em uma maratona com workshops diversos, entre eles WEB3, acompanhamento de pessoas profissionais de mercado nas mentorias, e os desafios das equipes envolvendo prototipagem, design e desenvolvimento de soluções. A tecnologia e a inovação são campos em constante evolução e oferecem muitas oportunidades. O hackathon terá um dos desafios bem específico para essa inteligência, e os participantes serão incentivados a pensar fora da caixa e apresentar soluções criativas e exclusivas. Eles podem ter uma ótima maneira de interagir com outras pessoas do setor, ganhar experiência trabalhando em problemas do mundo real e mostrar suas habilidades e soft skills diz Nina Silva, CEO do MBM.

Foto: Reprodução / Redes Sociais.

Além do conhecimento adquirido, compartilhado e multiplicado, o evento vai oferecer prêmios e incentivos para as equipes vencedoras. Os três grupos que melhor atenderem aos critérios estabelecidos serão premiados: 1º lugar R$10 mil reais, 2º lugar R$7 mil reais e 3º lugar R$3 mil reais. Além de todos os participantes estarem sendo observados como um potencial talento a ser contratado por uma organização parceira.

“As empresas do segmento de tecnologia perceberam a importância de trazer protagonistas para participar da construção de soluções há alguns anos, essas competições permitem que ideias sejam geradas de forma colaborativa, e permitem aprender novas ferramentas de mercado, criar novas conexões com profissionais e outras mentes brilhantes, além do exercício para a aplicação de métodos ágeis na prática”, diz a facilitadora e empreendedora, Samanta Lopes

O principal objetivo é conectar as empresas parceiras da edição: Sebrae, Mover, Itaú entre outras, com o ecossistema de inovação preto e promover a construção de soluções tecnológicas. Os participantes terão acesso a diversas  ferramentas de mercado, para solucionar os desafios propostos, reunindo pessoas dispostas a trabalhar através do espírito empreendedor, colaboração e inovação. “Hoje no Brasil, somos um dos grupos que executam o desafio NASA Space Apps Challenge, o Climathon para algumas cidades do mundo entre outros, geralmente reunindo grupos que podem chegar a mais de 300 pessoas simultaneamente conectadas, resolvendo problemas reais a partir de dados e muita interação”, diz Samanta. “Quanto mais conectado a problemas reais, maiores as chances de surgirem ideias que podem virar projetos de aplicação prática, o que aumenta a empregabilidade das pessoas participantes, chances de crescimento na carreira, e aumenta as possibilidades de inovar e gerar impacto social real”, completa a profissional. 

SERVIÇO

O que: MBM Experience 

Quando: 21 a 23 de abril 

Mais informações : CLIQUE AQUI.

Documentário mostra a jornada e os desafios de mulheres negras em profissões de maioria branca

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Foto: Divulgação.

O Coletivo Mulheres Jornalistas lançou nesta segunda-feira (10) o documentário ‘Em Todo Lugar Há de Haver Elas’, apresentando a jornada de mulheres negras médicas e advogadas, ocupando espaços marcados, em grande maioria, por pessoas brancas. “Profissões que são sonhadas por mulheres pretas, mas que também tiveram que ser exploradas por elas, por falta de representatividade e muitas vezes empatia“, diz a descrição da obra. “Contamos que nossa produção seja vista por todos que ainda acreditam que basta apenas sonhar e que os espaços são para todos. O universo de lutas diárias que mulheres negras enfrentam ainda precisa ser modificado e apoiado por todos nós“.

A advogada Viviane Scrivani, Diretora Secretária Geral da OAB Subseção Santo Amaro, é uma das profissionais negras em destaque no documentário. “Enquanto estagiária, passei por entrevistas em grandes escritórios e a primeira pergunta que faziam era ‘como você vai se sentir sendo a primeira estagiária negra do escritório?’ e ‘como você lida com brincadeiras no ambiente de trabalho?’. Eu percebi que aquilo não era para mim, mas para a empresa. Quando vi que fui para a final e eu empatei com uma mulher branca, então me retornaram dizendo que eu não tinha passado, ali percebi que o meu tom de pele tinha falado mais alto que minha competência”, diz Viviane.

O documentário possui direção da jornalista Letícia Fagundes. O projeto passou por uma série de profissionais, até chegar na concepção artística em formato documentário. “Se cobra muito para que as pessoas pretas sonhem como os brancos, mas esse espaço não é para os pretos, não tem esse acolhimento para pessoas negras”, diz Letícia. “As pessoas negras precisam fazer um esforço gigantesco para chegar ao estágio de servidão. A gente coloca isso no documentário e a realidade disso (…) Retratamos a realidade, as mulheres negras periféricas, as mulheres negras médicas, advogadas e jornalistas”, pontua ela.

O projeto ‘Em Todo Lugar Há de Haver Elas’ está disponível gratuitamente no Youtube, através do perfil Mulheres Jornalistas. O coletivo caminha em defesa dos direitos humanos, dos direitos das mulheres, das minorias e dos grupos identitários. A instituição defende a igualdade de gênero, o empoderamento e a representatividade das mulheres na sociedade em geral através do ambiente jornalístico.

Produção:

Juliana Monaco
Juliana Tahamtani
Aurilene Candida
Laís Silva
Haline Farias
Giuliana Herbele

Editoras

Ana Carolina de Arimathea
Bianca Dantas
Daiany Castro

Aline Midlej classifica como “insuficiente” ação do Grupo Carrefour em novos casos de racismo: “Agenda antirracista dá trabalho”

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Foto: GloboNews/GrupoCarrefour

No último final de semana duas pessoas negras sofreram racismo em unidades do Grupo Carrefour

Na edição desta segunda-feira (10) do #J10, da GloboNews, a jornalista Aline Midlej falou sobre os novos casos de racismo nos supermercados do Grupo Carrefour no último final de semana. Ela disse que a rede de supermercados tem a “obrigação moral” de explicar o que está sendo feito para combater o racismo e que “agenda antirracista dá trabalho”.

Ela também classificou a nota de repúdio do Carrefour como “insuficiente” devido ao histórico racista que a rede possui.

“O Carrefour tem uma obrigação moral de explicar o que foi feito até aqui e que não está funcionando claramente, porque se estivesse funcionando a gente não teria esses dois episódios”, comentou Aline.

No último final de semana, dois casos de racismo aconteceram em dois supermercados da rede Carrefour. No Atacadão, em Curitiba, uma professora foi seguida por um segurança e ficou nua para provar que não estava roubando. No Carrefour do Alphaville, em São Paulo, Vinicius de Paula, marido da jogadora de vôlei Fabiana, denunciou que uma atendente recusou atendê-lo em um caixa preferencial vazio e atendeu outra cliente branca.

No caso do Atacadão, o supermercado disse que está comprometido com a transparência e a tolerância zero contra o racismo. No caso do Carrefour em São Paulo a atendente estava em período de experiência e foi demitida.

Em 2020, um homem negro foi espancado até a morte por dois seguranças brancos do Carrefour, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Na época, a rede de supermercados se comprometeu com ações antirracistas.

“Agenda antirracista ela dá trabalho ela exige comprometimento diário”, disse a jornalista. Ela ainda complementa: “Combater o racismo internamente, de dentro para fora, exige trabalho, exige formação, investimento de pessoal, de recursos, e claramente isso não está sendo feito pela rede”.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, repudia caso de racismo contra entregadores no Rio de Janeiro: “Estômago embrulhado”

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No início da tarde desta terça-feira (11), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, fez uma publicação em suas redes sociais, repudiando o caso de racismo cometido por Sandra Mathias Correia de Sá contra um entregador no Rio de Janeiro. “Estômago embrulhado com essas cenas absurdas”, dizia ela no início da legenda. “Os entregadores são trabalhadores merecem respeito, dignidade e direitos. Agressões racistas não nos cabem e nunca nos couberam. Ficaremos cada vez mais atentas à vida e aos direitos desses trabalhadores”, continuou a ministra em sua publicação no Instagram.

No post, ela ainda classifica como “estarrecedoras” as cenas em que a moradora de São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, aparece agredindo o entregador com uma coleira de cachorro. A ministra descreve ainda que, “agressões contra esses trabalhadores têm sido comuns e são inaceitáveis. É a desumanização dos nossos corpos. A expressão pura e escancarada do racismo”, pontua.

Anielle Franco reforça que deve acompanhar o caso contra a agressora. “Vamos acompanhar o caso e contactar as autoridades locais para mais informações sobre as investigações e nos colocar à disposição para o que for necessário”, conclui.

Uma publicação nos canais oficiais do Ministério da Igualdade Racial também reforça que o órgão deve acompanhar de perto o caso de racismo sofrido pelos entregadores no Rio de Janeiro.

No domingo de Páscoa, a ex-jogadora de Vôlei, Sandra Mathias Correia de Sá curtiu e agrediu dois entregadores no bairro de São Conrado, Zona Sul do Rio de Janeiro. O vídeo que mostra as agressões está circulando nas redes sociais, em um deles, a mulher usa uma coleira de cachorro como chicote para acertar um dos homens negros. 

A mulher deve comparecer ao 15ª DP (Gávea) para responder por injúria e lesão corporal.

Sucesso no Globoplay, série Encantado’s estreia na TV aberta

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Foto: SERGIO ZALIS / TV Globo

Estrelado por Luis Miranda e Vilma Melo, a série “Encantado’s” Original Globoplay, estreia no dia 2 de maio na TV aberta. A trama acompanha dois irmãos, Olímpia (Vilma) e Eraldo (Luis), que aos 50 anos precisam lidar com a morte do pai e assumir a gerência de um local que funciona como supermercado durante o dia e, à noite, vira a escola de samba Joia do Encantado.

Fruto da oficina de humor para roteiristas negros realizada pela Globo em 2018, a série foi criada pelas roteiristas Thais Pontes e Renata Andrade, com redação final de Chico Mattoso e Antonio Prata. A segunda temporada da série já está sendo produzida.

Em entrevista ao Gshow no ano passado, Renata falou sobre a série. “‘Encantado’s’ é uma comédia sobre sonhos, perseverança, fé e relações. Assinar a autoria desse projeto é um passo importante na solidificação das nossas carreiras”, afirma. Thais complementa: “É uma chance de dar visibilidade não só para a gente, mas também para os universos que queremos mostrar”.

O elenco também conta com a atriz Neusa Borges, Dandara Mariana, Digão Ribeiro, Romeu Evaristo, Dhu Moraes e Tony Ramos.

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