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Ministério do Meio Ambiente sofre desmonte e Marina Silva lamenta: “estamos vivendo um momento difícil”

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Foto: Agência Brasil

Nos últimos dias o Ministério do Meio Ambiente vem sofrendo ataques que podem impactar o futuro da pasta. Nesta quinta-feira (25), durante a cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a ministra Marina Silva disse que “estamos vivendo um momento difícil”. 

“Nós estamos vivendo um momento difícil, está difícil para todo mundo. Este é o momento das árvores fortes se colocarem na frente para proteger o que é essencial”, afirmou a ministra.

O ministério de Marina Silva, e também o Ministério dos Povos Indígenas, da Sônia Guajajara, vem perdendo forças no Congresso e fortes críticas de ruralistas ligados ao governo.

“Não está fácil, mas a melhor forma de contribuir é estando aqui, permanecendo aqui para que a gente possa fazer as grandes transformações que o Brasil precisa”, disse a ministra.

“Vamos continuar dialogando até o momento da decisão final, que é no plenário. Obviamente que o diálogo interno está acontecendo. É um momento difícil para o nosso governo e uma parte do Congresso quer impor ao governo eleito do presidente Lula o modelo de gestão do governo Bolsonaro”, complementou.

Entenda o caso

O embate entre Marina Silva e o governo teve início com a Petrobras que pretende explorar petróleo e gás natural na foz do Amazonas, mas foi negado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Ibama, alegando falta de segurança ambiental do projeto. O que causou uma crise entre a ministra Marina Silva e o governo, principalmente o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Já na quarta-feira (24) o Ministério do Meio Ambiente sofreu um “desmonte” da pasta, como uma resposta direta ao conflito. Uma Comissão Mista aprovou uma Medida Provisória, que define uma nova estrutura para o governo de Lula e tira poderes do ministério da Marina. A MP ainda precisa passar pela Câmara e pelo Senado.

Segundo a Medida, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Política Nacional de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.

O Cadastro Ambiental Rural (CAR), sai da responsabilidade do MMA e vai para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O CAR é um registro obrigatório para propriedades rurais para controle das áreas desmatadas e também era um dos principais meios da Marina de combater a grilagem e o desmatamento. 

O Ministério dos Povos Indígenas também foi atacado e sofreu uma perda de poderes. A comissão mista também aprovou a mudança da gestão da demarcação das terras do Ministério dos Povos Indígenas para voltar para o Ministério da Justiça. 

A Câmara dos Deputados também aprovou um requerimento de urgência para votar o marco temporal das terras indígenas.

“Não gostamos de ver o que está acontecendo no Congresso. Não é bom para ninguém, inclusive para o Congresso, agronegócio e sobretudo para os avanços que alcançamos ao longo de mais de quatro décadas”, disse Marina na posse.

Com pluralidade de corpos pretos brasileiros, grife Dendezeiro se apresenta na 55ª edição da SPFW

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Foto: Reprodução

Com diversidade nos tons de peles negras e design único e agênero, a grife baiana Dendezeiro, assinada pelos designers Hisan Silva e Pedro Batalha, apresenta na sexta-feira (26) a coleção “Cor de Pele”, na 55ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW), no Komplexo Tempo, em São Paulo.

“Cor de Pele” traz uma pesquisa extensa dos dois designers baianos e apresenta a diversidade e beleza de corpos negros de diferentes tonalidades, traços e características. Para Hisan Silva, o projeto é uma forma de transformar a diversidade em poesia e poder.

“Falar sobre diversidade toca diversas camadas da nossa sociedade. Hoje, todos os caminhos na conquista da liberdade partem do pressuposto de que o mundo não é inclusivo e a diversidade é para além de um status, é resistência. ‘Cor de Pele’ nasce como um projeto de emancipação, buscando transformar a diversidade em poesia e poder. Essa pluralidade é o que forma o Brasil”, explica Hisan.

Este é o terceiro ato de “Cor de Pele”, que ganhou vida em 2019 junto com a marca, e depois o segundo ato, em 2021, com um fashion film apresentado na Casa de Criadores.

Unindo a alfaiataria e o streetwear, a DND tem como missão se consolidar no mundo da moda quebrando padrões da branquitude. A grife baiana considera que identidade e inclusão fazem parte de seu DNA, não é atoa que além dos diferentes tons de pele o casting conta com pessoas plurais, como Majur, Liniker e os ex-BBBs Pocah, e o ator Gabriel Mosca.

Para a grife, a moda precisa ser representativa e mostrar que a maioria dos corpos da população brasileira tem referências e características próprias. “A cor de pele é um projeto de pesquisa da Dendezeiro que celebra a diversidade de tons de pele, não de uma maneira romântica, mas buscando trazer um novo imaginário para pessoas negras, indígenas, racializadas, sobre sua auto percepção do seu corpo e da sua cor”, destaca Pedro Batalha.

Para apresentar a pluralidade dos corpos negros na 55ª edição do SPFW+, que tem como tema “Origens”, a Dendezeiro se apresenta com uma colaboração com a marca Havaianas. A collab “Havaianas <3 Dendezeiro” une a brasilidade cultural da marca Havaianas com o projeto “Cor de Pele”.

“Havaianas é uma marca que se orgulha de estar ao lado de designers promissores que representam tão bem a moda brasileira. A collab Havaianas <3 Dendezeiro – Nossas cores valoriza nossa terra, nosso povo, nossas cores e dá voz à cultura nordestina e inspira as pessoas a se orgulharem de suas raízes. É uma maneira genuína de celebrar a representatividade e mostrar ao mundo que, se existe algo que nunca sai de moda, é a nossa brasilidade”, disse Mariana Rhormens, diretora de marketing da Havaianas Brasil.

“Cor de Pele” estreia nas passarelas da SPFW e lança o filme inédito da coleção na próxima sexta-feira às 19h, no Komplexo Tempo.

“Afeto 2º Ato”: Diáspora Galeria realiza exposição inaugural protagonizada por pessoas não-brancas

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Foto: Divulgação

No próximo sábado (27), a Diáspora Galeria inaugura a exposição coletiva “Afeto 2º Ato”, que reúne obras de 25 artistas, entre representados e convidados. A exposição é a primeira realizada na nova sede, que está localizada na Avenida Rebouças, em Pinheiros, e tem data de encerramento prevista para o dia 31 de agosto.

Guiada pelo conceito de Afeto, a exposição coletiva da Diáspora Galeria reafirma seu compromisso em impactar positivamente o mercado da arte. A galeria busca proporcionar uma atuação acolhedora, propositiva e transformadora. Além da participação de 25 artistas representados e convidados, o evento conta com projetos parceiros de diferentes áreas criativas, como moda, design e gastronomia, possibilitando diálogos com a arte contemporânea.

Na imagem, detalhe da obra Indexados 24, 2021. Óleo sobre tela. 90x50cm. Da artista Yoko Nishio

No primeiro ato inaugural, a galeria concentrou-se em ações sócio-culturais. Agora, no segundo ato, a Diáspora Galeria visa articular redes de fomento, visibilidade e geração de renda para empreendimentos e projetos sociais liderados por pessoas não-brancas. O objetivo é promover a inclusão e fortalecer iniciativas que trazem diversidade ao cenário artístico.

Obras 2. Massuelen Cristina. O rio que esquece onde nasce, ele seca e morre. O homem que nega suas origens não existe. 3, 2023. Sublimação sobre tecido . 15x10cm

Durante o evento, além da apreciação das obras expostas, o público terá a oportunidade de conhecer os três expositores inaugurais do projeto de pop-ups. Essa iniciativa visa trazer diferentes públicos e perfis de consumo para dialogar com o circuito das galerias de arte. Também haverá quiosques de projetos engajados em pautas sociais e raciais na entrada do imóvel, oferecendo opções de comida e bebida.

Entre as atividades que serão realizadas ao longo de todo o dia, a galeria promoverá visitas mediadas à exposição, permitindo um mergulho mais profundo nas obras e conceitos apresentados. Além disso, os projetos parceiros terão a oportunidade de apresentar suas propostas ao público presente. O evento se encerrará com uma leitura-performance do manifesto do coletivo Vilanismo, que esteve em residência no local durante o período entre os atos inaugurais.

A exposição inaugural da Diáspora Galeria conta com a participação dos seguintes artistas: Álvaro, Bárbara Copque, Claudia Lara, Cristina Suzuki, Edu Silva, Lourdes Duarte, Lucas Soares, Marcel Diogo, Massuelen Cristina, Moises Patricio, Shima, Wagner_Janaina, Yoko Nishio, e o coletivo Vilanismo, composto por Daniel Ramos, Denis, Diego Crux, Jeff, Rafa Black, Ramo, Renan Teles, _robsonmarques, Rodrigo Zaim, Saudade, Thiago Consp e Viny Rodrigues.

Em março deste ano, a Galeria Diáspora lançou o projeto Galeria-Escola, que tem como objetivo estimular a organização coletiva de pessoas de recortes socialmente racializados para atuar artística, política e culturalmente no circuito das artes contemporâneas.

Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.
Há acessibilidade para cadeirantes e pessoas com dificuldade de locomoção.

Serviço

Inauguração Diáspora Galeria – Afeto 2o Ato
Exposição coletiva Afeto e lançamento da Pop-Up Store
Data: sábado, dia 27 de maio de 2023
Horário: 14h às 20h
Endereço: Av. Rebouças, 2915 – Pinheiros.
Como chegar:

  • Metrô: Fradique Coutinho
  • Ônibus: corredor de ônibus da Av. Rebouças
  • Bicicleta: ciclofaixa na Av. Rebouças (não há bicicletário no imóvel)
  • Carro: estacionamento parceiro GarageiNN – White (Av. Rebouças, 2880)
    Acessibilidade: sim

Ministério Público denuncia por ameaça e injúria aposentada que chamou Eddy Jr. de “macaco”

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Foto: Reprodução

Na última terça-feira (23) o Ministério Público denunciou Elisabeth Morrone, aposentada que chamou o humorista Eddy Jr. de “macaco”, em outubro de 2022, e seu filho por crimes de ameaça. A aposentada também foi denunciada por injúria.

A promotora Maria Fernanda Balsalobre Pinto, integrante do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância do MP,  pede na denúncia feita à Justiça que se fixe uma indenização mínima ao humorista por danos morais. 

“Trata-se de conduta criminosa que produz gravíssimos e deletérios efeitos no corpo social brasileiro, abrindo uma vez mais, como disse Darcy Ribeiro em ‘O Povo Brasileiro’, ‘a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista’, escreveu a promotora.

No dia 23 de março, o inquérito na Polícia Civil foi encerrado sem indiciamento por crimes. Segundo o relatório da polícia, a investigação foi concluída e sugeriu “instauração de incidente de insanidade mental”. O que levou o caso a ser encaminhado ao MP.

A promotora também registrou na denúncia que “pairam dúvidas a respeito da integridade mental dos denunciados” e por isso se entende “necessária a instauração de incidente de insanidade mental”. 

Um mês após o acontecido, a aposentada alegou que estava sob efeito de remédios e não lembra das ofensas racistas, sua defesa também disse que ela trata de supostos transtornos psicóticos agudos e transitórios. O filho dela já é interditado.

Ainda é preciso esperar a decisão do juiz. Caso ele concorde, será realizado um novo procedimento na Justiça com um perito nomeado para verificar o estado de saúde mental de Elisabeth e confirmar se pode ou não responder pelo crime. 

Relembre o caso 

Em outubro de 2022, em um condomínio na Barra Funda, São Paulo, Elisabeth Morrone chamou o Eddy Jr. de “macaco”. Câmeras de segurança do prédio também registraram ela e seu filho ameaçando o humorista com faca e garrafa.

Isaac Silva Brand e Quilombolas de São Lourenço lançam bolsa “Água Viva” durante desfile na SPFW

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Foto: Divulgação

Na última quarta-feira, 24 de maio, durante o São Paulo Fashion Week (SPFW), as marcas Isaac Silva Brand e Quilombolas de São Lourenço lançaram, com exclusividade, uma colaboração única durante o desfile da estilista, a coleção de bolsas “Água Viva”, desenvolvidas artesanalmente, com conchas e linhas coloridas, similares às tradicionais utilizadas para pesca artesanal. As peças puderam ser vistas durante o desfile “Banho de Axé”, que aconteceu na Ocupação 9 de Julho, em São Paulo.

A colaboração entre as Quilombolas de São Lourenço e a estilista Isaac Silva é resultado do projeto Entrelinhas, idealizado e realizado pelo Instituto C&A. Esse projeto tem como objetivo promover o intercâmbio cultural no segmento da moda, conectando marcas brasileiras com trajetórias, produções e públicos diferentes. Além de refletir a riqueza da diversidade cultural brasileira.

As bolsas foram confeccionadas utilizando a técnica ponto de rede de pesca, elas são compostas por Fio Romi, uma fibra vegetal, e adornadas com mariscos redondinhos e búzios nas cores cru e preta. Cada bolsa é uma obra de arte que expressa a ancestralidade e a diversidade cultural do povo afro-brasileiro.

Cecília Gouveia, uma das representantes das Quilombolas de São Lourenço, destacou a importância dessa colaboração para pequenas marcas e afroempreendedores. “É algo de grande importância para nós, pequenas marcas, que estamos no mercado para mudar o cenário da moda, aderindo práticas mais sustentáveis, dinâmicas e artesanais. Tudo fluiu muito com a Isaac porque nós já tínhamos algumas ideias e ela também, então, conseguimos entrelaçar isso e criar algo bem bacana em coletivo”.

Isaac Silva, por sua vez, enfatizou a força da ancestralidade em suas criações e destacou a importância de promover a diversidade e a autenticidade no mundo da moda. “Acredito muito na força da ancestralidade, algo que tento trazer em todas as minhas criações, e essa parceria ocorre de forma muito alinhada com meus ideais, com o que eu almejo para o mundo da moda: diversidade e autenticidade. Tivemos muitas trocas importantes nos últimos meses e acredito no potencial de nossa força juntas”.

As Quilombolas de São Lourenço, marisqueiras e artesãs de Goiana, no interior de Pernambuco, têm desempenhado um papel fundamental na preservação da cultura local por meio da criação de arte para ser vestida desde 2011. Utilizando conchas e linhas coloridas, elas costuram a tradição das redes de pesca artesanal da região em cada peça, fortalecendo a economia circular de sua comunidade.

As bolsas da collab entre as Quilombolas de São Lourenço e Isaac Silva estarão disponíveis para venda nas lojas físicas e online da Isaac Silva Brand, com o valor de R$ 230,00 cada.

Presidente da La Liga pede desculpas a Vini Jr. por comentários após caso de racismo: “Não era minha intenção”

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Foto: Ben McShane/Web Summit

Nesta quarta-feira (24), o presidente da La Liga, principal liga espanhola e uma das maiores da Europa, Javier Tebas, veio a público pedir desculpas a Vinicius Junior por comentários feitos ao jogador após caso de racismo no último domingo (21). Em uma entrevista ao ESPN, ele disse que “não era minha intenção” parecer que estava atacando o jogador.

“Creio que a mensagem, e a intenção que tive, uma parte importante (das pessoas), sobretudo no Brasil, não entendeu. Eu não queria atacar Vinicius, mas se a maioria das pessoas entendeu assim, preciso pedir desculpas. Não era minha intenção. Me expressei mal, em um momento ruim… Mas não tinha intenção de atacar Vinicius, mas sim esclarecer uma situação, porque Vinicius tinha gravado um vídeo apoiando as ações de LaLiga”, explicou Tebas.

Logo após a partida entre Real Madrid e Valencia, onde Vini Jr. sofreu ofensas racistas, Javier Tebas foi ao Twitter dizer que o atacante deve se informar bem antes de criticar a liga espanhola por racismo.

O brasileiro rebateu: “omitir-se só faz com que você se iguale a racistas. Não sou seu amigo para conversar sobre racismo. Quero ações e punições. Hashtag não me comove.”

Ele também aproveitou a entrevista para dizer que não é racista e que isso “está longe da realidade”. Ele foi acusado de ser racista por sua reação aos casos de racismo e por ser de um partido de extrema-direita.

“Se magoei alguém, pensaram que sou racista, está longe da realidade. Como disse antes, denunciamos pessoas (que cometeram racismo), fizemos porque não queremos racismo no futebol. E mais: não queremos racismo com um jogador que vai ser, que é um craque mundial, que é Vinícius”, se defendeu Tebas.

“Me dá pena o que aconteceu, e por isso denunciamos. E não só denunciamos: fizemos ações especiais nos jogos dele. Falamos com os clubes, para que dessem mais segurança, identificassem torcedores. A LaLiga cuida de Vinicius. E, se entenderam mal o tuite, tenho que pedir desculpas”, complementou.

A La Liga também se posicionou sobre o caso nas redes sociais na segunda-feira (22) e argumentou que “existe uma pequena porcentagem de racistas em nosso futebol e não cabem em nossos estádios.”

Relembre o caso

No jogo do Real Madrid e Valencia, Vini Jr. foi atacado com insultos racista pela torcida rival, sofreu um mata-leão e foi expulso. O caso gerou uma revolta mundial. Este foi o décimo caso de racismo que o atacante do Real sofreu.

Na segunda-feira, o Real Madrid se posicionou e disse que vai entrar com uma ação no Ministério Público da Espanha contra crimes de ódio e discriminação

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também se posicionou e afirmou que a La Liga será notificada e investigada sobre os diversos ataques racistas contra o jogador.

O árbitro VAR, Iglesias Villanueva, responsável pela expulsão de Vini Jr. na partida foi demitido após decisão da Federação Espanhola e Comitê Técnico de Árbitros. No momento da revisão do lance ele não mostrou Vini sendo agredido e só mostrou ele revidando.
Após a repercussão do caso, a polícia espanhola prendeu sete suspeitos, três ligados ao último caso e quatro ao boneco informado com a camisa de Vini Jr., que aconteceu em janeiro.

Mesa Ancestral: chefs negras realizam jantar para levar sabores e compartilhar saberes ancestrais da gastronomia

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Hoje acontece em São Paulo, a segunda edição do Mesa Ancestral, um jantar privado organizado pela chef Bianca Oliveira, que terá como chefs convidadas Thayná Negreiros e Talita Jacone. Segundo informações divulgadas pelas intituladas afrochefs, o jantar tem como propósito “levar saberes e sabores ancestrais” para o público.

O evento foi idealizado pela chef Bianca Oliveira, uma mulher negra, lésbica e mãe solo, que em 2022 reuniu cerca de 20 amigos para os quais preparou o primeiro jantar, em São Paulo. “Ainda não tinha o nome da ‘Mesa Ancestral’. Era um jantar onde eu me propus cozinhar para essas pessoas, trazer a culinária ancestral e durante o preparo as pessoas estavam comigo na cozinha e eu fui falando sobre a culinária ancestral, fui falando sobre a culinária, sobre as problemáticas do racismo e as problemáticas de estrutura econômica, política e foi rico”, destacou a chef.

Em sua segunda edição e com um nome para identificá-lo, o evento deve reunir 70 pessoas. E para esse novo momento, a chef convidou Thayná Negreiros e Talita Jacone. “Nesse ano de 2023, novamente em São Paulo, eu decidi fazer novamente esse jantar, só que eu resolvi dar nome para ele, porque eu falava da minha ancestralidade, da nossa ancestralidade e da ancestralidade de nosso povo. Só que eu precisava de mais pessoas para trabalhar. E claro que eu convidei essas duas pessoas, chefs de cozinha que assim como eu estão começando suas carreiras e está sendo um prazer trabalhar com essas duas mulheres, Thayná e Talita, pessoas que eu conheci através da gastronomia, que a gastronomia ancestral me trouxe de presente”, destacou.

No Instagram, elas reforçaram o fato de três mulheres negras que têm seus próprios negócios na gastronomia estarem dando visibilidade à culinária ancestral. “Três mulheres Pretas que estão à frente dos seus Negócios e que tem um propósito: o de fazer com que a Culinária Ancestral ultrapasse barreiras, quebre padrões, tenha visibilidade e seja respeitada!”.

A chef Bianca Oliveira é embaixadora do Fundo Agbara e é dona do restaurante Casa do Dendê Aracaju, na capital do Sergipe. Ela é iniciada na culinária ancestral e desenvolve um trabalho de valorização do alimento diaspórico que tem origem no terreiro. “O intuito desse jantar é fazer, primeiro, com que as pessoas de uma outra classe, entendam e respeitem o motivo de a gente falar tanto da nossa ancestralidade e da nossa alimentação ancestral, o quão ela é importante. É de onde a gente vem, é o começo do Brasil, é o começo do mundo. Vem de África e a África é o começo da humanidade”, pontuou ela.

“Minha intenção é fazer com que a Mesa Ancestral cresça ainda mais, que mais mulheres pretas venham para a cozinha, que mais de nós sejamos reconhecidas e que a gente não precise estar com outras chefs renomadas, a gente pode, mas também pode fazer esse trabalho, porque é um trabalho que nasce com a gente, a ancestralidade nasce muito forte com a gente na culinária”

Fundadora da Alimento, empresa que serve banquetes em eventos, marmitaria e refeições, a chef Thayná Negreiros conta que seu negócio a conecta com sua ancestralidade. “Me conecta com minha ancestralidade e me permite ser protagonista na construção da minha própria história”.  

Talita Jacone cozinha desde os 9 anos e em 2020 começou a se dedicar à carreira artística, com a pandemia, ela e a mãe iniciaram a venda de comida depois das perdas financeiras causadas pelo período de isolamento social. Juntas, elas fundaram a Comidinhas Jacone.

A reunião das três chefs em São Paulo é também uma demonstração da força da gastronomia ancestral e de mulheres negras à frente de seus negócios no segmento.

Angela Bassett, que interpretou Tina Turner no cinema, presta homenagem à cantora: “simplesmente, a melhor”

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Foto: Reprodução.

A atriz Angela Bassett, que em 1993 interpretou Tina Turner no filme biográfico ‘What’s Love Got to Do with It‘, prestou homenagem à cantora. “Como dizer adeus a uma mulher que assumiu sua dor e trauma e os usou como um meio para ajudar a mudar o mundo?“, publicou Bassett através das redes sociais. Tina faleceu nesta quarta-feira (24). “Por meio de sua coragem em contar sua história, seu compromisso de manter o curso de sua vida, não importa o sacrifício, e sua determinação de abrir um espaço no rock and roll para si mesma e para outras pessoas que se parecem com ela, Tina Turner mostrou aos outros que viviam com medo de como deveria ser um belo futuro cheio de amor, compaixão e liberdade”.

Bassett também compartilhou as últimas palavras que trocou com Turner. “Suas palavras finais para mim – para mim – foram: ‘você nunca me imitou. Em vez disso, você alcançou profundamente sua alma, encontrou sua Tina interior e a mostrou ao mundo'” Vou guardar essas palavras perto do meu coração pelo resto dos meus dias”, lembrou a reconhecida atriz, que em 1994 foi indicada ao Oscar de ‘Melhor Atriz’ pelo papel.

“Tenho a honra de ter conhecido Tina Turner. Sinto-me honrada por ter ajudado a mostrá-la ao mundo. Então, hoje, enquanto lamentamos a perda dessa voz e presença icônica, ela nos deu mais do que poderíamos ter pedido. Ela nos deu todo o seu ser. E Tina Turner é um presente que sempre será simplesmente, a melhor. Os anjos cantam para o teu descanso… Rainha”, finalizou Bassett.

Tina Turner: visionária, ela sonhava em ser a primeira mulher negra a lotar estádios ao redor do mundo

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Tina Turner, uma das artistas mais notáveis da história da música, que nos deixou nesta quarta-feira (24), tinha um sonho audacioso: lotar estádios ao redor do mundo. Ela queria se tornar a primeira mulher negra da história a conseguir esse feito. E de fato, conseguiu. Tina se tornou um fenômeno global, impulsionada por suas músicas poderosas e sua enorme presença de palco.

Foto: AFP.

“Um dos meus primeiros objetivos de carreira era me tornar a primeira mulher negra a lotar estádios ao redor do mundo. Na época, parecia impossível. Mas nunca desisti e estou muito feliz por ter realizado esse sonho”, disse a artista em entrevista à NBC, ainda em 2017. Além de sua voz marcante, Tina Turner também deixou sua marca no mundo da música através de seu carisma magnético e presença de palco inigualável. Suas performances enérgicas e cativantes capturaram a atenção do público e influenciaram gerações inteiras de artistas como Beyoncé e Ciara. Os movimentos de dança poderosos fizeram de Tina uma das artistas mais empolgantes e memoráveis de todos os tempos.

Seus shows magnéticos ganharam projeção internacional. No Brasil, em 1988, Tina entrou para o Livro dos Recordes ao realizar um espetáculo pago para 188 mil pessoas. No Rio de Janeiro, nos arredores do Estádio Maracanã, a artista estabeleceu o recorde mundial para a “maior participação paga em um show para um artista solo”, conforme registrado pelo Guinness World Records.

O legado de Tina Turner transcende as fronteiras da música. Ela se tornou uma das artistas mais premiadas de todos os tempos, com uma lista impressionante de sucessos e condecorações, incluindo 12 prêmios Grammy. Seu álbum “Private Dancer” é considerado um marco na música pop e seu hit icônico “Proud Mary” se tornou um hino para gerações.

Tina Turner morre aos 83 anos

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Foto: AFP.

Tina Turner, ícone do rock n’ roll, morreu nesta quarta-feira (24) aos 83 anos. Informação foi confirmada por um assessor da artista. A causa do falecimento ainda não foi revelada.

Tina Turner, nascida como Anna Mae Bullock em 26 de novembro de 1939, foi uma das artistas mais icônicas e amadas da história da música. Ela é reconhecida como a Rainha do Rock ‘n’ Roll e uma das melhores intérpretes de todos os tempos. Sua voz poderosa e sua energia inigualável conquistaram corações em todo o mundo, estabelecendo-a como uma verdadeira lenda.

Tina Turner em 1987. Foto: Bob Gruen.

Além de sua voz arrebatadora, Tina também era conhecida por sua energia e carisma no palco. Suas performances eletrizantes eram verdadeiras demonstrações de paixão e poder, encantando multidões ao redor do mundo. Sua presença dominante e estilo inconfundível, com suas pernas longas e movimentos de dança enérgicos, estabeleceram um novo padrão para as artistas femininas na indústria musical.

Ao longo de sua carreira, Tina Turner acumulou inúmeros prêmios e honrarias, incluindo 12 Grammy Awards. Sua influência transcendeu as fronteiras musicais, inspirando artistas de diferentes gerações e gêneros. Seu legado como uma das maiores cantoras de todos os tempos permanecerá eternamente na história da música.

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